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Paço d'Arcos [A. Cabral]
Azar é escever um prefácio num momento em quee se podia vender o peixe do sucesso e o livro acabar por ser vendido num momento em que já se sabe que esse peixe não passa de tainha dos canos.
O PREC - Processo de Refundação do Estado em Curso
Começa a perceber-se o que é a refundação do Estado inventada pelo Gaspar, aparentemente decidida por Passos Coelho, e aparentemente desenhada por Portas, é um processo contínuo que evolui à medida que o Gasparoika vai falhando na execução orçamental. Começou por ser um corte de 4.000 milhões, grosso modo o desvio das receitas fiscais de 2012, agora cresce todos os meses em função dos resultados da execução orçamental. Este PREC nada tem que ver com a eficácia do Estado ou o reequilíbrio das contas públicas, serve apenas para esconder a incompetência do Gasparoika.
A verdade é que esta combinação entre experimentalismo, imbecilidade e incompetência a cobaerto dos apoios e chantagens da troika levaram o país a uma situação pior do que aquela em que estava. Quanto mais tempo esta gente estiver no governo menos vai sobrar do estado social, estamos perante gente sem escrúpulos que considera que se no fim da legislatura tiverem destruído o estado terão feito uma grande coisa.
Este Passos é um engraçadinho
Agora que se prepara para mais cortes brutais vai lançar uma operação de propaganda oportunista com o conselho de ministros para o crescimento e o fomento industrial. Longe vão os teempos em que um vaidoso Gasparoika se dava ao luxo de gozar com os colegas que se lembravam de sugerir a discussão de medidas para o crescimento em reuniões do conselho de ministros.
A dúvida do dia
Além da sua agenda das bicas e de fazer de dama de companhia a Cavaco Silva o super-ministro da Economia ainda tem algum dossier?
Ministro ou professor oportunista?
Nunca Portugal teve um ministro com tantas presenças em seminários. O Gasparoika vai a tanta conferência para convencer os investidores ou está aproveitando o cargo para testar as suas teses e vai a tanta conferência para falar da experiência a que está sujeitando os portugueses, sem que estes tenham dado autorização ou sido questionados sobre essa experiência, tudo para engrandecer o currículo pessoal? Vítor Gaspar está no cargo para resolver os problemas ou para cumprir com objectivos pessoais, enriquecendo o seu currículo e assegurando-se que fica bem visto junto dos credores do país tendo em vista um futuro alto cargo?
Com quem choras
«Na Síria não há uma coisa destas todos os dias. Há várias coisas destas todos os dias." Li isto no Twitter. Não me lembro quem disse: se um dos jornalistas que reportam sobre o pavor quotidiano no país de Assad, se um árabe ou cidadão do Médio Oriente. Surgiu quando, na ressaca do ataque de segunda, vários tuiteiros nacionais falavam perplexos da sua tão maior empatia face ao pavor causado por duas bombas deflagradas numa rua de Boston que ao de mil em Allepo.
"Racismo"?, perguntava um. Sê-lo-á decerto para alguns. Mas poucos países tão multirraciais como os EUA - e ainda não sabíamos de que cor eram os mortos e feridos e já estávamos em choque com o facto de terem morrido ali, naquele momento, naquela cidade, daquela forma. Já olhávamos em horror para o sangue no passeio onde explodiram as bombas antes de sabermos de quem era, e não faz nenhuma diferença agora que sabemos, nem faria se os três mortos fossem negros, de origem paquistanesa, mexicana, ou síria, em vez de uma chinesa e dois americanos "brancos". Talvez tenha então muito mais a ver com o onde que com o quem.
Fácil concluir isso se pensamos nos atentados terroristas que mais nos marcaram. Alguém se lembra de dois dos primeiros feitos da Al-Qaeda, em 1998, na Tanzânia e no Quénia? Tem a ver com a nacionalidade dos mortos, dir-se-á. Não: as bombas em Sharm el-Sheikh, a estância egípcia onde em 2005 morreram 88 pessoas, mais de 20 ocidentais, como as de Bali (2002, 202 mortos, dos quais 88 australianos, 27 britânicos, sete americanos e cinco suecos), quase nunca são referidas. O Egipto e a Indonésia não são "o nosso território". É nos lugares que sentimos "nossos" que esse tipo de acontecimento mais nos toca. E não tem sequer a ver com alguma vez termos lá estado, mas com vermo-los como o nosso perímetro de segurança - de paz. Onde baixamos a guarda e esperamos que toda a gente faça o mesmo, como se o que se passa nos outros sítios, nas casas dos outros, não pudesse jamais fazer sentido - ou ter eco - na nossa.
O último filme de Robert Redford, The company you keep/Diz-me com quem andas - traduzido como A Regra do Silêncio -, fala disto. Dos horrores que nos interpelam e dos que não; o que define a justeza e a aceitabilidade da luta; o que estamos dispostos a sacrificar e fazer por causas que consideramos justas. Não é um tema novo. Nem para o liberal Redford nem para a capital do estado mais liberal dos EUA, onde se iniciou a guerra da independência: o terrorista de uns é o combatente da liberdade, o justiceiro dos outros. As nossas crianças mortas e mutiladas, pelas quais juramos revirar cada pedra em busca dos culpados e de vingança, são sempre os danos colaterais aceitáveis, desejados até, de outros. E vice-versa. Diz-me por quem choras, com quem choras - dir-te-ei quem és. E talvez do que és capaz.
(Sim, pode ter sido da América, em nome da América, que isto veio - para parecer feito de fora. Precisamente.)» [DN]
Fernanda Câncio.
Leram a carta?
«Vale a pena ler a carta que o primeiro-ministro endereçou ao secretário-geral do PS propondo uma reunião para discutir a “preservação” (!) do “consenso nacional” (?!) no cumprimento do Programa de Assistência Financeira. A leitura não deixa dúvidas:
se Passos Coelho quisesse mesmo reconstruir um consenso não escreveria uma carta daquelas.
Logo a abrir, o primeiro-ministro começa por dizer que o Memorando de Entendimento foi apenas "apoiado" pelos partidos da actual maioria enquanto foi "negociado" e "subscrito" pelo Governo do Partido Socialista - uma óbvia inverdade histórica, visto que o representante do PSD nas negociações, Eduardo Catroga, se gabou publicamente não apenas de ter "influenciado" o acordo mas também de ter sido o PSD a propor a estratégia de consolidação orçamental consagrada no Memorando e de ter "convencido" a ‘troika' a incluir diversas medidas, incluindo a TSU.
De seguida, acreditem ou não, Passos Coelho escreve que o consenso "sempre orientou" o cumprimento das obrigações externas de Portugal - outra escusada falsidade: toda a gente sabe que o Governo optou por marginalizar ostensivamente o PS e os parceiros sociais em todas as sete revisões do Memorando.
Depois, sabendo que o PS subscreveu um pedido de fiscalização da constitucionalidade do Orçamento, o primeiro-ministro tem a feliz ideia de dedicar um parágrafo inteirinho a acusar o Tribunal Constitucional de ter "limitado" os instrumentos disponíveis para o cumprimento do Programa (repare-se: não é a Constituição que limita, é o Tribunal Constitucional...) e também de ter introduzido um "elevado grau de incerteza" quanto às "possibilidades constitucionais de cumprimento" das obrigações assumidas para a estratégia orçamental de médio prazo (leia-se: de cumprimento do Tratado Orçamental).
É com este enquadramento, todo ele cheio de tacto político, que o primeiro-ministro diz ser imperioso "explorar rapidamente novas soluções de política", o que reclama um "diálogo" e um "entendimento" quanto às medidas que devem ser adoptadas, sob pena de incumprimento das obrigações externas e de falhanço no objectivo de regresso aos mercados.
A carta, porém, não fica por aqui. Relido o texto, Passos Coelho terá julgado, certamente, que ele se podia prestar a interpretações abusivas. De facto, estando escrito que é imperioso explorar "novas soluções de política" poderia dar-se o caso de alguém pensar que ele e Vítor Gaspar estariam disponíveis para considerar, por exemplo, "novas soluções de política". Para eliminar as dúvidas, o primeiro-ministro acrescentou então o seguinte: "deve ser tido em conta que a nossa margem para negociar com os parceiros europeus e internacionais uma flexibilização adicional dos actuais limites dos défices orçamentais inscritos no nosso Programa de Assistência não é viável". Ou seja: na mesma carta em que convidou o secretário-geral do PS para dialogar, o primeiro-ministro tratou de excluir à partida, por escrito, aquela que sabia ser a proposta principal do Partido Socialista!
Com os termos desta carta, Passos Coelho insiste na mesma lógica que levou ao desperdício das condições excepcionais de consenso político. E a lógica é esta: marginalizar o PS quando se trata de decidir as opções estratégicas com a ‘troika' e notificá-lo depois, nos momentos de apuro, para caucionar ou pontualmente concertar as medidas de execução da estratégia orçamental que foi decidida à sua revelia - e que ainda por cima está errada e não funciona. É óbvio que nada disto é para levar a sério.
Ao que parece, o Governo descobriu agora que são precisos três para dançar o Tango. Lá saberá porquê. Mas é preciso lembrar que o Tango é apenas um "género" de música - tangos, propriamente ditos, há muitos. E o Partido Socialista não pode estar disponível para dançar seja qual for a música.» [DE]
Pedro Silva Pereira.
Qual foi das três palavras a que Passos Coelho não percebeu?
«Conselho de Ministros extraordinário realiza-se terça-feira para aprovar na generalidade uma "estratégia para o crescimento e fomento industrial"» [DN]
Parecer:
Agora que o país está mais teso do que nunca o fundamentalista Gasparoika descobriu as virtudes do crescimento. É óbvio que as medidas para o crescimento é mais fundamentalismo económico, isto é, cor
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Passos se o Gasparoika o autorizou a propor medidas para o crescimento.»
Guiné-Bissau: golpista e traficante
«A queixa, entregue na Justiça norte-americana, afirma que Indjai participou numa conspiração para fornecer armas à guerrilha colombiana FARC, considerada terrorista pelos EUA, para armazenar cocaína da mesma organização, para vender armas a ser usadas contra forças norte-americanas, incluindo mísseis terra-ar, e também para colocar cocaína no mercado dos EUA.
Para Preet Bharara, procurador de Manhattan, que apresentou a queixa juntamente com a agência anti-narcotráfico (DEA), Indjai terá usado a sua posição no topo da hierarquia militar guineense para "ser um intermediário", fazendo da Guiné-Bissau "um ponto de passagem para pessoas que se acredita serem terroristas e narcotraficantes".
"Tal como tantos altos responsáveis alegadamente corruptos, [Indjai] vendeu-se a si e ao seu país por um preço", afirmou Bharara em comunicado da procuradoria.
A operação da DEA levou à detenção em águas internacionais, a 4 de abril, de dois narcotraficantes guineenses, Manuel Mamadi Mane e Saliu Sisse, considerados "co-conspiradores" de Indjai, e do almirante guineense Bubo na Tchuto, que foram transportados para Nova Iorque, onde vão ser julgados.» [DN]
Pobre povo da Guiné-Bissau.
«A queixa, entregue na Justiça norte-americana, afirma que Indjai participou numa conspiração para fornecer armas à guerrilha colombiana FARC, considerada terrorista pelos EUA, para armazenar cocaína da mesma organização, para vender armas a ser usadas contra forças norte-americanas, incluindo mísseis terra-ar, e também para colocar cocaína no mercado dos EUA.
Para Preet Bharara, procurador de Manhattan, que apresentou a queixa juntamente com a agência anti-narcotráfico (DEA), Indjai terá usado a sua posição no topo da hierarquia militar guineense para "ser um intermediário", fazendo da Guiné-Bissau "um ponto de passagem para pessoas que se acredita serem terroristas e narcotraficantes".
"Tal como tantos altos responsáveis alegadamente corruptos, [Indjai] vendeu-se a si e ao seu país por um preço", afirmou Bharara em comunicado da procuradoria.
A operação da DEA levou à detenção em águas internacionais, a 4 de abril, de dois narcotraficantes guineenses, Manuel Mamadi Mane e Saliu Sisse, considerados "co-conspiradores" de Indjai, e do almirante guineense Bubo na Tchuto, que foram transportados para Nova Iorque, onde vão ser julgados.» [DN]
Parecer:
Pobre povo da Guiné-Bissau.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Este Passos mete dó
«Não queremos que volte a ser considerada inconstitucional", disse Passos Coelho, durante o debate quinzenal, onde anunciou que até ao final do mês poderá apresentar já algumas medidas, sem prejuízo, contudo, de serem alteradas após consensos com a oposição, sobretudo o PS.
Passos Coelho voltou a responsabilizar a decisão do TC de chumbar quatro normas do Orçamento do Estado pelas necessidade de adopção de novas medidas, afirmando que o Governo "não tem de concordar" com decisões judiciais, mas apenas respeitá-las. Uma posição muito criticada à esquerda, com o PCP e o BE a criticarem o primeiro-ministro por responsabilizar o Constitucional "pelo falhanço" da política do Executivo.
Passos Coelho lembrou que a argumentação do Constitucional no acórdão fecha o caminho a algumas medidas que antes o Governo tinha equacionado para o corte da despesa estrutural e permanente em quatro mil milhões de euros, reconhecendo que estas questões têm de ser agora revistas.» [DE]
Parecer:
Não seria mais fácil reconhecer que não tem nem inteligência, nem competência para o cargo e que ainda por cima arranjou um ministro das Finanças desastroso?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se uma caneta a Passos para que escreva a sua carta de demissão.»
A Merkel diz o que quer para o IV Reich
«A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu hoje que já não é possível assegurar a qualidade de vida de populações à base de dívidas, devendo os países da zona euro preferir aumentar a sua competitividade.
“Quero um continente de alto rendimento que, no futuro, também possa oferecer bem-estar aos seus cidadãos”, afirmou Angela Merkel, em declarações hoje publicadas no diário alemão Bild, o de maior tiragem na Europa, citado pela agência noticiosa Efe.» [i]
Parecer:
O Gasparoika diz o mesmo, está bem instruído.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se a velha boche à bardamerda.»
Um amigo do Gaspar
«Joerg Asmussen, membro alemão do conselho executivo do BCE, deixou esta sexta-feira, em Washington, elogios aos progressos da Irlanda e Portugal nos seus processos de ajustamento e possibilidade de regresso aos mercados, distinguindo estes dois países do que se passa na Grécia.
A Irlanda “está perto do sucesso” no processo de reganhar o acesso aos mercados financeiros, enquanto Portugal está “bem avançado”, afirmou Asmussen, citado pela Bloomberg, acrescentando que a “Grécia é o caso mais difícil”.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Não é com a Irlanda que o rapaz está preocupado, o que está fazendo é um frete encomendado pelo antigo colega. Dizer que Portugal está avançado é brincar com a verdade, é jogo sujo propagandístico do BCE que colocou Portugal à experiência e agora querem iludir a realidade sacrificando o povo português.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»