Quando se olha para imagem de “quando o comboio da
extrema-direita toca” obtida no Rio de Janeiro, onde as famílias bem sucedidas
desta capitalismo luso passam o Natal, tenho de dar razão ao secretário de
Estado da Saúde quando diz que os maus hábitos dos portugueses custam muito
dinheiro ao SNS. Não insinuo que as distintas famílias da nova nobreza de merda
deste país tenham ido passar as férias à conta do Estado, ainda que seja óbvio
que sem a imensidão dos negócios do Estado há por aí muito burguês que ainda
seria proletário, o que me preocupa é mesmo a saúde do autarca de Sintra e do
Marcelo dos pequeninos. Como se pode observar na fotografia colocada mais
abaixo estão gordos, a barriga sai-lhes do cinto, a papada do pescoço não passa
no colarinho das camisas, o esforço de uma parolice deixa-os de cara
transfigurada, sem dúvida que a pobreza haveria de fazer bem a esta gentes.
O problema é que o FMI discorda e defende que estes fiquem
ricos e todos os outros sejam reduzidos à pobreza, os navios mercantes que se
cuidem pois um dia destes os algarvios ainda deixarão de se dedicar a aprender
inglês de praia para ganharem algum com a pirataria. O Salassie chegou, ficou a
saber do africanismo do primeiro-ministro, alguém lhe disse que os portugueses
eram todos idiotas e daí ao homem querer fazer mais uma experiência foi um
passo. Pelo estudo que fez do Estado português o Salassie ficou convencido de
que o problema de Portugal não é de natureza financeira mas sim uma questão de
geografia, em Portugal não há dinheiro a menos e até tem um governo de gente
brilhante, a começar pelo primeiro-ministro e a acabar num tal Relvas que até é
doutor. O problema de Portugal não é de desnorte financeiro mas sim de excesso
de norte geográfico, o Salassie concluiu que Portugal está demasiado a Norte e
pouco a Leste, o país pertence ao Corno de África, fica algures entre a sua Etiópia
e a Somália, os portugueses e os geógrafos é que ainda não tinham reparado.
Esperemos que o Salassie não se lembre agora de em vez de rodar a posição de Portugal
vai rodar o resto do mundo e ainda vamos ver ursos polares em Nova Iorque e
zebras na sua Adis Abeba.
O Gaspar que se cuide pois sempre que está em dificuldades
políticas há um apaixonado em Bruxelas que da uma conferência de imprensa
tornando claro quem é o responsável pelos projectos deste governo. Quando foi
lançada a palermice da TSU um tal O’Connor, porta-voz do comissário dos
assuntos monetários, veio a uma conferência de imprensa ameaçar Portugal com a
suspensão do financiamento se rejeitasse a imbecilidade do Gaspar. Agora que o
FMI fez suas as imbecilidades do Gaspar o O’Connor não perdeu tempo e já veio a
público dizer que a Comissão apoia o documento. Ficamos com a sensação de que
sempre que o Gaspar está à rasca telefona ao O’Connor. Um dia deste o Gaspar
vai ameaçar-nos que ou aceitamos o que ele quer ou vai telefonar ao merdolas do
Simon O’Connor.
O relatório do FMI devia ser apenso aos processos de
investigação às diatribes do Artur que estão sendo feitas no Ministério Público.
A verdade é que este relatório é uma fraude tal que transforma o nosso Artur
num menino de coro, o mundo ficou a saber que os burlões da ONU são aprendizes
ao lado dos do FMI: Ao menos o Artur é um homem generoso, brincou e divertiu o
país sem cobrar nada e quando deu a entrevista à SIC Notícias deslocou-se aos
estúdios pelos seus próprios meios. Já os burlões do FMI gozam com todo o país,
são um um rebanho de fedelhos e de aposentados, cobram os seus serviços e a
merda do relatório que assinaram por baixo como sendo seu a preço de ouro e
instalam-se em hotéis de luxo. Condenar o nosso Arturzinho? Era o que faltava,
se fosse consultor do governo e tivesse sido pago pelo relatório que fez aos
preços do FMI estaria agora a passar férias no Copacabana Palace à espera da
chegada do dr. Relvas para o próximo reveillon.