sexta-feira, janeiro 04, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Azulejos de Eduardo Nery, Campo Grande, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Espantalho [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Durão Barroso
 
Durão Barroso tem um problema de bipolaridade, à frente da Comissão em Bruxelas é mais duro que os duros, os seus comisários quase defendem que os portugueses sejam chicoteados, e os representantes da Comissão e do BCE roçam o neo-nazismo económico. QUando vem a Portugal o presidente da Comissão quase parece o presidente de uma ONG dedicada a combater a pobreza.
 
Estamos perante um caso grave de cobardia, interessado num futuro político em Portugal o ainda presidente da Comissão tenta ilibar-se de responsabilidades e ignora o discurso canalha da sua Comissão.
 
«O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje em Lisboa "sensatez nas decisões e na maneira de as comunicar" como fator essencial para o sucesso dos programas de ajustamento, que requerem condições políticas e sociais de sustentabilidade". E disse que em Portugal se vive uma situação de "verdadeira emergência social".» [DN]
   
 Cavaco e o nadador-salvador
 
Cavaco Silva faz lembrar um nadador-salvador que deixa que o afogado morra para que depois seja mais fácil salvá-lo. Cavaco mandou o OE para o TC, disse cobras e lagartos da política económica que lhe está subjacente, mas quer certificar-se de que essa política incompetente que critique seja viabilizada, para isso não só evitou o veto político ou pedir a fiscalização preventiva, como nem se deu ao trabalho de solicitar prioridade ao TC:
  
É óbvio que Cavaco não quer impedir que o OE seja aplicado e quer que o acórdão do TC sirva para deitar para o lixo sendo produzido quase sob chantagem institucional, é também óbvio que Cavaco quer que o país entre na espiral de recessão, no conflito social e na crise política grave, tal como o nadador que acha mais fácil salvar um morto, Cavaco também acha que aparece mais facilmente como salvador da pátria quando o governo cair em desgraça e o país estiver à beira do colapso.
 
 O BANIF

Será que a direita que tanto criticou a supervisão bancária no caso do BPN e a decisão do nacionalizar está certa do que está fazendo no BANIF?


  
 O abismo de Gaspar é a nossa desgraça
   
«No último Conselho de Ministros aconteceu isto. Vítor Gaspar disse que a lei que fixa as indemnizações laborais deve ser revista já, imediatamente e a correr (reduzida de 20 para 12 dias por cada ano de trabalho), porque foi isso que o País acordou com a troika. Ele, que é ministro das Finanças, fez o que já se espera dele: está cá como fiscal e, portanto, fiscaliza, zela, obriga, dobra, insiste, força, cumpre, não pensa, executa. Cegamente.
  
A seguir veio Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia, isto é, o ministro responsável pelas coisas que crescem ou talvez um dia possam crescer. Disse o Álvaro: a lei tem de ser mudada, sim, mas aprovemos um regime transitório: baixamos para 18 dias agora e, daqui a cinco anos, chegamos aos tais 12 dias, até porque os efeitos económicos imediatos são poucos. Razoável este ministro. Afinal, a lei das indemnizações é recente, foi negociada a custo com a UGT.
  
Portanto, as contas eram estas: havia uma lei que tornava demasiado caros os despedimentos, o que favorecia os mais velhos com emprego e deixava de fora os mais novos e recentes a chegar ao mercado de trabalho. Mudou-se então a lei para dar oxigénio a uma estrutura ossificada que não incentivava o mérito e, paradoxalmente, estimulara o aparecimento de recibos verdes por todo a lado. Era uma má lei não apenas por comparação a outros países da União Europeia, mas porque os resultados eram desastrosos: quem estava no quadro tinha muito (apesar do recurso crescente aos despedimentos coletivos), quem estava fora não tinha nada. Era aqui que estávamos até ao acordo com a UGT que, aliás, implicou outras alterações.
  
Volto agora ao tal Conselho de Ministros. Gaspar está impossível, irredutível, não deixa ninguém falar. Exige o cumprimento incondicional do acordo com a troika. "Temos de mudar a lei e já! Não há alternativa! Qual é a parte que não percebeu, sr. ministro Álvaro?!" Estou a inventar este diálogo. Gaspar não disse nada disto; ou se disse eu não sei. O que sei, e os factos ontem confirmaram, é que Passos, depois de ouvir os ministros das Finanças e da Economia, optou por ser árbitro, embora daqueles que viciam o jogo. Não decidiu o que fazer, como lhe competia: inscreveu no diploma os 12 dias que Gaspar exigia e chutou a proposta de lei para o Parlamento. No entanto, não há disfarce possível. Se os deputados do PSD e do CDS aprovarem esta mudança, estarão a violar o acordo do Governo com a UGT e a matar o diálogo com o único sindicato que ainda aceita negociar. A ser assim, será a radicalização do debate em troca de nada. O ministro das Finanças foi longe demais. Não é ministro, é uma ravina política, é um abismo fiscal.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.   
   
  
     
 Marques Guedes ridículo
   
«O secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros afirmou hoje que o Governo continua empenhado em alcançar o maior consenso possível sobre as compensações por despedimento, que inclua os parceiros sociais e a 'troika'.

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes alegou que "não houve nenhum consenso em concertação social" sobre esta matéria e que foi "precisamente por não ter sido possível atingir-se um consenso até ao final do ano que o Governo teve de apresentar na Assembleia da República a proposta que cumpre a orientação que está nos compromissos dos memorandos" quanto à redução das compensações por despedimento.» [DN]
   
Parecer:
 
Dizer que se vai negociar com os parceiros sociais uma lei enviada para o parlamento sem qualquer negociação prévia é pensar que os parceiros sociais são deputados. É óbvio que o governo percebeu o erro que cometeu, abusou da prepotência de Gaspar e só agora reparou que está num beco sem saída.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
      
 Contribuintes ajudam BCP a despedir
   
«O BCP já recebeu do Ministério da Economia o estatuto de "empresa em reestruturação", o que permitirá à totalidade dos 600 trabalhadores que saírem do banco através de rescisões amigáveis aceder ao subsídio de desemprego.
  
A informação foi prestada à Lusa por fonte oficial do gabinete do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que acrescentou que o banco foi informado da decisão no final de Dezembro.

A decisão do secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, foi tomada depois de auscultadas várias entidades (IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, Instituto da Segurança Social e parceiros sociais), que deram pareceres favoráveis, disse a mesma fonte.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Compreende-se a razão porque o presidente do BCP tem sido um firme apoiante das políticas brutais do Gaspar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Boicote-se o BCP.»
   

   
   
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