Foto Jumento
Cais palafítico da Carrasqueira, Alcácer do Sal
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Cabeçudo, Viseu [AJ Carvalho]
A mentira do dia
Passos Coelho vai cumprir uma das suas grandes promessas eleitorais, convocou os jornalista para lhes dar a conhecer o esqueleto que até aqui tem andado escondido nos armários e que insistia em esconder-se sem ser apanhado:
Jumento do dia
Passos Coelho vai cumprir uma das suas grandes promessas eleitorais, convocou os jornalista para lhes dar a conhecer o esqueleto que até aqui tem andado escondido nos armários e que insistia em esconder-se sem ser apanhado:
Jumento do dia
Alberto João, aldrabão madeirense
Depois das eleições passou a ser pouco honesto confundir a situação de Portugal com a da Grécia, ao contrário do que sucedeu naquele país por cá as contas públicas não eram aldrabadas de forma premeditada. aqui era tudo gente honesta a partir do momento em que gente rigorosa chegou ao poder. Mas graças ao Alberto João o país deixou de ter o estatuto de honesto para poder ser tratado internacionalmente como um país aldrabão.
Resta agora esperar para ver se para Passos Coelho a credibilidade e honorabilidade externas do país vale mais do que os laços partidários e se no momento de ajudar a Madeira vai sobrecarregar todos os portugueses com mais impostos para ajudar Alberto João a sobreviver, mantendo-o no poder à custa de votos "comprados" com o dinheiro dos que são sistematicamente ofendidos pelo governador da madeira.
O que já se sabe é que por conta de um buraco colossal, em grande medida provocado pelo Alberto, os portugueses ficaram sem dinheiro para as prendas de Natal. Será que Passos Coelho vem agora dizer que encontrou outro desvio colossal e nos leva (a quem o vai receber) a outra metade do subsídio de Natal ou mesmo o vencimento do mês de Janeiro?
Recorde-se que Passos Coelho fez tudo para forçar um pedido de ajuda ao FMI em plena campanha eleitoral. Esperemos para ver se é coerente e em vez disso invoca as eleições regionais para ajudar Alberto a ter um daqueles resultados eleitorais dignos do Idi Amin Dada.
Já faltou mais...
E saberá Passos Coelho dançar o "Bailinho da Madeira"?
Se não sabe então sugere-se que ouça a "Mula da Cooperativa", sugerindo-se que onde se ouve "dois coices no telhado" ouça "dois coices colossais nas contas públicas" e em vez de "Zé da Adega" ouça-se "Passos de Massamá":
Em vez de poncha beba medronho, sabe quem o está a pagar...
Sentido de Estado
Sentido de Estado
Sentido de Estado é a Angela Merkel abraçar e dar dois beijinhos a Berlusconi na próxima reunião do Conselho Europeu [via CC].
Reflexão
O governo acabou de passar do estado de graça para o estado de engraçado.
Reflexão
O governo acabou de passar do estado de graça para o estado de engraçado.
Republicar o acordo com a troika
A publicação do acordo com a troika e depois s sua tradução foram exigências feitas pelo PSD durante a campanha eleitoral, exigências que, aliás, faziam todo o sentido. Mas a transparência das decisões do Estado não é um exclusivo dos períodos eleitorais, nem deve ser exigida apenas durante as campanhas eleitorais e se fazia sentido a divulgação do acordo com a troika, também faz agora todo o sentido que toda e qualquer alteração do acordo, bem como todas as exigências feitas pela troika que entretanto vão sendo aceites aceites pelo governo, sejam igualmente objecto de divulgação.
O mínimo que se espera de quem exigiu com tanta insistência a divulgação do acordo é que agora crie uma página oficial onde além do acordo inicial vão sendo colocadas todas as medidas acordadas ou ordenadas pela troika, bem como todos os desvios colossais que vão sendo encontrados.
Recado de Maria da Conceição Tavares aos jovens economistas
(via Expresso)
Pela boca morre o peixe
Primeiro diziam que haviam esqueletos no armário, depois escreveram-se cartas onde se faziam perguntas cujo objectivo era provocar desconfiança da troika em relação à contas públicas, a seguir festejaram as correcções do défice resultantes de meras alterações metodológicas (chegou ao ponto de ter sido a senhora Merkel a esclarecer isso), mais tarde encontraram desvios colossais, agora ficaram calados. Pela boca morre o peixe.
Uma pergunta a Cavaco Silva
Uma pergunta a Cavaco Silva
Já ouviu falar da ocultação das dívidas do governo do Alberto? Ou será que alertou para as mesmas num artigo escrito há uns anos?
A triste lição dada pelos professores
A triste lição dada pelos professores
A verdade é que para a maioria dos nossos professores efectivos e respectivos sindicais desde que a avaliação seja mais simpática para os professores estabelecidos o Crato já pode despedir tantos professores contratados quanto quiser! Uma verdadeira lição de miséria humana.
A ejaculação precoce do deputado Carlos Abreu Amorim
Pobre deputado, agora é ele que sofre da ejaculação precoce que andava a diagnosticar aos outros:
«Só que a bancada laranja, através do vice-presidente Carlos Abreu Amorim, lembra que o “buraco” hoje conhecido se deve às diligências do Governo para avaliar as contas daquela Região Autónoma e nega que o executivo tenha escondido a situação.» [Público]
Lá que ele invoque o estatuto de independente tudo bem, mas nem mesmo alguém que andou pelo PND pode ignorar que o executivo da Madeira pertence tanto ao PSD quanto o da República. Logo ele que veio de um partido que tanto se bateu e bate contra o Alberto...
A dúvida do dia
Alguém falou em esqueletos no armário?
São as eleições que vão decidir a confiança política no Alberto João
Será que Passos Coelho vai pedir desculpa a Isaltino Morais e convidá-lo para voltar a ser ministro e participar no Conselho Nacional do PSD?
A dúvida do dia
Alguém falou em esqueletos no armário?
São as eleições que vão decidir a confiança política no Alberto João
Será que Passos Coelho vai pedir desculpa a Isaltino Morais e convidá-lo para voltar a ser ministro e participar no Conselho Nacional do PSD?
Gastar palavras
«Eleito secretário-geral do PS em 22/23 de Julho, Seguro parece ter decidido rivalizar com Passos no afastamento da ribalta política até ao início de Setembro. Um período estival, é certo, mas no qual o Governo se estreou com uma série de medidas brutais. Guardando-se para a rentrée e para o congresso do PS - inexplicavelmente escolhido para o décimo aniversário do 11 de Setembro -, Seguro pode ter querido mostrar que se preparou para uma oposição ponderada, mas correu o risco de dar a ideia de moleza e hesitação.
Regressado, quis vincar a sua "diferença" em relação ao PSD e ao Governo e também, de modo no mínimo bizarro, quando não mesmo nebuloso, ao seu próprio partido, anunciando "uma forma de fazer política diferente, com ética e transparência" (sob pena de ser opaco, não quer elaborar sobre de que opacidade e imoralidades fala?) e a assinatura de "um código de ética" por parte dos membros do secretariado (é preciso assinar códigos para se ser ético? Que se passou para isto ser preciso?). Foi feliz em algumas distinções entre a sua visão e a adoptada pelo Governo, nomeadamente no que respeita à atitude perante os mais desfavorecidos. Mas, após tão prolongado silêncio, deveria demonstrar como a sua diferente ideologia se traduziria na prática - desde logo, nos cortes: onde, quais, como, quando. Disse isso mesmo, que para cada crítica ao Governo o PS apresentaria propostas, dando um exemplo: alargar o imposto extraordinário às empresas com lucros acima de dois milhões de euros para obstar à subida do gás e electricidade de 6% para 23%. Isso evitaria aumentar o IVA nesses consumos, garante - "este ano". Oposição construtiva, sem dúvida, até acrescentar: "O Governo pode evitar um aumento sobre bens essenciais que vai penalizar as famílias, em particular as mais desfavorecidas." Seguro não só sabe que o memorando estabelece, para 2012, um aumento (não quantificado) para o IVA nesses bens e que portanto o Governo não o pode evitar, como não ignora que mesmo passando o imposto para a taxa intermédia (de 6% para 13%) o acréscimo é de mais de 100%. Como afirmar que se pode evitar a penalização?
E que pensar da sua exigência de que o Governo cumpra as suas promessas eleitorais, "cortando mais nas gorduras e consumos intermédios"? Estará a ser irónico ou preconiza mesmo que é possível chegar às metas do memorando dessa forma, assumindo assim a cartilha eleitoralista PSD/PP? E quando fala dos 700 mil desempregados e da saída de jovens para o estrangeiro, acusando um Executivo com dois meses e pouco de nada fazer para obstar a isso? Momentos houve do discurso de Seguro em que se diria estar a ouvir os de Passos e Portas pré-5 de Junho.
"É preciso esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares", diz o secretário- -geral do PS. "As palavras em política estão gastas." Seguramente, devia ouvir-se mais.» [DN]
Regressado, quis vincar a sua "diferença" em relação ao PSD e ao Governo e também, de modo no mínimo bizarro, quando não mesmo nebuloso, ao seu próprio partido, anunciando "uma forma de fazer política diferente, com ética e transparência" (sob pena de ser opaco, não quer elaborar sobre de que opacidade e imoralidades fala?) e a assinatura de "um código de ética" por parte dos membros do secretariado (é preciso assinar códigos para se ser ético? Que se passou para isto ser preciso?). Foi feliz em algumas distinções entre a sua visão e a adoptada pelo Governo, nomeadamente no que respeita à atitude perante os mais desfavorecidos. Mas, após tão prolongado silêncio, deveria demonstrar como a sua diferente ideologia se traduziria na prática - desde logo, nos cortes: onde, quais, como, quando. Disse isso mesmo, que para cada crítica ao Governo o PS apresentaria propostas, dando um exemplo: alargar o imposto extraordinário às empresas com lucros acima de dois milhões de euros para obstar à subida do gás e electricidade de 6% para 23%. Isso evitaria aumentar o IVA nesses consumos, garante - "este ano". Oposição construtiva, sem dúvida, até acrescentar: "O Governo pode evitar um aumento sobre bens essenciais que vai penalizar as famílias, em particular as mais desfavorecidas." Seguro não só sabe que o memorando estabelece, para 2012, um aumento (não quantificado) para o IVA nesses bens e que portanto o Governo não o pode evitar, como não ignora que mesmo passando o imposto para a taxa intermédia (de 6% para 13%) o acréscimo é de mais de 100%. Como afirmar que se pode evitar a penalização?
E que pensar da sua exigência de que o Governo cumpra as suas promessas eleitorais, "cortando mais nas gorduras e consumos intermédios"? Estará a ser irónico ou preconiza mesmo que é possível chegar às metas do memorando dessa forma, assumindo assim a cartilha eleitoralista PSD/PP? E quando fala dos 700 mil desempregados e da saída de jovens para o estrangeiro, acusando um Executivo com dois meses e pouco de nada fazer para obstar a isso? Momentos houve do discurso de Seguro em que se diria estar a ouvir os de Passos e Portas pré-5 de Junho.
"É preciso esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares", diz o secretário- -geral do PS. "As palavras em política estão gastas." Seguramente, devia ouvir-se mais.» [DN]
Autor:
Fernanda Câncio.
A economia estúpida
«Não percebo nada de economia. Mas não sou o único. Os economistas também não percebem muito. Ao contrário da matemática, da química ou da biologia a economia não é uma ciência. É mais uma ideologia ou, se se preferir, uma visão do mundo, parcelar e conjuntural como todas. A economia baseia-se em pressupostos subjetivos, tendências aparentes, movimentos fluidos. A economia é líquida, instável e imponderável.
Basta ver o tipo de linguagem que se usa para descrever as situações. Os mercados estão invariavelmente nervosos, temerosos, irritados. Por dá cá aquela palha os investidores mostram-se agitados, impacientes, furibundos. Um banal discurso, de um qualquer político, basta para provocar hecatombes nas bolsas e fazer a vida negra a milhões de pessoas. Obama falou, mas não falou bem, falou de mais, não disse coisa com coisa, tanto faz e aí temos, na manhã seguinte, o crash ao pequeno-almoço. A senhora Merkel "acha que" e aí temos subida dos juros e desvalorização do Euro. E, depois, há ainda o capítulo da mais absoluta cretinice. Strauss-Kahn atirou-se a uma empregada de hotel e logo a bolsa caiu a pique. O furacão Irene aproximou-se de Nova Iorque e a bolsa também caiu. Steve Jobs foi para casa e a empresa teve uma enorme desvalorização. Que lógica pode existir neste tipo de comportamentos?
A economia, enquanto pseudociência, também não é nada eficaz no capítulo das previsões. Acerta menos do que a meteorologia. Com a agravante das consequências de tais erros serem substancialmente mais gravosas para a maioria das pessoas do que uma inesperada borrasca.
A economia tem muito de experimentalismo e de "trial and error". A base estatística não basta para garantir objetividade. Boa a analisar o que sucedeu, a teoria económica não consegue atinar no que aí vem. Dir-se-á que a culpa é da teoria do caos e da mecânica da emergência, mas por isso mesmo seria de esperar uma muito maior cautela e humildade. Pelo contrário, cada economista acha por bem publicitar, tanta vez com o selo da verdade suprema, os seus palpites, pois é disso mesmo que se trata. A cacofonia é fatal. Os economistas não se entendem, nem, diga-se, se podem alguma vez entender dada a natureza contingente do seu saber.
Veja-se, por exemplo, o que sucede nestes dias de crise. Há quem, com um prémio Nobel na mão, defenda um forte investimento público e quem, com um diploma de Harvard, ache que ele deve ser reduzido ao mínimo. Há quem pense que a redução drástica das chamadas dívidas soberanas resolverá todos os problemas e quem afirme que isso nos conduzirá a uma profunda recessão. Há quem veja as eurobonds como salvação e quem jure que isso iria enfraquecer a economia em toda a zona Euro. Ou, na mais recente novidade na linha das ideias soltas, quem proponha limites constitucionais ao défice, como se os parlamentos nacionais não pudessem em qualquer momento de aflição dizer que afinal a coisa ficava sem efeito. O acordo de Schengen, sobre a livre circulação e abolição de fronteiras, já foi suspenso diversas vezes por vários países. E até, recentemente, nos Estados Unidos se conseguiu ultrapassar o sacrossanto limite de endividamento.
É por tudo isto que espanta como a nossa sociedade, supostamente avançada, se deixou conduzir à situação de total dependência de uma pretensa ciência que não o é, e vai sendo determinada por soluções que na realidade nunca passam de simples palpites.
A teoria económica domina, na média e nas vidas. Antigamente tínhamos alguns jornais especializados nesta temática, de que este em que escrevo é um bom exemplo, ou, nos chamados generalistas, existiam umas secções atiradas para as últimas páginas ou uns suplementos semanais. Hoje todos os jornais são essencialmente económicos, a que se junta outro noticiário avulso. Também na televisão os economistas passaram de esporádicas aparições a uma presença constante de manhã à noite.
Só que tanta sarrazina não está claramente a ajudar. A famosa frase de James Carville "é a economia, estúpido", ganha hoje outros contornos. É que a economia está mesmo cada vez mais estúpida.» [Jornal de Negócios]
Basta ver o tipo de linguagem que se usa para descrever as situações. Os mercados estão invariavelmente nervosos, temerosos, irritados. Por dá cá aquela palha os investidores mostram-se agitados, impacientes, furibundos. Um banal discurso, de um qualquer político, basta para provocar hecatombes nas bolsas e fazer a vida negra a milhões de pessoas. Obama falou, mas não falou bem, falou de mais, não disse coisa com coisa, tanto faz e aí temos, na manhã seguinte, o crash ao pequeno-almoço. A senhora Merkel "acha que" e aí temos subida dos juros e desvalorização do Euro. E, depois, há ainda o capítulo da mais absoluta cretinice. Strauss-Kahn atirou-se a uma empregada de hotel e logo a bolsa caiu a pique. O furacão Irene aproximou-se de Nova Iorque e a bolsa também caiu. Steve Jobs foi para casa e a empresa teve uma enorme desvalorização. Que lógica pode existir neste tipo de comportamentos?
A economia, enquanto pseudociência, também não é nada eficaz no capítulo das previsões. Acerta menos do que a meteorologia. Com a agravante das consequências de tais erros serem substancialmente mais gravosas para a maioria das pessoas do que uma inesperada borrasca.
A economia tem muito de experimentalismo e de "trial and error". A base estatística não basta para garantir objetividade. Boa a analisar o que sucedeu, a teoria económica não consegue atinar no que aí vem. Dir-se-á que a culpa é da teoria do caos e da mecânica da emergência, mas por isso mesmo seria de esperar uma muito maior cautela e humildade. Pelo contrário, cada economista acha por bem publicitar, tanta vez com o selo da verdade suprema, os seus palpites, pois é disso mesmo que se trata. A cacofonia é fatal. Os economistas não se entendem, nem, diga-se, se podem alguma vez entender dada a natureza contingente do seu saber.
Veja-se, por exemplo, o que sucede nestes dias de crise. Há quem, com um prémio Nobel na mão, defenda um forte investimento público e quem, com um diploma de Harvard, ache que ele deve ser reduzido ao mínimo. Há quem pense que a redução drástica das chamadas dívidas soberanas resolverá todos os problemas e quem afirme que isso nos conduzirá a uma profunda recessão. Há quem veja as eurobonds como salvação e quem jure que isso iria enfraquecer a economia em toda a zona Euro. Ou, na mais recente novidade na linha das ideias soltas, quem proponha limites constitucionais ao défice, como se os parlamentos nacionais não pudessem em qualquer momento de aflição dizer que afinal a coisa ficava sem efeito. O acordo de Schengen, sobre a livre circulação e abolição de fronteiras, já foi suspenso diversas vezes por vários países. E até, recentemente, nos Estados Unidos se conseguiu ultrapassar o sacrossanto limite de endividamento.
É por tudo isto que espanta como a nossa sociedade, supostamente avançada, se deixou conduzir à situação de total dependência de uma pretensa ciência que não o é, e vai sendo determinada por soluções que na realidade nunca passam de simples palpites.
A teoria económica domina, na média e nas vidas. Antigamente tínhamos alguns jornais especializados nesta temática, de que este em que escrevo é um bom exemplo, ou, nos chamados generalistas, existiam umas secções atiradas para as últimas páginas ou uns suplementos semanais. Hoje todos os jornais são essencialmente económicos, a que se junta outro noticiário avulso. Também na televisão os economistas passaram de esporádicas aparições a uma presença constante de manhã à noite.
Só que tanta sarrazina não está claramente a ajudar. A famosa frase de James Carville "é a economia, estúpido", ganha hoje outros contornos. É que a economia está mesmo cada vez mais estúpida.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Leonel Moura.
Passos Coelho vai saber como está a crise europeia
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esta sexta-feira esperar que na sua reunião desta tarde, em Paris, com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, "seja possível ter uma leitura mais rigorosa" da evolução da crise europeia nos últimos dias.» [CM]
Parecer:
Isto está a ficar lindo!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Passos Coelho que leia os jornais, que telefone ao Cherne ou que consulte o economista-chefe do país na Quinta da Coelha.,»
Aumento de 30% na electricidade
«A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) vai propor um aumento de 30% nas tarifas eléctricas já para Janeiro, ao qual acresce o agravamento do IVA de 6% para 23% nas contas da luz.» [CM]
Parecer:
Vamos ter de regressar aos candeeiros a petróleo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Ainda há escravatura em Portugal
«Trabalhava do nascer ao pôr-do-sol, nas vindimas e na apanha da maçã, em Espanha. Dormia em tendas de campismo, alimentava-se apenas de arroz ou massa e tomava banho em riachos.
O homem de 29 anos que o escravizou deixou de lhe arranjar trabalho e decidiu fazer negócio com o sogro, de 53 anos: entregou-lhe a vítima de 43 anos e em troca recebeu uma Ford Transit. O escravo foi sujeito a trabalhos forçados durante mais de cinco anos. Foi libertado pela Polícia Judiciária do Porto e os dois exploradores, residentes em Moimenta da Beira, presos.» [CM]
O homem de 29 anos que o escravizou deixou de lhe arranjar trabalho e decidiu fazer negócio com o sogro, de 53 anos: entregou-lhe a vítima de 43 anos e em troca recebeu uma Ford Transit. O escravo foi sujeito a trabalhos forçados durante mais de cinco anos. Foi libertado pela Polícia Judiciária do Porto e os dois exploradores, residentes em Moimenta da Beira, presos.» [CM]
Parecer:
As notícias de casos de escravatura começam a ser demasiado frequentes para que possam ser ignoradas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se o fenómeno.»
E não defendem que deve ir para a cadeia?
«Défice de 2010 sobe 0,5%. Região Autónoma contribui não revelou às autoridades estatísticas 1,11 mil milhões de euros nos últimos três anos.
A Madeira escondeu 915,3 milhões de euros em Acordos de Regularização de Dívidas (ARD) com empresas de construção, em 2010. Segundo os dados revelados hoje pelo Banco de Portugal e o Instituto Nacional de Estatística (INE), esse montante não foi reportado e tem um impacto de 0,5 pontos percentuais no défice do ano passado.» [DN]
A Madeira escondeu 915,3 milhões de euros em Acordos de Regularização de Dívidas (ARD) com empresas de construção, em 2010. Segundo os dados revelados hoje pelo Banco de Portugal e o Instituto Nacional de Estatística (INE), esse montante não foi reportado e tem um impacto de 0,5 pontos percentuais no défice do ano passado.» [DN]
Parecer:
Por onde andam os que defendiam que os responsáveis pelo descalabro financeiro deviam ir presos?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Procurem-se.»
O iceberg madeirense
«Ainda não se vê o fundo no buraco da Madeira nas contas públicas deste ano. Segundo as Finanças, o desvio de 568 milhões de euros detectados este ano pode muito bem engordar ao longo do próximo mês à medida que as autoridades forem reunindo as informações "omitidas" pelo governo do Funchal.
Depois de esta manhã se ter ficado a saber através do INE e do Banco de Portugal que a Madeira escondeu mais de 1100 milhões de euros em 'novas' despesas entre 2008 e 2010 (destes, 915 milhões dizem respeito a 2010 e agravam o défice desse ano), as Finanças confirmam agora que o exercício deste ano tem "riscos" que ainda vão ser avaliados. Os próximos anos também são uma incógnita.» [JN]
Depois de esta manhã se ter ficado a saber através do INE e do Banco de Portugal que a Madeira escondeu mais de 1100 milhões de euros em 'novas' despesas entre 2008 e 2010 (destes, 915 milhões dizem respeito a 2010 e agravam o défice desse ano), as Finanças confirmam agora que o exercício deste ano tem "riscos" que ainda vão ser avaliados. Os próximos anos também são uma incógnita.» [JN]
Parecer:
Por enquanto só se viu a ponta.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Atire-se o aldrabão ao mar.»
Professores à hora?
«"O que diz a legislação é que os contratos não podem ter um período inferior a um mês", afirmou João Casanova de Almeida aos jornalistas, sublinhando que os mesmos "não têm termo certo" e que um mês "é a referência mínima".» [JN]
Parecer:
Um dia destes o contrato de um professore tem menos dignidade do que o de uma empregada doméstica.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Mário Nogueira como se sente.»
Alvarices
«À margem de uma conferência no Rio de Janeiro, Álvaro Santos Pereira prometeu que "tudo será apurado" e salientou que "o caminho deste Governo é um caminho de responsabilidade e transparência, e depois de apurado [o resultado da auditoria em curso às contas da Madeira] será encontrada uma solução para que a Madeira ultrapasse esses obstáculos".» [DN]
Parecer:
Este Álvaro tem azar sempre que abre a boca, nunca entra mosca. Agora tenta iludir os portugueses atribuindo a descoberta da fraude madeirense à acção do seu governo quando se sabe que foi o INE e o BdP, entidades independentes do Governo a denunciar a situação. Além disso todos os portugueses sabem que o Governo apropriou-se de metade do subsídio de Natal por conta de um desvio colossal e só quando a troika cá veio é que abriu o jogo e ficou a saber-se que o subsídio de Natal destinou-se a financiar as alarvidades do Alberto João.
Mas quando o desvio colossal vem da Madeira o Álvaro já sabe fazer milagres, agora já diz que se há-de encontrar uma solução. Todos sabemos qual é, aumento de impostos ou despedimento de funcionários públicos.
Mas quando o desvio colossal vem da Madeira o Álvaro já sabe fazer milagres, agora já diz que se há-de encontrar uma solução. Todos sabemos qual é, aumento de impostos ou despedimento de funcionários públicos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Álvaro que se demita a tempo do início do ano lectivo na sua universidadezinha, de onde nunca devia ter saído.»