quinta-feira, janeiro 24, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura.


 
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Lagos
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Espigueiro modernaço [A. Caral]   

Jumento do dia
  
Cavaco Silva
 
Cavaco Silva cumpriu dois anos como Presidente da República ou, para se ser mais rigoroso e preciso, como presidente da república pois o seu péssimo desempenho presidencial não justifica que se gastem maiúsculas. O mandato presidencial de Cavaco Silva tem sido muitos pontos abaixo do sofrível, tem sido mau. Começou torto e não parou de entortar.

Com Cavaco a presidência quase desapareceu, deixou de ser um factor de estabilidade, ficou pobre, sem grande classe e arrasta-se com os portugueses à espera que chegue tão depressa quanto possível, porque uma democracia não pode ter presidentes ausentes ou fraco e muito menos assessorado por gente capaz de conspirar contra a democracia, inventando escutas telefónicas

Cavaco cumpriu dois anos, isso significa que o país precisa de três penosos anos para voltar a ter um Presidente.
    
 Portugal foi ao mercado
 

Amanhã o país regressa  à sua realidade, às empresas à beira da falência, à evasão fiscal generalizada, ao OE inexequível, ao desemprego galopante, à recessão crescente, à dívida soberana nos 120% do PIB. Essa é a realidade que não muda só porque em vez de se financiar na troika o governo se financiou no mercado pagando juros dignos de agiotas, juros bem mais elevados do que aqueles que os bancos pagam pelos depósitos a prazo. O bancos compraram dívida portuguesa cobrando quase 5% com dinheiro que compraram ao BCE por 1%.

É uma pena que não se saiba quem comprou e que juro ganhou, não é difícil de adivinhar que a presença da banca portuguesa e das suas off shores ou os amigos alemães estiveram presentes em força, isso para não falar dos camaradas de Pequim.


  
 O (det)Estado Social
   
«O actual Governo tem um problema com o Estado Social. Curiosamente, o Executivo não mostra problemas com a industria financeira.

Exemplo recente 1: o Governo não hesita em injectar dinheiros públicos em mais um banco, neste caso o Banif. Note-se: trata-se mais uma vez de um banco recheado de figuras políticas nos seus órgãos sociais (do PSD-Madeira, por exemplo) e de outras mais discretas ligadas directamente ao actual executivo (incluindo, segundo foi descoberto, o sócio de um actual governante).

Exemplo recente 2: a tutela não emite palavra quando a CMVM anuncia avançar com uma queixa-crime contra uma associação cívica que se manifestou contra a contratação de um director especialista do Millenium BCP que fundou quase 30% das ‘off-shores' criadas sob a tutela do Jardim Gonçalves, condenado em tribunal por processo lançado pela própria CMVM.

Note-se: este é o mesmo Governo para o qual a "sociedade civil" é um selecto número de personalidades que aceitam o seu convite para discutir a reforma do Estado à porta-fechada.Ora isto, é muito curioso. Porquê?! Porque é claro que se havia sector a portar-se mal antes da actual crise não era o Estado português.

Exemplo recente 1: O sector público era minoritário na dívida total portuguesa em 2007, correspondia a 25,3%. Note-se: com a crise (tendo injectado já 5,6 mil milhões de euros no BCP, BPI, CGD e Banif e outro tanto nos casos BPN e BPP) essa proporção aumentou para cerca de 35%, notavelmente ainda uma componente minoritária do nosso problema com a dívida total.

Exemplo recente 2: as despesas com protecção social sempre estiveram abaixo da média da UE-15. Note-se: os apoios às famílias e aos desempregados têm-se reduzido em plena crise, Portugal tinha em 2012 gastos sociais 3% menores em termos reais que em 2007. No meio de tudo isto qual a prioridade do Governo? Encomendar ao FMI (e agora à OCDE) textos para os quais fornece as opiniões, os dados, e as recomendações de proposta.

É tempo destes governantes esclarecem para quem governam e através de que interpostas organizações querem governar.» [DE]
   
Autor:
 
Sandro Mendonça.   
   
  

 Gente do FMI
   
«O vice-presidente da Fundação Ideas, vinculada ao PSOE, demitiu hoje o diretor da instituição, Carlos Mulas Granados -- um dos coautores do estudo do FMI sobre Portugal -, depois de comprovar que recebeu por trabalhos que assinou com um pseudónimo.

Jesús Caldera explica em comunicado ter tomado a decisão depois de "verificar as informações que apontavam à falsa autoria de um conjunto de trabalhos pagos pela fundação a quem assinava com o nome de Amy Martin".» [DN]
   
Parecer:

Boa gente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se..»

     
 Ai Jesus!
   
«“O Ministério Público (MP) devia deixar de fazer investigação direta e ser polícia. A Policia Judiciária devia ser a polícia de investigação”, defendeu, na manhã desta quarta-feira, o advogado Daniel Proença de Carvalho, que acrescentou que Portugal assiste a “uma regressão no sistema de justiça e tem magistrados do MP a mais, em comparação aos restantes países da União Europeia”.» [CM]
   
Parecer:
 
Os inimigos que o Proença foi arranjar... e depois como é que se faziam julgamentos na praça pública, telenovelas na TVI inspiradas em famosos casos e escutas divulgadas, como é que a Felícias podiam continuar a ganhar o pão de cada dia com jornalismo de investigação?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se e sugira-se ao Porença que em vez de dizer destas se meta na fila para patrocinar o próximo congresso do pessoal da política de toga.»
      
 Devemos cada vez mais
   
«Os dados trimestrais da dívida pública do gabinete oficial de estatísticas da UE revelam que, além de ter a terceira dívida pública mais elevada, Portugal também registou a terceira maior subida entre o segundo e o terceiro trimestres de 2012 (2,9 pontos percentuais), apenas atrás da Irlanda (5,9 pontos) e da Grécia (3,4 pontos).
  
Comparativamente com o terceiro trimestre de 2011, a dívida pública portuguesa aumentou 9,9 pontos (era, na altura, de 110,4% do PIB), com os maiores aumentos homólogos a pertencerem a Chipre (17,5 pontos), à Irlanda (13,4 pontos) e a Espanha (10,7 pontos) e as maiores descidas à Hungria (4,8 pontos) e à Letónia (3,6 pontos).» [CM]
   
Parecer:
 
Não faz mal, já podemos ir ao mercado para podermos ficar a dever mais ou ubstituir a dívida velha por dívida mais fresca.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Ouvir o O'Connor paa perceber o Gaspar
   
«A Comissão Europeia expressou hoje a sua satisfação pela emissão de dívida levada a cabo pelo governo português, mesmo antes de serem conhecidos todos os detalhes da operação.

"A Comissão Europeia saúda este passo do governo português, é outro sinal do reforço da confiança em Portugal, que se tem traduzido numa queda gradual das taxas de juro ao longo dos últimos meses", declarou ao Expresso Simon O'Connor, porta-voz do executivo comunitário para os assuntos económicos e monetários.

Para Bruxelas, a "implementação vigorosa" do programa de ajustamento pelo governo é um dos factores que contribuiu para o êxito da operação, a par do "apoio alargado" de que o mesmo dispõe e também dos esforços europeus para conter a crise. Por isso, o governo português não deve tirar o pé do acelerador.

"Para manter esta tendência positiva e para Portugal continuar a avançar em direcção ao regresso pleno aos mercados, é muito importante que Portugal continue a executar as reformas previstas no programa", acrescentou o porta-voz de Olli Rehn.» [Expresso]
   
Parecer:
 
A melhor forma de perceber as intenções do Gaspar é ouvir o Simon O'Connor, ele fala em regra articulado com os objectivos políticos do Gaspar, sempre que o ministro precisa lá aparece o porta-voz do comissário europeu dos assuntos monetários. Desta vez o recado do O'Oconnor é claro, esta ida de muletas ao mercado deve servir para os portugueses aceitarem a destruição do Estado Social defendida no relatório do Gaspar que o FMI assinou e que o mesmo O'Connor prontamente apoiou.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar porque não contrata o Simon para chefe do seu gabinete de imprensa.»
   
 Vaticano é uma imobiliária de luxo
   
«O Vaticano continua a acumular riqueza. A prova é que o seu património imobiliário internacional não para de crescer. Alguns dos edifícios comerciais nos bairros mais caros de Londres, muitos dos quais adquiridos nos últimos anos, são parte de um império imobiliário 'secreto' da Igreja Católica na capital britânica, de que são exemplo a sede do banco de investimento Altium Capital, na esquina da praça St. James com a Pall Mall, e as instalações da joalharia Bulgari, em New Bond Street.

A Igreja tem também prédios de escritórios de luxo em França, nomeadamente em Paris, e na Suíça.

Segundo revela o "The Guardian", a carteira internacional de imóveis da Igreja Católica, expandida ao longo dos anos, foi criada com dinheiro pago por Mussolini, em troca do reconhecimento do regime fascista pelo Papa, em 1929.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Uns filhos da mãe esta padralhada do Vaticano.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Más notícias num dia feliz para Gaspar
   
«A quebra da receita do Estado absorveu mais de 80% do corte na despesa pública nos primeiros nove meses de 2012, estima a UTAO, que considera que só uma execução "muito favorável" no último trimestre permite cumprir défice.
  
Numa nota sobre as contas das administrações públicas do terceiro trimestre do ano passado em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas), a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) diz que cerca de 4/5 da diminuição observada ao nível da despesa pública acaba por ser absorvida pela queda na receita.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Não bastava o nível da dívida estar nos 120%, no mesmo dia em que o Eurostat divulga este dado vem a UTAO dizer que a coisa está feia no OE de 2012. São uns desmancha prazeres.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguardem-se pelas contas finais.»
   
 Estes boches da Merkel são mesmo um exemplo!
   
«A Universidade de Düsseldorf abriu um inquérito no caso do doutoramento da actual ministra federal de Educação, por suspeitas de plágio.

As suspeitas em relação à tese de Annette Schavan, 57 anos, colega de partido e de Governo de Angela Merkel, avolumavam-se há meses. Agora, com 14 votos a favor e uma abstenção, o conselho científico da faculdade considerou que as alegações são suficientemente fortes para uma possível retirada do título, e aprovou um procedimento para determinar se as acusações têm ou não fundamento.» [Público]
   
Parecer:
 
Que vergonha, uma ministra da Educação de que o nosso ministro tanto gosta suspeita de plágio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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