segunda-feira, março 07, 2016

Exilados

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Hoje temos cimeira europeia e vamos certamente assistir a mais um momento da pantomina do primeiro-ministro no exílio, como o nosso artista já não pode chegar de carro a entrada da cimeira onde é da praxe fazer um sorriso para os muitos jornalistas que esperam a senhora Merkel mas, entretanto vão fotografando quem passa, aproveita a saída do hotel onde se reúnem os líderes do Partido Popular Europeu e lá vamos ver o Zeca Mendonça afastando os jornalistas para que um Passos Coelho mais procurado do que o Obama consiga passar no meio de tanta gente em busca de uma primeira página.

Nunca as cimeiras dos partidos europeus, que antecedem as cimeiras europeias e onde estão presentes os líderes partidários que não estão no governo, tiveram tanta importância para os nossos jornalistas. Desde que o país assiste à pantomina idiota de Passos Coelho que os nossos jornalistas prestam mais atenção ao que Passos diz do que às posições d governo nas cimeiras. A última vez o país quase parou com um primeiro-ministro do exílio a declarar que algo de muito grave se tinha passado em Portugal. O país aguardou impaciente que o exilado regressasse ao país para saber o que de tão grave se tinha passado, tinham sido as críticas de Costa a um governador incompetente do BdP.

Esperemos que o primeiro-ministro no exílio não falte desta vez à cimeira de Paris pois, de certa forma, o tema interessa-lhe, ele próprio tem vindo a assumir o estatuto de refugiado, o que o fará sentir-se com força moral para falar do tema. Só o facto de nas últimas semanas ter feito inaugurações em maior número do que as condecorações atribuídas por Cavaco o pode prejudica neste papel, afinal, para quem está refugiado em Massamá o primeiro-ministro no exilio viaja muito.
  
Quem parece ter andado à procura de refúgio foi a Maria Luís, parece que arranjou uma empresa inglesa que a vai ajudar as enfrentar as contas, agora que regressa ao estatuto de modesta cidadã e por causa dos cortes de vencimentos que ela própria apoiou e manteve dificilmente consegue pagar a despesa do crédito à habitação. Melhor sorte tem o primeiro-ministro no exílio, o partido paga-lhe todos os passeios e enquanto não aparecer melhor emprego vai ganhando o vencimento de primeiro-ministro à custa do PSD e ainda tem direito a motorista e ao Zeca Mendonça para lhe dar graxa ao calçado.  Ao ganhar as diretas por falta de concorrente teve direito a assinar um contrato de trabalho por mais dois anos.
  
Quem deve sentir alguma inveja é o D. Duarte que a esta hora se interrogará porque motivo o exilado de Massamá tem tantas mordomias e ele que por causa de uma revolta armada ocorrida no passado é um rei sem trono, a quem ninguém convida para cimeiras e que nem sequer tem um partido monárquico a pagar-lhe o vencimento, até para casar teve de pedir fiado. Resta a esperança que sendo a cimeira de presidentes e primeiros-ministros alguém se lembre de instituir uma cimeira de monarcas sem trono para que a pantomina de Passos ganhe dimensão nacional.