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Rio de Janeiro [A. Cabral]
Jumento do dia
General Pina Monteiro
O senhor general tem toda a razão, aliás, os generais têm sempre razão, não há qualquer instabilidade nas forças armadas, o pessoal anda todo contente. Nem se percebe muito bem porque razão o senhor general aborda o assunto.
«O chefe do Estado-Maior do Exército, general Pina Monteiro, negou hoje a existência de instabilidade no seio da instituição militar, considerando que esta é, por vezes, suscitada externamente
"Não temos instabilidade interna no seio militar, temos sim as dificuldades como qualquer instituição do Estado hoje tem e estamos prontos para resolver estas situações e vamos ultrapassá-las com diálogo, com coesão, com disciplina", afirmou o general Pina Monteiro no Funchal, depois de um encontro com o presidente do Governo na Madeira, Alberto João Jardim.» [DN]
«O chefe do Estado-Maior do Exército, general Pina Monteiro, negou hoje a existência de instabilidade no seio da instituição militar, considerando que esta é, por vezes, suscitada externamente
"Não temos instabilidade interna no seio militar, temos sim as dificuldades como qualquer instituição do Estado hoje tem e estamos prontos para resolver estas situações e vamos ultrapassá-las com diálogo, com coesão, com disciplina", afirmou o general Pina Monteiro no Funchal, depois de um encontro com o presidente do Governo na Madeira, Alberto João Jardim.» [DN]
"Custe o que custar"
«O primeiro-ministro afirmou recentemente que Portugal iria cumprir os compromissos decorrentes do “memorandum” assinado com a ‘troika’ “custe o que custar”.
Esta declaração do dr. Passos Coelho é um anúncio e um aviso. O anúncio é que vêm ai mais sacrifícios e mais austeridade como condição necessária ao cumprimento do acordado. O aviso é que o Governo não recuará perante nada para aplicar todas as medidas consideradas necessárias e suficientes àquele objetivo.
Quererá com esta declaração o primeiro-ministro ganhar espaço e legitimidade para, em tempo oportuno, rever o "memorandum" nos prazos e condições dele decorrentes? Ou Passos Coelho considera o "memorandum" um instrumento de execução da sua própria política destinada à construção da nova sociedade e do novo Estado sobre os escombros do velho Estado Social?
Se a resposta for positiva à primeira pergunta então caberá fazer uma breve análise dos 10 meses que o acordo leva de vigência e das perspetivas que abre para o futuro.
Este período mostra um Portugal bom aluno, elogiado por algumas autoridades europeias mas que ainda não foi capaz de convencer os mercados nem muitos dos mais influentes analistas.
Internamente as consequências da austeridade em cima da recessão têm sido desastrosas, que a nível económico, quer social, quer das próprias finanças públicas.
A nossa economia afunda-se numa recessão que este ano não para de se agravar e para 2013 o melhor que nos oferecem é a estagnação; o desemprego aproxima-se dos 14%; para atingir este ano o défice de 4,5% vão ser necessários mais cortes ou seja mais austeridade ou seja recessão mais profunda.
A própria dívida pública no 3º trimestre de 2011 atingiu 110% do PIB e comparando com o mesmo período de 2010 apresenta o 2º maior crescimento depois da Grécia tendo aumentado 19 pontos percentuais, ou seja, 5 vezes mais que a UE a 27 (+3,7p.p.).
Será este o único e inevitável caminho? Custe o que custar terá de haver outro rumo esse sim gerador de esperança e capaz de dar sentido aos inevitáveis sacrifícios.
Esse outro rumo é colocar o crescimento e o emprego como primeira prioridade não só na agenda do Governo mas como um desígnio da comunidade nacional.
Custe o que custar é necessário dar crédito às empresas que estão a morrer por falta de procura ou por falta de financiamento às encomendas que recebem; custe o que custar é necessário que a energia e a logística estejam ao serviço das empresas e não de interesses particulares; custe o que custar é necessário que o sistema fiscal seja um instrumento de crescimento económico e não uma forma de continuar a esbulhar sempre os que trabalham; custe o que custar é necessário desburocratizar e colocar a Administração ao serviço do crescimento económico. Desenvolveremos estes temas em próximo artigo.» [DE]
Esta declaração do dr. Passos Coelho é um anúncio e um aviso. O anúncio é que vêm ai mais sacrifícios e mais austeridade como condição necessária ao cumprimento do acordado. O aviso é que o Governo não recuará perante nada para aplicar todas as medidas consideradas necessárias e suficientes àquele objetivo.
Quererá com esta declaração o primeiro-ministro ganhar espaço e legitimidade para, em tempo oportuno, rever o "memorandum" nos prazos e condições dele decorrentes? Ou Passos Coelho considera o "memorandum" um instrumento de execução da sua própria política destinada à construção da nova sociedade e do novo Estado sobre os escombros do velho Estado Social?
Se a resposta for positiva à primeira pergunta então caberá fazer uma breve análise dos 10 meses que o acordo leva de vigência e das perspetivas que abre para o futuro.
Este período mostra um Portugal bom aluno, elogiado por algumas autoridades europeias mas que ainda não foi capaz de convencer os mercados nem muitos dos mais influentes analistas.
Internamente as consequências da austeridade em cima da recessão têm sido desastrosas, que a nível económico, quer social, quer das próprias finanças públicas.
A nossa economia afunda-se numa recessão que este ano não para de se agravar e para 2013 o melhor que nos oferecem é a estagnação; o desemprego aproxima-se dos 14%; para atingir este ano o défice de 4,5% vão ser necessários mais cortes ou seja mais austeridade ou seja recessão mais profunda.
A própria dívida pública no 3º trimestre de 2011 atingiu 110% do PIB e comparando com o mesmo período de 2010 apresenta o 2º maior crescimento depois da Grécia tendo aumentado 19 pontos percentuais, ou seja, 5 vezes mais que a UE a 27 (+3,7p.p.).
Será este o único e inevitável caminho? Custe o que custar terá de haver outro rumo esse sim gerador de esperança e capaz de dar sentido aos inevitáveis sacrifícios.
Esse outro rumo é colocar o crescimento e o emprego como primeira prioridade não só na agenda do Governo mas como um desígnio da comunidade nacional.
Custe o que custar é necessário dar crédito às empresas que estão a morrer por falta de procura ou por falta de financiamento às encomendas que recebem; custe o que custar é necessário que a energia e a logística estejam ao serviço das empresas e não de interesses particulares; custe o que custar é necessário que o sistema fiscal seja um instrumento de crescimento económico e não uma forma de continuar a esbulhar sempre os que trabalham; custe o que custar é necessário desburocratizar e colocar a Administração ao serviço do crescimento económico. Desenvolveremos estes temas em próximo artigo.» [DE]
Autor:
Basílio Horta.
Nem bom vento, nem bom casamento
«Nós, portugueses, cuja cultura e identidade nacional se construiu ao longo de mais de oito séculos, ao contrário de muitas outras nações europeias, permitimo-nos, entre nós, avaliar-nos, quase sempre, de modo depreciativo, muitas vezes autodestrutivo. Nem os nossos melhores escritores escaparam a esta nossa tendência ancestral de dizer mal de nós próprios, num exercício que tem tanto de saudável, como de masoquista.
Almada Negreiros, em 1917, no “Ultimatum” futurista às gerações portuguesas do século XX, sintetizou numa frase esta apetência para nos flagelarmos: «O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses, só vos faltam as qualidades.» Contudo, raramente admitimos que outros, os de fora, nos metam a pata em cima ou nos apontem erros ou defeitos, tenham ou não razão. Para isso, estamos cá nós. Os nossos vizinhos espanhóis sabem disso, por experiência própria, pelo menos, desde a pesada derrota em Aljubarrota, onde até uma padeira os foi matando com o à-vontade de quem mete pão no forno. Até o vento que vinha daquelas bandas era visto como malsão, pelos ditos populares. Por isso, estranho a admiração de alguns cronistas com o sentimento popular de indignação que por aí passou, na semana passada, a propósito de declarações de dois alemães sobre Portugal – a chanceler Ângela Merkel e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
A indignação é justificada, e só peca por defeito, independentemente de saber se o governo regional da Madeira aplicou bem ou mal os fundos estruturais europeus ou se o nosso primeiro-ministro deve ou não deve andar a estender a mão aos “investidores” angolanos em Portugal. Para zurzir em Alberto João Jardim pelos seus desmandos ou nas desastrosas políticas de austeridade do governo que elegemos, estamos cá nós, não precisamos dos alemães. O nosso brio nacional, próprio de quem navegou em todos os oceanos do mundo e dobrou todos os cabos das Tormentas, e o nosso modo de estar no mundo, próprio de quem “inventou o mulato” em terras de África e da América, não aceita a arrogância e a altivez dos que se apoderaram da União Europeia, tratando os demais países como “províncias”, e reduzindo as instituições europeias, consagradas nos Tratados, a meros títeres nas suas mãos. Para quem não faz da memória tábua rasa, não esquece que a Alemanha, no século passado, por duas vezes, espalhou a miséria, o terror e a morte por toda a Europa. O estado de penúria em que nos encontramos não justifica a subserviência do nosso ministro das Finanças perante o seu homólogo alemão (retratada num momento feliz do jornalismo televisivo) e, muito menos, que nos curvemos, atentos, venerandos e obrigados, perante as declarações da chanceler alemã ou do presidente do Parlamento Europeu sobre Portugal. Os tempos são difíceis, mas como escreveu Sá de Miranda somos gente de “antes quebrar que torcer”. No passado, o colaboracionismo não deu bons resultados. No presente também não dará, certamente.
PS – A manifestação de sábado à tarde, que encheu o Terreiro do Paço, é um sinal importante da crescente disponibilidade dos portugueses para exprimirem o seu descontentamento com as medidas de austeridade do governo. A CGTP e o PCP são as únicas forças políticas capazes de levar à rua, com pujança, o inconformismo e o descontentamento, já que o PS tarda em encontrar o seu espaço na oposição. Não ganham um único voto com isso, como as últimas eleições legislativas o demonstraram, depois das memoráveis manifestações dos professores, porque não entendem o que move a sua actual base social de apoio. Mas sem o PCP e o seu braço sindical, a CGTP, a nossa democracia era mais pobre e vulnerável do que já é.» [i]
Almada Negreiros, em 1917, no “Ultimatum” futurista às gerações portuguesas do século XX, sintetizou numa frase esta apetência para nos flagelarmos: «O povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem portugueses, só vos faltam as qualidades.» Contudo, raramente admitimos que outros, os de fora, nos metam a pata em cima ou nos apontem erros ou defeitos, tenham ou não razão. Para isso, estamos cá nós. Os nossos vizinhos espanhóis sabem disso, por experiência própria, pelo menos, desde a pesada derrota em Aljubarrota, onde até uma padeira os foi matando com o à-vontade de quem mete pão no forno. Até o vento que vinha daquelas bandas era visto como malsão, pelos ditos populares. Por isso, estranho a admiração de alguns cronistas com o sentimento popular de indignação que por aí passou, na semana passada, a propósito de declarações de dois alemães sobre Portugal – a chanceler Ângela Merkel e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
A indignação é justificada, e só peca por defeito, independentemente de saber se o governo regional da Madeira aplicou bem ou mal os fundos estruturais europeus ou se o nosso primeiro-ministro deve ou não deve andar a estender a mão aos “investidores” angolanos em Portugal. Para zurzir em Alberto João Jardim pelos seus desmandos ou nas desastrosas políticas de austeridade do governo que elegemos, estamos cá nós, não precisamos dos alemães. O nosso brio nacional, próprio de quem navegou em todos os oceanos do mundo e dobrou todos os cabos das Tormentas, e o nosso modo de estar no mundo, próprio de quem “inventou o mulato” em terras de África e da América, não aceita a arrogância e a altivez dos que se apoderaram da União Europeia, tratando os demais países como “províncias”, e reduzindo as instituições europeias, consagradas nos Tratados, a meros títeres nas suas mãos. Para quem não faz da memória tábua rasa, não esquece que a Alemanha, no século passado, por duas vezes, espalhou a miséria, o terror e a morte por toda a Europa. O estado de penúria em que nos encontramos não justifica a subserviência do nosso ministro das Finanças perante o seu homólogo alemão (retratada num momento feliz do jornalismo televisivo) e, muito menos, que nos curvemos, atentos, venerandos e obrigados, perante as declarações da chanceler alemã ou do presidente do Parlamento Europeu sobre Portugal. Os tempos são difíceis, mas como escreveu Sá de Miranda somos gente de “antes quebrar que torcer”. No passado, o colaboracionismo não deu bons resultados. No presente também não dará, certamente.
PS – A manifestação de sábado à tarde, que encheu o Terreiro do Paço, é um sinal importante da crescente disponibilidade dos portugueses para exprimirem o seu descontentamento com as medidas de austeridade do governo. A CGTP e o PCP são as únicas forças políticas capazes de levar à rua, com pujança, o inconformismo e o descontentamento, já que o PS tarda em encontrar o seu espaço na oposição. Não ganham um único voto com isso, como as últimas eleições legislativas o demonstraram, depois das memoráveis manifestações dos professores, porque não entendem o que move a sua actual base social de apoio. Mas sem o PCP e o seu braço sindical, a CGTP, a nossa democracia era mais pobre e vulnerável do que já é.» [i]
Autor:
Tomás Vasques.
Uma excelente ideia para Lisboa
«A Corrupt Tour, uma agência de viagens da República Checa, está a oferecer passeios por lugares envolvidos em casos de corrupção. A proposta foi apresentada esta semana na feira de turismo da capital, Praga. » [DN]
Parecer:
O autocarro poderia passar junto de alguns ministérios, do BPN e por outros locais corruptos da capital.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Já não estamos como a Grécia
«A atividade económica em Portugal deverá continuar a cair nos próximos meses, de acordo com os indicadores compósitos avançados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ao contrário da Irlanda e mesmo da Grécia.» [DN]
Parecer:
O futuro dirá se não ficaremos pior do que a Grécia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
Só um "pequeno CDS" gosta do governo
«O barómetro de Fevereiro da Aximage, para o Negócios e o Correio da Manhã, mostra que 47,8% dos inquiridos vê o Governo liderado por Pedro Passos Coelho a governar "pior do que esperava". Já 40,7% refere estar a ser "igual ao que esperava", enquanto apenas 9,1% estão surpreendidos pela positiva em relação ao Executivo de coligação.
Contas feitas, o Índice de Expectativas pontua o actual Governo com -18, que era precisamente a "performance" atribuída à governação da equipa liderada por José Sócrates na última vez que foi avaliada neste barómetro, em Abril de 2011. Então, já demissionária e prestes a arrancar para uma campanha eleitoral que resultaria em derrota nas legislativas antecipadas. » [Jornal de Negócios]
Contas feitas, o Índice de Expectativas pontua o actual Governo com -18, que era precisamente a "performance" atribuída à governação da equipa liderada por José Sócrates na última vez que foi avaliada neste barómetro, em Abril de 2011. Então, já demissionária e prestes a arrancar para uma campanha eleitoral que resultaria em derrota nas legislativas antecipadas. » [Jornal de Negócios]
Parecer:
Pobre Passos Coelho, está aqui e está na frigideira.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Skating [Link]
A referee wears traditional wooden skates during the Frisian Shorttrack Championships in Techendorf, Austria on January 26, 2012. (Heinz-Peter Bader/Reuters)
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Roby Littlefield gives her dog, Adelee, a sled ride on Swan Lake in Sitka, Alaska on January 20, 2012. (James Poulson/The Daily Sitka Sentinel/Associated Press)
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Four skaters enjoy the first time they can skate on natural ice in Kinderdijk, near Rotterdam on February 4, 2012. The 19 windmills near Kinderdijk are on the UNESCO world heritage list. (Michael Kooren/Reuters)
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The Dutch army is deployed on the alternative route of the Eleven Cities Tour (Elfstedentocht) to make the route over the Hegemer lake in Woudsend, Netherlands free from snow on February 8, 2012. The Eleven Cities Tour is the world's largest speed skating competition and leisure skating tour, and is held in the province of Friesland only when the ice along the entire course is 15cm thick. Picture was made using a remote-controlled helicopter(Paul Raats/AFP/Getty Images)
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A participant in the Frisian Shorttrack Championships wears traditional clothes and wooden skates during the race in Techendorf, Austria on January 26, 2012. Techendorf hosted the Alternatieve Elfstedentocht Weissensee, a traditional Dutch series of speed skating events for both professionals and amateurs with some 6,000 participants. (Heinz-Peter Bader/Reuters)
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Athenes in flames [Link]
Riot policemen stand guard as petrol bombs explode in front of them during clashes with protesters outside the Greek parliament in Athens, Greece, on February 12, 2012. Greek police fired tear gas at petrol bomb-throwing protesters outside parliament, where tens of thousands had massed in a rally against austerity plans being debated by lawmakers.
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A petrol bomb explodes among riot police during a huge anti-austerity demonstration in Athens' Syntagma (Constitution) square, on February 12, 2012.
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A riot police officer tries to extinguish flames from a petrol bomb thrown by protestors outside the Greek parliament in Athens, on February 12, 2012.
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Police clash with protestors in the street during a demonstration against the new austerity measures on February 12, 2012 in Athens, Greece.
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A petrol bomb explodes near riot police during an anti-austerity demonstration in Athens' Syntagma Square, on February 12, 2012.
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