Em 2016 o primeiro dia da Primavera ocorre no próximo dia 20, mas a verdade é que se formos ao campo os sinais da primavera surgem por todos os lados. O mesmo se vai sentindo um pouco pelo país e o dia de hoje poderia muito bem ser considerado o último de um longo inverno cavaquista.
As democracias não são perfeitas e Cavaco é a prova disso, um dia vamos interrogar-nos como é que uma personalidade como Cavaco Silva conseguiu ganhar eleições legislativas, com duas maiorias absolutas e depois de todo o que se soube sobre os seus amigos e após uma derrota, ainda conseguiu marcar o país com dois mandatos presidenciais.
Como é que alguém que escolheu em manteve Dias Loureiro como membro do Conselho de Estado ganhou eleições? Como é que alguém que permitiu que o seus gabinete lançasse as falsas acusações de escutas telefónicas sobrevive no cargo? As perguntas poderiam ser muitas, as suficientes para que estejamos perante um case study da vida política.
Nunca saberemos tudo sobre Cavaco Silva, nunca saberemos se era o dinamizador de projectos ou o viciado em sondagens de opinião, se as suas prateleiras estavam cheias de planos para novos empreendimentos ou os resultados dos estudos de opinião. Nunca conheceremos as suas relações com o poder ou com a justiça, nunca nos será dito porque motivo em três mandatos de primeiro-ministro a justiça foi tão inoperante perante tanta evidência de corrupção.
Talvez o melhor seja esquecer Cavaco, ignorá-lo, transformar a sua passagem pelo poder em mais uma das muitas brancas da nossa história, as brancas que nos permitem ignorar os muitos que marcaram este país pela negativa e que não queremos recordar.
As democracias não são perfeitas e Cavaco é a prova disso, um dia vamos interrogar-nos como é que uma personalidade como Cavaco Silva conseguiu ganhar eleições legislativas, com duas maiorias absolutas e depois de todo o que se soube sobre os seus amigos e após uma derrota, ainda conseguiu marcar o país com dois mandatos presidenciais.
Como é que alguém que escolheu em manteve Dias Loureiro como membro do Conselho de Estado ganhou eleições? Como é que alguém que permitiu que o seus gabinete lançasse as falsas acusações de escutas telefónicas sobrevive no cargo? As perguntas poderiam ser muitas, as suficientes para que estejamos perante um case study da vida política.
Nunca saberemos tudo sobre Cavaco Silva, nunca saberemos se era o dinamizador de projectos ou o viciado em sondagens de opinião, se as suas prateleiras estavam cheias de planos para novos empreendimentos ou os resultados dos estudos de opinião. Nunca conheceremos as suas relações com o poder ou com a justiça, nunca nos será dito porque motivo em três mandatos de primeiro-ministro a justiça foi tão inoperante perante tanta evidência de corrupção.
Talvez o melhor seja esquecer Cavaco, ignorá-lo, transformar a sua passagem pelo poder em mais uma das muitas brancas da nossa história, as brancas que nos permitem ignorar os muitos que marcaram este país pela negativa e que não queremos recordar.