sábado, março 19, 2016

Umas no cravo e utras na ferradura



 Jumento do dia
    
Assunção Cristas

A líder do CDS encontrou uma forma muito original de fazer oposição, faz oposição ao governo para afirmar a sua oposição ao PSD. Começa a ser difícil de perceber se Assunção Cristas se opõe a António Costa ou se acredita na pantomina do primeiro-ministro do exílio e quer ser líder da oposição ao líder da oposição que anda armado em primeiro-ministro.

A verdade é que desde o congresso que cada frase de oposição ao governo deixa n ar a sensação de que é uma afirmação contra  PSD.

«A presidente do CDS-PP afirmou esta sexta-feira que os centristas procurarão sempre apresentar as suas alternativas relativamente ao Programa Nacional de Reformas, mas mostrou-se indisponível para se sentar à mesa com um Governo “encostado às esquerdas radicais”.


“Nós faremos a nossa reflexão dentro do CDS e aquilo que vos posso dizer é que seremos sempre atores construtivos de propostas em matérias que são relevantes para o país, não nos parece que estejamos propriamente disponíveis para nos sentarmos à mesa com um Governo que está encostado às esquerdas radicais e em relação ao qual nós somos uma oposição firme”, afirmou Assunção Cristas aos jornalistas.» [Observador]

      
 Costa a gozar com Passos
   
«Segundo disse fonte do gabinete do primeiro-ministro à agência Lusa, o convite para esta deslocação tinha sido feito pelo presidente do Governo Regional da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, aquando da apresentação dos cumprimentos e da primeira reunião entre os dois governantes, que decorreu a 21 de dezembro, em Lisboa.

Esta deslocação, que concentra a agenda oficial na terça-feira, tem como objetivo político, de acordo com a mesma fonte, a "normalização de relações institucionais e passar a ideia de que o período de costas voltadas que aconteceu nos últimos anos, com diferentes protagonistas, acabou", valorizando assim a Região Autónoma da Madeira.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

António Costa vai a Madeira falar com um velho amigo de Passos Coelho para normalizar as relações entre o governo da República e o governo regional? Enfim, mais uma reversão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Mais uma desilusão para o traste
   
«A agência de “rating” norte-americana Standard & Poor’s (S&P) decidiu nesta sexta-feira manter o rating de Portugal no mesmo nível de lixo, reiterando a perspetiva estável. A agência fala em riscos para a “estabilidade a longo prazo” do governo, mas mostra-se tranquila quando ao défice.

“A nossa expectativa é que o novo governo, liderado pelo Partido Socialista e apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo Partido Comunista Português, irá continuar empenhado com políticas que promovam a continuação da consolidação orçamental, respeitando as regras europeias de um modo geral”, nota a agência de rating em comunicado difundido esta sexta-feira ao mercado.

Contudo, a S&P diz que “a estabilidade a longo prazo do governo pode ser colocada em causa caso haja um crescimento económico mais baixo do que o esperado nos planos orçamentais, caso seja necessário aplicar mais medidas de redução do défice e à medida que seja necessário tomar um papel ativo no fortalecimento do setor financeiro”. » [Observador]
   
Parecer:

Parece que nem todos alinham no discurso de Passos e Cristas pelo que o desejado segundo resgate não está no horizonte.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao traste.»

 Cadilhe defende a promoção da poupança
   
«Miguel Cadilhe quer que o Governo de António Costa incentive a poupança dos particulares. Para o antigo ministro das Finanças do Governo de Aníbal Cavaco Silva, a taxa de poupança de 4% dos rendimentos disponíveis das famílias está muito baixa.

“Desafio para o Governo: pensar nas políticas que podem influenciar a propensão à poupança”, afirmou Cadilhe durante a conferência “As Pensões e a Poupança em Portugal”, organizada pela Cidadania Social e pelo Instituto BBVA de Pensões nesta sexta-feira. O economista exemplificou com uma das suas medidas enquanto ministro das Finanças: o lançamento dos planos de poupança-reforma em 1989. “Demos sinais que era preciso poupar”, recordou.» [Observador]
   
Parecer:
Pois, os nossos banqueiros e os seus esquemas são um grande estímulo para a poupança. Cadilhe fala dos tempos em que foi ministro mas esconde que nesses tempos a maior parte da banca era pública.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cadilhe se está pensando na colocação das poupanças debaixo do colchão.»

 Foi assim que falaram do BES e do BANIF
   
«O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, deixou hoje uma mensagem tranquilizadora em relação às associações mutualistas, considerando que estas são importantes no "apoio à economia portuguesa".

"Julgo que esse conjunto de instituições tem condições para continuar a ser um importante factor de apoio à economia", disse o governante quando questionado sobre o impacto que poderá ter o facto da Associação Mutualista ter injetado hoje 300 milhões de euros no capital do Montepio.

Embora lembre que "é uma instituição de natureza diferente, de matriz de base associativa", o ministro referiu que este tipo de associações "existe em muitos países da Europa e que devem ser defendidas como um facto de enriquecimento".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
Era bom que o ministro do Trabalho não se metesse na banca e que não induza os portugueses em decisões que no passado se revelaram erradas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão.»