terça-feira, janeiro 15, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura.


 
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Aldraba, Lisboa
   
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Rua do Relógio, Aldeia de Monsanto [A. Cabral]

Jumento do dia
  
Álvaro Beleza, um qualquer bardamerkel do parlamento
 
Este senhor anda a precisar de tratamento médico urgente num qualquer serviço de saúde mental, foi eleito pelos portugueses para os representar e dá entrevistas oficiais dizendo o que pensa para efeitos oficiais e recorre à sua página pessoal para dizer o que pensa em termos oficiais. Por este andar ainda vai deitar-se com a vizinha do andar de cima em termos particulares e sem saber como amanhã de manhã acorda em termos oficiais ao lado da esposa.

Sejamos honestos, anda por aí um concurso a ganhar quem bater mais nos funcionários públicos e como estes já ficaram capados, sem pernas e sem braços nada mais restou a este Álvaro senão lembrar-se que ainda não lhe tiraram o escalpe. Esta é uma forma pouco séria de discutir o problema e enoja-me ter gente desta por perto.

Estes senhores ainda não perceberam que a opção por uma profissão depende do conjunto de condições que são oferecidas e que muitos vencimentos baixos da maioria dos funcionários públicos era compensada por factores como a estabilidade e a ADSE. Sucede que já cortaram 10% dos vencimentos, tiraram os subsídios, aumentaram as contribuições e o governo quer despedir 120.000. Não será mesmo melhor capá-los para evitar o risco de se reproduzirem. Aliás, deviam capá-los, obrigá-los a andar com o cabelo rapado, com fatos às riscas e com o número mecanográfico tatuado no braço!

Ó Álvaro agora deixa-me dizer-te uma coisa a título particular: vai à bardamerda ou, melhor, vai à bardamerkel!
 
«O coordenador para a área da saúde do PS, Álvaro Beleza, utilizou a sua página do Facebook para esclarecer a entrevista que deu ao Jornal de Notícias, publicada hoje, em que defende a extinção da ADSE. Diz Álvaro Beleza que se trata apenas de uma "opinião pessoal".» [DN]
   
 Dúvida
 
Passos Coelho teve o seu momento de Artur e disse que tinha pedido um estudo sobre como lixar os portugueses e Portugal à OCDE, como era de esperar ficou-se a saber que Passos Coelho não pediu nenhum estudo à OCDE nem é assessor desta organização, o mesmo não se podendo dizer do FMI pois o suposto estudo daquela organização parece um apêndice do livro que Passos Coelho mandou escrever para que os portugueses ficassem a saber que ele até sabia escrever.
  
Mas a dúvida não era saber se ele tinha pedido o estudo, a dúvida é se o primeiro-ministro sabe mesmo o que é a OCDE. Ao menos o Artur sabia o que é a ONU.
 
 A culpa é do Loukanikos!

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Não é não senhor, lá pediram o perdão primeiro e depois encalacraram os gregos, cá estão fazendo ao contrário, primeiro encalacram os portugueses e quando estiver tudo muito bem encalacrado vão pedir o perdão da dívida. Com algum jeito ainda vão dizer que a culpa é dos gregos porque o nosso povo até é o melhor povo do mundo, comeu o pão que o Gaspar amassou e ficou calado, quem estragou tudo foram os gregos, principalmente o famoso cão que aparecia nas manifestações, o Loukanikos.
 

  

 Para lá de um Benfica-Porto
   
«Na Rua do Rivoli, em Paris, há uma igreja católica que foi doada aos protestantes por Napoleão. À porta, há uma estátua e sob ela está escrito no mármore: "No seu coração só habitava o desejo de servir a glória do Estado." A frase é de Montesquieu e homenageava o homem da estátua, o almirante Gaspard de Coligny (1519-1572). Este foi um estadista francês numa época de guerras religiosas que dividiram o país. Coligny era protestante e foi a mais famosa vítima do massacre de São Bartolomeu, que dizimou os protestantes. No entanto, a vida pública do almirante Coligny foi marcada por servir o seu país. Ele vem parar a esta crónica só por causa da frase que lhe dedicou Montesquieu e que ilustra uma atitude muito comum entre os políticos franceses: a noção de Estado. Protestantes ou católicos, ontem, de esquerda ou direita, hoje, os políticos franceses costumam saber que ficam mal vistos pelos seus cidadãos se, nos momentos graves do país, agem em chicana partidária. O Presidente Hollande, de esquerda, decidiu intervir no Mali e a oposição do UMP, de direita, fez questão de se perfilar com a posição da França. Essa lição não foi aprendida por cá. Li um deputado português (não foi Mangala nem Gaitán) a reduzir essa lição a um Benfica-Porto: "Se tivesse sido um presidente de direita a 'invadir'o Mali, o que ia para aí de críticas...", escreveu ele. Se calhar, até era verdade: com eleitos da tanga, os eleitores tendem a sê-lo também.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.

        
 Governação em 'outsourcing'
   
«Sem autoridade perante os portugueses para o apresentar em nome próprio, o Governo liderado por Passos Coelho encomendou ao FMI um relatório pretensamente técnico para legitimar a sua agenda ideológica. Estamos, como é evidente, perante um segundo resgate. Só que, desta vez, o resgatado não é o País, é o Governo.

Este relatório considera que políticas sociais justas são aquelas que combatem pobreza extrema, e apenas essas. Não admira, portanto, que se encontrem tantas injustiças e desperdícios no Estado Social que efectivamente temos, pela simples razão de que o nosso Estado Social não é apenas para os pobres. É inteiramente legítimo que haja quem pense que isto tenha de ser refundado. O que já não é aceitável é distorcer o objecto em análise e proclamar que este deve ser avaliado à luz de princípios que contestam os seus fundamentos.

Dizer que "20% dos rendimentos mais altos têm 33% do rendimento que é redistribuído, 20% dos rendimentos mais baixos apenas conseguem 13% do rendimento redistribuído", e que isto é injusto, é não perceber a natureza contributiva de uma parte muito significativa das nossas prestações sociais. A injustiça, que obviamente existe, reside na distribuição primária dos rendimentos, não no modo como, partindo desses rendimentos e respectivas contribuições, se chega a um conjunto de prestações sociais de natureza contributiva. Quem não percebe isto, ou não entende o sistema que está a avaliar ou está deliberadamente a distorcer a realidade.

Se o objectivo for apresentar um diagnóstico do nosso Estado Social, convém ter presente que não só gastamos menos em percentagem do PIB do que a média da OCDE, como os resultados dessa despesa estão em linha com os dos nossos parceiros. A redistribuição de riqueza via transferências monetárias e impostos reduz o índice de Gini (indicador de desigualdade) em 24% - semelhante à média da OCDE, que é de 25% - e, quando olhamos para transferências associadas aos serviços públicos, essa redução é de 21%, quando a média da OCDE é 20%. Acresce que, desde 1995, a redução das desigualdades e a redução da taxa de pobreza, sobretudo a dos idosos, foi a maior da Europa.

Quando falamos em cortes inteligentes de 4 mil milhões de euros, o que se espera de um Governo que tem como missão defender os interesses dos seus cidadãos, é que tenha a preocupação de valorizar um património e um percurso que são de todos e que tanto nos deviam orgulhar. Lamentavelmente, não é o caso.» [DE]
   
Autor:
 
João Galamba.
     
 A grande golpada
   
«
Ainda não assentou o pó levantado pela pantominice que consta num “relatório” tornado público, através da comunicação social, impresso em papel timbrado do FMI. O pó não assentou, nem vai assentar tão cedo. O episódio à volta da proposta sobre a TSU, apresentada por Passos Coelho, em Setembro do ano passado, e que, pelo desvario em que assentava, marcou a definitiva ruptura do governo com a maioria dos portugueses, vai parecer insignificante ao pé desta “história de cordel” redigida por Vítor Gaspar e Passos Coelho. Mas, vamos por partes.

Finalmente, mais de ano e meio depois de ter tomado posse, o PSD deu a cara pelo seu encoberto programa do partido e do governo. O núcleo duro da actual direcção do PSD, desde o congresso que entronizou na presidência Passos Coelho, em 2010, que anda às voltas com a tarefa de destruir o “Estado socialista” – que de socialista tem muito pouco, obviamente – e subverter a Constituição. Escolheram o caminho do “apoio externo” e do embuste, depois de perceberem que a sua proposta de revisão constitucional, apresentada nas suas linhas mestras nesse congresso, não tinha a menor hipótese de se concretizar. A partir daí, o logro, o engano e a falsidade, como táctica para atingir os objectivos, tomaram conta do “discurso político” do PSD. Contaram com os “ódios” políticos do PCP e do BE ao PS, para derrubar o anterior governo, transformando os comunistas e os bloquistas, no dia da votação do PEC IV, em cúmplices, “companheiros de viagem” para bons entendedores, e com a “ajuda externa” que as eleições antecipadas tornaram inevitável, para tecer a teia desta louca caminhada para o abismo. Revisitar as declarações de Passos Coelho nos últimos três anos dá-nos a dimensão da fraude política, desta grande golpada. Não se trata de irresponsabilidade, incompetência ou ingenuidade política (que também existem), mas do colossal embuste político que vem desde o congresso do PSD até hoje.

Depois da desastrosa execução orçamental de 2012 e da aprovação de igual receita para 2013, Vítor Gaspar e Passos Coelho, os arquitectos que desenharam a “refundação do Estado”, não tiveram a coragem política de apresentar as medidas do dito relatório como uma encomenda do governo a que o FMI emprestou o timbre, mas defenderam-nas como só os seus progenitores as podiam defender. Para além de Carlos Moedas, foi o próprio primeiro-ministro que assumiu que o “relatório do FMI” é o programa do seu governo, quando declarou, ao ser questionado sobre a legitimidade democrática para aplicar estas medidas: “O governo não foi eleito apenas para executar o memorando de entendimento com a troika. O governo foi eleito para governar o país de acordo com o seu próprio programa.” Quanto à paternidade do “relatório”, está tudo dito.

Independentemente dos “pressupostos errados”, expressão usada por Mota Soares, ministro do actual governo, e outras mazelas e patetices que enfermam a pantominice cozinhada por “técnicos” do FMI, a questão relevante é que o dito “relatório”, encomendado por de Vítor Gaspar e Passos Coelho, a ser aplicado, no todo ou em parte, afundariam os portugueses na maior das misérias e conduziriam a economia portuguesa, por longos anos, para o fundo de um abismo. À crise financeira e económica como a que atravessamos, junta-se a convicção deste governo de que a maioria dos portugueses têm salários elevados, pensões de reforma principescas, trabalham pouco e “consomem” saúde, educação, alimentação, transportes e outros luxos “acima das suas possibilidades”.

Aqui chegados, é inevitável questionar, perante esta evidência, a legitimidade democrática deste governo de Vítor Gaspar e Passos Coelho, a que Paulo Portas e Cavaco Silva dão guarida, para continuar em exercício de funções. O que está em causa, neste momento, é a total subversão do papel do Estado – um golpe de Estado que não foi posto à consideração dos portugueses nas últimas eleições.
» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.
      
  
     
 Agora também temos um Artur Passos Coelho
   
«No mesmo dia em que a OCDE afirmou ao Negócios que não tem conhecimento de qualquer pedido de estudo sobre as funções do Estado, o Governo garantiu que vai reunir-se esta semana com a OCDE. De qualquer forma, mesmo que o pedido anunciado sexta-feira seja realizado nos próximos dias, o relatório já não chegará a tempo da discussão com a troika, agendada para Fevereiro.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Este parece que é um especialista na OCDE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Peça-se desculpa ao Baptista, há Arturinhos piores do que ele, piores e bem mais nocivos.»
      
 IRS: tabelas de retenção à la carte
   
«As tabelas aprovadas nesta segunda-feira por despacho do ministro Vítor Gaspar, e que acabaram de ser publicadas em Diário da República, entram em vigor terça-feira, mas o Governo, segundo esse despacho, decidiu criar um regime especial que permite a cada entidade do setor privado optar pela aplicação em janeiro ou fevereiro.
  
A regra geral é a de que sempre que as pensões ou os salários de janeiro - do setor público ou do setor privado - tenham sido processados antes da entrada em vigor das novas tabelas, as mesmas só devam ser utilizadas nos salários e pensões de fevereiro, sendo nessa altura aplicados os retroativos de janeiro.» [CM]
   
Parecer:
 
Isto está a ficar lindo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Foi o Gaspar que pediu um aumento da receita de IRS?»
   
 Boas novas do ajustamento exemplar
   
«O número de casais em que ambos os cônjuges estavam desempregados, em novembro de 2011, quase duplicou face ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) divulgados no portal da instituição.» [CM]
   
Parecer:
 
O sotor Gaspar está de parabéns, está a apertar com os portugueses como deve ser!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao Gaspar.»
   
 Não foi o pastel de nata, foi o ovo estrelado!
   
«Um ovo estrelado instantâneo, produzido por uma máquina ainda em protótipo, será a primeira patente portuguesa no setor dos ovos, disse hoje o administrador do grupo Derovo, líder do projeto.» [DN]
   
Parecer:
 
Grande Álvaro (não é o Beleza, é o Pereira!).
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se que em homenagem ao Álvaro em vez de ovo estrelado se passe a chamar ovo estatelado.»
   
 Obrigado Gaspar...
   
«As simulações divulgadas pelo Ministério das Finanças sobre as retenções na fonte de IRS para 2013 dão sempre como resultado final um maior rendimento mensal para o contribuinte face ao que recebiam em 2012.
  
Numa nota enviada às redações, as Finanças garantem que "não obstante a alteração verificada nas tabelas de retenção na fonte para o ano de 2013, estima-se que cerca de 80% dos sujeitos passivos que venham a receber o subsídio de Natal em duodécimos durante o ano de 2013 irão manter ou aumentar o seu rendimento mensal líquido".
   
Quando apresentou as medidas fiscais previstas no Orçamento do Estado para 2013, o ministro Vítor Gaspar classificou-as como um "enorme aumento" dos impostos, tendo adiantado que a taxa média efetiva de IRS deveria passar de 9,8% para 13,2%, um aumento superior a 30%.» [i]
   
Parecer:
 
Isto é gozar e quando os contribuintes se aperceberem do logro vai ser o bom e o bonito.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o Gaspar de que pode regressar, está perdoado.»
   
 Ricciardi arguido
   
«O presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, foi constituído arguido pelo Ministério Público, no final da semana passada, quando se deslocou ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) para prestar declarações sobre o envolvimento do grupo, há quatro anos, na compra e venda de acções da EDP, apurou o PÚBLICO junto de fontes ligadas às autoridades de supervisão.» [Público]
   
Parecer:
 
Está cheio de sorte, se em vez de ter telefonado ao Passos Coelho tivesse telefonado ao Sócrates estaria, no mínimo, em prisão preventiva e o Cavaco já estaria a chamar a dra. Vidal mais o sindicalista a Belém para tirar nabos da púcara.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se e dê-se os parabéns ao homem pela sorte que teve.»
     

   
   
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