domingo, outubro 02, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Baixa de Lisboa vista desde o Castelo de São Jorge
 
Jumento do dia


Vítor Gaspar

Ainda o ministro mal tinha divulgado o montante da dívida da Madeira e já o Expresso informava que as contas estão erradas, enquanto o Alberto João também as contesta ainda porque considera que os números erram por defeito. Chega-se ao fim de Setembro e não só não foi divulgado qualquer programa como nem se conhecem as contas. Mas Vítor Gaspar não está preocupado sabe quem as vai pagar e quase de certeza de que não será a Madeira.
 
«O valor da dívida, no final do 1º semestre de 2011, era de 6.328 milhões de euros. Segundo Vitor Gaspar, o esforço exigido à Madeira para corrigir os desvios do défice financeiro da região será prolongado.
 
O ministro das Finanças, Vitor Gaspar, revelou hoje, a partir do Ministério das Finanças, o relatório sobre a situação económica e financeira da Região Autónoma da Madeira, preparado pela Inspecção Geral de Finanças.» [DN]
 
«A auditoria às contas da Madeira apresentada ontem pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, não contabilizou as obras lançadas pelo governo de Alberto João Jardim este ano, o que implica um aumento da dívida da região em 357 milhões de euros, escreve hoje o "Expresso".» [DN]

 Uma música dedicada a um dos príncipes do cavaquismo


 O CM tem um conceito estranho de tratamento vip

 
Se receber tratamento vip é ser preso abusivamente e mandado para a cela ao lado de um qualquer criminoso o que será tratar normalmente um cidadão?

 Madeira

Os problemas com os ditadores não surgem quando ganham eleições democráticas ou mais ou menos democráticas, aparecem quando as perdem.
  
 

 As duas faces de Cavaco Silva

«A entrevista concedida esta semana por Cavaco Silva mostrou um Presidente da República bem diferente daquele que há seis meses tomou posse para um segundo mandato em Belém. Ao contrário do tom azedo e crispado adoptado para o discurso de 9 de Março, em que arrasou as políticas públicas e apelou para um "sobressalto cívico" contra o anterior Governo, Cavaco veio agora dar cobertura e protecção à acção governativa da coligação PSD-CDS - afinal, a maioria que o reelegeu -, mesmo sabendo que descobrir promessas feitas em campanha eleitoral que tenham sido cumpridas nos primeiros cem dias de governação é equivalente a procurar uma agulha num palheiro.

Seis meses depois de ter sinalizado que os portugueses não aguentam mais medidas de austeridade e de ter sentenciado que "há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos", o Chefe do Estado veio agora, por "decreto presidencial", liquidar esses mesmos limites, caucionando futuras violações ao contrato de confiança estabelecido entre os cidadãos e a maioria saída do dia das últimas eleições legislativas.

Ao subscrever a tese do "desvio colossal", admitindo que 2012 será "um ano de resistência", o que o Presidente da República está a fazer é a antecipar a promulgação de novos sacrifícios e medidas de austeridade, que, inevitavelmente, passarão por novo agravamento da carga fiscal.

Não há hoje português nenhum que não saiba que a situação em que nos encontramos é grave, muito grave. E por muito que nos tentem convencer do contrário, é impossível ilibar quem teve responsabilidades governativas nos últimos anos e contribuiu para que chegássemos aqui. Mas não haverá certamente ninguém que não perceba aquilo que o Presidente da República só agora, por mero oportunismo político verbalizou: que uma parte importante da tragédia que se abateu sobre nós é culpa da crise das dívidas soberanas que atinge não só a chamada Zona Euro, como também os Estados Unidos e o Japão.

Há seis meses, porém, o mesmo Cavaco Silva que agora "descobriu" a influência da crise internacional, afinado com a maioria governamental que na oposição negava todas as evidências, dizia solene e agastado com quem invocava a conjuntura externa: "Não devemos dizer mal de quem nos empresta dinheiro", recusando diabolizar os mercados e preferindo atacar aqueles que em Portugal nos tinham conduzido à "década perdida".» [DN]

Autor:

Nuno Saraiva.
  
 A vergonha do prende, desprende

«Há histórias que dão para isaltinar. Um fulano de Oeiras, com barba ou sem ela, autarca ou mecânico de automóveis, não interessa, um fulano foi condenado. Com o direito que lhe assiste, apelou para a Relação, o Supremo e o Tribunal Constitucional, o que lhe permite aguardar em liberdade até que os últimos e mais poderosos dos juízes decidam definitivamente. Aliás, o fulano, prudente (e sempre dentro da lei), não pôs um recurso, mas dois. O que quer dizer que uma eventual prisão efectiva do fulano teria de aguardar as decisões do Constitucional recusando os dois recursos - não a de decisão sobre um, mas sobre os dois. Esqueçam que não gostam do fulano, lembrem-se que os mecanismos atrás relatados foram inventados para nos proteger a todos, os com barba e os sem. Prosseguindo. Um dos recursos foi recusado pelo Constitucional, decisão que foi enviada para o tribunal que havia condenado o fulano. Fosse o recurso único, tendo sido negado, cabia a esse tribunal mandar prender o fulano. Mas não era, já vimos, único. Eu, que da justiça sei o essencial, respeitar os homens, teria cuidado e, ao mandar a informação da recusa do primeiro recurso, alertaria: "Atenção, há outro recurso..." Alguém não tendo tido esse cuidado, já posso lavrar a sentença desta história: é uma vergonha. E não transita em julgado, é sentença definitiva.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  

 Hora de cortar no gás e na luz

«As contas da luz e do gás vão ser mais caras a partir de hoje, com a subida da taxa de IVA de 6 para 23 por cento.» [Público]

Parecer:

Promova-se a desobediência fiscal cortando no consumo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se o manguito ao Gasparoika e poupe-se na electricidade e no gás.»
  
 Alberto João aderiu ao BE?

«"Dá a impressão que cada um de nós está reduzido a uma parcela orçamental, está reduzido a uma parcela da manipulação dos números e em que a vida dos países não está centrada sobre aquilo que é fundamental, que é a dignidade e as necessidades da pessoa", afirmou o chefe do Executivo madeirense.» [DN]

Parecer:

É o que parece.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 E a CDU aderiu ao PSD-Madeira!

«"Não aceitaremos que o povo da Região Autónoma da Madeira pague a fatura por esta governação tresloucada de Alberto João Jardim", in afima o cabeça de lista da CDU às eleições legislativas da Madeira, Edgar Silva.» [Expresso]

Parecer:

Parece que na Madeira é tudo farinha do mesmo saco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se mais uma gargalhada.»
  
 Governo tem três meses para apresentar plano contra a fraude e evasão fiscais

« [Expresso]

O Governo tem um mês para apresentar o plano estratégico de combate à fraude e evasão fiscal 2012 -2014 e as propostas de reformas adicionais na administração fiscal e na segurança social, segundo o memorando assinado com a 'troika'.

De acordo com o calendário definido no âmbito do memorando de entendimento com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia, o Governo tem apenas quatro medidas para cumprir em outubro, a cargo sobretudo do Ministério das Finanças, num total de 92 até ao final do ano.

No mês em que o Governo entrega a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2012, o ministério de Vítor Gaspar tem que preparar um novo plano estratégico para 2012-2014 para a administração fiscal no que toca à fraude e à evasão fiscal.»

Parecer:

Vamos ver no que dá.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apresentem-se propostas.»
  
 Madeirenses dizem que a dívida é só de

«"O governo regional mantém a sua posição quanto ao valor da dívida da Madeira, numa postura de rigor e transparência das suas contas públicas", disse Ventura Garcez, secretário regional do Plano e Finanças do Governo Regional, em conferência de imprensa após as declarações do ministro das Finanças sobre a situação financeira desta região.

Ventura Garcez adiantou que o Executivo regional não pode "admitir que outras responsabilidades financeiras, próprias da administração local e do próprio Estado, sejam assacadas às [suas] responsabilidades".» [DE]

Parecer:

Como não devem ter intenções de a pagar não se entende porque estão tão contrariados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Declare-se a independência unilateral do Continente e Açores.»
  
 Seguro vai a Belém

«O Presidente da República vai receber o secretário-geral do PS na segunda-feira pelas 15h30. A situação da Madeira vai estar em agenda.» [DE]

Parecer:

Só se for para Cavaco lhe servir uma poncha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão ao famoso mordomo de Cavaco.»