domingo, janeiro 13, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura.


 
   Foto Jumento
 
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Pernilongo (Himantopus himantopus), Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Seia [A. Cabral]

Jumento do dia
   
Governo
 
É um alívio passar um sábado descansado sem que algum ministro ou mesmo um secretariozinho de Estado como o Moeditas aparecerem em público, o pior é isso em nada reduz a capacidade de Passos Coelho e alguns dos seus ministros continuarem a arrasar o país com a sua incompetência e má fé.

Mas quando a estratégia de comunicação de um governo que procura melhorar a imagem é desaparecer de cena e não aparecer nenhum governante é porque tomaram consciência que governam contra o país e contra a vontade de todo um povo. Este sábado, dia 12 de Janeiro, o primeiro mês do ano do paraíso já que o da inflexão era 2012, poderia ficar assinalado como o princípio do fim de um governo que sempre foi incompetente, que começa a ser ilegítimo e que é cada vez mais odiado pelo povo, tem menos aceitação que qualquer governo de Salazar ou de Marcelo Caetano, mesmo sem PIDE e guerra colonial.

De qualquer forma é positiva esta estratégia governamental da ausência pior do que aturar o relatório do FMI é ver um paspalho a tecer-lhe elogios ou reparar que o Gaspar, o seu verdadeiro autor, nunca teve a coragem de aparecer a defendê-lo. Ou alguém acredita que o despedimentos de 120.000 funcionários não foi ideia do Vítor Gaspar comunicada pelo Rosalino ao FMI. Não é por acaso que o Rosalino foi tão elogiado no relatório.
 
 Dúvida

O grande especialista do FMI que chegou à brilhante conclusão de que em Portugal há polícias a mais terá sido o palerma a quem roubaram a carteira no eléctrico n.º 28?

   
 Ó Pépa!
 
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Se fores ali à feira do relógio encontras a tua "mala" Cartier a 15€ e até pode ser que fiques a saber que Pepa em português é Chica. O que achas da ideia Chica?
  
Pronúncia e nome mal lido à parte não se entende o que aí vai por causa da pobre da Pepa, uma rapariga com ar engraçado mas sugerindo que é uma espécie de arroz sem sal que foi bem sucedida nas redes sociais e cuja grande ambição é ter um saco a que ela chama mala, igual a muitos outros e que apenas um em cada cem é de marca, os outros são do melhor ue se pode encontrar na Feira do Relógio.
  
Pobre Pepa, poderia ter desejado um BMW ou um Audi, um Jaguar ou um Bentley, pertencer à família real portuguesa, o famoso clâ dos Aveiro. Mas não, lembrou-se de um saco Cartier, clássico porque fica bem com tudo e cai-lhe o mundo em cima. Agora terá mesmo de desistir do saco pois se aparecer com ele em público vai ser gozada, até lhe vão perguntar se comprou na loja da marca na Feira de Odivelas ou se comprou ao marroquino na Praia da Rocha.
  
Que mal fez a Pépa? Disse que queria uma mala que é um saco e que estava a poupar dinheiro para o comprar. Pela forma como o pessoal reagiu parece que lançou um apelo para que lhe dessem dinheiro ou, pior ainda, que foi o Gaspar que o comprou com o dinheiro do FMI. Que a rapariga tem uma voz esquisita lá isso tem, que tem uma site de moda e não sabe distinguir mala de saco também é verdade, que diga que é Pêpa e escreve Pépa também, que poderia chamar-se Chica mas prefere andar armada em espanhola também é verdade, que trem um blogue melhor sucedido que muito boa gente da blogosfera ainda é mais verdade. Mas nada disto é criminoso ao ponto de sacrificarem a rapariga.
  
Já vi aberrações bem maiores na blogosfera, na comunicação social ou no jornalismo e não vi tanta indignação. Por exemplo, entre a Pépa e o Marques Mendes prefiro a Pépa, e até aposto que na família do político do PSD hão-de haver vário são da Cartier. Estarei enganado? Olhem bem para as armações dos óculos dos nossos políticos, a moda são precisamente os Cartier.

 Gente que sofre por causa da crise

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(via)

«CONFESSO QUE ao ver a capa da última "Nova Gente" fiquei, tal como Marcelo Rebelo de Sousa quando soube da decisão presidencial em solicitar a fiscalização sucessiva do Orçamento de Estado ao Tribunal Constitucional, "com a boca em ó"... É que nunca na minha vida esperei alguma vez ver uma imagem tão grotesca  como a publicada pela "revista do IC-19"  e que nos mostra as figuras tristes e bacocas (desta feita no Brasil) que certas personagens não se coíbem de protagonizar, revelando assim a sua verdadeira faceta. Triste demais para ser verdade ver aquele autarca auto-inteligente que ainda não sabe se "troca" Sintra por Lisboa para entretanto abichar um lugarzinho em Bruxelas que, com aquele ar aparvalhado que o caracteriza, lidera de papelinho na mão uma fila de criaturas a dar à anca certamente ao ritmo de algum "forró" ou "canção sertaneja" e onde pontificam o inefável "Mendes dos bitaites" e, claro, a D. Judite - essa referência do jornalismo televisivo nacional. Um "mimo", este verdadeiro "comboio dos parolos" como e bem definiu um amigo meu que, também - julgo -  ainda não recuperou do "choque"...


P.S: - Já agora e a propósito desta fotografia. lembrei-me do verdadeiro sururu que há uns anos causou uma fotografia de Pedro Santana Lopes numa festa a bordo de um cruzeiro. Só porque tinha amarrado um lenço à volta da cabeça. Ao menos não fazia figuras tristes...»
   
 Berlusconi no seu melhor


Ao menos não foi empregado o Ângelo, tem umas raparigas bem giras e até é inteligente....

 O FMI tem exército e polícia?

Com as medidas que propõe seria aconselhável que o FMI tivesse uma parceria com a NATO para conter revoluções, as propostas do FMI não resolvem nada e são o rastilho que faltava para uma revolução em Portugal. Já estarão a colocar as fraldas e a fazerem as malas no Hotel Ritz?

 Qual a diferença entre Passos Coelho e o Kim Jong-un

Há algumas os penteados são diferentes, governar a Coreia do Norte não parece provar queda de cabelo e a mulher do norte-coreano é mais bonita.
 
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 Esta democracia
   
«1. Há umas semanas Passos Coelho saiu-se com a refundação do Estado. Poucas horas depois, no meio da confusão instalada, percebeu-se que a questão nada tinha a ver com estratégia e visão. Era, apenas, mais um problema financeiro. Importante, sim; mas financeiro. Faltavam 4 mil milhões de euros para cortar até 2014 e a troika queria um plano até fevereiro deste ano (de 2013). Passos Coelho, até aí tão cioso da autoridade da maioria absoluta que coordena, convocou de repente o PS para assinar os sacrifícios. Entretanto chegou o Natal. E agora, passado este, chegou o estudo encomendado aos credores de que se conhecem já as linhas gerais. Temos demasiado bem-estar, professores e polícias a mais, lautas prestações sociais e durante tempo demasiado, etc., etc. Ou seja: mais uma via sacra para percorrer rumo a uma economia radiosa.
  
Veremos o que o Governo aproveita deste estudo e quais as linhas gerais pelas quais conduzirá os cortes. Mas é nestes momentos que devemos ponderar o significado da nacionalização do Banif (sim, foi nacionalizado, à sorrelfa, na véspera do réveillon) e refletir nas palavras de Nuno Morais Sarmento que, em recente entrevista, garantia ser possível cortar ainda quatro milhões nos gastos do Estado sem colocar em causa os apoios sociais. Nuno Morais Sarmento foi, recorde-se, ministro de um Governo social-democrata.
  
2. A vida é uma escolha permanente. Na política sobretudo. O Governo tem um problema em mãos e deve assumir as escolhas, como em determinada altura parece ter assumido que não precisava de continuar a estimular o consenso político. Continuar a queixar-se do PS e dos partidos da esquerda (que nem sequer convocou para esse acordo nacional que gosta de reclamar) não faz qualquer sentido. Quem tem legitimidade governa - e se Passos Coelho entende que tem legitimidade, com aquilo que disse na campanha e depois escreveu no programa de governo, para avançar... Pois faça o favor. Avance. Decida. Acabe com a ladainha do consenso nacional, que soa a falso. Eleja-se lá a comissão para o plano que tem de estar pronto em pouco mais de um mês e já que não se quer poupar o País a alguns sacrifícios brutais em tempo recorde ao menos que se poupe na hipocrisia, que já cansa.
  
3. Portugal está a viver a maior revolução social desde o 25 de Abril. Tudo isto se passa em democracia formal mas, infe- lizmente, muito do que está a acontecer ao nível das decisões do Governo não passou pelo escrutínio do voto. Mais uma vez a campanha eleitoral foi uma mentira e está a ir-se para além do que é aceitável. É mentira, ainda, que de um lado estejam os revolucionários liberais e do outro os conservadores socialistas. Se fosse assim tão simples poder-se-ia até perguntar onde para o PSD social-democrata, esse partido de esquerda sepultado algures. Não! Na sociedade nacional existe, felizmente, um largo consenso europeu e a visão de Portugal como um país honrado e necessitado de reformas. O que não é consensual é es- ta velocidade suicida, quer na conso- lidação orçamen- tal quer nas reformas estruturais, que não sendo acompanhada por crescimento gera pobreza, desemprego, infe- licidade e está a desarticular o País.
  
A reforma do chamado Estado social, assim como a privatização de algumas empresas, deveria merecer uma grande discussão, ou melhor: um referendo. Mas, tal como perguntar o que pensam os cidadãos da construção da União Europeia, nem pensar nisso! Os políticos desconfiam do Povo, têm medo da democracia. É por isso que este processo português tem tudo para, de repente, ser interrompido. Acabar mal. Gostava de estar enganado.» [DN]
   
Autor:
 
João Marcelino.   

 Os políticos que temos
   
«A desconsideração 
Temos um relatório de técnicos do FMI encomendado pelo Governo, cuja realização já em curso foi anunciada por Marques Mendes num canal de TV por cabo sem que ninguém, da oposição e dos parceiros sociais, tivesse sido convidado para o debate. Temos a versão preliminar desse relatório, datada de dezembro, divulgada como uma bomba atómica por um jornal económico, quando era desconhecida quer da oposição e dos parceiros sociais quer também de vários membros do Governo, entre eles os do outro partido da coligação. Temos um secretário de Estado e também um primeiro-ministro a garantirem, entre elogios ao trabalho "bem feito" apesar dos inúmeros "pressupostos errados", que a versão final desse mesmo relatório chegara coincidentemente ao Governo na manhã do dia em que o jornal a divulgou. E temos novamente o comentador político a revelar que o Governo vai criar uma comissão para estudar todas as medidas propostas no mês e meio que falta para que o plano final seja apresentado à Europa e - a sério - a convidar o PS para a liderar. Ou seja, temos um documento, que, não sendo a Bíblia do Governo, inclui seguramente muitos dos mandamentos que este vai aplicar ao País, anunciado entre programas televisivos, jornais e segundos planos do Executivo. Temos pois muito mais que o gravíssimo problema de comunicação governamental sublinhado por Pinto Balsemão. Temos uma tremenda falta de consideração pelos portugueses. 
  
O descrédito

Temos um primeiro-ministro que nos propôs no seu programa eleitoral discutir o Estado que podemos pagar, mas que só vai cumprir essa promessa por imposição externa, quando já perdeu todo o consenso político e social para a fazer, e ainda por cima à pressa e sob pressão, à conta de um corte anunciado mas nunca explicado de 4 mil milhões. Temos o líder de um Governo que tem nas mãos um relatório que, expurgado da ideologia - e obviamente dos dados errados que alguém disponibilizou para que torturados dessem o resultado final desejado --, elenca problemas graves do País, cujas reformas necessárias e há muito identificadas têm sido sempre empurradas com a barriga, que só o vai aplicar porque sim e para que os números finais do Excel fiquem a verde. Ou seja, temos mais uma oportunidade política perdida, porque a forma e o método com que tudo vem sido feito deixou este PM sem margem, credibilidade ou aceitação para a discussão séria, serena e decisiva que se impunha.

O maquiavelismo

Temos um Presidente que anuncia o envio do Orçamento do Estado para o Tribunal Constitucional numa mensagem televisiva, mas que nunca fez uma declaração de interesses pelo facto de uma das normas que manda fiscalizar o atingir diretamente e a muitos dos que lhe são próximos. E temos o mesmo Presidente que, apesar do seu passado, garante que não é dado a intrigas e jogos políticos, mas que, dias depois do discurso de Ano Novo violento contra o Governo, dá uma entrevista em que fala sobre a RTP e a obrigação constitucional de manter um serviço público usando exatamente o mesmo argumento (e até as mesmas palavras) que o CDS-PP e que troca o semblante carregado por sorrisos, salamaleques e elogios ao receber Paulo Portas nas comemorações do dia da diplomacia.

O equilibrismo

Temos um parceiro de coligação sempre com um pé fora e outro dentro do Governo, sempre a pesar os custos políticos de bater com a porta ou continuar a pisar as areias movediças. Temos um líder da maioria que num dia põe os seus acólitos em uníssono a criticar as pressões do Governo ao Tribunal Constitucional e lança às canelas dos seus colegas do Executivo o líder-sombra da oposição, o protocandidato-presidencial-com-grandes-hipóteses Bagão Félix, e no dia seguinte é ele próprio, o estadista, a dizer que o atual momento obriga a um consenso político.

As atitudes
  
Temos um ministro das Finanças que há meses justifica as mais duras medidas de sempre para os portugueses dizendo que as mesmas são a única forma de se evitar o despedimento maciço de funcionários públicos e agora mantém silêncio sobre um relatório, por ele encomendado, que agrava as medidas já em curso e sugere que se despeçam ainda mais trabalhadores e por menos dinheiro.
Temos outro ministro, neste tempo em que o Governo prepara o pacote de austeridade IV, a achar que pode exibir as suas capacidades financeiras num resort de luxo do outro lado do Atlântico, na companhia de quem quiser e sem se importar que o vejam.
  
Temos um líder da oposição que, enquanto se entretém a escolher para câmaras importantes os primeiros alvos inimigos do seu antecessor, propõe tão timidamente eleições antecipadas que todos percebem que o que quer mesmo é que o atual Governo aplique este plano infernal e passe pelo purgatório até ao juízo final quando for tempo de, com o caminho limpo dos pecados, começar de novo e fazer diferente.
  
E temos um FMI que tem metade dos seus altos responsáveis a dizer que a austeridade é um mau remédio e que é preciso mudar a prescrição para a crise ao mesmo tempo que a outra metade recomenda que se aumente a dosagem da receita em curso.
   
Só se espera que não tenhamos portugueses a acharem que tudo isto é já normal. Até os adeptos do Sporting estão a forçar mexidas no clube.» [DN]
   
Autor:
 
Filomena Martins.
      
 Metermo-nos na Mala de Pepa
   
  
«Graças às redes sociais o nosso mundo pessoal está mais vasto. Agora até conhecemos a Pepa. A Pepa é frívola e fala com o único sotaque português feito em fábrica (ela preferia dizer que foi importado da Place Vendôme, Paris). O Herman já explicou o sotaque: nos anos 60, os meninos da linha queriam armar-se em sobrinhos do Champallimaud e inventaram a pronúncia em que os lábios não mexem e o som sai arranhado da garganta. Sobretudo nelas o efeito é notável e os efeitos do efeito devem ser bons porque o sotaque pegou. A Samsung pegou na Pepa e no seu sotaque e pô-la a dizer um objetivo para 2013: uma mala Chanel. Por causa do sotaque e de gostarmos de nos meter nas malas dos outros, foi um escândalo. Já fomos mais simples e gostámos das malas de carton. Agora, os tempos estão para nos escandalizarmos com uma menina fútil e a sua malinha de 5 mil euros. Se olhássemos à volta saber-nos-íamos cercados por Pepas idênticas. Mas deu-nos para marrar com esta. A Samsung retirou a campanha. Conhecem a origem do termo "caminho de Canossa"? É humilhar-se. Um imperador do Sacro Império Romano-Germânico, Henrique IV, excomungado pelo Papa, pôs-se três noites à porta do castelo de Canossa a implorar perdão. Foi perdoado mas os estados europeus ficaram séculos sujeitos a Roma. A Samsung ir buscar Pepa foi só uma ideia parva. Implorar perdão já é uma sujeição. Mais por isto que por aquilo, patrão da Samsung, eu despedia o publicitário.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
     
 Notícias do manicómio
   
«Num relatório divulgado há dias, o FMI dedicou-se a repensar Portugal. Devo dizer que acho ótimo que se "repense" ou "refunde" o país, até para esquecer o Orçamento que já aí está a carburar. É também reconfortante que no relatório muito se elogie o Governo, e reconfortante me parece que Carlos Moedas venha depois a correr elogiar muitíssimo o relatório. "Vossas Excelências são fantásticas!", clamam os relatores. "Não, fantásticas são Vossas Excelências!", logo responde o sorridente secretário de Estado. Sim, aquele que fala de despedimentos como quem conta uma anedota ligeiramente picante.

É verdade que o texto do relatório contém erros de palmatória e se baseia amiúde em dados grosseiramente desatualizados (na Educação e na Saúde, por exemplo). Não é menos verdade que o novo guião do Executivo foi encomendado, e que os seus mandamentos resultam das "sugestões" que os autores receberam gulosamente dos seus ilustres interlocutores. Dizendo em palavras breves: é um fato quase todo costurado na conhecida alfaiataria Gaspar & Moedas, Lda.

Que é coisa de alto gabarito, ninguém duvida. Mas, por uma extraordinária coincidência, Marques Mendes já tinha anunciado no passado o essencial dos resultados... de um documento futuro. Por isso, das duas, uma: ou Marques Mendes é vidente (nunca reivindicou tal capacidade) ou, então, o relatório relatou aquilo que foi previamente decidido que relatasse.

Ora isto é péssimo, por duas ordens de razões. A primeira é a de que não consigo compreender como o FMI aceitou desempenhar este lamentável papel. A segunda é a de que, com este gatão escondido com rabo totalmente de fora, o Governo desperdiçou politicamente mais uma hipótese para, com boa-fé e a serenidade possível nestes tempos tempestuosos, conduzir a discussão sobre um assunto demasiado sério para esta brincadeira de mau gosto.

Como não podia deixar de ser, as "soluções" do relatório partem das premissas do costume: falta eficiência ao Estado, há demasiados privilegiados. Logo, é preciso cortar a direito, despedir às dezenas de milhares, aumentar a carga de trabalho e dos nossos trabalhos. Cortar, cortar, cortar, retirar, retirar, retirar. Sempre, sempre a mesma mezinha. Cortes até 20% aos reformados, mais anos de trabalho, e que interessa que Portugal seja o país europeu onde as pessoas abandonam mais tarde o mercado de trabalho? E que interessa tudo isto? Nada, foram os especialistas que disseram. E, por definição, os especialistas é que sabem.

O PS, por seu turno, que tenha cuidado. Começa a transmitir a ideia de estar refugiado numa posição passiva, em que se limita a dizer não ou a insinuar a necessidade de eleições. Do principal partido da Oposição espera-se que diga não, se assim o entender. Mas também que proponha com clareza e consistência e lute por algo de diferente, para não andar sempre a reboque. Porque já se sabe qual é o destino dos reboques: sem viatura que puxe, ficam parados.

Haja no entanto esperança: mais de 32 mil pessoas tinham assinado até ontem ao fim da manhã uma petição contra o abate do pitbull "Zico", que matou (repito: matou) uma criança de 18 meses em Beja. E porquê, perguntarão? Porque os animais, como as pessoas, "também merecem uma segunda oportunidade!". Como deseja docemente uma das signatárias dirigindo-se ao pitbull assassino, "que encontres uma família que te ame muito". Outra, com enorme bom senso, afirma: "se o cão há 8 anos nunca fez mal, não é motivo nenhum para ser abatido só porque atacou uma criança". Outro, lapidar, acrescenta: "quem defende este tipo de solução de abate é que deveria ser encostado a um poste e ser-lhe feito o mesmo". Outro, finalmente, conclui: "Tenham vergonha!".

Eu ter vergonha, tenho. Creio é que não será pelas mesmas razões. Porque, de alguma forma, tudo isto está cosmicamente ligado. O relatório da refundação e a salvação do pitbull "Zico".

E só me lembro das palavras de José Mário Branco: "E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar"?» [JN]
   
Autor:
 
Azeredo Lopes.
   
  
     
 Menezes ainda se lixa
   
«O Provedor de Justiça diz que só os tribunais podem decidir pela legalidade das candidaturas de autarcas que já atingiram o limite de mandatos. Luís Filipe Menezes é um dos autarcas que pode ver-se obrigado a desistir da candidatura ao Porto, caso uma decisão judicial lhe seja desfavorável.

Menezes sofreu esta semana outro revés na sua caminhada para o Porto. Marco António Costa desistiu de se candidatar à sucessão de Menezes em Gaia. Marco fica na reserva, para o Porto ou para o Governo.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Esta migração de cadáveres é claramente um oportunismo dos nossos políticos oportunistas e sem escrúpulos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Menezes que se dedique à medicina, um Menezes no parlamento é mais do que o suficiente para os portugueses e fartarem da linhagem.»
      
 Portas mete o pezinho de fora
   
«Paulo Portas quebra o silêncio sobre as sugestões do FMI para o corte de 4 mil milhões na despesa pública. Em declarações à edição de hoje ao Expresso, o ministro dos Negócios Estrangeiros marca as distâncias em relação ao documento, que "tem coisas boas que devem ser trabalhadas, coisas discutíveis que devem ser debatidas e coisas inaceitáveis que não devem ser consideradas".

Em linha com o que foi dito ontem pelo primeiro-ministro, o líder do CDS diz que "este é um contributo, não é o documento de referência" para o processo de corte estrutural de despesa, frisando que agora "o Governo deve naturalmente manter a sua margem de manobra e de decisão".

Ao Expresso, Portas deixa ainda um alerta sobre as negociações que irão marcar os próximos meses, tanto dentro do país como com os credores internacionais: "O corte permanente de 4 mil milhões de euros de despesa tem de ser feito mediante a adequada avaliação política, social e constitucional das escolhas a fazer."» [Expresso]
   
Parecer:
 
Portas não sabe muito bem se fica, se sai.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «O problema é que o sair pode significar outra coisa, ir dentro.»
   
 O Artur nunca foi da Lusófona!
   
«Artur Baptista da Silva matou por atropelamento duas mulheres, em duas ocasiões diferentes, em Vila Nova de Santo André, noticia a RTP. O primeiro acidente aconteceu em 1998, o segundo cerca de um ano mais tarde.

Condenado a três anos de prisão pelo segundo atropelamento, o auto-intitulado Professor Doutor em Economia Social, acabou apenas por cumprir um ano. A sua alegada formação académica valeu-lhe o tratamento de recluso diferenciado e a liberdade condicional.

No entanto, Baptista da Silva não era quem dizia ser. Do seu percurso académico sabe-se apenas que ficou pelo 11.º ano, o que deita por terra o seu doutoramento em Economia Social e o seu cargo de professor na Universidade Lusófona de Lisboa que, contactada pela RTP, garantiu que Baptista da Silva nunca foi regente em nenhuma cadeira.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Já chegamos ao Miguel Relvas ou quê? É uma ofensa sugerir que a universidade do Relvas é a mesma do Artur, até porque se fosse licenciatura em mentiras o Relvas era um catedrático e o Artur um caloiro. Enfim, o Artur da Lusófona é outro.

Não senhor, o Artur não era da Lusófona, esteve à frente do Instituto Piaget em Vila Nova de Santo André, o seu passatempo era matar o pessoal em cima das passadeiras e vivia numa aldeia das redondezas chamada Azinhal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 O eng. Trocado vai reunir com a OCDE
   
«De acordo com a mesma fonte, este encontro acontece "na sequência de contactos já mantidos com responsáveis da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico" (OCDE) a propósito do corte de despesas de quatro mil milhões de euros que o Governo pretende fazer até ao final de Fevereiro.
  
Na quarta-feira, o Governo divulgou um relatório do FMI com propostas de cortes na despesa que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou esta sexta-feira "muito bem feito", embora garantindo que ele não é "a Bíblia do Governo".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Parece que está agendada uma sessão de anedotas e o convidado foi o moedas, parece que vai abrir a sessão em grande e contar aquela do relatório do FMI estar muito bem feito.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Cá o primeiro-ministro aquece o traseiro com o Salazar
   
«Um austríaco neonazi, Gottfried Kuessel foi condenado a nove anos de prisão por glorificar o regime nazi e Hitler num site, e o tribunal também condenou mais dois cúmplices do austríaco a sete e quatro anos e meio de prisão.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Ainda anda por aí muito salazarista meio envergonhado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a condenação. »
   
 Política de taberna
   
«A posição dos sociais-democratas foi transmitida numa nota enviada à agência Lusa pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD Luís Menezes.

"Não alimentaremos esse folhetim. Fui eu próprio que informei o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS António Braga, na quinta-feira à tarde, durante a sessão plenária, sobre a intenção de propor a criação de uma comissão eventual. Isso é indesmentível", escreveu Luís Menezes.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Uma coisa destas é comunicada numa conversa de corredor pelo filho do senhor de Gaia? Ao que cehgou este parlamento, agora é uma espécie de taberna.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao PS que não partice nada nestas manobras de que foi marginalizado desde a primeira renegociação do memorando.»
   
 Governo a perder legtimidade
   
«O antigo líder do CDS-PP, Adriano Moreira, considera que o Governo de Passos Coelho está a perder “legitimidade” por estar a aplicar um programa “bem diferente” daquele que com que se apresentou a eleições.

Em entrevista à Antena 1 nesta sexta-feira, Adriano Moreira afirmou que é “absolutamente evidente que entre o programa oferecido e o programa que está a ser executado não há coincidência e aí começa a perda da legitimidade do exercício”.

Reconhecendo que o memorando da troika é “uma condicionante” para o Executivo, realçou, no entanto, que o documento já existia quando o PSD foi a eleições. E admitiu mesmo que o se Tribunal Constitucional decidir pela inconstitucionalidade de algumas normas do Orçamento do Estado essa legitimidade ainda ficará mais frágil. Nesse caso, o Governo terá que “encontrar soluções de emergência e de urgência para colmatar os vazios” provocados pelo chumbo dessas normas.» [Público]
   
Parecer:
 
É pior, Passos chega ao poder com muito mais do que mentiras, foi uma fraude eleitoral.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o governo abaixo.»
   

   
   
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