quinta-feira, abril 11, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Flor da Tapada da Ajuda, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Tejo [A. Cabral]

Jumento do dia
   
Carlos Silva, futuro líder da UGT
 
Um sindicalista às direitas!
 
«“Neste momento o País não tem condições para entrar em greves gerais, a não ser que seja uma coisa que una os portugueses”, defende Carlos Silva, o único candidato à sucessão de João Proença na liderança da UGT. No entanto, o responsável admite, em entrevista ao Diário Económico, que a defesa do Estado Social pode ser motivo para uma paralisação.

Na opinião de Carlos Silva, “há outras formas de luta, pontuais” que são preferíveis às “greves a torto e a direito”. Para o sindicalista, o recurso a este direito deve ser “sempre a última forma de luta” e Carlos Silva afirma-se contra o envolvimento dos trabalhadores “em greve pela greve, em agitação por agitação”.
  
O futuro líder da UGT lembra também que qualquer paralisação tem de ter “um pressuposto”. “E o pressuposto é o que nós vamos conseguir com isso. Se a ideia é só manifestar à opinião pública e as televisões que conseguimos meter 50 ou cem mil pessoas na rua, isso para mim não basta”, disse, acrescentando que “é importante ter 100 mil pessoas na rua? Pois é, dá um sinal. Mas um sinal de quê? De que pessoas estão disponíveis para a luta? E o que é que com isso se conseguiu? Zero”, conclui.» [Notícias ao Minuto]
   
 Morreu a dama de ferro

Por cá o cavalheiro de lata vai sobrevivendo.
   
 A Vitorilância
 

Anda por aí muita gente a considerar que em situação de crise financeira a democracia deve ser suspensa e o Estado de Direito deve dar lugar a um Estado de Economia onde os princípios do direito são subsituídos por decisões de economistas de currículo duvidoso. Neste novo estado um qualquer Bento sem grande currículo opina sobre direito constitucional como se tivesse nascido debaixo de uma toga, temos visto economistas a falar de direito constitucional que mais parecem o Paulo Bento.
É uma velha mania portuguesa, se há um terramoto ou um tsunami são os especialistas do ramo que assumem a tarefa de salvar o país, se chove e as barragens estão a dar de si passam a ser os meteorologistas a vestirem-se de nadadores-salvadores, se a crise é financeira qualquer imbecil com uns conhecimentos de economia sente-se no direito de suspender a democracia.
  
A pequenez dos indígenas da classe intelectual leva-os a serem oportunistas e a dramatizar as suas análises para inflacionar a sua própria importância, dessa forma aumentam o seu cachet. O mais grave é que neste turbilhão opinativo de nível próximo do rasca participam desde jornalistas da especialidade a conselheiros de estado, encavalitam-se um nos outros, cada um estabelecendo o cenário mais dramático porque quanto mais se assustar o povo maior é a probabilidade de se ganhar a primeira página ou a abertura do telejornal.
Que os magistrados do TC deviam ter inventado o acórdão na hora, que sem dinheiro não há vícios desnecessários como a democracia, que ou o país tira a pele aos funcionários públicos ou são os portugueses de primeira a dar um pouco da pele de cada um. No meio disto tudo é um prémio Nobel que do outro lado do Atlântico nos diz para mandarmos a austeridade à bardamerda e o memo é dizer que devemos mandar à bardamerda os Bentos da austeridade à moda do Pinochet.
No que ficamos, será o modesto Bento a ter razão ou devemos seguir o Nobel Krugman? Se considerarmos as opções estéticas dos nossos jornalistas e o tradicional bom senso luso deve ser Bento a ter razão, para além de ser conselheiro de Cavaco Silva, o que como é sabido é prova da sua sapiência, é careca e em Portugal ser careca significa que o aquecimento resultante das luzes provocadas pelo brilhantismo intelectual fez saltar os cabelos. Se o português é careca e o Krugman é farfalhudo é o nosso que deve ser levado a sério.
Devemos fazer tudo o que a troika manda, obedecer incondicionalmente a Vítor Gaspar, fazer tudo o que o O’Connor manda, seguir os conselhos de Cavaco, acreditar nas previsões do OE e aceitar que os funcionários públicos devem ser transformados em trabalhadores em regime de voluntariado. O país deve substituir o Estado de Direito pelo Estado da Economia, suspendendo sine die a democracia e pondo no Tribunal Constitucional economistas designados pelo Vítor Gaspar.
Já agora, podiam chamar a este Estado de Economia a Vitorilândia, em homenagem aos nossos Vitinhos da economia.


 Há qualquer coisa de estranho

O Miguel Relvas demitiu-se e toda a gente o vê, o paulo Portas é ministro, até há quem diga que é o número dois do governo e ninguém o vê. Bem, com esta concorrência o Cavaco que se cuide, com o Portas desparecido ainda alguém vai sugerir que o líder do CDS anda armado em Presidente da República, enfim, desta república do Halloween, com um presidente que parece uma múmia e doze ministros que já morreram politicamente e andam por aí a fazer de almas penadas porque se esqueceram de lhes fazer o enterro.
 
  Há Gaspar a mais e Álvaro a menos

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 Sericotalho, bacalhau, azeite e alho
 
 
 Tempos felizes
 
 
 Contas de merceeiro holandês
  
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[CC]



  
 A fraude e a barafunda
   
«Para o dr. Pedro Passos Coelho a culpa das nossas desgraças é sempre do "outro". Ele nada tem a ver com isso. De tal forma a desvergonha atinge o desaforo que, pouco depois de tomar posse, pediu desculpa aos portugueses pelos erros de... José Sócrates! Passos é virtuoso, paladino denodado do "interesse nacional", patriota indefectível e cuidador infatigável dos mais desafortunados. Di-lo sem escrúpulo e sem pudor, obedecendo a um breviário ideológico que se refugia na invocação constante, para justificar a sua acção, dos temas da modernização, da revisão geral das políticas públicas, da competitividade da economia e da racionalização das escolhas orçamentais - custem o que custarem.
A última do cavalheiro foi a de, pela segunda vez, tripudiar sobre as decisões do Tribunal Constitucional, depois de ter exercido, com um par de asseclas e a colaboração de alguma Imprensa, descaradas pressões de sobreaviso e de ameaça. O discurso de "desculpabilização", proferido antes de ir a Belém, solicitar os améns do dr. Cavaco, é um texto desacreditante, por indecoroso. O dr. Cavaco, naturalmente, deu-lhos, com transporte e unção. Porém, foi uma espécie de fita-cola política: o Executivo já não executa nada: é um cadáver que se contorce.

Afiançar que a coligação tem legitimidade para governar é um ardil. O dr. Cavaco sabe, melhor do que ninguém, porque dispõe de informação privilegiada, que a base social do PSD-CDS já não corresponde à que elegeu o Governo, há dois anos. E que o perigo que corremos, como nação e como povo, é iminente: a hecatombe não se compadece com o desejo insano de um grupo tresloucado.

Toda esta farsa perdeu um átomo de decência: não passa de uma cegada, sem graça nem elevação. E que dizer da excruciante intervenção de António José Seguro, de resposta ao discurso de Passos? Uma patacoada mal cerzida; e, se a compararmos com o primeiro programa de Sócrates, na RTP, um desastre pessoal, a arrastar consigo o próprio PS. Que alternativa à vista? Nenhuma, seriamente credível. Falta a Seguro o que sobra a Sócrates: fibra, coragem, convicção e intrepidez. E os movimentos de incomodidade, registados no PS, começam a transfigurar-se em repulsa.

A intervenção do antigo primeiro-ministro suscitou uma espécie de erisipela na Direita e algumas angústias metafísicas em sectores socialistas. Comparando-a com as conhecidas, é mais contundente e menos hipócrita do que as de Marcelo e as do seu epígono Marques Mendes. Quanto ao programa do dr. Sarmento, a pequenez deste ficou no estado natural, aumentando, contudo, a índole do seu carácter ressentido e rancoroso. Transformá-lo no contraponto de José Sócrates é um disparate pegado.

Nestes equívocos e imbróglios, nestas fraudes e nestas barafundas Portugal vai, tristemente, sobrevivendo.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
   
  
     
 Saudades da Lurdinhas
   
«O terceiro relatório realizado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) analisa a última década do setor. Na nota introdutória do documento, a presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt, diz que é "com preocupação" que se assiste a "uma diminuição significativa do investimento no setor da Educação".
  
Os dados analisados pelos técnicos do CNE indicam que a despesa na educação em 2012 é equivalente à registada em 2001: em 2001 foram gastos 6.729 milhões de euros e, no ano passado, o valor foi de 6.733 milhões. Em 2001, o Estado gastou em Educação 5% do PIB, enquanto em 2011 a percentagem baixou para 4,6%.
   
O relatório "Estado da Educação 2012 - Autonomia e Descentralização" salienta que têm chegado ao CNE relatos sobre as "dificuldades dos alunos e das famílias", bem como sobre "a insegurança vivida pelos professores e técnicos de educação" e a "diminuição de recursos financeiros".» [CM]
   
Parecer:
 
Já faltou mais para o Mário Nogueira reconhecer que está cheio de saudades da Lurdinhas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
      
 E Deus não deu uma ajudinha?
   
«A irmã Mary Anne Rapp, de 68 anos, foi detida em Novembro, quando o desvio foi descoberto durante uma auditoria. Numa primeira fase a freira negou todas as acusações, no entanto veio agora dar-se como culpada dos roubos.

A religiosa conseguiu, assim, reduzir a pena de prisão para um máximo de seis meses com a sua confissão. A irmã Mary Anne Rapp pode ainda ser obrigada a restituir o dinheiro desviado das paróquias.

No entanto, a irmã, que é freira há quase 50 anos, aceitou também afastar-se das suas funções e procurar ajuda para controlar o seu vício.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Pobre igreja católica americana, depois da pedofilia a batota.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Perdoai-lhe Senhor.»
   
 Seguro é um capataz de Sócrates
   
«O presidente do Conselho Nacional do CDS, António Pires de Lima, acusou o secretário-geral do PS, António José Seguro, de ser o “capataz” de José Sócrates. Em entrevista ao programa ‘Terça à Noite’ da Rádio Renascença, o dirigente centrista afirmou que o “caminho” para equilibrar as contas públicas e cumprir os compromissos externos passa por “uma redução de funcionários públicos”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
É mais ou menos o mesmo que sucede no que resta do CDS, o Paulo portas não passa de um capataz de Pires de Lima.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor se não andará a beber muita cerveja.»
   
 Mais um que ganha mais do que o Cavaco
   
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«A secretária de Estado do Tesouro e das Finanças autorizou uma remuneração mensal de até 10 mil euros para o presidente do IGCP, João Moreira Rato, acima da remuneração atribuída a Cavaco Silva, de 7.415 euros mensais, e que o Presidente acabou por prescindir, para receber as pensões de reforma, no valor de cerca de 10 mil euros mensais.

Num despacho publicado hoje em Diário da República, lê-se que “é autorizada a opção pelo valor correspondente à remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem para o presidente do conselho de administração, João de Almada Moreira Rato, com limite de 10.000€”.

O mesmo documento revela que a vogal Cristina Maria Nunes da Veiga Casalinho, vai ficar a auferir uma remuneração mensal no valor de 6.998,45€, enquanto o vogal, António Abel Sancho Pontes Correia, vai passar a receber uma remuneração mensal no valor de 7.960,49€.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Os rapazolas do Lehman Brothers são para ser bem pagos até porque passaram por momentos difíceis e pelo desemprego.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 O Álvaro despede-se com turismo presidencial
   
«As visitas de estado de Cavaco Silva à Colômbia e ao Peru, que decorrem na próxima semana, podem encerrar algumas pistas sobre a crise política em curso, nomeadamente a remodelação governamental.

Álvaro Santos Pereira, o ministro da Economia, e um dos 'remodeláveis' -- até pela pressão insistente do CDS, o parceiro de coligação --, está na comitiva, o que significa que uma possível remodelação no governo que o envolva teria de acontecer até esta sexta-feira ou então esperar pelo seu regresso. E envolveria conhecer-se também o nome do seu substituto a tempo de integrar a comitiva presidencial que parte segunda feira para uma viagem de cariz essencialmente económico.» [DN]
   
Parecer:
 
O governo está mesmo a ser remodelado ou o Relvas ainda pode mudar de ideias?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Troviscal oferece emprego ao Banqueiro de Cabo Verde
   
«A Junta de Freguesia do Troviscal, Oliveira do Bairro, anunciou ter uma oferta de trabalho para Miguel Relvas, mediante ordenado mínimo e contrato a termo, já que a freguesia é extinta no final do ano.

O "anúncio" foi colocado na última edição do Jornal da Bairrada pelo presidente da Junta, Adelino Cruz, independente eleito pelo CDS, o qual afirma não querer com isso ofender o ex ministro dos Assuntos Parlamentares, com quem tem até uma fotografia de quando este inaugurou a sede da Junta.
  
A criação da "vaga de emprego" para Miguel Relvas, que mereceu parecer favorável dos restantes elementos da junta, é para desempenhar tarefas como operador de máquinas, à experiência e mediante contrato a termo certo, até outubro, porque no final do ano está determinada a extinção da freguesia.» [DN]
   
Parecer:
 
E será que Miguel Relvas sabe trabalhar?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Relvas o que sabe fazer.»
   
 Lagarde fala de encerramento de bancos na periferia da Europa
   
«A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que a prioridade da zona euro deve ser continuar a limpar o sistema financeiro, seja através de recapitalizações seja encerrando bancos, “onde necessário”.

Num discurso perante o Clube Económico de Nova Iorque, Lagarde disse que, “em particular na periferia, muitos bancos ainda estão numa fase precoce de reparação – sem capital suficiente e com demasiados maus créditos nos seus balanços”.

“A prioridade deve continuar a ser a limpeza do sistema bancário ao recapitalizar, reestruturar e – onde necessário - encerrar bancos”, afirmou Lagarde, que acrescentou que a política monetária está a “girar as rodas”, o que significa que as “baixas taxas de juro não se estão a traduzir em crédito barato para as pessoas que dele precisam”.» [i]
   
Parecer:
 
Conversa perigosa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «O BCP que se cuide.»
   

   
   
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