Amanhã é dia 11 de Setembro, uma data em que o terrorismo ensombrou o mundo e que justifica o esforço de muitos estados democráticos contra o terrorismo, um esforço que como disse muito recentemente o primeiro-ministro norueguês consegue-se melhorando a democracia. Neste combate os serviços de segurança do Estado são essenciais neles se confiando a segurança do país e a defesa da nossa democracia.
Mas nestes dias em que o mundo reflecte sobre o 11 de Setembro em Portugal temos assistido a um espectáculo triste envolvendo a gente das secretas e os seus amigos no mundo do dinheiro e da política. Quando era suposto que usavam o dinheiro do país para assegurarem a sua segurança percebemos que andavam a brincar aos negócios e aos maridos com medo de ser enganados.
Apercebemo-nos da promiscuidade entre políticos cheios de vontade de chegar ao poder, empresários que recorre às secretas para vencerem os seus concorrentes no mercado, agentes secretos cheios de ambição. Percebemos que em vez de estar ao serviço da segurança do país os serviços secretos estão ao serviço de interesses privados, da ambição política de dirigentes sem escrúpulos e de empresários que usam brilhantina e querem enriquecer sem limites e sem obstáculos.
Mas a bem da Nação nada vai ser investigado, as jornalistas bem informadas vão continuar a mandar mensagens por telemóvel aos governantes, os candidatos à liderança das secretas continuarão a fazer jogos de bastidores, os empresários manhosos podem continuar a recorrer a jogos sujos, dentro em breve todos os inquéritos serão encerrados, a Ongoing será dona da RTP, a Manuela Moura Guedes terá um programa para abater os adversários políticos da direita e os portugueses terão de se preocupar com a possibilidade de chegarem ao dia vinte e não terem com que pagar as contas.
A nossa sorte é que os serviços de segurança dos países amigos farão o trabalho dos nossos e até é muito provável que os terroristas nos ignorem, o que é a nossa sorte, com secretas destas é mais fácil afundar um cacilheiro cheio de gente do que disparar um morteiro nas montanhas do Afeganistão.