Será que ter um passaporte VIP,
contar com um governo quase de extrema-direita e salários cada vez mais baixos
basta para atrair o investimento estrangeiro? Pelos resultados apresentados por
este governo parece que não, o ministro Gasparoika ofereceu o país como banco
de testes a professores pouco escrupulosos e nada rigorosos de Harvard e os
resultados foram os que menos esperavam, espiral recessiva e queda brutal do
investimento.
A verdade é que só os investidores
loucos apostariam em Portugal e, tanto quanto se sabe, os investidores costumam
ter tudo menos loucura. Que razões poderão atrair os investidores estrangeiros?
A estabilidade política? Pois,
mas nunca Portugal teve tanta instabilidade e incerteza política, um presidente
com letra pequena, uma coligação que faz lembrar um casal que se odeia mas não
se divorcia porque pertencem à Opus Dei, um governo incompetente e odiado pelo
povo.
Uma política económica
competente? Pois, mas a política económica do Gasparoika costuma assentar em
previsões que estão para a economia como a dança da chuva estava para a meteorologia,
pior ainda, por força das probabilidades a dança da chuva acertava com alguma
frequência enquanto o Gasparoika ainda não acertou uma na caixa.
O mercado interno? Uma boa parte
das empresas que no passado investiam em Portugal contavam com as vendas no
mercado interno para assegurar o escoamento de parte do produto o que permitia uma mais fácil rentabilização
do investimento. Agora Portugal ficou quase sem mercado interno por decisão de
um Gasparoika que entende que o melhor povo do mundo deve ter fome, ser
piolhoso e andar de alpargatas.
A paz social? Ninguém investe num
país à beira de um colapso social, onde os governantes gozam com os parceiros
sociais e despreza os acordos que com eles fizera, onde as decisões difíceis
são sempre apontadas como culpa de alguns grupos sociais dado que o governo
aposta no conflito entre portugueses para mais facilmente impor as suas
políticas.
A qualificação dos trabalhadores?
Qualquer investimento carece de trabalhadores qualificados e só esses justificam
o investimento num país europeu, mas Portugal perde os seus melhores quadros cada
vez mais empurrados para a emigração por governantes irresponsáveis. Mesmo que
um investidor compense o empobrecimento forçado defendido pelo governo
dificilmente consegue escapar à desvalorização fiscal.
A estabilidade dos custos? Sim,
mas com este governo nunca se sabe quando o Gasparoika adopta um aumento brutal
do IRS para compensar um dos seus famosos desvios colossais, tão colossais como
a sua incompetência. De pouco serve ter uma redução da TSU ou do IRC se de
repente tem de compensar com salários um aumento do IRS, para evitar a perda de
trabalhadores que encontram vantagens na emigração.
Só um doido varrido investe em
Portugal enquanto o país for governado por doidos, o nosso país merece tanta confiança dos investidores sérios como o Chipre da parte das máfias russas. Enfim, talvez estas encontre no país o paraíso que procuram, talvez comprem as Águas de Portugal e empreguem o Miguel Relvas.