sexta-feira, setembro 16, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




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Fechada a cadeado [A. Cabral]
  
A mentira do dia d'O Jumento
DD

Jumento do dia


Carlos Abreu Amorim, ejaculador precoce de serviço

Os apoiantes mais radicais dos governos que se reivindicam do centro (uns porque o são e outros porque têm de vergonha de assumir os seus valores) costumam ser os que receberam a sua educação política nos meios mais extremistas. Revelam nestes momentos as consequências do extremismo na sua deformação política.

É um fenómeno recorrente a que assistimos com a mudança de gente de PCP e, com muito mais frequência, dos movimentos da extrema-esquerda. Um bom exemplo deste extremismo na defesa dos novos patrões políticos está a ser dado pelo deputado (dito) independente Carlos Abreu Amorim, um dos mais extremistas defensores de Passos Coelho.

Mas este deputado não veio da extrema-esquerda, veio dos bons círculos da extrema-direita do PND, tradicional defensora dos valores cristãos. É por isso que não se entende porque para este deputado se mede em termos de ejaculação e sempre que se refere à oposição acusa-a de ejaculação precoce.
 
Começa a parece que este deputado, cuja figura não será das mais apelativas, terá um problema com a sua sexualidade. Começa a parecer que em vez de passar as tardes no parlamento seria mais saudável para o deputado dito independente passar as noites no Elefante Branco, ali poderia dar mostras das suas aptidões e fazer testes de velocidade à sua própria ejaculação.

«Passos Coelho calou hoje, na AR, os que sofrem de ejaculacao precoce com as criticas à propalada lacuna nos cortes da despesa do Estado.» [Twitter]
 
 Obrigadinho Passos Coelho

 
Se estivesse ao lado do Passos Coelho quando abri esta notícia do Público ter-lhe-ia dado um beijinho, sói ele conseguiria o feito de criar emprego num ambiente económico tão adverso. Mas quando se lê a notícia com mais cuidado fica-se a saber que tal feito ocorreu no segundo trimestre, ainda no tempo do maldito Sócrates.
 
Mas como é sabido os jornalistas do Público não gostam do Sócrates o que, aliás, não é de estranhar, o seu patrão Belmiro de Azevedo também não gosta mesmo nada, gostaria e diria maravilhas dele se tivesse instalado um terminal do aeroporto em Tróia e se lhe tivesse permitido comprar toda a PT por um valor inferior ao da participação na Vivo, mas Sócrates foi um malandro e não lhe fez a vontade. E por isso quando lemos o Público temos de ter muito cuidado para não sermos enganados a qualquer momento.
  
 

 Um desviou 600€ e suicidou-se. Outro roubou 90 milhões e está na maior

«Fiquei estupefacto, para não escrever o que proferi na altura em alto e bom som, com uma notícia avançada aqui no Expresso:

"Carlos Marques, o principal arguido de um dos processos saídos do caso BPN, devolveu mais de €16 milhões, que tinha recebido de forma fraudulenta. O dinheiro encontrava-se em contas na Suíça, segundo avança o site da SIC" "... "No total, com os juros incluídos, o empresário terá obtido um financiamento fraudulento do BPN de mais de €90 milhões, ainda de acordo com a SIC." "O arguido deverá passar para prisão domiciliária no final desta semana, tendo em conta a colaboração com as autoridades."

Pelo meio tivemos umas garantias falsas, contas no BES, transacções para aqui e para ali, compras e vendas de terrenos em Angola (esse país politicamente impoluto como se anda a descobrir) e sei mais lá o quê. Nada de especial. Pergunto:

Este senhor Carlos, pessoa idónea que devemos respeitar enquanto cidadão, um individuo que através de trabalho árduo amealhou em pouco tempo vários prémios do euromilhões que após algumas voltinhas pelo mundo obscuro das finanças, foi "estacionando" com carinho em várias garagens suíças, um individuo que ajudou a levar ao charco um banco que os portugueses estão a pagar vai assim, sem mais nem menos, para casa? Como? "Colaborou"? Desculpem? Será que li bem?

Há pessoas encarceradas que assim permanecem indefinidamente, algumas sem acusação, sem direito a nada, sem que ninguém os PROTEJA, alguns porque roubaram meia dúzia de tostões para aguentarem mais um dia e este senhor, um burlão de milhões, vai para o quentinho do lar à espera de destino porque, veja-se bem, se dignou a devolver 16 milhões dos 90 milhões que roubou? ROUBOU! Mas era suposto agradecermos-lhe a bondade do acto? Chamem já o Malato e vamos fazer-lhe um "Especial Carlos Marques" no Coliseu... E que tal erguer-lhe uma estátua, não? Ele e Oliveira e Costa, os dois abraçados, a fazerem um manguito de bronze ao Fernando Pessoa ali no Chiado - era bonito.

Recentemente, em Coimbra, Nuno - um funcionário das bilheteiras dos serviços municipalizados, desviou alegadamente 600€ das contas camarárias. O mesmo funcionário parece ter-se prontificado a restituir a "fortuna" que havia desviado. Politiquices rascas e a denúncia de um vereador socialista de nome Carlos Cidade,guerrinhas de faca e alguidar, levaram este caso directamente para a capa dos jornais mal terminou a reunião de câmara onde este confrontou o Presidente. Resultado: o funcionário chegou a casa no dia seguinte, fechou-se na garagem, meteu uma corda no pescoço e matou-se. Finito. Com apenas 35 anos e sem se despedir da mulher e do filho, Nuno pôs termo à vida.

As diferenças entre estes dois casos são simples. A primeira é óbvia: são 90 milhões de euros do Carlos menos 600 euros do Nuno, enfim..."é fazer as contas". A segunda tem a ver com o facto de uma pessoa ter ou não vergonha na cara, coisa que não abunda neste país. Nuno, que infelizmente já não está entre nós para dizer a vergonha que sentiu, e que fez com que pusesse termo a própria vida. Já o senhor Carlos Marques, novo colaborador da justiça portuguesa, um verdadeiro justiceiro, um altruísta, estará certamente instalado no seu "Palacete da Quinta da Casa Branca, em Carnaxide, avaliado em €5 milhões", que certamente terá, não uma, mas várias garagens.» [Expresso]

Autor:

Tiago Mesquita.
  
 A TSU e o FMI
 
«Ganhar menos do que há dois ou três anos ou ter um corte no salário são histórias que cada um de nós vai ouvindo ou, mesmo, sentido no seu quotidiano. A economia está a fazer, lentamente, é verdade, mas com efeitos virtuosos, aquilo que o FMI insiste em concretizar com uma acentuada descida da taxa social única (TSU), num caminho de custos muito elevados e benefícios muito incertos.

O chefe da missão do FMI, Poul Thomsen, está a criar um problema desnecessário e perigoso, num país que iniciou agora um caminho de ajustamento que vai ser muito violento e sem garantia de resultados, dada a elevada instabilidade financeira e política que se vive na Zona Euro.

Há teorias que são lindíssimas e muito elegantes mas, em situações de grande dificuldade, é de toda a sensatez deixá-las a viver no papel. Como explica um professor de política macroeconómica, a desvalorização fiscal - redução da taxa social única - é muito interessante numa sala de aula, onde se mostra, com as curvas da procura e da oferta, como é possível obter os mesmos efeitos de uma desvalorização cambial. O problema é que, com a desvalorização da moeda, há um efeito automático e límpido nos preços: o preço das importações aumenta e o das exportações diminui. Na desvalorização através da redução de custos do factor trabalho - via corte da TSU - temos de pressupor que vão ocorrer uma série de acontecimentos para obter o mesmo resultado - uma queda de preços que aumente a competitividade. Por exemplo, é preciso pressupor que as empresas reflectem a descida da TSU nos preços e que não a usam para subir as margens de lucro. Mas, com situação difícil em que vivem a maioria das empresas, o comportamento racional é aumentar a margens. E há ainda toda a gama de produtos e serviços que não estão expostos à concorrência internacional. Aí, ninguém, obviamente, vai baixar preços. E como se sabe, não é possível, no quadro da União Europeia, descer a TSU só para quem exporta.

Mesmo que Portugal não estivesse na pressão financeira em que se encontra, a desvalorização fiscal é uma via de benefícios muito incertos, com o custo certo de perda de receita. Na situação em que Portugal se encontra, é de uma enorme irresponsabilidade reduzir a TSU.

Poul Thomsen quer um corte na TSU, de uma só vez, da ordem dos 8 pontos, o que equivale a quase 3,5 mil milhões de euros. É dinheiro que se retira à Segurança Social num país que já está a cortar no Estado Social, que aumentou e ainda vai aumentar mais os impostos e que se encontra numa corrida contra o tempo para reduzir as suas necessidades externas de financiamento e para reconquistar a confiança dos investidores internacionais. Depois de este ano ter já ficado provado - como aliás diz o FMI - que é extremamente difícil controlar a despesa. Imagine-se a dificuldade que será cortar despesa pública, o grande desafio de 2012.

O FMI sabe bem que só a médio e longo prazo se pode contar com os incertos efeitos benéficos da desvalorização fiscal. Mas, no curto prazo, pode colocar Portugal em risco de não cumprir os objectivos de redução do défice público, de enfrentar a contestação social que até agora não se viu e de destruir a segurança social.

Com a desvalorização fiscal, Portugal iria também confirmar a tese recentemente desenvolvida pelo ex-presidente da confederação da indústria alemã. Defendendo a separação do euro em dois, Hans-Olaf Henkel escreveu no Financial Times que, desta forma, países como Portugal poderiam prosseguir as suas tradicionais políticas de desvalorização cambial para ganharem competitividade. É exactamente por isto que é difícil compreender a posição assumida por António Borges, em entrevista ao Diário Económico. Quando foi vice-governador do Banco de Portugal, Borges foi um dos grandes defensores do fim da desvalorização para que assim se provocasse uma reestruturação do tecido empresarial português. Hoje, no FMI, defende a desvalorização fiscal.

Portugal já tem problemas suficientes. Não precisa de mais problemas criados porque o FMI, teimosamente, quer provar a teoria da desvalorização fiscal num país em dificuldades financeiras.» [Jornal de Negócios]

Autor:

Helena Garrido.
  
 Opte pela maçã de Alcobaça

«Não sou fã de banhos de imersão. Passam-se anos sem tomar um. O meu duche matinal é rápido. Dura pouco mais de um minuto. E gosto dele mais para o frio do que para o quente. Não consumo, por isso, muita energia. Apesar disso, estou inclinado para seguir o exemplo da Susana Fonseca que, sempre que toma duche, guarda num balde a água que sai da torneira antes de ficar morna. "Sempre é uma descarga a menos que faço no autoclismo", explica a dirigente da Quercus.

O truque doméstico de meter uma garrafa vazia no depósito de água, para diminuir o desperdício na descarga do autoclismo, foi já incorporado pela indústria. A Cerâmica de Valadares produz e comercializa com sucesso uma sanita ecológica, que permite grandes poupanças de água. Não compreendo porque é que ainda não foi industrializada a ideia simples e genial de abastecer os depósitos das sanitas com as águas escoadas do lavatório.

De certo está familiarizado com o conceito de pegada ecológica e as suas assustadoras implicações. Seria impossível todos os habitantes da Terra terem um padrão de consumo igual ao nosso, pela simples razão de que os recursos naturais do planeta se esgotariam antes disso poder acontecer. Aterrador, não é?

Só há uma Terra. Os recursos são finitos. Temos de os poupar. Seria tremendamente egoísta continuarmos a comprometer irremediavelmente a qualidade de vida dos nossos filhos.

Caminhamos para a catástrofe se não mudarmos o paradigma de predação da Natureza. Há grandes decisões tomar, que infelizmente estão fora do nosso alcance, como, por exemplo, manter a Amazónia. Sabia que se a desflorestassem, em poucos anos deixaria de haver peixe, porque os oceanos são alimentados com a matéria orgânica que cai no rio e é transportada pelo Amazonas?

Mas podemos contribuir para salvar o planeta se incluirmos na nossa rotina diária pequenos hábitos como o de separar o lixo, fechar a torneira enquanto nos ensaboamos ou escovamos os dentes, não deixar o computador e os electrodomésticos em "stand by", usar lâmpadas eficientes, comprar apenas o indispensável, andar de transportes públicos e não ter preconceitos em recorrer a bens em segunda mão.

E, lembre-se, quando estiver a comprar maçãs, opte pela de Alcobaça. Não só por patriotismo, mas também por razões ambientais . Já pensou na enorme pegada ecológica, só em transporte e frio, de cada Royal Gala argentina?

Para as gerações futuras poderem beneficiar do conforto de abrirem a torneira e sair água, premirem o interruptor e fazer-se luz, temos de aprender a viver com mais frugalidade e menos sofreguidão. Quando comparamos os rankings do desenvolvimento humano com o da pegada ecológica, temos a surpresa de ver que Cuba é quem está mais próximo do ponto de equilíbrio. Surpreendente, não é?» [JN]

Autor:

Jorge Fiel.  

 Favas depois de almoço?

«A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) leva na sexta-feira para a rua os protestos contra o desemprego entre os docentes, com concentrações de norte a sul do Continente e também na Madeira.» [DN]

Parecer:

O Mário Nogueira fez todos os fretes ao Crato, até assinou uma acta simbólica porque não assinou o acordo da avaliação, e agora organiza manifestações para limpar a face.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorrisinho.»
  
 Bandalhice no Estado

«A Direcção-geral do Orçamento (DGO) adiou, pela segunda vez, o prazo para entrega das propostas de orçamento para 2012.

É um novo sintoma do atraso dos trabalhos de preparação do Orçamento do Estado para 2012. Isto porque depois de um primeiro adiamento, de 9 para 14 de Setembro, a DGO decidiu dar mais um dia para os serviços do Estado entregarem as suas propostas.

O segundo prazo para os 611 serviços entregarem os seus orçamentos terminava ontem, mas, uma vez que cerca de metade dos serviços ainda não o tinha feito, a DGO decidiu que os orçamentos em falta podem ser entregues entre até às 18h de amanhã.» [DE]

Parecer:

E não sucede nada aos faltosos?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar.»
  
 A universidade do copianço
 
«70% dos alunos do ensino superior confessaram já ter copiado, revela o estudo "Integridade Académica em Portugal", de Aurora Teixeira, citado pela revista "Visão ".

Os primeiros resultados da investigação realizada por Aurora Teixeira, professora da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, mostram ainda que apenas 2,4% dos estudantes afirmam que foram apanhados a prevaricar.» [Expresso]

Parecer:

Se no Centro de Estudos Judiciários foi toda uma turma de futuros magistrados infalíveis e endeusados a safarem-se à custa do copianço não é de estranhar que o mesmo suceda na universidade. Aliás, foi lá que os nossos meritíssimos aprenderam a copiar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Berardo deve 20 euromilhões à CGD

«A Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem um buraco de €300 milhões derivada de créditos concedidos a Joe Berardo, escreve hoje o "Público."

De acordo com o jornal, o empresário madeirense tem uma dívida de €360 milhões à CGD, sendo que o valor que está em risco é de cerca de €300 milhões, fora as garantias. O valor da dívida foi divulgado num dossiê do banco estatal que foi entregue à PriceWaterHouseCoopers e ao Executivo.» [Expresso]

Parecer:

Deve ser o cliente mais bem tratado nos balcões da CGD.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Experimente-se ir a um balcão da CGD solicitar um crédito, vão exigir-lhe um depósito a prazo com o dobro do montante do crédito e um quarto dos juros.»
  
 Um ladrão ainda maior do que o O. Costa e Cia.

«Kweku Adoboli. Este é o nome do operador do UBS preso hoje, em Londres, por estar relacionado com as operações “não autorizadas” que poderão levar o banco suíço aos prejuízos no terceiro trimestre.

O “Financial Times” avança que o UBS não quis confirmar este nome, dizendo apenas que a perda de 2 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) tinha sido causada por um “operador” e que este é um assunto em discussão interna. A polícia londrina falou apenas num homem de 31 anos.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

É de ficarmos cheios de pena do UBS...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mais um sorriso.»
  
 Espanha vai buscar mil milhões aos ricos

«São 160.000 os contribuintes espanhóis que serão “contemplados” com o imposto espanhol sobre o património que tinha sido suspenso em 2008 e que foi reformulado para incidir apenas sobre as grandes fortunas, avança o “El País”, citando a ministra da Economia, Elena Salgado (na foto).

O Executivo espanhol, que aprovará a medida amanhã em conselho de ministros, decidiu elevar o montante mínimo que isenta o pagamento deste imposto, dos actuais 120.000 euros para 700.000 euros, e prevê-se que só esteja em vigor este ano e no próximo.» [Jornal de ]
Parecer:

Aqui até parece que temos de lhes pagar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se regras idênticas às de Espanha.»
 

   








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