quarta-feira, maio 08, 2013

Jumento do Dia


   
Margarida Salema d’Oliveira Martins

Quando o Ministério Público decide pedir a absolvição de todos os arguidos no porcesso Taguspark é bom recordar como nasceu esta manobra difamatória contra José Sócrates. O processo nasceu por iniciativa da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, para ser mais preciso, por iniciativa da sua presidente, uma senhora de nome Maria Margarida do Rego da Costa Salema d`Oliveira Martins.
 
Quem é este distinta senhor?

Maria Margarida do Rego da Costa Salema d`Oliveira Martins é militante do PSD desde 1974 (foi homenageada por isso mesmo em Novembro último pela Comissão Política da Secção D do PSD de Lisboa), foi deputada à Assembleia da República de 1980 a 1983 e deputada ao Parlamento Europeu entre 1989 e 1994.
 
Foi esta senhora que em 19 de Fevereiro de 2010 deu uma entrevista em que dizia que acompanhava atentamente as notícias sobre o caso:

«Em entrevista ao Negócios, a presidente da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, Margarida Salema, diz que o organismo que controla as contas dos partidos e das campanhas eleitorais está a acompanhar atentamente as notícias sobre a participação de Luís Figo na campanha eleitoral.» [Jornal de Negócios]
 
E em Junho pediu ao Ministério Público para investigar:

«A Entidade das Contas e dos Financiamentos Políticos apresentou uma queixa formal contra os socialistas na Procuradoria-Geral da República. Em causa o apoio do ex-futebolista a José Sócrates durante a última campanha eleitoral para as legislativas.

A Entidade das Contas e dos Financiamentos Políticos apresentou uma queixa formal contra os socialistas na Procuradoria-Geral da República. Em causa o apoio do ex-futebolista a José Sócrates durante a última campanha eleitoral para as legislativas.

O novo inquérito-crime, aberto como consequência pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, vai investigar as suspeitas de financiamento político ilícito à campanha de José Sócrates, noticia o semanário “Sol”.» [Jornal de Negócios]
 
Será que a distinta militante continua a acompanhar atentamente a comunicação social? Pode ser que venha pedir desculpa aos visados, arguidos ou apenas difamados, bem como à própria democracia pois este processo foi mais uma nódoa que emporcalhou a democracia portuguesa.
 
Enfim, não iremos tão longe, mas segundo os critérios de dignidade de muita gente esta forma de encerramento do processo no tribunal implicaria a apresentação de um pedido de demissão, mas nos tempos que correm isso já é pedir muito, com a austeridade que por aí vai ninguém dispensa o conforto de um cargo público que dá pouco trabalho.