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Farol de Outão [A. Cabral]
Jumento do dia
Miguel Relvas
Quando o CM divulgou o plafond do cartão de crédito do ex-ministro da Defesa, fazendo uma clara insinuação de que o ex-ministro vivia à grande e à francesa à conta dos contribuintes, o agora ministro Miguel Relvas apressou-se a colar-se à notícia garantindo que o actual governo tinha acabado com os cartões de crédito. O jornal fazia a insinuação e o Relvas confirmava a insinuação de forma subliminar.
Agora sabe-se que as despesas feitas com esse cartão visa não passavam de trocos, montantes certamente menores do que os custos da burocracia instituída por Relvas para acabar com os visas, um pouco o que se passa no parlamento com as garrafas de água, chegou-se à conclusão que a água engarrafada fica mais barata do que a água da torneira.
Se Miguel Relvas fosse um político com P grande não teria feito a colagem oportunista a uma notícia que sabia ser uma insinuação, mas um erro qualquer um comete e da mesma forma que se apressou a ser oportunista deveria ter-se apressado a pedir desculpa a Santos Silva pela forma menos digna como se portou.
Ou será que foi Relvas a montar a insinuação e ainda antes de a notícia ter obtido a forma de tinta já tinha o comunicado preparado para enviar para as redacções dos jornais? A verdade é que não deixa de ser estranho o protagonismo de Relvas quando se percebeu o erro cometido pelo governo com a palhaçada da intolerância carnavalesca. Num dia sabe-se que o governo tentou calar um jornalista da TVI, no outro montam-se manobras sujas, isto vai de mal a pior, a dúvida esta em saber do que será capaz esta gente quando perceber que o seu governo vai cair.
Agora sabe-se que as despesas feitas com esse cartão visa não passavam de trocos, montantes certamente menores do que os custos da burocracia instituída por Relvas para acabar com os visas, um pouco o que se passa no parlamento com as garrafas de água, chegou-se à conclusão que a água engarrafada fica mais barata do que a água da torneira.
Se Miguel Relvas fosse um político com P grande não teria feito a colagem oportunista a uma notícia que sabia ser uma insinuação, mas um erro qualquer um comete e da mesma forma que se apressou a ser oportunista deveria ter-se apressado a pedir desculpa a Santos Silva pela forma menos digna como se portou.
Ou será que foi Relvas a montar a insinuação e ainda antes de a notícia ter obtido a forma de tinta já tinha o comunicado preparado para enviar para as redacções dos jornais? A verdade é que não deixa de ser estranho o protagonismo de Relvas quando se percebeu o erro cometido pelo governo com a palhaçada da intolerância carnavalesca. Num dia sabe-se que o governo tentou calar um jornalista da TVI, no outro montam-se manobras sujas, isto vai de mal a pior, a dúvida esta em saber do que será capaz esta gente quando perceber que o seu governo vai cair.
Vaga de optimismo
Depois de se saber do aumento exponencial do desemprego e do pessimismo europeu em relação à economia portuguesa parece que uma vaga de optimismo económico invadiu o PSD, o governo e a Presidência, formou-se uma verdadeira vaga optimista iniciada em Miguel Frasquilho e depois de atingir Cavaco Silva até um Paulo Portas que desde que voltou a ser ministro anda desaparecido veio hoje manifestar a sua confiança no milagre de 2013. Só falta mesmo a Assunção Cristas rezar umas ladainhas e o Opus Macedo encomendar uma missa de acção de graças.
O Papa e as intrigas no Vaticano
«Dizia-me uma vez em Bruxelas, admirado e pesaroso, um ilustre teólogo da Universidade de Lovaina (Joseph Ratzinger até o cita num dos seus livros sobre Jesus de Nazaré; não é herege): "Como é que foi possível o movimento desencadeado por Jesus, essa figura simples e amiga dos pobres, que acabou crucificado, desembocar no Vaticano, com um Papa chefe do Estado?" Entende-se, quando se estuda a História, mas é preciso reconhecer a tremenda ambiguidade da situação e o perigo constante de traição da mensagem cristã.
Hoje, concretamente, como já aqui chamei a atenção, citando o livro de Hans Küng, Ist die Kirche noch zu retten? (A Igreja ainda tem salvação?), a Igreja Católica, a maior, a mais poderosa, a mais internacional Igreja, essa grande comunidade de fé, está "realmente doente", "sofre do sistema romano de poder", que se caracteriza pelo monopólio da verdade, pelo juridicismo e clericalismo, pelo medo do sexo e da mulher, pela violência espiritual.
Ora, a Igreja não pode entender-se como um aparelho de poder ou uma empresa religiosa; só como povo de Deus e comunidade do Espírito nos diferentes lugares e no mundo. O papado não tem de desaparecer, mas o Papa não pode ser visto como "um autocrata espiritual", antes como o bispo que tem o primado pastoral, vinculado colegialmente com os outros bispos.
A Igreja tem de fortalecer as suas funções nucleares: oferecer aos homens e mulheres de hoje a mensagem cristã, de modo compreensível, sem arcaísmos nem dogmatismos escolásticos, e celebrar os sacramentos, sem esquecer o dever de assumir as suas responsabilidades sociais, apresentando à sociedade, sem partidarismos, opções fundamentais, orientações para um futuro melhor.
Não se trata de acabar com a Cúria Romana, mas de reformá-la segundo o Evangelho. Essa reforma implica humildade evangélica (renúncia a títulos como: Monsignori, Excelências, Reverências, Eminências...), simplicidade evangélica, fraternidade evangélica, liberdade evangélica. E é necessário mais pessoal profissional, acabando com o favoritismo. De facto, esta Igreja é altamente hierarquizada e ao mesmo tempo caótica. Quem manda no Vaticano? "Conselheiros independentes haverá poucos." Precisa-se de transparência nas finanças da Igreja.
Acima de tudo e em primeiro lugar, é preciso voltar a Jesus Cristo, ao que ele foi, é, quis e quer. De facto, em síntese, a Igreja é a comunidade dos que acreditam em Cristo: "A comunidade dos que se entregaram a Jesus Cristo e à sua causa e a testemunham com energia como esperança para o mundo. A Igreja torna-se crível, se disser a mensagem cristã não em primeiro lugar aos outros, mas a si mesma e, portanto, não pregar apenas, mas cumprir as exigências de Jesus. Toda a sua credibilidade depende da fidelidade a Jesus Cristo."
Problema maior é a Cúria. O cardeal Walter Kasper, referindo o actual péssimo clima no Vaticano, que causa "confusão" entre os fiéis, disse que Bento XVI anda "muito triste". E tem razões para isso. O paradoxo é este: o papado é a última monarquia absoluta do Ocidente, mas o Papa não controla a Cúria. Duas cartas do núncio apostólico nos Estados Unidos denunciam corrupção ao mais alto nível no Vaticano. Agora, em finais de pontificado, começaram já as intrigas maquiavélicas e as lutas pelo poder, no sentido de manobrar a sucessão, tendo-se chegado até a falar numa conspiração para matar o Papa.
Neste contexto, o Papa lembrou, no passado Sábado, aos novos cardeais que "domínio e serviço, egoísmo e altruísmo, posse e dádiva, interesse próprio e generosidade: estas lógicas profundamente opostas confrontam-se em todas as épocas e em todos os lugares. E não há dúvida nenhuma sobre a via escolhida por Jesus". Recomendou que "renunciem ao estilo mundano de poder e de glória". "O serviço de Deus e a doação de si é a lógica da fé, que está em contradição com o estilo mundano."
Desculpem, Reverências e Eminências, mas a Igreja não vai com púrpura, barretes cardinalícios e intrigas de poder. Só com o Evangelho.» [DN]
Hoje, concretamente, como já aqui chamei a atenção, citando o livro de Hans Küng, Ist die Kirche noch zu retten? (A Igreja ainda tem salvação?), a Igreja Católica, a maior, a mais poderosa, a mais internacional Igreja, essa grande comunidade de fé, está "realmente doente", "sofre do sistema romano de poder", que se caracteriza pelo monopólio da verdade, pelo juridicismo e clericalismo, pelo medo do sexo e da mulher, pela violência espiritual.
Ora, a Igreja não pode entender-se como um aparelho de poder ou uma empresa religiosa; só como povo de Deus e comunidade do Espírito nos diferentes lugares e no mundo. O papado não tem de desaparecer, mas o Papa não pode ser visto como "um autocrata espiritual", antes como o bispo que tem o primado pastoral, vinculado colegialmente com os outros bispos.
A Igreja tem de fortalecer as suas funções nucleares: oferecer aos homens e mulheres de hoje a mensagem cristã, de modo compreensível, sem arcaísmos nem dogmatismos escolásticos, e celebrar os sacramentos, sem esquecer o dever de assumir as suas responsabilidades sociais, apresentando à sociedade, sem partidarismos, opções fundamentais, orientações para um futuro melhor.
Não se trata de acabar com a Cúria Romana, mas de reformá-la segundo o Evangelho. Essa reforma implica humildade evangélica (renúncia a títulos como: Monsignori, Excelências, Reverências, Eminências...), simplicidade evangélica, fraternidade evangélica, liberdade evangélica. E é necessário mais pessoal profissional, acabando com o favoritismo. De facto, esta Igreja é altamente hierarquizada e ao mesmo tempo caótica. Quem manda no Vaticano? "Conselheiros independentes haverá poucos." Precisa-se de transparência nas finanças da Igreja.
Acima de tudo e em primeiro lugar, é preciso voltar a Jesus Cristo, ao que ele foi, é, quis e quer. De facto, em síntese, a Igreja é a comunidade dos que acreditam em Cristo: "A comunidade dos que se entregaram a Jesus Cristo e à sua causa e a testemunham com energia como esperança para o mundo. A Igreja torna-se crível, se disser a mensagem cristã não em primeiro lugar aos outros, mas a si mesma e, portanto, não pregar apenas, mas cumprir as exigências de Jesus. Toda a sua credibilidade depende da fidelidade a Jesus Cristo."
Problema maior é a Cúria. O cardeal Walter Kasper, referindo o actual péssimo clima no Vaticano, que causa "confusão" entre os fiéis, disse que Bento XVI anda "muito triste". E tem razões para isso. O paradoxo é este: o papado é a última monarquia absoluta do Ocidente, mas o Papa não controla a Cúria. Duas cartas do núncio apostólico nos Estados Unidos denunciam corrupção ao mais alto nível no Vaticano. Agora, em finais de pontificado, começaram já as intrigas maquiavélicas e as lutas pelo poder, no sentido de manobrar a sucessão, tendo-se chegado até a falar numa conspiração para matar o Papa.
Neste contexto, o Papa lembrou, no passado Sábado, aos novos cardeais que "domínio e serviço, egoísmo e altruísmo, posse e dádiva, interesse próprio e generosidade: estas lógicas profundamente opostas confrontam-se em todas as épocas e em todos os lugares. E não há dúvida nenhuma sobre a via escolhida por Jesus". Recomendou que "renunciem ao estilo mundano de poder e de glória". "O serviço de Deus e a doação de si é a lógica da fé, que está em contradição com o estilo mundano."
Desculpem, Reverências e Eminências, mas a Igreja não vai com púrpura, barretes cardinalícios e intrigas de poder. Só com o Evangelho.» [DN]
Autor:
Anselmo Borges.
Um político com crédito
«Há um Santos Silva banqueiro (Artur) e um Santos Silva ex-ministro (Augusto), e foi naturalmente a este que se passou cartão porque o assunto era achincalhar: "Cartões milionários na Defesa", titulou o Correio da Manhã. O Santos Silva não milionário, afinal, era-o... O ministro da Defesa do último Governo tinha dez mil euros de plafond!, gritou o jornal, tão alto quanto o teto do cartão bancário. O CM tem a mais apurada pituitária dos jornais, se fosse escaravelho haveria de se chamar rola-bosta, quem gosta fica bem servido. E assim lá houve mais um episódio de indignação esganiçada. Tudo normal, não fosse o tal Santos Silva não ser dos políticos que quando há suspeitas sobre as suas contas se negam a divulgá-las. A contracorrente do que é norma, o Silva do teto alto, em vez de deixar a suspeita assentar e esquecer, espevitou-a. É certo que começou por dizer, o que podia ser mero truque para protelar a explicação, que do cartão de serviço só gastara em serviço. Oh filho, os fãs do rola-bosta querem é saber se bebeste Petrus à custa do povo... Mas não, o Silva do cartão não estava a protelar coisa nenhuma, tirou a coisa a limpo e exigiu que o Ministério da Defesa tornasse público o que gastara. E ontem soube-se: nos 20 meses em que foi ministro, do seu cartão super-hiper de dez mil euros, Augusto Santos Silva gastou uma média de 147,72 euros mensais. Deixa-me fazer contas: dez mil, manchete; 147 euros, deve dar duas linhas. » [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Pobres manas
«Maria Manuel Teixeira da Cruz, irmã da ministra da Justiça, deixou o cargo de subdiretora-geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, função que ocupou durante 23 dias, segundo despacho publicado na segunda-feira em Diário da República.
No mesmo despacho, assinado pela ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, lê-se que a decisão foi tomada a pedido da própria, sem, no entanto, ser avançada qualquer justificação.
De acordo com a Rádio Renascença (RR), "Maria Manuel Teixeira da Cruz pediu a demissão do cargo na sequência de críticas à sua nomeação, depois de terem sido feitas referências às suas relações familiares diretas com uma ministra do Governo", Paula Teixeira da Cruz, que tutela a Justiça.» [DN]
No mesmo despacho, assinado pela ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, lê-se que a decisão foi tomada a pedido da própria, sem, no entanto, ser avançada qualquer justificação.
De acordo com a Rádio Renascença (RR), "Maria Manuel Teixeira da Cruz pediu a demissão do cargo na sequência de críticas à sua nomeação, depois de terem sido feitas referências às suas relações familiares diretas com uma ministra do Governo", Paula Teixeira da Cruz, que tutela a Justiça.» [DN]
Parecer:
Logo agora que tudo estava a correr bem apesar da crise na arquitectura...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico e manifeste-se solidariedade à família Pinto e "amigos".»
Tubarões-brancos?
«A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) considera que o "exagerado número de vagas em medicina põe em causa a qualidade da formação" dos futuros médicos, defendendo a diminuição do número de vagas.» [DN]
Parecer:
Também as crias do tubarão-banco matam os irmãos ainda na barriga da progenitora.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Explique-se aos pirralhos ambiciosos que a saúde de um país não se discute na praia.»
Cavaco acha que portugueses arriscam pouco no investimento
«"Quando se monta um negócio, está a arriscar-se, há sempre o risco de falhar. E em Portugal as pessoas têm medo do risco de falhar, enquanto noutros países falhar é apenas uma etapa do processo", afirmou Aníbal Cavaco Silva.» [DN]
Parecer:
Nem todos têm cum "consultor" como Oliveira e Costa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
O Opus Macedo vai investigar!
«Paulo Macedo afirmou hoje que os dados revelados pelo Instituto Ricardo Jorge, sobre o aumento da mortalidade em Portugal nas últimas semanas, vão ser alvo de uma análise.
"São dados revelados pelo Instituto Ricardo Jorge, que faz monotorização apertada destes casos de mortalidade. Há um aumento em termos homólogos e o instituto está a descer mais fundo na monotorização para sabermos as causas, se é do frio anormal ou de outro tipo de situações", disse aos jornalistas, à margem da inauguração da Nova Unidade de Saúde Familiar no Barreiro.» [DN]
"São dados revelados pelo Instituto Ricardo Jorge, que faz monotorização apertada destes casos de mortalidade. Há um aumento em termos homólogos e o instituto está a descer mais fundo na monotorização para sabermos as causas, se é do frio anormal ou de outro tipo de situações", disse aos jornalistas, à margem da inauguração da Nova Unidade de Saúde Familiar no Barreiro.» [DN]
Parecer:
Este Macedo gosta muito de se colar ao trabalho alheio.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Mais 1.300 milhões para o BPN
«O acordo entre o Governo e o BIC Portugal, com vista à venda do BPN, prevê uma almofada de liquidez de 300 milhões de euros concedida pela CGD à taxa Euribor. Esta cláusula é uma das que estão sob análise das autoridades europeias de concorrência por suspeita de que possa configurar ajuda pública ao grupo financeiro.
O contrato negociado entre a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e Luís Mira Amaral, presidente do BIC Portugal, prevê que, para além da injecção de capital no BPN de 600 milhões de euros já realizada, os apoios de tesouraria possam chegar aos 700 milhões. Em causa estão duas linhas de liquidez: uma, de 400 milhões de euros, ligada a uma emissão de mil milhões de euros de papel comercial do BPN, subscrita pela CGD, que o BIC assumiu; outra, de 300 milhões, que está por concretizar. As cláusulas do acordo prevêem que o empréstimo da CGD, a três anos, seja pago a uma taxa de juro igual à Euribor sem spread (margem do banco).» [Público]
O contrato negociado entre a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e Luís Mira Amaral, presidente do BIC Portugal, prevê que, para além da injecção de capital no BPN de 600 milhões de euros já realizada, os apoios de tesouraria possam chegar aos 700 milhões. Em causa estão duas linhas de liquidez: uma, de 400 milhões de euros, ligada a uma emissão de mil milhões de euros de papel comercial do BPN, subscrita pela CGD, que o BIC assumiu; outra, de 300 milhões, que está por concretizar. As cláusulas do acordo prevêem que o empréstimo da CGD, a três anos, seja pago a uma taxa de juro igual à Euribor sem spread (margem do banco).» [Público]
Parecer:
Por este andar a venda ao amigo Mira Amaral fica mais cara do que a desajeitada nacionalização promovida pelo incompetente Teixeira dos Santos para proteger a banca portuguesa à custa dos contribuintes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se o negócio.»