quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Jardim das Pichas Murchas, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Vende-se laranja das 11h às 13h - das 16hàs 17h [A. Cabral]
    
Jumento do dia


Vítor Gaspar

Que sucedeu de novo no plano da economia desde Novembro passado? Nada de significativo que justifique um erro de previsão 0,5% na previsão da actividade económica em 2012,a previsão de 2,8% com base na qual foi elaborado o OE para este ano ou foi feita em cima do joelho, ou foi aldrabada. Isto significa que o OE de 2012 está aldrabado, para além do habitual optimismo nas previsões das receitas fiscais e nas promessas de controlo da despesa.

As receitas fiscais foram previstas com base num cenário aldrabado e é de esperar uma quebra acentuada em relação ao previsto, tendência que já se observou nas receitas fiscais de Janeiro, ainda que a quebra tenha sido ampliada pelo facto em Janeiro do ano passado ter acontecido um fenómeno inverso.

Ouvir Vítor Gaspar ser optimista em relação ao défice de 2012 ou prometer crescimento económico para 2013, só pode dar vontade de rir. Antes de fazer mais previsões o ministro deveria explicar aos portugueses as consequências dos seus erros na elaboração do OE para este ano. Só depois de se conhecerem as medidas de austeridade destinadas a compensar este desvio colossal nas receitas fiscais é que estaremos em condições de falar do futuro.
 
É evidente que se assiste a uma reza colectiva com todos os responsáveis a fazerem previsões positivas como se estivessem a promover uma cadeira humana convencidos de que esta pode inverter os acontecimentos. Os mesmos que criticavam Sócrates de ser optimista vendem agora optimismo, mesmo sabendo que conduziram a nau para o meio da tempestade.
 
«"A viragem cíclica da economia será percebida com atraso. O desemprego continuará a subir e atingirá cerca de 14,5% em 2012", afirmou o ministro das Finanças na conferência de imprensa de apresentação das conclusões da terceira avaliação ao programa de assistência a Portugal.
 
Trata-se portanto de uma revisão em alta do valor de 13,4% inscrito no Orçamento de Estado para 2012. Trata-se também de uma previsão de agravamento dos valores actuais, dado que os últimos números do desemprego calculados pelo INE apontaram para uma taxa de 14% no último trimestre de 2011.
 
O ministro reviu também a estimativa para o comportamento do PIB, esperando agora uma contracção de 3,3% - igualando a previsão de Bruxelas -, em vez dos 3% estimados inicialmente. "O Ministério das Finanças reviu em baixa as previsões para actividade económica em Portugal", disse o governante, argumentando que esta revisão acompanha a deterioração "significativa" das perspectivas para a actividade económica na Europa e no resto do mundo este ano.» [DE]

 Cresce! Cresce! Cresce!

Há tanta gente a garantir que a economia portuguesa vai crescer que começa a parecer mais uma procissão do que uma previsão. A verdade é que tanto optimismo pretende esconder um pessimismo que não pode ser assumido em público. O problema não é saber se a economia cresce em 2013, é perceber se morre ou não em 2012.

 Já que perguntar não ofende

Compreende-se que o ministro Álvaro não seja obrigado a conhecer os preços dos combustíveis, é o motorista que lhe abastece o depósito do carro e esse usa um cartão-frota do ministério. Mas não faria sentido que o ministro tivesse uma palavrita a dizer sobre os preços recorde que estão a ser atingidos pelos combustíveis? Ou será que este ministro da Economia só sabe falar de pasteis de nata?
     
 

 Geraldo, um case study

«Descoberta a tramóia, Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, foi convocado pelo califa de Marraquexe e sumariamente assassinado, provavelmente maldizendo a sina de ter nascido entre gente invejosa e piegas que não valoriza a iniciativa individual.
  
Como tantos outros que subiram na vida a pulso, Geraldo ora invocava origens humildes para realçar o seu mérito pessoal, ora insinuava uma vaga ascendência nobre de que fora misteriosamente separado pela força na infância.
  
Certo é que cresceu nas serranias entre os lobos, habituado a pernoitar ao relento, a suportar frio e calor extremos, comendo o que calhava. Ainda criança, juntou-se a bandos de ladrões que aterrorizavam aldeias isoladas das terras do Guadiana. Começou depois a acompanhar fossados de cavaleiros-vilões vindos de Santarém que penetravam fundo em território mouro, às vezes indo até às portas de Sevilha. Na volta, traziam consigo cativos, cavalos e rebanhos, mas também armas e moedas de ouro.
  
Geraldo não nascera para ser mandado, por isso em breve criou a sua própria mesnada. Inventou uma inovadora tática de assalto a povoações fortificadas à medida do feroz destemor que o movia. No inverno, recolhidos os outros bandidos às suas tocas, era quando ele se metia aos caminhos transportando enormes escadotes por léguas a fio e, no mais escuro da noite, de preferência sob pavorosa tempestade, degolava as sentinelas desprevenidas, chacinava os defensores, apoderava-se dos castelos e espoliava os habitantes.
  
Um letrado de Coimbra traçou-lhe num pedaço de pergaminho uma análise SWOT. Fez-lhe ver que a oportunidade residia no vazio administrativo e militar num vasto território que o conflito entre almorávidas e almóadas deixara ao abandono. Entre os pontos fortes destacou o conhecimento íntimo do terreno, a familiaridade com os dialectos locais e a ousadia sem limites. Para lisonjeá-lo, calou as fraquezas. Propôs-se redigir-lhe uma declaração de missão, visão e valores, mas Geraldo prescindiu dessa parte porque já seria a pagar.
  
No espaço de breves semanas, atacava em locais separados por mais de duzentos quilómetros à frente do seu bando, numa espécie de movimento browniano que atordoava as prezas. Trujillo, Évora, Cáceres, Montánchez, Serpa, Juromenha, Santa Cruz, Monfrague, Moura, Monsaraz, Alconchel e Lobón tombaram às suas mãos entre 1165 e 1168. Aos que lhe censuravam a ferocidade respondia que os players que não se adaptassem aos novos tempos seriam liquidados. E que julgavam esses pedantes poder ensinar-lhe, a ele que criava valor e emprego?
  
Reconheceu que enfrentar mil perigos para tomar cidades e logo depois abandoná-las era ineficiente e prejudicava o "bottom-line". Concebeu por isso um novo modelo de negócio, consistente em vendê-las a quem mais oferecesse depois de conquistadas. Entre os seus melhores clientes contavam-se Rodríguez de Castro, fidalgo castelhano a quem cedeu Trujillo, e Afonso Henriques, que se apressou a comprar-lhe Évora – embora fossem frequentes as reclamações por atrasos nos "deliverables".
  
Pensou depois reforçar a integração da cadeia de valor. Transformou Juromenha, um pobre refúgio fortificado, na base logística de um "cluster" de banditismo. Propôs em 1169 a Afonso Henriques uma joint-venture contra Badajoz para alavancar sinergias, mas a operação redundou num fracasso. O rei (Idfunsh ibn Al-Anrik, para os muçulmanos) fracturou uma perna, foi capturado, teve que devolver várias praças-fortes a troco da libertação, ficou inválido e culpou Geraldo do sucedido.
  
Persuadido de que errara ao descurar o "core business" e vendo o crescimento do bando minar a organização "flat" de que tanto se orgulhara, Geraldo optou pela internacionalização. No verão de 1176 passou-se com 350 homens de armas para Marrocos. Deram-lhe terras e riquezas, incluindo o comando militar de Tarudant, mas o seu espírito irrequieto não sossegou. Sempre orientado para os resultados, escreveu a Afonso Henriques apresentando-lhe uma nova proposta de valor e exortando-o a sair da sua zona de conforto para armar galeras e partir à conquista de Marrocos.
  
Descoberta a tramóia, Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, foi convocado pelo califa de Marraquexe e sumariamente assassinado, provavelmente maldizendo a sina de ter nascido entre gente invejosa e piegas que não valoriza a iniciativa individual.» [Jornal de Negócios]

Autor:

João Pinto e Castro.
  
 Diogo Feio: a cultura do pântano

«Na mesma entrevista em que defende que "Portugal tem de ser mais alemão que os alemães" Diogo Feio, eurodeputado do CDS, deixa a claro aquilo que espera de Portugal na crise europeia: "Portugal tem de ter austeridade neste preciso momento para reforçar a credibilidade e o rigor." É a tese do bom aluno de um mau professor: não interessa se o que estamos a fazer está certo, interessa ser obediente e esperar que os outros percebam que a receita que nos estão a prescrever está errada. Já escrevi sobre isto ontem.
  
Mas Diogo Feio vai mais longe e a lógica que aplica ao Estado português quer ver repetida nos comportamentos de cada cidadão: "Nós somos observados ao mais pequeno pormenor e cada greve que é feita mancha a imagem de Portugal." O jornal "Público" pergunta: "Como é que se pedem cada vez mais sacrifícios e se pede ao mesmo tempo que os sindicatos e a oposição não façam barulho?" E o dirigente do CDS responde: "Eu não acho que o património da responsabilidade seja apenas do governo e não tenha de ser também dos sindicatos e da oposição". As jornalistas voltam à carga: "Mas essa é uma responsabilidade em sentido único..." Resposta: "É uma responsabilidade mobilizadora, ou seja, para vencer o enormíssimo desafio que tem pela frente." Explica melhor: "Portugal é bem visto por ter uma maioria de governo sólida, porque tem uma situação social pacificada."
  
O que este apoiante do governo propõe é isto: o governo aceita a austeridade para agradar a quem tem o poder na Europa, os cidadãos aceitam a austeridade, mesmo que discordem dela, para ajudar o governo. Os sindicatos devem saber que prejudicam o País se cumprirem a sua obrigação: a de defenderem os direitos dos trabalhadores. A oposição deve saber que prejudica o País se cumprir a sua obrigação: opor-se a soluções em que não acredita. Diogo Feio não quer apenas que o Estado português se faça de morto. Quer a sociedade portuguesa anestesiada e em silêncio.
  
Qualquer dirigente político tem obrigação de saber que as sociedades são dinâmicas e contraditórias. Que a qualquer ação corresponde uma reação. Da mesma forma que os banqueiros pressionam o governo, com os instrumentos que têm, para defenderem os seus interesses, assim o devem fazer os trabalhadores. Da mesma forma que Diogo Feio não critica os empresários por tomarem as decisões que lhes parecem melhores para cumprir o seu principal objetivo (o seu lucro), não faz sentido criticar os trabalhadores por fazerem exatamente o mesmo: defenderem os seus salários e o seu emprego. Pode achar que não o estão a fazer e explicar porquê. Não lhes pode é pedir que fiquem quietos por uma questão de "imagem". Um governo pode alimentar uma farsa por algum tempo. Mas nenhuma sociedade é composta por atores que o sigam acriticamente numa mentira. Quando um governo toma decisões, os cidadãos que se sentem prejudicados por elas reagem e dessa reação nasce o conflito. É bom sinal que assim seja. Quem, em Portugal ou no estrangeiro, veja isto como sinal de "laxismo" (expressão de Diogo Feio) não acredita na democracia.
  
Diogo Feio gostaria que a sociedade portuguesa ficasse suspensa, apoiando acriticamente as decisões do governo, ou pelo menos abstendo-se de as criticar ativamente. É o sonho de qualquer governante pouco exigente: governar sem oposição. É sintomático do deprimente torpor deste governo que a verbalização deste desconforto com o pluralismo político e social venha do mais respeitável (na minha humilde opinião) dirigente do CDS. A tese da suspensão democrática, que tantas criticas mereceu a Manuela Ferreira Leite, institui-se como discurso oficial da maioria. Claro que Diogo Feio explica que não quer suspender os direitos constitucionais. Apenas pede que os portugueses não façam uso deles. Porque a nossa credibilidade depende da nossa anemia democrática.
 
O contraditório, o conflito e o pluralismo não são apenas bons indicadores do vigor democrático de uma sociedade. São indicadores da capacidade de intervenção, autonomia e crítica dos cidadãos. E isso diz muito da sua capacidade de lidar com as crises e de sair delas. Uma sociedade acrítica, apática e assustada não tem futuro enquanto comunidade. Nem futuro político, nem futuro económico. A cultura da obediência é a cultura do imobilismo. É a marca de um País em decadência. E essa decadência sentir-se-á em todos os domínios. Não se pode pedir a um país que seja medroso na política e temerário nos negócios, acrítico na cidadania e exigente no trabalho. O conformismo, quando se instala, espalha-se, como uma doença, por todo o corpo de uma sociedade.
 
A economia não é um mundo à parte. A vitalidade económica de um país está ligada à sua vitalidade social, cultural e política. E o principal problema deste governo é o de querer impor a todos os portugueses a sua cultura de desistência. Um governo apático perante a crise europeia quer uma sociedade apática perante medidas que considere injustas ou erradas. O resultado seria trágico: cidadãos apáticos, trabalhadores apáticos, estudantes apáticos, intelectuais apáticos, cientistas apáticos, empresários apáticos. O mesmo pântano de mediocridade que nos atrasou durante décadas.» [Expresso]

Autor:

Daniel Oliveira.
  
 Hoje não se fia, amanhã sim

«O voto contra do PCP à adopção por casais do mesmo sexo só surpreendeu quem desconhece os problemas que causou no interior do partido o seu anterior voto favorável ao casamento homossexual.
  
Conservador, se não reaccionário e marialva, em matéria de "bons costumes", como descobriu Júlio Fogaça, membro do Comité Central expulso do partido por homossexualidade ("razões morais", alegou o PCP, em singular consonância com os "vícios contra a natureza" por que, na mesma altura, o Tribunal de Execução de Penas de Lisboa lhe aplicou gravosas medidas de segurança), o PCP tentou atabalhoadamente justificar o voto contra com "a necessidade de prosseguir o debate e o esclarecimento sobre a questão". Algo do género do "Hoje não se fia, amanhã sim" da "prudência construtiva" e sabidola das antigas mercearias de bairro.
  
Curiosamente, uns parágrafos antes de garantir que o voto contra do PCP "não significa uma posição de rejeição", o líder parlamentar comunista tinha dito: "Rejeitámos esta alteração no passado (...). É uma posição que manteremos neste debate".

A indignação que vai na Net entre militantes e simpatizantes comunistas, com acusações ao partido de ter assumido uma "postura medieval" e de o seu voto constituir "uma das formas mais abjectas de discriminação social", parece provar que será difícil ao PCP fugir a "este debate" no seu interior com a facilidade obediente e unânime com que lhe fugiu na AR. » [Jornal de Notícias]

Autor:

Manuel António Pina.
     

 Porquê um email obrigatório nos CTT?

«Os contribuintes abrangidos pelo regime de IVA que quisessem ter um e-mail dos CTT para serem notificados pela Autoridade Tributária e Aduaneira já podiam fazê-lo, mas o Orçamento do Estado deste ano tornou essa possibilidade obrigatória. E quem não cumprir arrisca uma multa entre 150 e 3.750 euros.
 
A ideia é que os contribuintes - empresas ou singulares - que tenham de pagar IVA deixem de ser notificados através do seu e-mail pessoal e passem a ser contactados pelo Fisco através da caixa postal eletrónica dos CTT.» [Agência Financeira]

Parecer:

O ministro das Finanças ou o dr. Azevedo da DGCI deviam explicar porque razão absurda não se pode ter um email de outro servidor, incluindo os servidores das empresas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos cavalheiros.»
  
 O recadinho da troika

«Numa declaração conjunta sobre a terceira missão de avaliação da ajuda financeira a Portugal, a troika considera que a execução do programa "está no bom caminho", mas alerta para a necessidade de "recuperar o atraso de Portugal em matéria de reforma estrutural dos sectores dos serviços de rede e serviços protegidos".
  
Nesse sentido, a troika elogia "os primeiros êxitos das reformas", nomeadamente as medidas que já foram tomadas "para assegurar condições de equidade no sector das telecomunicações e passos para reduzir as altas margens de retorno no mercado da energia".» [CM]

Parecer:

Depois de tantos gulosos do PSD terem ido banquetear-se para a EDP vale a pena pressionar o governo para desmamar a eléctrica chinesa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
  
 Os agricultores podem ficar descansados

«Numa visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), a ministra Assunção Cristas, adiantou que o relatório da 'task force' que está a acompanhar a situação vai estar pronto durante esta semana e que o Governo está "a sinalizar", junto da União Europeia, medidas de flexibilização administrativa.» [DN]

Parecer:

A ministra criou uma task force.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra se a task force se reune para rezar na Sé ou na Basílica da Estrela.»
  
 Passos Coelho já se esqueceu das medidas que tomou

«Passos Coelho espera que Portugal não tenha de adotar medidas de austeridade adicionais, referindo que "a dor social mais intensa será sentida este ano". No entanto, o primeiro-ministro admitiu que podem vir a ser implementadas mais medidas se estas forem indispensáveis. » [Dinheiro Vivo]

Parecer:

Dizer que a "dor social" só se sentirá em 2012 é esquecer que os que mais sofreram com a austeridade foram os funcionários públicos e esses não só não recuperarão o muito que lhes tiraram como continuarão a ver os seus vencimentos minguarem com a inflação.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Sousa Tavares defende demissão do director-geral da RTP

«Depois de na sua crónica no Expresso, e a propósito do caso Rosa Mendes, ter recordado um episódio que o envolveu diretamente, Miguel Sousa Tavares diz que o diretor-geral de conteúdos da RTP seja demitido.
 
"Espero que o Luís Marinho seja demitido, como deve", disse ao "Diário de Notícias" o jornalista e escritor. » [Expresso]

Parecer:

Como, se o pobre diabo é um intérprete fiel das conclusões do Luís Duque?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deixe-se o saneador no lugar, se ele sair será nomeado outro e os contribuintes ainda vão ter de lhe pagar a indemnização.»
  
 Relvas meteu a carta na caixa de correio errada?

«"Não recebi carta nenhuma", começa por esclarecer Macário Correia. Segundo o presidente da câmara de Faro, eleito nas listas do PSD, nem ele nem "nenhum dos autarcas" com quem entretanto falou conhece o conteúdo da carta hoje divulgada na comunicação social, porque ninguém a terá ainda recebido.
  
"Aparentemente trata-se de uma questão fantasma. Ouvi as notícias e cheguei à câmara com curiosidade para a ler, mas não chegou cá nada, o que me parece estranho", acrescenta Macário Correia. Antes de mais, porque "o habitual é que seja o destinatário o primeiro a conhecer o conteúdo do que lhe é dirigido", depois porque, "sendo uma coisa urgente, porque não foi o pedido enviado por mail?"» [Expresso]

Parecer:

Parece que m vez de mandar a carta aos autarcas optou por a enviar apenas aos jornalistas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «A central de propaganda no seu melhor.»
  
 Este PSD é mesmo um Carnaval

«O Governo Regional da Madeira gastou 502 mil euros na festa de Carnaval, quase o dobro do valor anunciado. Só os oito grupos e escolas de samba que desfilaram no sábado custaram ao executivo madeirense um total de 234 mil euros, de acordo com as resoluções ontem publicados no Jornal Oficial da região. A este montante há que juntar 210 mil euros (sem IVA), do ajuste directo à Luzosfera para as iluminações decorativas, e 24 mil euros do apoio logístico ao sistema de som fornecido pela Art of Sound.
  
A secretária Regional do Turismo e Transportes, Conceição Estudante, na conferência de imprensa em que divulgou o programa das festas, tinha afirmado que o governo regional iria investir este ano 283 mil euros. Tratava-se, frisou, de uma redução de 15% em relação a 2011, justificada com as medidas de austeridade e do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro assinado pelo governo regional, para obter um financiamento de 1500 milhões de euros, necessários par fazer face aos encargos decorrentes de uma dívida superior a 6500 milhões.» [Público]

Parecer:

O Alberto goza com o Passos Coelho e com o país, a verdade é que recebeu dinheiro e só terá de pagar algum daqui a quatro anos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se em cima dos dois.»