Jumento do dia
Cavaco Silva, pensionista
Cavaco Silva, pensionista
Cavaco nunca viu o povo português como um povo, nunca aceitou as diferenças, nunca teve respeito pelos que com ele não concordavam ou pelos que com ele não rezavam, Cavaco sempre foi um homem de pouca grandeza, mesquinho e, pelo que se viu no caso das escutas a Belém, um político sem escrúpulos e sem o mais pequeno respeito pelas regras da democracia. Não admira que na hora de despedida não seja capaz de referir apenas "povo português", para eles há duas dois povos, o povo português que é o dele e o "povo português sem excepção" que é o povo dele e aqueles a que se referia sempre por outros.
Hoje é o primeiro dia do fim do cavaquismo ainda que seja certo que ele vá aparecer de vez em quando dizer que bem disse, que bem avisou, que bem escreveu.
«É uma mensagem de agradecimento com apenas cinco parágrafos, dirigida “a todos os portugueses”, “sem excepção”. No último dia no cargo, o Presidente da República cessante diz ter sido “uma honra” servir o país na Presidência e “um privilégio contactar directamente com milhares de portugueses e percorrer o país nas jornadas” que realizou nestes dez anos em Belém.
“Sinto, pois, o dever de transmitir um agradecimento muito especial a todos os portugueses. Aos que em mim votaram e aos que não me apoiaram. A todos, sem excepção, estou profundamente grato. De todos guardo boas recordações, por todos tenho um sentimento de profunda gratidão. Foi um privilégio poder servir os portugueses”, escreve Cavaco Silva, menos de 24 horas de deixar o cargo.
Tal como já dissera na segunda-feira, ao ser homenageado pela Câmara de Cascais, o Chefe de Estado sublinha que agiu sempre se acordo com o interesse nacional. “Durante dez anos, procurei corresponder à confiança que em mim depositaram, agindo com sentido de responsabilidade e independência, trabalhando com rigor, seriedade e determinação na defesa do superior interesse nacional”.» [Público]
O presidente pequenino
É normal recordarmos os líderes que marcaram a nossa história pela positiva, não foram muitos e alguns deles nem estavam muito preocupados com a nação, mas a memória colectiva ajuda-nos a recordar o que de bom se fez. Talvez por isso passemos o tempo a homenagear o Viriato, que não era assim tão tuga quanto isso, o D. Afonso Henriques que deu uma coça na mãe, os descobridores e o Marquês de Pombal.
Convenhamos que para mais de mil anos não é grande coisa, mesmo que acrescentemos personalidades como o Egas Moniz, a Padeira de Aljubarrota ou o Carlos Lopes. Mesmo assim são os suficientes para esquecermos aqueles que durante uma boa parte do tempo geriram as longas brancas da nossa memória colectiva.
E se durante longos períodos pouco restou para a nossa memória colectiva também são muitos que passaram pelo poder e de quem ninguém se lembra ou, como será o caso de Cavaco Silva, ninguém se irá lembrar. Como povo costuma dizer, dos parvos não reza a história. No caso de Cavaco Silva o termo parvo até é muito simpático, basta recordar o episódio das escutas a Belém para percebermos que qualquer adjectivo apropriado para este senhor implica fazer ofensas ao Presidente da Pública, delito que o Código Penal pune com uma pena que pode ir até três anos de prisão.
Cavaco foi um homem pequenino, um político que marca as últimas décadas da nossa história pela falta de grandeza, pela mesquinhez, pelo novo riquismo, pelo oportunismo, pelo golpe baixo. Cavaco está associado ao que de muito mau aconteceu neste país, não admira que tenha deixado o cargo de primeiro-ministro com os cofres vazios e a pagar aos funcionários com títulos do Tesouro e deixe a Presidência com o país mergulhado numa profunda crise política, económica e social.
Cavaco vai ser um presidente de má memória e é merecedor da forma pouco digna como acaba o mandato, acaba dez anos de presidência de uma forma quase miserável, depois de semanas a distribuir medalhas faz o seu último discurso numa cerimónia montada por um acólito de Cascais, um discurso sem dimensão, sem conteúdo, sem qualidade, um discurso à imagem do político que sempre foi.
A Primavera começa no próximo dia 20, mas hoje é o último dia do inverno cavaquista, amanhã ninguém se irá lembrar deste homem pequenino que em má hora marcou a vida política portuguesa. Foi o homem pequenino que numa declaração à PIDE orgulhava-se de não se relacionar com a sogra porque essa “criminosa” se tinha divorciado, que protagonizou o episódio das escutas a Belém, que um dia disse querer ajudar Mário Soares a terminar o mandato presidencial com dignidade, que recusou uma pensão a Salgueiro Maia para da dar ao inspector da PIDE.
Em Coimbra temos o Portugal dos Pequeninos, em Oeiras temos o Parque dos Poetas, na teremos o Portugal dos Mesquinhos.
Proxenetismo internacional
É aquilo que se está passando na relação entre a Turquia e os refugiados, o governo Turco tem gerido o problema dos refugiados sírios para atacar a Grécia com uma vaga de problemas adicionais, para fazer chantagem sobre a Europa, para que fechem os olhos ao que faz aos curdos e para forçar a entrada na UE.
Hoje é o primeiro dia do fim do cavaquismo ainda que seja certo que ele vá aparecer de vez em quando dizer que bem disse, que bem avisou, que bem escreveu.
«É uma mensagem de agradecimento com apenas cinco parágrafos, dirigida “a todos os portugueses”, “sem excepção”. No último dia no cargo, o Presidente da República cessante diz ter sido “uma honra” servir o país na Presidência e “um privilégio contactar directamente com milhares de portugueses e percorrer o país nas jornadas” que realizou nestes dez anos em Belém.
“Sinto, pois, o dever de transmitir um agradecimento muito especial a todos os portugueses. Aos que em mim votaram e aos que não me apoiaram. A todos, sem excepção, estou profundamente grato. De todos guardo boas recordações, por todos tenho um sentimento de profunda gratidão. Foi um privilégio poder servir os portugueses”, escreve Cavaco Silva, menos de 24 horas de deixar o cargo.
Tal como já dissera na segunda-feira, ao ser homenageado pela Câmara de Cascais, o Chefe de Estado sublinha que agiu sempre se acordo com o interesse nacional. “Durante dez anos, procurei corresponder à confiança que em mim depositaram, agindo com sentido de responsabilidade e independência, trabalhando com rigor, seriedade e determinação na defesa do superior interesse nacional”.» [Público]
O presidente pequenino
É normal recordarmos os líderes que marcaram a nossa história pela positiva, não foram muitos e alguns deles nem estavam muito preocupados com a nação, mas a memória colectiva ajuda-nos a recordar o que de bom se fez. Talvez por isso passemos o tempo a homenagear o Viriato, que não era assim tão tuga quanto isso, o D. Afonso Henriques que deu uma coça na mãe, os descobridores e o Marquês de Pombal.
Convenhamos que para mais de mil anos não é grande coisa, mesmo que acrescentemos personalidades como o Egas Moniz, a Padeira de Aljubarrota ou o Carlos Lopes. Mesmo assim são os suficientes para esquecermos aqueles que durante uma boa parte do tempo geriram as longas brancas da nossa memória colectiva.
E se durante longos períodos pouco restou para a nossa memória colectiva também são muitos que passaram pelo poder e de quem ninguém se lembra ou, como será o caso de Cavaco Silva, ninguém se irá lembrar. Como povo costuma dizer, dos parvos não reza a história. No caso de Cavaco Silva o termo parvo até é muito simpático, basta recordar o episódio das escutas a Belém para percebermos que qualquer adjectivo apropriado para este senhor implica fazer ofensas ao Presidente da Pública, delito que o Código Penal pune com uma pena que pode ir até três anos de prisão.
Cavaco foi um homem pequenino, um político que marca as últimas décadas da nossa história pela falta de grandeza, pela mesquinhez, pelo novo riquismo, pelo oportunismo, pelo golpe baixo. Cavaco está associado ao que de muito mau aconteceu neste país, não admira que tenha deixado o cargo de primeiro-ministro com os cofres vazios e a pagar aos funcionários com títulos do Tesouro e deixe a Presidência com o país mergulhado numa profunda crise política, económica e social.
Cavaco vai ser um presidente de má memória e é merecedor da forma pouco digna como acaba o mandato, acaba dez anos de presidência de uma forma quase miserável, depois de semanas a distribuir medalhas faz o seu último discurso numa cerimónia montada por um acólito de Cascais, um discurso sem dimensão, sem conteúdo, sem qualidade, um discurso à imagem do político que sempre foi.
A Primavera começa no próximo dia 20, mas hoje é o último dia do inverno cavaquista, amanhã ninguém se irá lembrar deste homem pequenino que em má hora marcou a vida política portuguesa. Foi o homem pequenino que numa declaração à PIDE orgulhava-se de não se relacionar com a sogra porque essa “criminosa” se tinha divorciado, que protagonizou o episódio das escutas a Belém, que um dia disse querer ajudar Mário Soares a terminar o mandato presidencial com dignidade, que recusou uma pensão a Salgueiro Maia para da dar ao inspector da PIDE.
Em Coimbra temos o Portugal dos Pequeninos, em Oeiras temos o Parque dos Poetas, na teremos o Portugal dos Mesquinhos.
É aquilo que se está passando na relação entre a Turquia e os refugiados, o governo Turco tem gerido o problema dos refugiados sírios para atacar a Grécia com uma vaga de problemas adicionais, para fazer chantagem sobre a Europa, para que fechem os olhos ao que faz aos curdos e para forçar a entrada na UE.
Eles (justiça) andam por aí
«A Polícia Judiciária do Porto está realizar nesta terça-feira buscas na Câmara de Gaia, no âmbito de uma investigação ligada à gestão da antiga empresa municipal Gaianima, extinta em meados de 2015, confirmou ao PÚBLICO fonte policial.
Em causa estão vários crimes, entre eles o de administração danosa, que terão ocorrido durante os mandatos de Luís Filipe Menezes na presidência da autarquia, tendo fonte da PJ confirmado que a operação está relacionada com um inquérito que não visa directamente o antigo presidente da câmara. Menezes, que está a ser investigado no âmbito de outros processos, goza de imunidade por fazer parte do Conselho de Estado, o órgão consultivo do Presidente da República. Porém, com a tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa esta quarta-feira, todos os membros do Conselho de Estado de Cavaco Silva perdem o estatuto e a imunidade, passando a existir um novo órgão.
A operação, que inclui nove buscas, algumas delas domiciliárias, terá começado manhã cedo, pelas 7h. Além das instalações camarárias, a PJ visitou casas de alguns ex-administradores daquela empresa municipal. A meio da tarde desta terça-feira, inspectores da Polícia Judiciária ainda estavam na empresa municipal Gaiurb para recolher documentação informática que estava na posse do antigo director financeiro da Gaianima, que agora trabalha nesta segunda empresa.» [Público]
Parecer:
Veremos se alguém do PSD vem dizer que acabou o tempo da impunidade ou a elogiar a maralha de "Mação".
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelos comentários.»
Ena, tanta inspecção fiscal a Sócrates
«Alguns dos processos disciplinares a funcionários da Autoridade Tributária estão relacionados com a consulta de informações fiscais do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, escreve o Diário de Notícias, acrescentando que não estão diretamente relacionados com a Operação Marquês. O jornal não precisa porém quantos processos estão diretamente relacionados com o ex-governante.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, já, na segunda-feira, tinha vindo dizer que havia neste momento 29 processos disciplinares a funcionários da Autoridade Tributária, 15 dos quais deram entrada já no presente ano. Desde setembro de 2014, o sindicato contabilizou 150 processos, dos quais cerca de uma centena deram origem a uma pena suspensa com repreensão escrita.
Paulo Ralha afirmou que o número de processos disciplinares não aumentou, mas que muitos dizem respeito a pessoas de renome “ligadas ao setor financeiro, políticos, empresários”. Disse mesmo que a Lista VIP de contribuintes foi alargada.
“O que se está a passar, hoje em dia, é que a Lista VIP tal como existia anteriormente, formalmente construída em torno de quatro nomes, deixou de existir, mas criaram-se uma série de filtros que já não protegem apenas quatro pessoas, mas protegem um número indeterminado de figuras mediáticas do campo político, dos negócios ou das finanças”, garantiu Paulo Ralha.» [Observador]
Parecer:
Segundo um conhecido sindicalista deve haver liberdade de vasculhar, apenas se proíbe a divulgação.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Que mal terão os professores?
«A candidata à liderança do CDS-PP, Assunção Cristas, recusa comentar o caso da contratação de Maria Luís Albuquerque, mas alerta que apertar as incompatibilidades pode levar à profissionalização da política ou um parlamento composto apenas por professores.
"Não comentarei casos particulares, não o farei, ainda, para mais com a Maria Luís Albuquerque, fomos colegas de Governo, que eu admiro, e creio que fez um trabalho que o país deve agradecer. Esse debate sobre incompatibilidades não deve ser feito por políticos. Os políticos são parte interessada", afirmou Assunção Cristas.» [DN]
Parecer:
Até parece que a futura líder do CDS acha que ser professor é menos digno do que ser advogada ou funcionária da direcção-geral do tesouro. Antes um parlamento de professores do de fundamentalistas católicas, de advogados corruptos e de políticos sem ética! Esta senhora é um robusto hipopótamo numa loja de porcelana.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»