terça-feira, setembro 06, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Barbearia da Baixa de Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Idanha-a-Velha [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Durão Barroso

Por vezes este Durão Barroso faz lembrar o antigo ministro da comunicação do Sadam Hussein.

«"As últimas previsões da Comissão Europeia revelam que haverá crescimento - é certo que moderado - em toda a União Europeia", afirmou Durão Barroso numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra da Austrália.» [Expresso]

 O medo de Passos Coelho

Passos Coelho percebeu que exagerou na dose e agora receia a ocorrência de tumultos aproveitando para fazer ameaças e desmobilizar quaisquer manifestações. Talvez não se tenha enganado quanto aos tumultos mas enganou-se ao pensar que se ocorrerem são promovidos por marginais e, pior ainda, ao confundir manifestações de carácter político com tumultos provocados para pilhar lojas.

Com este gesto revelou ser um primeiro-ministro medroso e que não percebeu ainda que é a classe média que está a ser destruída pelas suas políticas. Quando essa classe média sair à rua não vão ser necessários tumultos para Passos Coelho e o Gasparoika saírem do governo.
    
 

 Cuidado com a terapêutica

«No artigo de opinião que escrevi no Diário Económico, em Agosto último, referi cinco pontos que considero críticos para o sucesso de uma estratégia de saída da crise que o país actualmente atravessa.

Passados apenas alguns meses da tomada de posse do novo Governo é ainda cedo para fazer uma avaliação do seu trabalho, mas é já tempo suficiente para reter uma crescente preocupação sobre dois dos cinco pontos que então referi:

i) o elevado risco de uma crescente instabilidade social em resultado de uma má articulação do Governo com os Parceiros Sociais, tendo em conta os gravosos efeitos que as medidas que estão a ser tomadas terão sobre os cidadãos, em especial sobre a classe média baixa;

ii) a quase total ausência de medidas de estímulo à economia e ao crescimento, originando provavelmente uma recessão económica superior à originalmente estimada e, por isso, obrigando a um agravamento das medidas de aumento de receita e de redução da despesa para manter os objectivos dos ‘deficits' públicos para 2011 e 2012, em termos de percentagem do PIB.

Começa a ser claro que a estratégia do Governo é a de ir muito além do exigido pelo programa da Troika, concentrando além disso, no início do período, as medidas mais impopulares de forma a relaxar no final. É uma estratégia bem conhecida, que quase sempre tem a ver com os chamados ciclos eleitorais. Mas afigura-se bastante perigosa face à dimensão das medidas previstas no programa da Troika, correndo-se mesmo o risco de "matar o doente com a terapêutica," porque:

i) há um ponto de equilíbrio social a partir do qual a sustentabilidade não é mais possível, por absoluta incapacidade material dos cidadãos, pelo que só uma estratégia de concertação e compromisso permitirá evitar situações de ruptura que, a acontecerem, tornarão inviável qualquer plano. A meu ver estamos a caminhar nesse sentido, parecendo-me não ser o mais indicado;

ii) por este caminho é de prever que a recessão económica para 2011 seja pior do que a prevista, talvez na ordem dos - 3% do PIB, fazendo com que o PIB diminua num valor próximo dos 5 mil milhões de euros. Seria mais prudente tentar evitar o mais possível a degradação do PIB nestes dois anos, não só porque evitaria tomar medidas de austeridade adicionais tão gravosas, como permitiria uma recuperação económica mais rápida no futuro.

Sou dos que consideram essencial o reequilíbrio das contas públicas para o relançamento sustentado da economia, mas também sou dos que consideram possível fazê-lo num ambiente sem crispação e que limite ao necessário as medidas que para o efeito tenham de ser tomadas. Neste momento tenho as maiores dúvidas quanto ao sucesso do caminho que está a ser seguido.» [DE]

Autor:

Francisco Murteira Nabo.
  
 Ordem para morrer

«O que, para além de toda a tagarelice justificativa, resulta das anunciadas medidas de redução da despesa (ainda apenas "planos"; "realizações" são, para já, a nomeação de centenas de 'boys' e dezenas de "grupos de trabalho", 11 só à conta de Relvas, três deles para o futebol) é que ou Passos e Portas não faziam a mínima ideia do que falavam quando criticavam as "gorduras" do Estado ou mentiam deliberadamente quando se atiravam como gatos a bofes contra Sócrates por aumentar os impostos (um e outro preocupavam-se então muito com as "famílias").

Andaram anos a chamar mentiroso e "Pinóquio" a Sócrates porque as suas políticas não coincidiam com as suas promessas e, em dois meses, não têm feito outra coisa senão desdizer-se. A solução que tinham na manga era, afinal, o empobrecimento geral (geral?, não: uma pequena aldeia de 25 magníficos continua a enriquecer escandalosamente à custa desse empobrecimento).

Agora, aos trabalhadores (Amorim excluído), pobres e pensionistas, juntam-se os doentes no lote dos "todos" a quem Passos e Portas cobram a factura da crise. No caso dos doentes, pagando com própria vida se for o caso: os responsáveis nacionais pelo programa de transplantações demitiram-se sexta-feira revelando que os cortes na Saúde "não respeitam a vida humana" e vão "matar pessoas". Não me parece que Paulo Macedo se preocupe com isso: trata-se de doentes crónicos, que só dão despesa...» [JN]

Autor:

Manuel António Pina.
     

 Já se come menos pão

«Associação de Panificadores queixa-se de que o corte nos ordenados e o aumento do IVA obrigaram os portugueses a diminuir as idas à padaria e a levar para casa sacos mais vazios. E avisa que centenas de negócios podem fechar até final do ano.

Costuma dizer-se que numa casa portuguesa há sempre pão e vinho sobre a mesa. Mas a crise está a levar a um corte no consumo de pão. A Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), a maior do sector em Portugal, fala numa quebra de 35% nas vendas nos últimos 12 meses e na previsão de centenas de encerramentos de panificadoras até ao final do ano.» [DN]

Parecer:

O cenário do encerramento de uma boa parte do pequeno comércio é um cenário bem real.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 O Alberto João sentiu-se ofendido

«O Governo Regional da Madeira anunciou hoje que decidiu processar criminalmente o coordenador nacional do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, por "afirmações caluniosas e injuriosas e mentiras", proferidas domingo no Funchal. » [DN]

Parecer:

Pobre homem.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Alberto se vaio pagar as despesas do processo com dinheiro do seu bolso ou com os impostos pagos pelos "cubanos".»
  
 Grande mentiroso!

«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse este domingo que o Governo prevê manter o nível fiscal que está previsto no memorando da troika e que não serão necessários mais aumentos de impostos, excepto se tal for imposto por «condicionantes externas».

«Nós esperamos que se mantenha a receita fiscal que estava prevista, quer dizer não precisamos de a aumentar mais, a não ser que haja algum evento que não decorra das nossas acções, que seja imposto por condicionantes externas, mas a receita fiscal deverá manter-se ao mesmo nível durante todo o período de vigência do programa de assistência financeira», afirmou Passos Coelho.» [DN]

Parecer:

Depois de inventar um desvio colossal para nos tirar o subsídio de Natal é preciso ter lata.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Jardim foi apanhado pela troika

«A carta de Jardim foi enviada a Passos Coelho a 30 de Agosto, dia em que o governante insular foi confrontado com a eminente confirmação do novo buraco por Bruxelas. Na prática formalizou assim o processo já em curso, com sucessivos pedidos de informações que vinham sendo solicitadas pela troika, através do Ministério das Finanças, sobre os défices regional e municipal e passivos do sector público empresarial. » [Público]

Parecer:

E o pobre Passos foi apanhado pelo Jardim.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
     

 "Albergue Espanhol" - Nogueira Leite = "Forte Apache"


Parece que os crentes incondicionais de Passos Coelho se refugiaram num novo forte, agora a dúvida é saber se aguenta mais tempo do que o "Câmara Corporativa". Esta ideia de se fortificarem terá algo que ver com o receio de tumultos?
  

   








target="_blank"