Há uns meses o governo tentou entregar de mão beijada aos
patrões o dinheiro dos trabalhadores, em nome da competitividade as grandes
empresas iriam ganhar milhões com o golpe da TSU. A troika aprovou e o senhor O’Connors
vei a público fazer chantagem em nome da Comissão, ou os portugueses aceitavam
ou não vinha a próxima tranche. Os portugueses vieram para a rua e mandaram os
O’Connors à bardamerkel e o resultado foi um que se viu, em poucos dias o
Gaspar inventou uma alternativa, pelo menos foi o que ele disse no seu momento
Arturzinho.
A TSU que teria um impacto orçamental quase simbólico foi
substituída por um aumento brutal dos impostos. O dinheiro já não era para os
empresários, mas para tapar o desvio colossal nas contas públicas provocado
pelo desvario fiscal do Gaspar e da troika, desvario que prossegue pois mesmo
com a quebra das receitas o FMI do palerma do Salassie continua a insistir que
há base para aumentar o IVA. O país percebeu que o que estava em causa com a
TSU não era o orçamento e que o governo se preparava para fazer o que está nos
planos de Gaspar desde o primeiro dia, um empobrecimento forçado de todos os
que não são ricos, ficando para o Estado o que se tirar os funcionários públicos
e para as grandes empresas o que se tirar aos trabalhadores do sector privado,
depois despedem-se funcionários públicos e a despesa do Estado ficará limitada à
que interessa aos grandes grupos.
Com a TSU perdida e com a incompetência do Gaspar a absorver
os aumentos sucessivos de impostos resta a Passos Coelho destruir o Estado
social para transferir recursos para os grandes grupos, principalmente para uma
banca especializada em corromper a classe política portuguesa, desde o mais
modesto deputado aos mais poderosos dos jogos partidários. Apareceu rapidamente
um frete encomendado ao FMO que se dispôs a dar chancela a um arrazoado tão
incompetente e mal feito que se percebeu logo que aquilo só podia ter sido
feito por gente do governo. Como era de esperar apareceu logo o bardamerkel do
O’Connors com as ameaças do costume, sinal de que apesar do silêncio é o Gaspar
que manobra todos os cordelinhos, o ministro está pouco preocupado se o estudo
está bem ou mal feito, o que ele quer é os milhões dos vencimentos para dar aos
amigos.
O que é feito do défice e do crescimento exponencial da dívida
soberana que supostamente os outros foram incapazes de controlar e forçou a um
pedido de ajuda internacional? O que é feito do grande sucesso do ajustamento
português? O que é feito do crescimento das exportações que ocorria graças ao
ajustamento?
Enquanto o Gaspar tenta salvar-se com um patético regresso
aos mercados que só é viável proque o BCE e a Europa adoptou as política contra
as quais ele sempre foi contra, a economia afunda-se e é o FMI que já fala na
hipótese de falhanço, ainda que não pareça querer assumir as suas culpas nas
golpadas e experiências que tem feito em Portugal, para não referir a incompetência
e má fé com que tem actuado o Salassie, um palavrinhas mansas que paece estar
em Portugal para ajudar o Gaspar a iniciar o seu novo Estado Novo.