A sétima avaliação teve um efeito inesperado em Pedro Passos
Coelho, o falcão de Massamá escreveu uma carta de amor a Seguro e apareceu
transvertido em Capuchinho Vermelho. De onde menos se esperava aparece uma
Capuchinho oferecendo a sua cama ao pobre do lobo mau do seguro.
Parece que a moda dos economistas com problemas de timidez é
criticarem os seus adversários políticos em prefácios, dando um ar de
superioridade intelectual aos seus argumentos e evitando o confronto do debate.
Primeiro foi Cavaco que estava tão convencido de que Sócrates não regressaria e
foi o que se viu. Depois foi o Vítor Gaspar que decidiu escrever o prefácio de
dois talibãs da política económica mas também teve azar, ainda o livro não está
nas bancas e já foram encontrados erros crassos na folha de cálculo.
Depois de uma tentativa de afogamento da liberdade de
expressão a direita decidiu atingir José Sócrates comparando as suas audiências
com as de Marcelo Rebelo de Sousa. Esquecem que estão comparando o incomparável,
se a TVI transmitir um concerto do Quim Barreiros e a RTP um concerto da
orquestra da Gulbenkian a relação das audiências é a mesma. Esta gente não
entende a diferença entre o debate político e a conversa de taxista. Basta
analisar as ondas provocadas pelos dois comentários durante a semana para se
perceber que o taxista da TVI quase não foi notícia.