Álvaro, inventor da multinacional do pastel de nata
Perante as acusações a secretária de Estado do Tesouro respondeu com uma afirmação técnica dizendo que a REFER não tem operações especulativas. Todavia, não explicou nem que investimentos fez a REFR, nem o que entende por operações especulativas. A verdade é que o nome da secreta´ria de Estado parece constar do relatório da IGF, relatório que parece andar tão escondido como andou o da Universidade Lusófono.
Estamos perante uma situação curiosa, pela primeira vez as inspecções mandam os relatórios para o primeiro-ministro para que este faça remodelações, antes dos relatórios serem tornados públicos. Desta vez a situação é ainda mais curiosa, o rigor aplica-se a todos os membros do governo excepto aos do GAspar, parece que o facto de se ir às reuniões da troika ou de se ter conquista a simpatia do Salasié torna os governantes imunes aos princípios e valores nacionais.
Ao que parece a secretária de Estado aproveitou em seu favor da falta de sberania, fica-se com a excepção de que a lei portuguesa apenas se aplica aos nacionais que não tenham a simpatia da troika, a esses aplicam-se os valores éticos e o código penal da zona franca da Madeira.
«A Procuradoria-Geral da República (PGR) não recebeu até ao momento qualquer conclusão da Inspecção-Geral das Finanças sobre as irregularidades em investimentos de alto risco das empresas públicas. Ainda assim, avançou fonte oficial ao i, “a PGR está a proceder à recolha de todos os elementos que lhe permitam decidir da instauração do respectivo procedimento criminal”.
Em causa está o apuramento de irregularidades em investimentos da responsabilidade de actuais e ex-secretários de Estado do governo PSD/CDS em nome das empresas públicas que podem lesar os contribuintes em mais de 3 mil milhões de euros a favor da banca – três vezes mais que o valor do chumbo das medidas inconstitucionais do OE.
“Quando iniciou funções, este governo encontrou, no perímetro das empresas públicas, responsabilidades potenciais por utilização de instrumentos derivados que hoje podem ascender a cerca de 3 mil milhões de euros”, confirmou o Ministério das Finanças ontem ao final do dia, salientando que as “operações foram contratadas antes da entrada em funções deste governo” e que “não foram celebrados contratos deste género na vigência deste governo”. Contratos que, explicam, incorporam “estruturas altamente especulativas”.
Apesar de o governo tentar afastar-se da bomba, já são quatro os secretários de Estado – ou ex – do actual executivo envolvidos: Braga Lino e Silva Peneda, da Defesa e da Administração Interna, ex-administradores do Metro do Porto, que por essa razão terão sido substituídos, mas também Maria Luís Albuquerque e Marco António Costa, do Tesouro e Finanças e Segurança Social, respectivamente, que sobreviveram à razia mas segundo o “Público” também estão envolvidos.
Minutos depois do comunicado do Ministério das Finanças, Maria Albuquerque também reagiu, esclarecendo “que exerceu funções de directo ra de Gestão Financeira da Refer e que esta empresa não tem operações financeiras especulativas”. Ainda assim, diz-se “disponível para prestar esclarecimentos”.» [i]