Foto Jumento
"A veneranda imagem de N. S.ª de Fátima da Cova de Iria visitou Moura
sendo apoteoticamente recebida em 26-10-947", Moura
sendo apoteoticamente recebida em 26-10-947", Moura
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Vila Flor [A. Cabral]
Jumento do dia
Miguel Macedo e José Cesário, governantes subsidiados
Parece que Miguel Macedo continua a refugiar-se atrás de truques para beneficiar abusiva e imoralmente, ainda que recorrendo a um expediente legal, para beneficiar de uns trocos extras a título de uma deslocação que, de facto, não faz. Já José Cesário recorre a um argumento de cobardolas e de ignorante, cobardolas porque se socorre de terceiros para se justificar, ignorante porque desconhece que o subsídio que recebe não é norma na Administração Pública.
«Há nove governantes que recebem um subsídio de alojamento, que teve efeitos a partir da posse. O despacho do primeiro-ministro data de 20 de Setembro e atribui o apoio aos membros do Governo que não tenham residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 km. Mas um ministro e um secretário de Estado têm casa própria em Lisboa e, no caso de Miguel Macedo, titular da Administração Interna, a sua declaração de rendimentos indica duas moradas - a de Lisboa e uma em Braga - onde, garante o seu gabinete, reside. Já José Cesário argumenta que tem "direito de ter tratamento igual ao de qualquer funcionário da administração pública". O Ministério das Finanças não comenta a possibilidade de cortar este subsídio, que pode ir até 1400 euros brutos.» [DN]
«Há nove governantes que recebem um subsídio de alojamento, que teve efeitos a partir da posse. O despacho do primeiro-ministro data de 20 de Setembro e atribui o apoio aos membros do Governo que não tenham residência permanente na cidade de Lisboa ou numa área circundante de 100 km. Mas um ministro e um secretário de Estado têm casa própria em Lisboa e, no caso de Miguel Macedo, titular da Administração Interna, a sua declaração de rendimentos indica duas moradas - a de Lisboa e uma em Braga - onde, garante o seu gabinete, reside. Já José Cesário argumenta que tem "direito de ter tratamento igual ao de qualquer funcionário da administração pública". O Ministério das Finanças não comenta a possibilidade de cortar este subsídio, que pode ir até 1400 euros brutos.» [DN]
Na política portuguesa os cavaquistas são os primeiros a abandonar o navio
O ruído provocado pelas recentes declarações de Cavaco Silva mostraram como na nossa vida política são precisamente os cavaquistas os primeiros a abandonar o navio. As declarações de Cavaco Silva mais não são do que testemunhos pra memória futura, Cavaco não acredita no sucesso da política económica de Gaspar e faz declarações que mais tarde usará para dizer que avisou. E para salvar a sua imagem não hesitou um conflito com Passos Coelho pouco mais de três meses depois de o governo tomar posse, batendo um recorde na política portuguesa pois nunca um presidente se atirou tão cedo a um primeiro-ministro e muito menos quando este é do seu próprio partido.
DO lado dos seus apoiantes, como o professor com horário zero o o Ganda Nóia a fugirem esbaforidos da posição do seu pai político, pareciam mesmo ratazanas a fugir de um navio muito antes dos sinais de naufrágio, o que se compreende, o navio governamental é bem mais lucrativo do que o navio presidencial. Este lado mercantil é a marca genética de muitos cavaquistas, enriqueceram na política precisamente apostando bem em cada momento.
Com Cavaco é mais mina antipessoal
«Os presidentes da República têm um poder, derrubar o Governo, a que os noticiários chamam "bomba atómica". O termo é ridículo e, diga-se logo, o actual primeiro-ministro, Passos Coelho, não vai tornar-se uma Hiroxima. Primeiro, porque é da mesma cor política do actual Presidente e, sobretudo, porque não vai com o carácter de Cavaco usar uma arma tão definitiva. Cavaco Silva, a ser qualquer coisa explosiva, é mais mina antipessoal. Como sabem, o próprio destas armas (nas mais sofisticadas) não é matar. A mina antipessoal tem a dose de explosivo que não faz desaparecer a vítima (que rapidamente seria esquecida) mas que só lhe estilhaça uma perna. Passeando-se, ela e as muletas, a vítima transforma-se em propagandista de quem pôs a mina: "Vejam na minha desdita como ele é forte..." Pois Cavaco é assim, uma mina aqui, um recado ali, com uma perfídia pelo meio. Uma sua vítima não é um morto; é a prova de vida, dele, Cavaco. Esta semana, foi mais uma vez dessa arma que ele fez uso. Minou o Orçamento de Passos Coelho, concluíram alguns. Mas não, minou foi pessoalmente Passos Coelho. Sobre o acontecer, não muda nada: o corte dos dois subsídios vai passar (se fosse para não passar, uma conversa privada em Belém teria resolvido). Sobre o que pode acontecer, mudou tudo: Portugal que precisa de ser governado volta a ter, pairando, a sombra de Cavaco Silva. Acreditem, é pior que a perda de três subsídios.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
O confisco dos salários
«A Constituição proíbe o confisco. Apesar disso, o governo anterior confiscou até 10% dos salários dos funcionários públicos, tendo o Tribunal Constitucional dado o seu beneplácito a essa medida, argumentando que o fazia devido à situação excepcional que o país atravessa. Dizia, porém, que a medida era temporária, mas explicava logo a seguir que o governo a podia renovar no Orçamento seguinte.
O governo agradeceu a autorização e não só renovou o corte como o aumentou 15%, tirando assim aos funcionários públicos até 1/4 dos seus rendimentos. Claro que o corte continuará a ser temporário até ao fim do presente resgate, mas poderá naturalmente ser renovado se houver um segundo e um terceiro resgates. É curiosa esta noção de temporário, pois os salários confiscados nunca serão devolvidos e aqueles que entretanto ficarem insolventes verão que a sua insolvência nada tem de temporária. Mas se calhar irão argumentar que tudo é temporário, até a vida.
A Constituição proíbe os órgãos de soberania de suspender os direitos, a menos que seja declarado o estado de sítio ou o estado de emergência. Como os direitos dos funcionários foram suspensos sem que essa declaração tenha ocorrido, temos de concluir que a Constituição já não existe. E então cabe perguntar para que continuamos a ter um Tribunal Constitucional.» [i]
O governo agradeceu a autorização e não só renovou o corte como o aumentou 15%, tirando assim aos funcionários públicos até 1/4 dos seus rendimentos. Claro que o corte continuará a ser temporário até ao fim do presente resgate, mas poderá naturalmente ser renovado se houver um segundo e um terceiro resgates. É curiosa esta noção de temporário, pois os salários confiscados nunca serão devolvidos e aqueles que entretanto ficarem insolventes verão que a sua insolvência nada tem de temporária. Mas se calhar irão argumentar que tudo é temporário, até a vida.
A Constituição proíbe os órgãos de soberania de suspender os direitos, a menos que seja declarado o estado de sítio ou o estado de emergência. Como os direitos dos funcionários foram suspensos sem que essa declaração tenha ocorrido, temos de concluir que a Constituição já não existe. E então cabe perguntar para que continuamos a ter um Tribunal Constitucional.» [i]
Autor:
Luís Menezes Leitão.
Cavaco espera que não nos vejamos gregos
«O Presidente da República falou este sábado, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sobre a dívida grega e recusou comentar as recentes críticas que lhe têm sido feitas sobre a equidade fiscal das medidas do Orçamento do Estado para 2012. Da situação de Portugal apenas disse: ""Espero que Portugal nunca venha a estar nesta situação".» [CM]
Parecer:
Entretanto já disse quanto baste para daqui a uns tempos poder afirmar que avisou.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Marco António apela à cardidade
«O secretário de Estado da Solidariedade Social, Marco António Costa, reafirmou hoje que o Governo não consegue sozinho “resolver o problema social do país”, apelando por isso à ajuda da própria sociedade portuguesa.» [Público]
Parecer:
Pois, o governo só tem capacidade para ajudar o ensino privado, comprar cassetetes para a polícia, financiar o Mira Amaral e subsidiar os ministros que moram em Lisboa mas no momento de pedir o subsídio dizem que moram no Porto ou em Braga.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»