1. Entre arrufos de namorados entre o PSD-Contenente e a promessa de Passos Coelho de que em Setembro se saberia qual a dívida da Madeira e como iria ser paga ficou-se sem saber nada, ninguém sabe ao certo qual é a dívida e muito menos como vai ser paga, apenas se sabe que o Alberto continua a falar do país como lhe dá na gana, o PSD-África vai ganhar mais umas eleições em ambiente tropical, Temos uma República, muitos bananas mas presidente é que não existe e Passos Coelho meteu o rabinho entre as pernas. Resta ao Gaspar decidir se vai apreender o resto das prendas de natal o desviar o aumento do iva sobre o leite que era destinado a dar de mamar aos empresários para o usar na amamentação do Alberto João.
2. Começa a ser cada vez mais evidente que o desvio colossal nas contas soprado por Passos Coelho numa reunião do PSD não passou de um embuste para iludir os portugueses, levando-os a aceitar mais um PEC, para além do da troika, desconhecendo que as suas prendas de Natal não se destinavam a mais um desastre de Sócrates mas sim para encobrir o buraco da Madeira. Foi o próprio governo regional que em comunicado de 12 de Agosto informou que “Logo que o actual Governo da República tomou posse, o Governo Regional apresentou uma informação completa sobre a situação e solicitou um plano de regularização para a Região Autónoma”. Estava explicado o desvio colossal de que Passos Coelho tinha falado em meados de Julho, confirmado pelo governo regional e confirmado pelos números do buraco madeirense.
3. Manuela Ferreira Leite, a senhôzinha medalhas de Belém e porta-voz do movimento nacional feminino do Cavaquistão, veio propor a primeira medida para implementar o seu velho projecto de suspensão temporária da democracia, sugeriu a perde do direito à liberdade de expressão do maior partido da oposição. A senhora que sempre foi muito rigorosa nas contas respondeu assim quando questionada sobre as contas do Alberto, isto é, como em todas as ditaduras a melhor forma de calar quem se opõe às vigarices dos ditadores a melhor solução é o silêncio. Espera-se agora que proponha ao ribunal Constitucional a proibição do PS e de todos os partidos que ousem criticar o Alberto João.
4. No mesmo país onde o Presidente da República empresta o nome a um prémio pecuniário para o melhor aluno de uma universidade Católica, gesto que só pode merecer elogios, o ministro da Educação nega os prémios aos melhores alunos das escolas secundárias públicas a dias da sua entrega e violando descaradamente a lei. Tudo serve para fazer implodir a educação pública.
5. Os professores que se sentiram ludibriados por um concurso de colocações organizado de forma traiçoeira invadiram as instalações do ministério da Educação. O Mário Nogueira não estava lá, o aguerrido sindicalista adoptou novos métodos de luta no seu combate às políticas da direita, agora abaixa a cabeça enquanto fala subservientemente com o primeiro-ministro, assinas actas a dizer que concorda com acordos que não assina e organiza pequenas manifestações de professores bem comportados.
6. Cavaco foi aos Açores para encontrar os únicos “portugueses” que ainda conseguem sorrir porque se alegram ao ver os pastos verdejantes, as vacas da Ilha Graciosa. Dos outros dizem as estatísticas que em todo o mundo são o segundo povo que sofre de mais depressões. Pudera, com um presidente assim até era de esperar que tivessem perdido a capacidade de procriar desde há seis anos atrás.
7. Tal como Passos Coelho tinha prometido uma solução para a dívida da Madeira até final de Setembro, também o Álvaro, o mais distinto membro da família desta sequela dos Batanetes a que estamos a assistir, também prometeu uma decisão sobre o TGV durante o mesmo mês de Setembro. Qual terá sido? Ainda não sabemos muito bem se iremos a Madrid sentados em caixotes de melões ou se sentados em cadeira de veludo, só temos uma leve ideia do que o ministro pensa se é que as reflexões do Álvaro têm dignidade intelectual suficiente para serem designadas por pensamento.