domingo, setembro 18, 2011

Semanada

Desta vez o segredo não foi contado aos conselheiros nacionais do PSD, não houve lugar a interpretações do Vítor Gaspar, o desvio colossal das Madeira foi lançado na comunicação social um dia depois do debate mensal no parlamento e quando Passos Coelho já estava no estrangeiro. Mas pior do que ser um desvio colossal é o facto de já ser o segundo vindo da Madeira e ainda pior do que se tratar de um segundo desvio colossal é o facto de ter posto em causa a credibilidade internacional do país. Como diz o povo pela boca morre o peixe, o mesmo partido que falava em esqueletos no armário e que tantas vezes acusou o governo anterior de omitir informação tem um verdadeiro ossário nos seus próprios armários.
Mas nem o colossal buraco impediu o governo de cortar nos músculos da polícia, depois do programa da caridade nacional apresentado pelo ministrozeco da Vespa a austeridade é complementada também pela aposta na bordoada, quem não aceitar a cenoura leva co o bastão. O problema é que um sindicalista da PSP veio logo dizer que não bastava, tal como as coisas estão em vez de darem bordoada os polícias também estarão na rua o que, aliás, não sucederia pela primeira vez. Resta esperar que o governo ceda para assegurar que a polícia de choque vá para o trabalho de sorriso no rosto.
Apesar de tudo as coisas estão a correr bem a Passos Coelho, a tal crise que era um exclusivo nacional depressa se transformou numa grave crise internacional, assim já pode dizer que não tem culpa das consequências dos seus excessos de troika que, afinal, mal dão para os desvarios do idiota do Atlântico Sul.
Quem deve estar grato ao idiota do Atlântico Sul é o ministro Crato, enquanto os jornalistas andavam à procura de Alberto João para ouvir os seus habituais disparates e ofensas ao país, quase ninguém reparou que os problemas regressaram à abertura do ano lectivo, algo que se pensava ter desaparecido. Além disso, ainda contou com o silêncio do Mário Nogueira que está tão simpático que ainda vai ser requisitado à Fenprof para ser adjunto do ministro.