terça-feira, janeiro 22, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura.


 
   Foto Jumento
 
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Comporta, Alcácer do Sal
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Na aldeia [A. Cabral]

Jumento do dia
   
João Soares
 
Todos sabemos que para Marcelo Rebelo de Sousa aquela linha que separa a verdade da mentira é ténue, muda frequentemente de sítio e às vezes é invisível. Mas daí a usar o Facebook para lhe chamar mentiroso sem se dar ao trabalho de confirmar se Marcelo mentia ou falava a verdade vai uma grande distância. Foi o que João Soares que cometeu um grande erro ao usar o Facebook para desmentir Marcelo. Agora é o habitualmente mentiroso Marcelo que passo por santinho graças à negligência de João Soares.
 
Graças ao erro de João Soares o Marcelo é pela primeira vez desde há muito tempo o herói do dia.
 
«O deputado João Soares admitiu que o seu pai, Mário Soares, falou ao telefone no domingo com Marcelo Rebelo de Sousa, tal como o professor universitário anunciara no comentário semanal na TVI, motivando um pronto desmentido no Facebook do filho do ex-Presidente da República. Segundo o 'Expresso', Marcelo telefonou para João Soares após tomar conhecimento de que este tinha escrito que Mário Soares, ainda internado no Hospital da Luz, só falara ao telefone com António José Seguro e António Damásio.» [CM]
    
 Socorro

Os portugueses estão sendo troicidados pela troica, em especial pela incompetência dos supostos especialistas do FMI. Depois de errarem gravemente no multiplicador da recessão mandaram para os hotéis de luxo da capital portuguesa um rebanho de especialistas que a única coisa que sabem fazer é calcular e comparar médias.


  
 Por favor, Seguro, não me surpreenda
   
«Seguro disse: "Irei surpreender os portugueses com futuro Governo." Eu preferia não ficar surpreendido. Já chega de estranhar sobre como, por cá, é possível chegar a primeiro-ministro ou candidato a primeiro-ministro. Das próximas vezes preferia não estranhar e passar logo à fase de entranhar políticos capazes. Eficazes e sem conversa mole em entrevistas. Que não chamem "laboratório de ideias" àquilo de pensar como vão governar, nem "viveiro" ao lugar onde vão buscar os potenciais governantes. Não os quero enxertados, só bons políticos. E era simplesmente assim que gostava que eles me fossem apresentados por quem se farta de dizer "deixe-me dizer-lhe com muita clareza." Mas houve um momento da entrevista de Seguro de que gostei. Ele recordou que haver crise política ou não "depende do dr. Pedro Passos Coelho e do dr. Paulo Portas porque eles dispõem de maioria absoluta."Boa malha! São coisas assim, simples, não surpreendentes, que quero na vida política: com muita clareza (não dita, mas aplicada), mostrar contradições dos adversários. Depois, Seguro disse que a crise política começou quando Portas disse publicamente: "Se me perguntarem se eu sabia das medidas da TSU, eu respondo que não..." Ora, o que Portas disse, na altura, foi: "Se me perguntarem se eu soube [da TSU], claro que soube." Está a ver, Seguro, as surpresas que eu não quero? Um candidato a primeiro-ministro, citando mal, a estragar um seu bom argumento...» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.   

 Cortinas de fumo
   
«A semana passada foi marcada pela encenação do “debate” sobre a “refundação” do Estado proposta por Vítor Gaspar e Passos Coelho, tendo como pano de fundo um duvidoso “relatório” do governo, assinado por “técnicos” do FMI. Começou com uma conferência, encomendada e montada pelo primeiro-ministro, no Palácio Foz, e acabou no “debate quinzenal”, na sexta-feira, na Assembleia da República. Em ambos os casos, apenas a registar a irrelevância do que foi dito e a frouxidão política dos intervenientes, à medida dos interesses e objectivos do governo. Estamos à beira de um terramoto na vida da maioria dos portugueses, a juntar às suas difíceis condições de sobrevivência, e tudo parece estranhamente calmo, uma espécie de bonança que antecede as grandes tempestades.

Não há qualquer tipo de debate possível porque o governo não quer debater o que quer que seja, e muito menos discutir o compromisso já assumido de apresentar à troika, por sua iniciativa, durante a próxima “avaliação”, um corte na despesa do Estado, nas áreas da educação, da saúde e da protecção social, bem como o despedimento de milhares de funcionários públicos, na ordem dos 4 mil milhões de euros. Esta decisão, destinada a tapar os “buracos” que o próprio governo cavou, foi tomada na última “avaliação”, a qual deixou a nu os resultados da desastrosa execução orçamental de 2012 e cuja rota negativa se vai manter, senão mesmo piorar, com o orçamento de “guerra” em vigor este ano. Não haja qualquer dúvida: o governo vai tentar impor aos portugueses o seu “Estado mínimo” – o tal programa escondido da actual direcção do PSD –, armadilhando o terreno e lançando cortinas de fumo.

Na conferência realizada por iniciativa do governo, no início da semana, supostamente para debater a “reforma do Estado”, numa atitude inédita em eventos deste tipo, foi vedada aos jornalistas a livre divulgação de imagens, som e citações dos intervenientes, sem autorização dos próprios. Os organizadores desta conferência comprometeram-se a fornecer, ao fim do dia, a informação condensada num minuto e meio, como se fossemos todos parvos. Na mesma linha de ocultação, a cortina de fumo lançada vai ao ponto do governo nem sequer ter tido a iniciativa de traduzir para português o “relatório”, redigido em inglês, que serve de pano de fundo a esta grosseira maquinação. Este comportamento é sinal de que algum “mestre pensador” se lembrou da frase de Oliveira Salazar: “Politicamente só existe o que o público sabe que existe.” E assim, no completo desconhecimento, provavelmente, os portugueses só vão conhecer, em concreto, quais as medidas que os vão afectar drasticamente, depois de o governo as entregar à “troika”, em Fevereiro. Até lá, evitam-se ondas de choque e manifestações como a de 15 de Setembro. E depois de entregue, já é um facto consumado. Pelo menos, parece ser assim que o governo pensa. Mas pode estar enganado.

No outro debate sobre a “reforma do Estado”, este na Assembleia da República, nada se debateu seriamente, como era de esperar, porque a oposição não soube e o governo não quis. No entanto, o primeiro-ministro revelou, durante o debate, a convicção de que a sua táctica, de se encobrir atrás de um “relatório do FMI” e encobrir o debate por detrás de cortinas de fumo, lhe permitirá atingir os seus objectivos. Passos Coelho, disse, sem papas na língua: “Este governo só não concluirá o seu mandato se os partidos que apoiam o governo, ou o próprio governo, não quiserem. Disso não há dúvida.” Esta certeza arrogante, revela um desprezo absoluto pela reacção dos portugueses às medidas que sustentarão o corte dos 4 mil milhões de euros na despesa do Estado, à previsível má execução orçamental deste ano, medida trimestre a trimestre, às decisões pendentes no Tribunal Constitucional, e à eventual decisão do Presidente da República em dissolver o parlamento, face ao descontrolo da rua e das contas.

Repito: parece ser assim que o governo pensa. Mas pode estar enganado.» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.
   
  
     
 Governo prepara os despedimentos no Estado
   
«A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, afirmou nesta segunda-feira que o Governo propôs a criação do subsídio de desemprego para os funcionários públicos, procurando a convergência entre o setor público e o setor privado.» [CM]
   
Parecer:
 
Para já vai querer aumentar os descontos para compensar as perdas de receita e o amento da despesa devido ao aumento do desemprego.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
      
 Passos vai converter-se à social-democracia
   
«As eleições de hoje no 'Land' (estado) alemão da Baixa-Saxónia deram a vitória, por margem mínima, à esquerda sobre a coligação da chanceler, Angela Merkel, noticiam as televisões públicas ARD e ZDF, quando estão contados quase todos os votos.

O Partido Social-Democrata (SPD) e os seus aliados naturais, os Verdes, estão praticamente empatados com 46% dos votos com a coligação de centro-direita de Merkel, mas na distribuição dos mandatos da nova assembleia, têm mais um mandato do que a maioria necessária.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Seria o bom e o bonito se a Merkel perdesse, o Passos ia a acorrer à Feira da Ladra vender a sua biblioteca de Salazar e afirmava-se um social-democrata desde que nasceu  e diria que a culpa é toda de um extremista que a troika o obrigou a nomear número dois do governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Contribuintes pagam pensões dos bancários
   
«A transferência dos fundos de pensões dos bancários do sector privado para a Segurança Social foi a solução encontrada pelo governo para salvar o défice público de 2011. A factura a pagar por esta fórmula irrepetível já chegou: os reformados e pensionistas da banca causaram maior rombo nas contas da Segurança Social do que as prestações sociais em 2012, contribuindo para acentuar o desequilíbrio do sistema previdencial.

De acordo com o relatório da execução orçamental da Segurança Social de Dezembro, publicado na passada sexta-feira, as pensões dos bancários fizeram as contas da Previdência descarrilar em quase 516 milhões de euros em 2012. Este encargo com os bancários é superior ao aumento de 353,3 milhões de euros da despesa com as prestações sociais.» [i]
   
Parecer:
 
Mais um frete do governo aos banqueiros. Tudo pago com os subsídios dos funcionários públicos e com o aumento do IRS.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
   

   
   
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