Quis o destino que as comemorações da implantação da República coincidam com o momento em que um imperador do Atlântico Sul está a dar mais uma demonstração de como os eleitores em democracia tanto podem escolher os melhores políticos, como no passado votaram em Hitler e até poderiam ter proposto Idi Amin Dada para Nobel da Paz. É uma forma triste esta de comemorar a República com a unidade nacional a ser posta em causa para proteger trinta famílias da Madeira mais os grupos especializado nos negócios de sifões de retrete. É ainda mais triste porque políticos de pequena estatura humana e moral dão cobertura à república das bananas do Atlântico Sul e porque um presidente em vez de afirmar a defesa da dignidade nacional opta por falar em vacas sorridentes.
Os magistrados exigem atalhos para os poupar à exigência de competência na produção de provas, unem-se aos jornalistas que inventam Joanas d’Arc da justiça e levam os bananas a aprovarem uma lei transforma todos os portugueses que abanem umas moedas no bolso em suspeitos de corrupção. O ministro da educação mal tomou posse foi a correr para o aeroporto para tirar a fotografia da praxe ao lado dos miúdos que ganharam as Olimpíadas da Matemática mas decide retirar aos alunos do secundário os prémios que muitos destes já tinham empenhado no material escolar para este ano. Empresários oportunistas compram intelectuais em low cost e criam fundações falsamente preocupadas com o país para as quais todos os bananas escrevem livros que são vendidos entre dúzias de ovos e couves lombardas.
Nunca nesta República que hoje comemoramos houve tantos e tantas bananas.