


Abelha no Parque da Bela Vista, Lisboa


Horta urbana em Viseu [AJ Carvalho]


Luís Filipe Menezes
Quem lê Luís Filipe Menezes, um ex-líder falhado do PSD e figura anedótica desde um famoso congresso do PSD onde disparou contra os elitistas da Linha, pensa que o pobre homem é presidente de uma junta de freguesia sem um tostão para gastar. Mas não é bem assim, é autarca de Gaia e disputa a Alberto João o estatuto de recordista das inaugurações, para além da sistemática exigência de grandes investimentos públicos no Porto.
Mandaria a honestidade que Luís Filipe Menezes publicasse junto a algumas coisas que escreve os quadros da evolução da despesa, do endividamento e do quadro de pessoal da Câmara Municipal de Gaia.
Já em 2008 Gaia era referida como sendo o segundo município mais endividado, o próprio Menezes dizia em 2010 que Gaia seria sempre dos municípios mais endividados. Quem é este senhor para criticar alguém neste país?
«O primeiro-ministro anunciou as linhas mestras do Orçamento do Estado para 2012. Com franqueza, apesar da sua dureza, não fiquei minimamente surpreendido.Desde de meados da década 90 do século passado que o País vive numa loucura gastadora, descontrolada, irresponsável e novo-riquista, que só poderia terminar assim.» [DN]
Mandaria a honestidade que Luís Filipe Menezes publicasse junto a algumas coisas que escreve os quadros da evolução da despesa, do endividamento e do quadro de pessoal da Câmara Municipal de Gaia.
Já em 2008 Gaia era referida como sendo o segundo município mais endividado, o próprio Menezes dizia em 2010 que Gaia seria sempre dos municípios mais endividados. Quem é este senhor para criticar alguém neste país?
«O primeiro-ministro anunciou as linhas mestras do Orçamento do Estado para 2012. Com franqueza, apesar da sua dureza, não fiquei minimamente surpreendido.Desde de meados da década 90 do século passado que o País vive numa loucura gastadora, descontrolada, irresponsável e novo-riquista, que só poderia terminar assim.» [DN]

O ex-secretário de Estado do Orçamento desmonta o embuste do discurso de Pedro Passos Coelho:
O "The best of" Pedro Passos Coelho:


(Expresso)
O facto de um governo ser maioritário no parlamento ou mesmo de ter a maioria dos votos não confere a esse governo o direito de governar para o seu eleitorado levando as suas políticas ao extremo de sacrificar até à exaustão aqueles que não votam nele. Um governo deve governar a pensar no país e em todos os cidadãos, não é aceitável que um OE seja desenhado com o auxílio de uma máquina de calcular, uma para determinar os montantes da receita e da despesa e a outra para fazer estimativas eleitorais.
EM limite um governo eleito democraticamente poderia escolher os funcionários públicos ou qualquer outro grupo social aplicando-lhe medidas de austeridade brutais, salvaguardando os seus fieis eleitores. Tal medida passaria em Belém e no Tribunal Constitucional, seria adoptada democraticamente e aparentemente nada violaria a democracia como tende a ser entendida em Portugal e há muito que é praticada na Madeira.
Por mais democraticamente que um político se faça eleger um quadro destes constitui uma ditadura e se numa democracia existe o direito à indignação, numa ditadura os cidadãos têm o direito à insubordinação. Agora todos percebemos a razão porque Pedro Passos Coelho receava tumultos, ele sabia o que ia fazer e como isso poderia ultrapassar os limites do aceitável.
Na proposta do OE é evidente que Passos Coelho foi muito criterioso na escolha dos sacrificados, da mesma forma que escolheu produto a produto qual o que passaria a pagar uma taxa normal do iva também escolheu os grupos sociais que deveriam pagar a sua mania de ser mais troikista do que a troika. Para Passos Coelho esses nem são cidadãos, são os culpados que devem ser sacrificados e pro isso devem ser tratados no OE como sub portugueses. Já sofreram um corte nos vencimentos, uma aumento de contribuições e foram sujeitos aos aumentos de impostos aplicados a todos os portugueses, agora volta a ser sujeitos às mesmas medidas e a mais um corte brutal nos rendimentos.
Agora temos uma democracia em que o habitante da Quinta do Patinho não é sujeito a aumentos significativos de cortes e ainda vai poder comprar umas empresas ao preço da uva mijona enquanto ao lado há cidadãos que vão ter de entregar a casa ao banco e tirar os filhos da escola. Mas podemos estar descansados, enquanto uns vão poder gozar a fortuna os outros podem beneficiar das delícias da democracia, solicitam uma autorização para se manifestarem e vão fazer um desfile rodeados de dois cordões de polícias de choque, mais cães, cavalos e carros blindados.
Numa democracia destas onde a pouca vergonha foi instituída e as instituições que deveriam controlar os excessos dos governos fazem vista grossa quem pode acusar alguém que se revolta depois de ter sido alvo de abuso governamental e ao fim de anos de trabalho é atirado arbitrariamente para a miséria?

Uma greve geral de pouco mais serve do que para os do costume aparecerem nas televisões a dizer o mesmo que dizem há trinta anos, quem ganha com as greves é o ministro das Finanças que arrecada uns milhões. Bem mais eficaz é baixar os braços e fazer uma greve de zelo prolongada.
Com o corte dos subsídios todos os trabalhadores do Estado devem recusar-se a cumprir mais um minuto para além do horário estabelecido e dentro desse horário devem cumprir apresentando todas as exigências quanto a condições de trabalho e aplicar a lei de forma rigorosa. Se médicos, enfermeiros, polícias, magistrados, funcionários do fisco e outros grupos profissionais reagirem desta forma nenhum governo aguenta.


«O negro da indumentária e o olhar compungido, somados às palavras medidas no arranque da comunicação, auguravam o murro no estômago que o primeiro-ministro, olhos nos olhos, se preparava para dar ao País. Eliminar os subsídios de férias e Natal aos funcionários públicos e pensionistas, novo aumento de impostos por via das alterações ao IVA e ao IRS e outras malfeitorias hão-de ficar gravadas na história como parte do guião de um dos dias mais lúgubres do Portugal democrático.
Todos sabemos, e não é de agora, que o País está ligado à máquina há muito tempo. Nunca como no último ano e meio, o maior partido da oposição - agora no Governo -, co-autor do Orçamento em vigor, dispôs de tanta informação sobre as contas públicas nacionais que, por via da negociação com o programa da troika, foram auditadas como nunca antes tinha acontecido. Daí que invocar desconhecimento sobre a realidade e justificar as inverdades ditas em campanha eleitoral com um "desvio colossal" que surpreendeu as piores previsões é atirar areia para os olhos. A verdade verdadinha é que, à hora do telejornal de quinta-feira, Pedro Passos Coelhos rasgou o que ainda restava do contrato de confiança que estabeleceu com os eleitores na noite das últimas eleições legislativas.
Sejamos pois claros. Não há, ninguém duvida, alternativa à austeridade e ao cumprimento rigoroso dos compromissos contraídos com os nossos credores internacionais. Mas haveria, seguramente, forma de não prosseguir o caminho trilhado por outros de enganar, mais uma vez, os portugueses. Conhecendo a realidade das contas públicas - e, excepção feita ao buraco da Madeira, não vale a pena negá-lo -, Pedro Passos Coelho não podia ter-se comprometido com aquilo que sabia não poder (ou não querer) cumprir. Ou seja, fazer da taxa social única principal bandeira de campanha, devidamente quantificada, e agora deixá-la cair é enganar as pessoas. Garantir que, se alguma vez tiver de aumentar impostos, só o fazer naqueles que incidem sobre o consumo e não sobre o trabalho e, na primeira oportunidade, taxar o subsídio de Natal é enganar as pessoas. Afirmar que é "um disparate" acabar com o 13.º e 14.º meses, e agora confiscar estes rendimentos aos funcionários públicos e pensionistas, não tem outro nome: é enganar as pessoas. E por aí fora.
O que se exigia pois ao primeiro-ministro é que, antes de eleito, tivesse sido tão rigoroso com a verdade como exigia aos seus adversários directos que o fossem e que tantas vezes o ignoraram. Se assim tivesse sido, ontem não teria sido obrigado a reconhecer na Assembleia da República que, de facto, as medidas agora anunciadas não correspondem ao Programa Eleitoral do PSD.
E já que as promessas eleitorais estavam rasgadas, e contra esse facto nada há a fazer, a questão que se coloca é porque é que, mal por mal, não é o Governo socialmente justo na distribuição dos brutais sacrifícios que agora impõe? Porque é que, em vez de sobrecarregar como de costume os funcionários públicos e os pensionistas, não se recorreu à fórmula de tributação de todos os contribuintes, cativando 50% dos subsídios como acontecerá este ano com o de Natal, seguindo uma elementar regra de equidade?» [DN]
Todos sabemos, e não é de agora, que o País está ligado à máquina há muito tempo. Nunca como no último ano e meio, o maior partido da oposição - agora no Governo -, co-autor do Orçamento em vigor, dispôs de tanta informação sobre as contas públicas nacionais que, por via da negociação com o programa da troika, foram auditadas como nunca antes tinha acontecido. Daí que invocar desconhecimento sobre a realidade e justificar as inverdades ditas em campanha eleitoral com um "desvio colossal" que surpreendeu as piores previsões é atirar areia para os olhos. A verdade verdadinha é que, à hora do telejornal de quinta-feira, Pedro Passos Coelhos rasgou o que ainda restava do contrato de confiança que estabeleceu com os eleitores na noite das últimas eleições legislativas.
Sejamos pois claros. Não há, ninguém duvida, alternativa à austeridade e ao cumprimento rigoroso dos compromissos contraídos com os nossos credores internacionais. Mas haveria, seguramente, forma de não prosseguir o caminho trilhado por outros de enganar, mais uma vez, os portugueses. Conhecendo a realidade das contas públicas - e, excepção feita ao buraco da Madeira, não vale a pena negá-lo -, Pedro Passos Coelho não podia ter-se comprometido com aquilo que sabia não poder (ou não querer) cumprir. Ou seja, fazer da taxa social única principal bandeira de campanha, devidamente quantificada, e agora deixá-la cair é enganar as pessoas. Garantir que, se alguma vez tiver de aumentar impostos, só o fazer naqueles que incidem sobre o consumo e não sobre o trabalho e, na primeira oportunidade, taxar o subsídio de Natal é enganar as pessoas. Afirmar que é "um disparate" acabar com o 13.º e 14.º meses, e agora confiscar estes rendimentos aos funcionários públicos e pensionistas, não tem outro nome: é enganar as pessoas. E por aí fora.
O que se exigia pois ao primeiro-ministro é que, antes de eleito, tivesse sido tão rigoroso com a verdade como exigia aos seus adversários directos que o fossem e que tantas vezes o ignoraram. Se assim tivesse sido, ontem não teria sido obrigado a reconhecer na Assembleia da República que, de facto, as medidas agora anunciadas não correspondem ao Programa Eleitoral do PSD.
E já que as promessas eleitorais estavam rasgadas, e contra esse facto nada há a fazer, a questão que se coloca é porque é que, mal por mal, não é o Governo socialmente justo na distribuição dos brutais sacrifícios que agora impõe? Porque é que, em vez de sobrecarregar como de costume os funcionários públicos e os pensionistas, não se recorreu à fórmula de tributação de todos os contribuintes, cativando 50% dos subsídios como acontecerá este ano com o de Natal, seguindo uma elementar regra de equidade?» [DN]


«A Comissão Europeia considera que o desvio das contas portuguesas de 2011 se deve à conjuntura e à Madeira.
A Comissão Europeia defende que o exercício orçamental de 2011 é "muito exigente" para Portugal porque terá de acomodar num orçamento difícil de consolidação a dívida oculta da Madeira e uma menor actividade que resulta do arrefecimento da economia europeia. Para 2012 pede-se uma "austeridade inteligente" para não prejudicar o crescimento.
Na reacção do porta-voz da Comissão, Amadeu Altafaj, não há uma palavra para eventuais derrapagens de gestão provocadas pelo anterior executivo, conforme sugeriu o primeiro-ministro Passos Coelho no seu discurso ao país, onde falou de um desvio de três mil milhões de euros este ano. "O exercício de 2011 é muito exigente, tem os acontecimentos de Madeira que tem de se reflectir [nas contas], e há um contexto de travão na actividade na Europa que também afecta a economia portuguesa", explicou aos jornalistas em Bruxelas. Já hoje no Parlamento, Passos Coelho disse que "as medidas que constam do orçamento são minhas mas o défice que as obriga não é meu".
Para o próximo ano, onde se intensificam muito as medidas de austeridade, incluindo não só suspensão na função pública dos subsídios de natal e férias mas também cortes na Educação, Bruxelas fala da necessidade de uma austeridade selectiva. "A austeridade é necessária mas de uma forma inteligente, de forma assimétrica. Não se podem aplicar os mesmos cortes a políticas que podem ter um impacto importante no crescimento. Em particular, a educação, novas tecnologias, e todas as que aumentem produtividade da economia", explica Altafaj. "No orçamento para 2012 haverá cortes muito substanciais nos sectores da Saúde e da Educação", explicou ontem Passos Coelho, avisando que se tinha cingido apenas a "desperdícios".
A Comissão recorda às autoridades portuguesas que "o programa [da Troika] é o que é. Tem o pilar orçamental mas também o pilar estrutural das reformas estruturais para aumentar a competitividade que tem sido o calcanhar de Aquiles da economia portuguesa na última década. Esse é um elemento fundamental que tem de reflectir-se nos orçamentos".» [DE]
A Comissão Europeia defende que o exercício orçamental de 2011 é "muito exigente" para Portugal porque terá de acomodar num orçamento difícil de consolidação a dívida oculta da Madeira e uma menor actividade que resulta do arrefecimento da economia europeia. Para 2012 pede-se uma "austeridade inteligente" para não prejudicar o crescimento.
Na reacção do porta-voz da Comissão, Amadeu Altafaj, não há uma palavra para eventuais derrapagens de gestão provocadas pelo anterior executivo, conforme sugeriu o primeiro-ministro Passos Coelho no seu discurso ao país, onde falou de um desvio de três mil milhões de euros este ano. "O exercício de 2011 é muito exigente, tem os acontecimentos de Madeira que tem de se reflectir [nas contas], e há um contexto de travão na actividade na Europa que também afecta a economia portuguesa", explicou aos jornalistas em Bruxelas. Já hoje no Parlamento, Passos Coelho disse que "as medidas que constam do orçamento são minhas mas o défice que as obriga não é meu".
Para o próximo ano, onde se intensificam muito as medidas de austeridade, incluindo não só suspensão na função pública dos subsídios de natal e férias mas também cortes na Educação, Bruxelas fala da necessidade de uma austeridade selectiva. "A austeridade é necessária mas de uma forma inteligente, de forma assimétrica. Não se podem aplicar os mesmos cortes a políticas que podem ter um impacto importante no crescimento. Em particular, a educação, novas tecnologias, e todas as que aumentem produtividade da economia", explica Altafaj. "No orçamento para 2012 haverá cortes muito substanciais nos sectores da Saúde e da Educação", explicou ontem Passos Coelho, avisando que se tinha cingido apenas a "desperdícios".
A Comissão recorda às autoridades portuguesas que "o programa [da Troika] é o que é. Tem o pilar orçamental mas também o pilar estrutural das reformas estruturais para aumentar a competitividade que tem sido o calcanhar de Aquiles da economia portuguesa na última década. Esse é um elemento fundamental que tem de reflectir-se nos orçamentos".» [DE]
Parecer:
Isto começa a ser vergonhoso, um primeiro-ministro faz uma comunicação dramática e no dia seguinte Bruxelas desmonta a sua argumentação.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sinta-se vergonha por estarmos a ser transformados em cidadãos de segunda do Burundi por um estarola sem perfil nem dimensão para ser governante.»

«O salário mínimo nacional teve um acréscimo de apenas 88 euros desde 1974, enquanto que as pensões mínimas de velhice e invalidez aumentaram apenas 38 euros nos últimos 36 anos, segundo dados da Pordata.» [DN]
Parecer:
Os empresários portugueses deviam ter vergonha na cara.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

«O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, responsabilizou hoje o ex-presidente do Banco de Portugal Vítor Constâncio pelo corte do subsídio de Natal, ao não ter fiscalizado o BPN.» [DN]
Parecer:
Este Menezes ainda vai descobrir que a culpa é do Pai Natal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se uma gargalhada digna de um grande palhaço.»

«"A verdade é que em média os salários na função pública são 10 a 15 por cento superior à média nacional", disse Pedro Passos Coelho, salientando, contudo, que o mesmo já não se passa nos "lugares cimeiros da administração pública".» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Resta a Pedro Passos Coelho recorrer a estratégias manhosas próprias de gente sem princípios para justificar as suas decisões. Dizer que a média salarial do Estado é superior à do sector privado é uma sacanice, apesar de Passos Coelho não ser muito inteligente é um facto que não é suficientemente burro para desconhecer as diferenças entre o sector privado. O que ele tem de comparar é quanto ganha um médico do privado com um médico do público e não comparar a média numa fábrica têxtil com a da magistratura.
Passos Coelho que compare, por exemplo, o que um licenciado com uma licenciatura da treta como ele ganhava com o que ganha um professor catedrático.
Passos Coelho que compare, por exemplo, o que um licenciado com uma licenciatura da treta como ele ganhava com o que ganha um professor catedrático.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamentem-se os maus princípios do primeiro-ministro e mande-se o dito à bardamerda.»

O post "Confissão de um governante":
«Não há nada como conhecer os “bastidores” dos grandes momentos e dos grandes actores. Quando se penetra nessa zona atrás do “palco”, onde os “artistas” surgem ao natural e as palavras se soltam antes de o “pano” subir, ficam a saber-se coisas interessantes.
Este sábado, o Expresso penetrou nos “bastidores” do orçamento e dá a conhecer episódios e actores.
Leia-se o parágrafo seguinte desse relato. O protagonista é “um governante” que se “confessou” ao Expresso. Não sabemos o seu nome nem a pasta que lhe está distribuída mas, pelo menos, sabemos o teor da sua “confissão” e que outros governantes tiveram a mesma ideia.
“A função pública não é a base eleitoral deste governo”.
Havia até agora a ideia de que mesmo em eleições muito renhidas e duras, uma vez eleito o partido (ou partidos) ganhadores formavam um governo para todos os portugueses. Tem sido assim em eleições presidenciais e legislativas desde que Mário Soares, em 1986, ganhando à tangente e à segunda volta a Freitas do Amaral inaugurou o slogan “Presidente de todos os Portugueses”, baseado no princípio de que as maiorias eleitorais se desfazem no momento da eleição.
A “confissão” feita este sábado ao Expresso por um governante”, de que ”a função pública não é a base eleitoral deste governo”, embora ”nunca” tenha sido apresentada “em Conselho de Ministros”, é no mínimo uma infeliz coincidência com o facto de os funcionários públicos serem os mais atingidos pelas duríssimas medidas deste orçamento.
E quando se lê que o “argumento” passou também ”pela cabeça de alguns governantes” fica-se perplexo e a pensar na probabilidade de os funcionários públicos serem alvo de distinção negativa por a “função pública” não ser “a base eleitoral” do governo. Por outras palavras, a crer na “confissão” do governante, a ”maioria eleitoral” não se desfez no dia 5 de Junho de 2010.
De facto, não há nada como conhecer os bastidores… »
Este sábado, o Expresso penetrou nos “bastidores” do orçamento e dá a conhecer episódios e actores.

Leia-se o parágrafo seguinte desse relato. O protagonista é “um governante” que se “confessou” ao Expresso. Não sabemos o seu nome nem a pasta que lhe está distribuída mas, pelo menos, sabemos o teor da sua “confissão” e que outros governantes tiveram a mesma ideia.

“A função pública não é a base eleitoral deste governo”.
Havia até agora a ideia de que mesmo em eleições muito renhidas e duras, uma vez eleito o partido (ou partidos) ganhadores formavam um governo para todos os portugueses. Tem sido assim em eleições presidenciais e legislativas desde que Mário Soares, em 1986, ganhando à tangente e à segunda volta a Freitas do Amaral inaugurou o slogan “Presidente de todos os Portugueses”, baseado no princípio de que as maiorias eleitorais se desfazem no momento da eleição.
A “confissão” feita este sábado ao Expresso por um governante”, de que ”a função pública não é a base eleitoral deste governo”, embora ”nunca” tenha sido apresentada “em Conselho de Ministros”, é no mínimo uma infeliz coincidência com o facto de os funcionários públicos serem os mais atingidos pelas duríssimas medidas deste orçamento.
E quando se lê que o “argumento” passou também ”pela cabeça de alguns governantes” fica-se perplexo e a pensar na probabilidade de os funcionários públicos serem alvo de distinção negativa por a “função pública” não ser “a base eleitoral” do governo. Por outras palavras, a crer na “confissão” do governante, a ”maioria eleitoral” não se desfez no dia 5 de Junho de 2010.
De facto, não há nada como conhecer os bastidores… »













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