quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Ajuda, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Atracados ao lodo [A. Cabral]
   
Jumento do dia


Álvaro

Lida e relida a notícia a expressão do deputado do PCP não só faz todo o sentido como é aplicável a quase todas as intervenções do ministro que parece ter complexos de inferioridade sem motivo, pois ser emigrante não é razão para valorizar ou desvalorizar alguém. É caso para dizer "Senhor ministro, não diga asneiras porra!".
 
«A discussão começou porque Álvaro Santos Pereira se ressentiu com alegadas insinuações depreciativas pelo facto de ter sido emigrante. O ministro da Economia, que estava a ser ouvido na comissão parlamentar de Economia por causa da suspensão da fábrica da Nissan, recebia umas perguntas de Agostinho Lopes sobre a política governamental para as empresas, a forma como se iriam financiar e o peso dos custos energéticos nas contas, quando o deputado do PCP resolveu terminar perguntando qual seria a sua opinião pelo facto de ser um professor de economia que recentemente regressou a Portugal.

A reacção imediata de Álvaro Santos Pereira foi: "O senhor não está a respeitar os emigrantes portugueses!", acrescentando estar farto de insinuações do PCP por de ter sido emigrante durante vários anos. O debate continuou, mas o ministro da Economia não desistiu: "Sou português com muito orgulho e representei o meu país fora de Portugal tal como outros cinco milhões de portugueses o fazem". E fechou dizendo estar na altura "do Partido Comunista terminar com essa forma de política rasteira e baixa". Foi então que Agostinho Lopes, visivelmente exaltado, se virou para Santos Pereira e disse: "Não diga asneiras, porra! Quem está a dizer que não gosta emigrantes?"» [DE]

 Piegas é a tua tia!

Este Passos Coelho começa a ser enjoativo com as suas graçolas produzidas por spins que desconhecem o país e o seu povo e chamar piegas aos portugueses começa a ser demais.

Passos Coelho não passa de um gaiato que não fez nada na vida, que tirou uma licenciatura da treta e foi financiado por Ângelo Correia. O seu percurso profissional é uma treta não conferindo a Passos Coelho o direito de chamar piegas a milhões de portugueses que não viveram protegidos, que mostraram o que valem e que não tiveram um Ângelo Correia para lhes dar de comer.

 Judite de Sousa

Durante anos as entrevistas de Judite Sousa na RTP não passavam de um serviço de urgência laranja, cada vez que uma personalidade do seu partido de família estava em apuros era recuperado para a política pela Judite. As suas entrevistas sempre foram manipulações rascas e a própria jornalista nem sequer tinha o cuidado de o esconder, ficaram famosos os comentários off como os que fez a seguir a uma entrevista a Manuela Ferreira Leite.

Daí a chamar a si um grande papel no derrube de Sócrates já é arrogância e cobardia a mais, arrogância porque se não fosse ela a entrevistar os banqueiros seria qualquer outra tangerina de serviço, não foi ela que controlou os banqueiros, foram estes que usaram os serviços do seu bordel jornalístico. Cobardia porque teve de esperar seis meses para se certificar de que Sócrates estava morto e enterrado para se vir armar ao pingarelho.
    
A entrevista de Judite Sousa ao jornal Público valeu enquanto lição aos portugueses mais distraídos se pensavam que podiam confiar nos nossos jornalistas ficaram a saber que as empregadas do Elefante Branco são gente com melhores princípios.
    
 

 Livrai-nos do cavalheiro do haxixe, dr. António Costa

«É um hábito em desuso, eu sei, mas gosto de andar a pé na rua, e não numa passadeira de ginásio. Gosto de andar no meio da malta, e não no meio de senhoras de maiô. Sou, portanto, um sujeito terrivelmente fora de moda. E há um eixo que percorro com especial, vá, denodo: Saldanha-Avenida-Baixa-Cais das Colunas. Gosto de andar por ali. Gosto de ver as brasileiras grã-finas (e de maiô) a torrar dinheiro nos hotéis. Gosto de ver as angolanas do regime (e de maiô) a torrar dinheiro nas lojas da avenida. Gosto de trabalhar nos cafés/quiosques que estão a dar vida nova à avenida. Gosto de mergulhar na multidão de turistas da Baixa. Gosto de chegar ao Cais das Colunas e ficar ali um bocado. É dos poucos sítios onde as pessoas estão caladas. O Tejo tem um efeito narcótico na malta. E não é do cheiro.

Contudo, há diversos obstáculos nesta utopia lisboeta. Para começar, a calçada lisboeta é um tormento. Torcer o pé é o pão nosso de cada dia. Não entendo, aliás, como é que as mulheres ainda não fizeram uma campanha contra esta aberração arquitetónica. Mas, de facto, a coisa mais irritante é uma personagem (na verdade, são várias) que anda sempre na Rua Augusta. Passo por lá há anos, e este cavalheiro de uma certa-de-determinada-etnia-que-eu-não-posso-identificar-porque-seria-logo-rotulado-de-racista tenta sempre vender-me tijolos de haxixe. Não são tirinhas de meio conto. São sabonetes. É assim, repito, há anos. O cavalheiro, ainda por cima, não compreende a palavra não e, por vezes, faz lembrar um turco do Grande Bazar na forma como aplica as técnicas do, digamos, marketing agressivo. Eu sei que tenho cara de agarrado, mas não é preciso insistir tanto.

Eu não sei se o dr. António Costa anda (ou não) a pé pela cidade. Eu não sei se a equipa do dr. Costa anda (ou não) a pé pela cidade. Tenho, porém, a certeza de que não andam a pé pela Rua Augusta. Também sei que o dr. Costa não é polícia, mas, depois de ouvir pela trigésima sexta vez o "queres comprar? É bom, ah!", acho que ganhei o direito de pedir uma coisa ao edil da minha cidade: livrai-nos do cavalheiro do haxixe, dr. Costa. E, já agora, livrai-nos dos arrumadores, que estão a fazer várias OPA sobre novas áreas da cidade. Solte o Rui Rio que há em si, dr. António Costa.» [Expresso]

Autor:

Henrique Raposo.
    

 Um país, dois sistemas
  
«O Governo Regional da Madeira vai dar tolerância de ponto aos seus funcionários na terça-feira de Carnaval, anunciou hoje o gabinete da presidência.

"A presidência do Governo Regional da Madeira informa que, no Carnaval, será observado o mesmo sistema dos anos anteriores", refere uma nota distribuída às redações.» [DN]

Parecer:

Grande Alberto!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Um país, dois sistemas

«Os cerca de 10 mil funcionários do município de Lisboa vão ter tolerância de ponto na terça-feira de Carnaval, disse hoje o presidente António Costa.» [DE]

Parecer:

Lisboia vai ser uma palhaçada.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Compre-se o fato de Carnaval para levar para o emprego.»
  
 Mais uma tirada de Passos Coelho, somos piegas

«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, apelou hoje aos portugueses para serem "mais exigentes", "menos complacentes" e "menos piegas" porque só assim será possível ganhar credibilidade e criar condições para superar a crise.

"Temos de ser ambiciosos e exigentes com o ensino, com a investigação e o saber, com as empresas", afirmou Passos Coelho durante uma intervenção na cerimónia do 40.º aniversário das escolas do grupo Pedago, que tem sede em Odivelas, e em cujo Instituto de Ciências Educativas deu aulas.» [Expresso]

Parecer:

Os spin de Passos Coelho nem dão tempo para absorver as tiradas que dão a Passos Coelho para dizer.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se u sorriso.»
  
 É fácil morrer em Portugal

«Cinco pessoas morreram hoje soterradas devido à derrocada de uma parede do Mercado Municipal do Livramento, Setúbal, onde estava a decorrer obras de ampliação nas traseiras do edifício, disse à Lusa um trabalhador da obra.» [i]

Parecer:

Neste país acontecem incidentes que não lembram ao diabo, é mais do evidente a falta de segurança com que são feitas obras.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Chamem-se os responsáveis pela inspecção do trabalho para darem explicações ao parlamento.»
  
 Para que serve uma mediadadora de crédito

«O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse hoje que a taxa de poupança em Portugal tem vindo a cair, estando abaixo de outros países europeus, considerando que os incentivos à poupança têm sido insuficientes para contrariar esta tendência.

"Acumulámos durante mais de uma década excessivo endividamento", afirmou o responsável, durante a cerimónia de tomada de posse da nova mediadora do crédito, Maria Clara Machado, apontando para os dados do Banco de Portugal, de junho de 2011, que revelam que o endividamento das famílias é de 130 por cento face ao rendimento disponível.» [i]

Parecer:

Em vez de dizer baboseiras sobre a poupança o ministro deveria explicar para que serve uma mediadora de crédito. O governo nomeia alguém emprestado pelo Banco de Portugal para fazer currículo que vai desempenhar funções cujas competências também estão atribuídas ao banco. O ridículo da situação é que o Gaspar até organiza a cerimónia para dar posse num cargo inútil. Mas compreende-se,   sempre que está envolvido o Banco de Portugal o ministro e seu empregado é sempre muito simpático.
 
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar quando pensa regressar ao BdP.»
  
 Passos Coelho vingou-se das Novas Oportunidades

«O governo não vai encerrar nenhum Centro de Novas Oportunidades (CNO). Essa é uma iniciativa que terá de partir de cada uma das 129 entidades que ao longo da última semana receberam da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) a indicação de que o financiamento até Agosto deste ano será recusado. Os que concluírem não ter condições para manter os CNO sem apoio do Estado ou de fundos europeus terão de solicitar à tutela a sua extinção. Ao tomar esta decisão, vão ter também de assumir os custos que envolvem esse encerramento.

A denúncia é da Associação Nacional de Profissionais de Educação e Formação de Adultos (ANPEFA), que avisa que os centros que decidirem fechar por falta de verbas vão ter de continuar a assegurar os serviços mínimos por sua conta e risco. Esta é uma situação que acontece porque é já na próxima terça-feira que termina o prazo para todas as entidades declararem as despesas realizadas em 2011. Todos os encargos que surgirem depois dessa data já não entram nas contas do Estado, apesar de o encaminhamento dos formandos para outros centros ser uma responsabilidade das entidades que perderam o apoio do governo.» [i]

Parecer:

Depois de ter sido incomodado durante a campanha eleitoral estava-se à espera desta pequena vingança.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
 

 Chinese Lantern Festival 2012 [The Atlantic]

A blacksmith throws molten metal against a cold wall to create sparks, as he and others celebrate the Lantern Festival which traditionally marks the end of the Lunar New Year celebrations, in Nuanquan, Hebei province, China, on February 6, 2012. For over 300 years, the village, which is famous for its blacksmith skills, has maintained the tradition which they consider a cheaper alternative to buying fireworks during the Lantern Festival. (Mark Ralston/AFP/Getty Images)
People visit a lantern show at the end of the Lunar New Year celebrations, on February 6, 2012 in Beijing, China. (Lintao Zhang/Getty Images)
A dragon dance is performed amid fireworks during a Lantern Festival celebration in Chongqing municipality, on February 6, 2012. (Reuters/Stringer)
A blacksmith throws molten metal against a cold wall to create sparks, as he and others celebrate the Lantern Festival which traditionally marks the end of the Lunar New Year celebrations, in Nuanquan, Hebei province, China, on February 6, 2012. For over 300 years, the village, which is famous for its blacksmith skills, has maintained the tradition which they consider a cheaper alternative to buying fireworks during the Lantern Festival. (Mark Ralston/AFP/Getty Images)
A blacksmith uses a ladle to fling molten metal against a stone wall during the Lantern Festival in Nuanquan, China, on February 6, 2012. (Mark Ralston/AFP/Getty Images)
 Egypt: protests over Port Said soccer deaths [Boston.com]

Protests near Egypt's Interior Ministry continued on February 3, 2012 in Cairo, Egypt with at least four people killed amid anger over the deaths of 74 football fans that were killed in clashes between rival fans in Port Said, Egypt. Three-days of mourning were announced and marches were scheduled to protest at the lack of protection provided by police who were at the stadium when the violence occurred. (Carsten Koall/Getty Images)
Egyptian security forces detain a press photographer during clashes near the Interior Ministry in Cairo on February 5, 2012. (Stringer/Reuters)
Egyptian protesters are engulfed in a cloud of tear gas as they gather at a barricade erected against the riot police near the central Tahrir Square in Cairo on February 5, 2012. (Marco Longari/AFP/Getty Images)
An Egyptian demonstrator evacuates a wounded comrade during ongoing clashes with riot police outside Cairo's security headquarters on February 6, 2012 in the wake of deadly football violence and amid calls by activists for civil disobedience in Egypt. (Marco Longari/AFP/Getty Images)
An Egyptian protester grabs a tear gas canister fired by riot police near the Interior Ministry during clashes with riot police in Cairo on February 6, 2012. (Mahmud Hams/AFP/Getty Images)