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Janela da aldeia de Monsanto [A. Cabral]
Jumento do dia
Nuno Crato, infeliz ministro da Educação
Como era de esperar o ministro está a levar a maior chapada sem mão que alguma vez um ministro da Educação levou, entidades privadas e cidadãos estão a dirigir-se às escolas oferecendo-se para se substituírem ao governo no pagamento dos prémios. Este é o mesmo senhor se se apressou a ir ao aeroporto receber os estudantes que ganharam as olimpíadas de matemática, talvez para se colar ao sucesso alheio.
Agora só falta ver o Presidente da República também se "chegar à frente" não porque o deva fazer enquanto Presidente, mas porque o prémio pecuniário que todos os anos é atribuído ao melhor aluno da Católica tem o seu nome.
«Directores de escolas estão a receber "chuva de apoios" para os prémios de mérito aos melhores alunos que o Ministério da Educação suspendeu esta semana, dias antes da sua entrega.
A notícia tem hoje destaque no jornal "Público", que avança haver, além de ofertas de entidades locais e de uma nacional, muitos particulares que se mostraram já dispostas a substituir-se ao ministério e pagar os 500 euros de prémio aos melhores alunos do secundário.» [DN]
Para desenjoar do Crato
Coisas que acontecem neste país
Agora só falta ver o Presidente da República também se "chegar à frente" não porque o deva fazer enquanto Presidente, mas porque o prémio pecuniário que todos os anos é atribuído ao melhor aluno da Católica tem o seu nome.
«Directores de escolas estão a receber "chuva de apoios" para os prémios de mérito aos melhores alunos que o Ministério da Educação suspendeu esta semana, dias antes da sua entrega.
A notícia tem hoje destaque no jornal "Público", que avança haver, além de ofertas de entidades locais e de uma nacional, muitos particulares que se mostraram já dispostas a substituir-se ao ministério e pagar os 500 euros de prémio aos melhores alunos do secundário.» [DN]
Para desenjoar do Crato
Coisas que acontecem neste país
Como dizem que o Isaltino é um grande malandro, coisa em que até eu acredito, alguém o decidiu tramar pois a populaça aé aplaudia. Andaram a contar os dias que passavam e quando concluíram que teria terminado o prazo do trânsito em julgado mandaram-nos pender e meteram-no nos calabouços da PJ. A populaça aplaudiu, temos justiça!
Os justiceiros poderiam ter-se informado se não havia mais nenhuma possibilidade de recurso, se o arguido teria recorrido do Tribunal da Relação e se um eventual recurso ao Tribunal Constitucional teria efeitos suspensivos. Bastaria terem feito um telefonema ao advogado do Isaltino e ficariam esclarecidos, se tivesse mesmo terminado o prazo do trânsito em julgado poderiam colocar alguém a vigiar o autarca e telefonavam ao advogado se o arguido se apresentava ou se preferia ser detido em casa ou num local público.
Os justiceiros optaram pela mediatização, estudaram mal lei e precipitaram-se, prenderam o homem. Quando se tornou evidente que tinha sido um erro crasso e toda a gente neste país já se ria da sua actuação, os justiceiros optaram por se sentar nas suas poltronas de veludo (porque o meritíssimo rabinho de um magistrado não se pode sentar em qualquer lado) aguardando que os advogados sigam os trâmites legais.
O problema é que quem faz isto ao Isaltino faz a qualquer cidadão e nem todos teriam os recursos para se livrarem dos justiceiros.
Os justiceiros poderiam ter-se informado se não havia mais nenhuma possibilidade de recurso, se o arguido teria recorrido do Tribunal da Relação e se um eventual recurso ao Tribunal Constitucional teria efeitos suspensivos. Bastaria terem feito um telefonema ao advogado do Isaltino e ficariam esclarecidos, se tivesse mesmo terminado o prazo do trânsito em julgado poderiam colocar alguém a vigiar o autarca e telefonavam ao advogado se o arguido se apresentava ou se preferia ser detido em casa ou num local público.
Os justiceiros optaram pela mediatização, estudaram mal lei e precipitaram-se, prenderam o homem. Quando se tornou evidente que tinha sido um erro crasso e toda a gente neste país já se ria da sua actuação, os justiceiros optaram por se sentar nas suas poltronas de veludo (porque o meritíssimo rabinho de um magistrado não se pode sentar em qualquer lado) aguardando que os advogados sigam os trâmites legais.
O problema é que quem faz isto ao Isaltino faz a qualquer cidadão e nem todos teriam os recursos para se livrarem dos justiceiros.
Primeiros votos
«A promessa foi feita num tom tão solene e tão firme que até parecia para levar a sério: o Governo, com toda a transparência democrática, iria dar a conhecer até ao fim do mês de Setembro - muito a tempo das eleições regionais de 9 de Outubro - não apenas o valor total das dívidas escondidas pelo Governo Regional da Madeira mas também o teor concreto do programa de ajustamento a aplicar naquela região, com os inevitáveis sacrifícios adicionais para os madeirenses. Apesar do "embaraço" que tudo isto reconhecidamente causava ao PSD, não havia que ter dúvidas: o rigor, a coragem e, se bem me lembro, a imparcialidade do Governo eram tais que primeiro os madeirenses ficariam a conhecer os sacrifícios que teriam de suportar por conta da gestão financeira irregular do dr. Jardim e só depois, sabendo o preço exacto da factura, é que iriam a votos.
Sabe-se agora, nada disto será assim. O primeiro-ministro foi esta semana ao Parlamento explicar que tinha "falado demais" quando fez aquela promessa e que, pensando melhor, haveria uma pequena inversão na ordem dos factores: afinal, primeiro recolhem-se os votos na Madeira e só depois é que são revelados os sacrifícios a exigir aos eleitores madeirenses!
Optando o primeiro-ministro por revogar a sua promessa, feita em nome do rigor e da transparência, também todos aqueles que se precipitaram a elogiá-lo pela sua "coragem" na demarcação de Alberto João Jardim têm agora de dar por revogado esse elogio. Mas, bem vistas as coisas, a surpresa devia ser relativa. Afinal, nunca foi pelo Governo que ficámos a saber da situação das contas públicas da Madeira e, por outro lado, o dr. Jardim já tinha anunciado, para quem o quis ouvir, aquela que seria a sua estratégia de campanha: só voltar a falar da dívida da Madeira depois das eleições. O que se passou foi simples: o Governo primeiro fez-se de forte, depois fez-lhe a vontade.
As desculpas apresentadas não passam disso mesmo. Um País que, em plena campanha eleitoral, negociou com instituições internacionais um programa de assistência financeira infinitamente mais complexo não pode aceitar que o adiamento do programa madeirense se explique com a súbita descoberta de que há eleições na Madeira! Aliás, é precisamente por haver uma campanha eleitoral na Madeira que o Governo da República estava constituído na obrigação de, em tempo útil, dizer a verdade aos madeirenses. Também é evidente que não é a mesma coisa anunciar antes das eleições a enigmática "taxa de esforço" (?) a suportar pela região ou indicar, concretamente, as medidas que vão penalizar a vida dos madeirenses. Não vale a pena, portanto, atirar poeira para os olhos: o que o primeiro-ministro anunciou foi uma operação de claro favorecimento eleitoral do PSD e do dr. Alberto João Jardim.
Entendamo-nos: ao contrário do que alguns pretendem, na Madeira não está apenas em discussão o despesismo, o endividamento ou a obra feita pelo dr. Jardim. O que está em causa é uma questão de grave e continuada ilegalidade na gestão financeira regional e que não tem, segundo as autoridades estatísticas, qualquer precedente ou paralelo conhecido em Portugal. Que se façam eleições na Madeira sem que as implicações desta situação sejam inteiramente conhecidas dos eleitores é absolutamente lamentável. E que tantos prefiram a velha receita de fazer mais leis "para que isto não se repita" em vez de tratar de fazer cumprir, já neste caso, as leis que existem só contribuirá para reforçar o mesmo sentimento de impunidade que paira sobre múltiplos outros atropelos ao regular funcionamento das instituições democráticas madeirenses.
Que tem a dizer disto tudo o Senhor Presidente da República? Muito pouco. Diz que cada um tem o seu estilo de fazer política. O Presidente, que é da República, nunca teve muito a dizer sobre a Madeira.» [DE]
Sabe-se agora, nada disto será assim. O primeiro-ministro foi esta semana ao Parlamento explicar que tinha "falado demais" quando fez aquela promessa e que, pensando melhor, haveria uma pequena inversão na ordem dos factores: afinal, primeiro recolhem-se os votos na Madeira e só depois é que são revelados os sacrifícios a exigir aos eleitores madeirenses!
Optando o primeiro-ministro por revogar a sua promessa, feita em nome do rigor e da transparência, também todos aqueles que se precipitaram a elogiá-lo pela sua "coragem" na demarcação de Alberto João Jardim têm agora de dar por revogado esse elogio. Mas, bem vistas as coisas, a surpresa devia ser relativa. Afinal, nunca foi pelo Governo que ficámos a saber da situação das contas públicas da Madeira e, por outro lado, o dr. Jardim já tinha anunciado, para quem o quis ouvir, aquela que seria a sua estratégia de campanha: só voltar a falar da dívida da Madeira depois das eleições. O que se passou foi simples: o Governo primeiro fez-se de forte, depois fez-lhe a vontade.
As desculpas apresentadas não passam disso mesmo. Um País que, em plena campanha eleitoral, negociou com instituições internacionais um programa de assistência financeira infinitamente mais complexo não pode aceitar que o adiamento do programa madeirense se explique com a súbita descoberta de que há eleições na Madeira! Aliás, é precisamente por haver uma campanha eleitoral na Madeira que o Governo da República estava constituído na obrigação de, em tempo útil, dizer a verdade aos madeirenses. Também é evidente que não é a mesma coisa anunciar antes das eleições a enigmática "taxa de esforço" (?) a suportar pela região ou indicar, concretamente, as medidas que vão penalizar a vida dos madeirenses. Não vale a pena, portanto, atirar poeira para os olhos: o que o primeiro-ministro anunciou foi uma operação de claro favorecimento eleitoral do PSD e do dr. Alberto João Jardim.
Entendamo-nos: ao contrário do que alguns pretendem, na Madeira não está apenas em discussão o despesismo, o endividamento ou a obra feita pelo dr. Jardim. O que está em causa é uma questão de grave e continuada ilegalidade na gestão financeira regional e que não tem, segundo as autoridades estatísticas, qualquer precedente ou paralelo conhecido em Portugal. Que se façam eleições na Madeira sem que as implicações desta situação sejam inteiramente conhecidas dos eleitores é absolutamente lamentável. E que tantos prefiram a velha receita de fazer mais leis "para que isto não se repita" em vez de tratar de fazer cumprir, já neste caso, as leis que existem só contribuirá para reforçar o mesmo sentimento de impunidade que paira sobre múltiplos outros atropelos ao regular funcionamento das instituições democráticas madeirenses.
Que tem a dizer disto tudo o Senhor Presidente da República? Muito pouco. Diz que cada um tem o seu estilo de fazer política. O Presidente, que é da República, nunca teve muito a dizer sobre a Madeira.» [DE]
Autor:
Pedro Silva Pereira.
O espião e o primo do espião
«Li, ontem, que um espião do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, SIED, tinha um familiar, funcionário da Optimus, que forneceu a lista dos telefonemas do jornalista Nuno Simas. Este caso de telefonemas do jornalista andava badalado há semanas sem que eu entendesse quem espiava o quê. Mas, desta vez, a coisa compôs-se. Então, o espião tinha uma toupeira na Optimus, e esta já está com um processo às costas. Claro que foi apanhada, as toupeiras não têm orelhas. Alguém sem orelhas a trabalhar numa operadora de telefones chama a atenção, só pode. Outra coisa que ontem se soube foi que a toupeira do espião era um primo (ou cunhado; familiar, enfim). Tão português! Somos assim, uns para os outros. Um português pode fazer carreira a recolher informações estratégicas para a defesa da pátria e, de repente, ter de saber para onde anda a telefonar um jornalista. Se fosse da CIA ou do MI-5 - eu sei, vejo filmes -, ele esperava pela madrugada, digitalizava o pin da porta blindada da operadora (se fosse americano, até conseguia enganar o scanner da íris) e, depois de milhões gastos em tecnologia, chegava à tal lista de telefonemas. O nosso secreta telefonou ao primo. Para a próxima, se o funcionário da Optimus desconfiar da mulher, pede ao primo espião e este segue-a. É esta economia paralela que a troika nunca há-de entender. Mas também é o que faz o nosso encanto.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Génios
«O Governo nomeou seis génios para saber o que fazer com a AICEP. Esta Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal é fundamental para angariar investimento estrangeiro e, sobretudo, para incrementar as exportações. Temáticas cruciais neste tempo de dúvidas e dívidas.
Os génios reuniram, discutiram e por fim produziram um parco documento com três ideias contraditórias. Feito extraordinário pois, conhecendo-os, seria de esperar que fossem seis.
Os génios em Portugal são assim. Têm ideias fixas, são prima-donas incapazes de trabalhar em grupo, produzem muita agitação mas raramente algo de realmente útil. Tal como os relógios parados, de vez em quando acertam, mas na maioria do tempo geram ruído, confusão e muita presença na televisão. O que rima.
No caso em questão é evidente a nulidade do serviço prestado. Se o Governo não sabia o que fazer com a AICEP deve ter ficado ainda mais baralhado. Tanto mais que estas mentes brilhantes não perderam tempo a definir o papel desta agência na situação em que nos encontramos e pensando no estado do mundo, mas trataram daquilo que para eles realmente importa, o poder.
As três propostas resumiram-se a escolher quem manda na futura AICEP: primeiro-ministro, ministro dos negócios estrangeiros ou ministro da economia. É isto que sai quando por cá se juntam seis génios numa mesma sala.
Mas se eles se acham o máximo, a realidade mostra que não é assim. Portugal está na miséria devido ao atraso e debilidade cultural das suas elites. Essa gente que no Estado, nas empresas, na vida social e na média manda, define rumos e cria as condições objetivas do funcionamento da nossa sociedade. Não é certamente por culpa de quem trabalha, do sol ou da genética que não conseguimos sair desta torpeza coletiva. Estamos a falar do mesmo restrito e restritivo número de pessoas, que aparecem em todo o lado, ocupam cargos, gerem empresas, uma vez são ministros e outra geniais consultores de ministros.
O desenvolvimento do país nas últimas décadas é uma evidência. Fizeram-se estradas, escolas, hospitais, universalizaram-se o ensino e os cuidados na saúde, os portugueses tomam banho e vestem melhor. Já não se cospe tanto para o chão. Os polícias cortaram o bigode. Temos grandes artistas e cientistas. Somos mesmo avançados nalgumas áreas. Mas a trama social mantém-se exatamente a mesma desde, pelo menos, o retrato feito por Eça de Queirós. A mesma ignorância, venalidade e egoísmo. O mesmo enfatuamento e desprezo pelos outros. O mesmo atraso e dificuldade em evoluir face a um mundo que não para. O mesmo "lirismo piegas", as mesmas "abomináveis sandices" tão brilhantemente descritas por Eça.
Mas, e pior, o mesmo encosto ao Estado que se explora até ao limite e para lá dele, como se sabe. Ao contrário do que por aí se diz, o estado deplorável das nossas finanças não advém dos encargos com os mais desfavorecidos, mas precisamente dos tremendos encargos com os mais favorecidos. A elite portuguesa vive à sombra do Estado, apropriando-se dos cargos, dos negócios, das benesses e favorecimentos. A livre concorrência pura e simplesmente não existe. A maioria dos concursos públicos são combinados ou feitos à medida. A corrupção é um lugar-comum.
Portugal segue desde há décadas o princípio improvável de imaginar que se os ricos ficarem mais ricos os pobres, por arrasto, ficarão menos pobres. Não é isso que se vê. O fosso é cada vez maior. Tanto mais que o dinheiro, assim obtido, tem servido para tudo menos para investir, modernizar e inovar. De outro modo como se explica que após décadas a sorver o dinheiro público de súbito esteja tudo falido?
O caso citado é por isso exemplar para se entender porque Portugal não funciona. Os seis génios acharam que importante mesmo era saber quem manda, mas não para que serve essa agência, qual a sua estratégia, como usar esse instrumento para ajudar a nossa economia a sair do marasmo. Aliás, qualquer pessoa que não seja génio, imaginaria que era por aí que se devia começar e só depois tratar do organograma.
Em conclusão sabemos agora que a AICEP ficará na dependência do primeiro-ministro. Mais uma. Só não se sabe é para que servirá nem o que fará. Coisas menores, portanto.» [Jornal de Negócios]
Os génios reuniram, discutiram e por fim produziram um parco documento com três ideias contraditórias. Feito extraordinário pois, conhecendo-os, seria de esperar que fossem seis.
Os génios em Portugal são assim. Têm ideias fixas, são prima-donas incapazes de trabalhar em grupo, produzem muita agitação mas raramente algo de realmente útil. Tal como os relógios parados, de vez em quando acertam, mas na maioria do tempo geram ruído, confusão e muita presença na televisão. O que rima.
No caso em questão é evidente a nulidade do serviço prestado. Se o Governo não sabia o que fazer com a AICEP deve ter ficado ainda mais baralhado. Tanto mais que estas mentes brilhantes não perderam tempo a definir o papel desta agência na situação em que nos encontramos e pensando no estado do mundo, mas trataram daquilo que para eles realmente importa, o poder.
As três propostas resumiram-se a escolher quem manda na futura AICEP: primeiro-ministro, ministro dos negócios estrangeiros ou ministro da economia. É isto que sai quando por cá se juntam seis génios numa mesma sala.
Mas se eles se acham o máximo, a realidade mostra que não é assim. Portugal está na miséria devido ao atraso e debilidade cultural das suas elites. Essa gente que no Estado, nas empresas, na vida social e na média manda, define rumos e cria as condições objetivas do funcionamento da nossa sociedade. Não é certamente por culpa de quem trabalha, do sol ou da genética que não conseguimos sair desta torpeza coletiva. Estamos a falar do mesmo restrito e restritivo número de pessoas, que aparecem em todo o lado, ocupam cargos, gerem empresas, uma vez são ministros e outra geniais consultores de ministros.
O desenvolvimento do país nas últimas décadas é uma evidência. Fizeram-se estradas, escolas, hospitais, universalizaram-se o ensino e os cuidados na saúde, os portugueses tomam banho e vestem melhor. Já não se cospe tanto para o chão. Os polícias cortaram o bigode. Temos grandes artistas e cientistas. Somos mesmo avançados nalgumas áreas. Mas a trama social mantém-se exatamente a mesma desde, pelo menos, o retrato feito por Eça de Queirós. A mesma ignorância, venalidade e egoísmo. O mesmo enfatuamento e desprezo pelos outros. O mesmo atraso e dificuldade em evoluir face a um mundo que não para. O mesmo "lirismo piegas", as mesmas "abomináveis sandices" tão brilhantemente descritas por Eça.
Mas, e pior, o mesmo encosto ao Estado que se explora até ao limite e para lá dele, como se sabe. Ao contrário do que por aí se diz, o estado deplorável das nossas finanças não advém dos encargos com os mais desfavorecidos, mas precisamente dos tremendos encargos com os mais favorecidos. A elite portuguesa vive à sombra do Estado, apropriando-se dos cargos, dos negócios, das benesses e favorecimentos. A livre concorrência pura e simplesmente não existe. A maioria dos concursos públicos são combinados ou feitos à medida. A corrupção é um lugar-comum.
Portugal segue desde há décadas o princípio improvável de imaginar que se os ricos ficarem mais ricos os pobres, por arrasto, ficarão menos pobres. Não é isso que se vê. O fosso é cada vez maior. Tanto mais que o dinheiro, assim obtido, tem servido para tudo menos para investir, modernizar e inovar. De outro modo como se explica que após décadas a sorver o dinheiro público de súbito esteja tudo falido?
O caso citado é por isso exemplar para se entender porque Portugal não funciona. Os seis génios acharam que importante mesmo era saber quem manda, mas não para que serve essa agência, qual a sua estratégia, como usar esse instrumento para ajudar a nossa economia a sair do marasmo. Aliás, qualquer pessoa que não seja génio, imaginaria que era por aí que se devia começar e só depois tratar do organograma.
Em conclusão sabemos agora que a AICEP ficará na dependência do primeiro-ministro. Mais uma. Só não se sabe é para que servirá nem o que fará. Coisas menores, portanto.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Leonel Moura.
A banalidade sem limites
«A desmembrada conversa mantida na TVI pelo dr. Cavaco com Judite Sousa resultou numa funesta meia hora de banalidades, apesar dos esforços da entrevistadora, do melhor que por aí há. Já se sabe que o homem não possui ideias de seu, e o que diz é o efeito de consultas apressadas a sebentas anacrónicas, retomadas como se de novidade se tratasse.
Confrange-me dizer que o Presidente da República Portuguesa não dispõe de porte intelectual nem de estilo e estirpe políticos que o recomendem ao nosso respeito. Respeito, aliás, é o que o dr. Cavaco nunca manifestou por nós, tratando-nos como beócios mal informados. O princípio e o conceito repetiram-se. Ausente de qualquer "humildade democrática" (para citar uma frase favorita do dr. Passos Coelho), o chefe de Estado trouxe para a sociedade portuguesa os trejeitos e os tiques de quem foi criado com autoritarismo e os tiques de quem não soube abandonar esses traumas com a chegada da maturidade. Haja Freud!
Ao fim de seis meses de ocupar a cadeira de Belém, e em vez de aliviar os seus silêncios com aquelas notas de redacção da terceira classe atrasada, o dr. Cavaco falou aos portugueses. E os portugueses boquiabertos com o vazio e estupefactos com a insignificância, perguntaram-se: para que foi este homem fazer perder tempo a Judite Sousa e molestar a nossa, já de si muito afectada, paciência?
A jornalista bem tentou obter do Presidente uma breve, escassa, minguada opinião sobre o caso da ilha da Madeira; sobre as decisões governamentais de aplicação de impostos; sobre as anunciadas advertências do ministro das Finanças de que "para o ano vai ser pior"; recessão, impostos em cima de impostos, injustiças imediatamente a seguir a injustiças, eis alguns dos temas escaldantes a que o dr. Cavaco respondeu com evasivas, ambiguidades, subterfúgios, nada de concreto ou de previsível.
Mas como é que a economia vai crescer se, para o ano, a recessão será pesadíssima?, quis saber a entrevistadora. E lá veio o velho breviário das privatizações, da competitividade, do rácio, cuja natureza obedece a uma ideologia económica conhecida. O dr. Cavaco é um político dúbio, incapaz de explicar, politicamente, o que quer que seja. O discurso, repetitivo e maçador, é por demais conhecido. Esperava-se alguma coisa nova? Não o creio. A notícia que nos deu foi a de que vai reunir o Conselho de Estado e escutar opiniões a afim de decidir o que vai fazer. Aproveitou para elogiar o Governo e as tarefas empreendidas pelo Governo, até agora.
Nem um pensamento claro que alicerçasse uma ideia, diferente daquelas que conhecemos. Obediência à troika; submissão às resoluções do Executivo, que configuram a imposição de sentenças; sacrifícios sem alternativa. O costume.
Esta entrevista foi uma sequela dos silêncios a que, habitualmente, o dr. Cavaco se recolhe. Em rigor, ele nada revelou do que pensa; ou, melhor: do que oculta, não sabe ou ignora. Continuamos sem saber as suas reflexões (sem ironia) sobre cultura, embora ele seja lesto e categórico em atribuir qualificações superlativas a artistas, escritores falecidos. Não merece a pena registar acontecimentos recentes. Também sobre a questão social portuguesa o dr. Cavaco quedou-se num mutismo sepulcral, embora Judite Sousa bem se esforçasse para obter qualquer informação, por mínima que fosse.
Os comentadores da praxe disseram que sim, mas também não, ou, acaso, talvez. Chega a ser pungente assistir aos comentários de alguns preopinantes, que, nas televisões, apenas falam - e nada dizem. Um desses chegou a dizer, sem pudor, que o dr. Cavaco enviara alguns recados ao Governo e à… troika!
A entrevista valeu o que valeu, nada, e seria curial e pedagógico que alguns jornalistas dados ao "comentário" tivessem a coragem, não é coragem, é assunção do seu dever profissional, de desmontar a vacuidade de um homem que, como disse, há dias, Carlos do Carmo, tivemos a dolorosa infelicidade de o ter como primeiro-ministro e, depois, como Presidente da República.
Quem nos acode?» [Jornal de Negócios]
Confrange-me dizer que o Presidente da República Portuguesa não dispõe de porte intelectual nem de estilo e estirpe políticos que o recomendem ao nosso respeito. Respeito, aliás, é o que o dr. Cavaco nunca manifestou por nós, tratando-nos como beócios mal informados. O princípio e o conceito repetiram-se. Ausente de qualquer "humildade democrática" (para citar uma frase favorita do dr. Passos Coelho), o chefe de Estado trouxe para a sociedade portuguesa os trejeitos e os tiques de quem foi criado com autoritarismo e os tiques de quem não soube abandonar esses traumas com a chegada da maturidade. Haja Freud!
Ao fim de seis meses de ocupar a cadeira de Belém, e em vez de aliviar os seus silêncios com aquelas notas de redacção da terceira classe atrasada, o dr. Cavaco falou aos portugueses. E os portugueses boquiabertos com o vazio e estupefactos com a insignificância, perguntaram-se: para que foi este homem fazer perder tempo a Judite Sousa e molestar a nossa, já de si muito afectada, paciência?
A jornalista bem tentou obter do Presidente uma breve, escassa, minguada opinião sobre o caso da ilha da Madeira; sobre as decisões governamentais de aplicação de impostos; sobre as anunciadas advertências do ministro das Finanças de que "para o ano vai ser pior"; recessão, impostos em cima de impostos, injustiças imediatamente a seguir a injustiças, eis alguns dos temas escaldantes a que o dr. Cavaco respondeu com evasivas, ambiguidades, subterfúgios, nada de concreto ou de previsível.
Mas como é que a economia vai crescer se, para o ano, a recessão será pesadíssima?, quis saber a entrevistadora. E lá veio o velho breviário das privatizações, da competitividade, do rácio, cuja natureza obedece a uma ideologia económica conhecida. O dr. Cavaco é um político dúbio, incapaz de explicar, politicamente, o que quer que seja. O discurso, repetitivo e maçador, é por demais conhecido. Esperava-se alguma coisa nova? Não o creio. A notícia que nos deu foi a de que vai reunir o Conselho de Estado e escutar opiniões a afim de decidir o que vai fazer. Aproveitou para elogiar o Governo e as tarefas empreendidas pelo Governo, até agora.
Nem um pensamento claro que alicerçasse uma ideia, diferente daquelas que conhecemos. Obediência à troika; submissão às resoluções do Executivo, que configuram a imposição de sentenças; sacrifícios sem alternativa. O costume.
Esta entrevista foi uma sequela dos silêncios a que, habitualmente, o dr. Cavaco se recolhe. Em rigor, ele nada revelou do que pensa; ou, melhor: do que oculta, não sabe ou ignora. Continuamos sem saber as suas reflexões (sem ironia) sobre cultura, embora ele seja lesto e categórico em atribuir qualificações superlativas a artistas, escritores falecidos. Não merece a pena registar acontecimentos recentes. Também sobre a questão social portuguesa o dr. Cavaco quedou-se num mutismo sepulcral, embora Judite Sousa bem se esforçasse para obter qualquer informação, por mínima que fosse.
Os comentadores da praxe disseram que sim, mas também não, ou, acaso, talvez. Chega a ser pungente assistir aos comentários de alguns preopinantes, que, nas televisões, apenas falam - e nada dizem. Um desses chegou a dizer, sem pudor, que o dr. Cavaco enviara alguns recados ao Governo e à… troika!
A entrevista valeu o que valeu, nada, e seria curial e pedagógico que alguns jornalistas dados ao "comentário" tivessem a coragem, não é coragem, é assunção do seu dever profissional, de desmontar a vacuidade de um homem que, como disse, há dias, Carlos do Carmo, tivemos a dolorosa infelicidade de o ter como primeiro-ministro e, depois, como Presidente da República.
Quem nos acode?» [Jornal de Negócios]
Autor:
Baptista Bastos.
Portugal é o segundo país do mundo com mais depressões
«Portugal é o país da Europa com maior taxa de depressão e o segundo maior do mundo, mas estima-se que um terço das pessoas com perturbações mentais graves não esteja tratada.» [DN]
Parecer:
Com aquilo que ouvimos ao governo e ao Presidente da República quem neste país não tem uma depressão arrisca-se a ser um case study.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Governo falha no corte da despesa
«O défice do segundo trimestre deste ano foi ainda mais alto do que o verificado nos primeiros três meses de 2011. Recorde-se que entre Janeiro e Março o défice orçamental apurado de acordo com as regras de Bruxelas tinha ficado em 7,7% da riqueza produzida nos mesmos três meses. Os dados foram revelados poucos dias depois do Governo de Passos Coelho ter tomado posse, a 21 de Junho. Na altura, o número justificou a adopção de medidas extraordinárias de austeridade como, por exemplo, um aumento de impostos equivalente a metade do subsídio de Natal.» [DE]
Parecer:
Parece que a lipoaspiração se ficou pelos impostos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
Aí vem tacho?
«"O Governo está neste momento a fazer aquilo que corresponde ao cumprimento de um acordo que está feito com instâncias internacionais e o Governo enquanto estiver nesse caminho está no caminho certo e no caminho correcto", respondeu.» [DN]
Parecer:
Quandoi a esmola é grande até o pobre desconfia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Mais medidas extraordinárias
«O secretário de Estado do Orçamento, Luís Morais Sarmento, admitiu esta tarde que vão ser necessárias mais medidas extraordinárias este ano, tendo em conta o desvio às contas públicas encontrado hoje pelo INE.
Numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, o governante admitiu que "estes valores do primeiro semestre mostram que o governo estava certo quando tomou essas duas medidas de emergência [sobretaxa do IRS e antecipação do IVA no gás e electricidade], mas isso apenas não chega. Vai ser necessário tomar mais medidas", disse.» [i]
Numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, o governante admitiu que "estes valores do primeiro semestre mostram que o governo estava certo quando tomou essas duas medidas de emergência [sobretaxa do IRS e antecipação do IVA no gás e electricidade], mas isso apenas não chega. Vai ser necessário tomar mais medidas", disse.» [i]
Parecer:
Ficamos com a impressão de este governo não faz contas e só sabe a quantas anda depois de sair o boletim da execução orçamental. A verdade é que nem o buraco da Madeira explica o desvio colossal e mesmo assim já há dois desvios colossais, um provocado pelo Alberto João e outro porque o secretário de Estado do Orçamento nem sabe a quantas anda, nem é cabaz de combater as famosas gorduras do Estado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Nem tudo é desgraças
«A velocidade da Internet em Portugal é superior à de Espanha e de Itália, mas está ligeiramente abaixo da média mundial, revela um estudo da Pando Networks feito em 20 milhões de computadores em 224 países.» [i]
Parecer:
Nem tudo está mal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se ao Álvaro, foi necessário ele vir do Canadá para termos internet rápida!»
Isto sim que é um défice, 23% do PIB!
«O défice orçamental da Madeira terá atingido 23% do seu PIB em 2010, de acordo com dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em causa estão despesas não reportadas que foram detectadas no âmbito da auditoria à Região Autónoma e uma Parceria Público Privada (PPP) que foi "abortada" este ano.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Grande Alberto!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se a deslocação da Madeira para junto das ilhas gregas, pode ser que a vendam à Al Qaeda e esta trate do Alberto!»
O PS já sobe nas intenções de votos
«O Partido Socialista é o único partido que sobe este mês no estudo da Eurosondagem para a SIC, o Expresso e a Rádio Renascença, que continua a atribuir o favoritismo dos portugueses ao PSD.
Se as Eleições Legislativas fossem hoje, o PSD voltaria a ganhar, com 39,3%, seguindo-se o PS, que apesar de subir 1,3 pontos percentuais face ao último estudo, para 28,2%, permanece a mais de 10 pontos do partido de Passos Coelho.» [Jornal de Negócios]
Se as Eleições Legislativas fossem hoje, o PSD voltaria a ganhar, com 39,3%, seguindo-se o PS, que apesar de subir 1,3 pontos percentuais face ao último estudo, para 28,2%, permanece a mais de 10 pontos do partido de Passos Coelho.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Com um governo de Cratos, Álvaros e Cristas o PS nem precisa de fazer oposição.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Preso engano?
«O Tribunal de Oeiras decretou a libertação imediata de Isaltino Morais, que foi detido na quinta-feira. O autarca já saiu do estabelecimento prisional anexo à PJ, em Lisboa.» [JN]
Parecer:
Ou com a intenção de humilhar?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Inicie-se um procedimento disciplinar para apurar o comportamento dos magistrados.»
A dívida da Madeira já vai em 6328 milhões
«A dívida pública da Região Autónoma da Madeira, incluindo empresas públicas e autarquias, é neste momento de 6328 milhões de euros, um valor 465 milhões de euros superior ao anunciado pelo Governo regional.
Os números foram avançados pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, numa declaração realizada antes da publicação do relatório sobre a situação financeira da Madeira. A dívida da Madeira representa 123% do PIB do arquipélago e 927% da sua receita fiscal anual. Quase metade da dívida (47%) é relativa às empresas públicas regionais. » [Público]
Os números foram avançados pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, numa declaração realizada antes da publicação do relatório sobre a situação financeira da Madeira. A dívida da Madeira representa 123% do PIB do arquipélago e 927% da sua receita fiscal anual. Quase metade da dívida (47%) é relativa às empresas públicas regionais. » [Público]
Parecer:
Só? Quanto maior form mais votos terá o energúmeno.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se era este o desvio colossal de que falava e declare-se a falência da Madeira propondo-se que seja entregue ao cuidado da OUA.»
No "terra imersa, terra emersa" o post "Hipocrato"
«Já decidimos isso há bastante tempo, houve qualquer problema de comunicação», afirmou o ministro…
Clarifique, Sr. Ministro. O despacho autocrático que alterou as regras de atribuição do montante pecuniário do prémio de mérito, embora sem data aposta, surge na página do Ministério com a data de ontem, 29/09/2011. Foi algum funcionário que se “esqueceu” de promover a publicação do despacho? O problema de comunicação deu-se no interior do Ministério?
A hipocrisia é tal que se permite confundir o momento da concessão do prémio (a conclusão do ensino secundário – cf. art. 2.º do Regulamento anexo ao Despacho n.º 20513/2008, de 25 de Julho) com o momento de atribuição do mesmo (cf. art. 3.º do citado Regulamento).
Recordo-lhe, Sr. ministro, que as actividades lectivas do ensino secundário na época escolar 2010/2011 terminaram em 9 de Junho de 2011. Nesta data, antes mesmo de o senhor ocupar a pasta, o prémio estava ganho e formalmente concedido aos alunos. Faltava apenas a atribuição que o Sr. agora veio negar.
Mais, ao olhar para a foto ocorre-me um dos oito gestos que, em linguagem corporal, vulgarmente estão associados à mentira: tapar a boca.
Sejam sérios, ao menos com os jovens.»
Clarifique, Sr. Ministro. O despacho autocrático que alterou as regras de atribuição do montante pecuniário do prémio de mérito, embora sem data aposta, surge na página do Ministério com a data de ontem, 29/09/2011. Foi algum funcionário que se “esqueceu” de promover a publicação do despacho? O problema de comunicação deu-se no interior do Ministério?
A hipocrisia é tal que se permite confundir o momento da concessão do prémio (a conclusão do ensino secundário – cf. art. 2.º do Regulamento anexo ao Despacho n.º 20513/2008, de 25 de Julho) com o momento de atribuição do mesmo (cf. art. 3.º do citado Regulamento).
Recordo-lhe, Sr. ministro, que as actividades lectivas do ensino secundário na época escolar 2010/2011 terminaram em 9 de Junho de 2011. Nesta data, antes mesmo de o senhor ocupar a pasta, o prémio estava ganho e formalmente concedido aos alunos. Faltava apenas a atribuição que o Sr. agora veio negar.
Mais, ao olhar para a foto ocorre-me um dos oito gestos que, em linguagem corporal, vulgarmente estão associados à mentira: tapar a boca.
Sejam sérios, ao menos com os jovens.»
Occupy Wall Street [The Atlantic]
«In New York City's Financial District, hundreds of activists have been converging on Lower Manhattan over the past two weeks, protesting as part of an "Occupy Wall Street" movement. The protests are largely rallies against the influence of corporate money in politics, but participants' grievances also include frustrations with corporate greed, anger at financial and social inequality, and several other issues. Nearly 80 people were arrested last weekend in a series of incidents with the New York police as the protesters attempted to march uptown. Most are now camped out in nearby Zucotti Park. Demonstrations also took place yesterday in San Francisco, and an "Occupy Boston" protest is planned for tonight, September 30. Collected here are a handful of images of the protesters occupying Wall Street from the past two weeks.»
«In New York City's Financial District, hundreds of activists have been converging on Lower Manhattan over the past two weeks, protesting as part of an "Occupy Wall Street" movement. The protests are largely rallies against the influence of corporate money in politics, but participants' grievances also include frustrations with corporate greed, anger at financial and social inequality, and several other issues. Nearly 80 people were arrested last weekend in a series of incidents with the New York police as the protesters attempted to march uptown. Most are now camped out in nearby Zucotti Park. Demonstrations also took place yesterday in San Francisco, and an "Occupy Boston" protest is planned for tonight, September 30. Collected here are a handful of images of the protesters occupying Wall Street from the past two weeks.»