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Aldeia de Monsanto [A. Cabral]
Jumento do dia
Passos Coelho
Um mar de quê, de oportunidades? É um tal mar de oportunidades que os seus melhores quadros estão abandonando o país.
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou este sábado que Portugal representa "um mar de oportunidades" para os mercados da América Latina e das Caraíbas, por ser uma ponte entre continentes e regiões.
Numa intervenção na IV Cimeira Empresarial União Europeia/América Latina e Caraíbas (UE/CELAC), em Santiago do Chile, o primeiro-ministro referiu as energias renováveis, as comunicações móveis e a banda larga e a construção como alguns dos setores que "poderão representar oportunidades apelativas e concretas para os empresários e investidores" latino-americanos e caribenhos.» [CM]
Na ânsia de fazer propaganda com a ida de debutante ao bordel financeiro o governo exagerou e mentiu tanto que agora receia o efeito de tanto oportunismo. Foram ao mercado buscar uns trocos mais pequenos que o Moedas e agora vai ser difícil enfrentar o povo convencido de que os resultados de tantos sacrifícios foi a superação da crise.
Como vão explicar ao povo que a economia está de rastos, as exportações quebraram, as falências continuam, o desemprego cresce e a recessão na zona euro não promete nada de bom?
Como vão explicar ao povo que os sacrifícios foram em vão pois o excesso de austeridade destruiu riqueza e deu lugar à necessidade de mais austeridade para compensar as consequências do excesso de austeridade?
Passar a ideia de que o país está salvo quando na verdade a economia portuguesa está à beira do colapso é de uma grande irresponsabilidade política, é promover uma tremenda desilusão nos portugueses e aqueles que agora alinham na manobra, como um tal Costa que é director do DE, serão os primeiros a enterrarem Passos Coelho e Gaspar quando as coisas correrem mal, senão antes, no caso de a RTP não ficar para o patrão.
Passar a ideia de que o país está salvo quando na verdade a economia portuguesa está à beira do colapso é de uma grande irresponsabilidade política, é promover uma tremenda desilusão nos portugueses e aqueles que agora alinham na manobra, como um tal Costa que é director do DE, serão os primeiros a enterrarem Passos Coelho e Gaspar quando as coisas correrem mal, senão antes, no caso de a RTP não ficar para o patrão.
A lealdade que o pessoal de Seguro teve com o Sócrates?
E dava um melhor líder do PS do que este inseguro
A justiça é como o tomateiro, tem a sua época de colheitas e no caso de autarcas os tomates da justiça ficam maduros quando se aproximam as eleições. Em poucos dias surgiram dois processos, o do secretário de Estado que já se demitiu e o de um autarca da Amadora. Muito antes do povo poder votar parece que os nossos magistrados estão indo a votos, vão colhendo tomates cortando-os pelo caule. Uma vergonha esta democracia tão manipulada e onde os eleitores são levados a fazerem figuras de parvos.
É em defesa da democracia que neste espaço não serão referidos quaisquer processos judiciais contra políticos em tempo de eleições! Aqui não se alinha nesse jogo, espera-se pelos julgamentos e depois se poderá ver entre propaganda e fugas manipuladas ao segredo de justiça que provas têm os justiceiros, isso se os casos chegarem a tribunal.
Vida e morte de Joana
«1. Certo dia, um ano e pico depois de casarem, discutiram por causa de umas despesas, ele deu-lhe uma estalada tão forte que a fez cair desamparada. Pediu-lhe perdão, ó amor desculpa, não estava em mim, mas às vezes és tão parva, ela chorou, ela gritou, que não lhe admitia aquilo, a criança já estava a dormir, ainda bem que vergonha se calhar devia ter ficado calada, pronto, tinha passado, gosto muito dele, é meu marido, agora até está tão carinhoso, anda vamos para a cama, desculpa amor.
Foi despedida, para ele as coisas não estavam fáceis na empresa, bateu-lhe mais vezes, arrancou-lhe cabelos, ordinária, não vales nada, mais socos e pontapés, ela como um feto a tentar proteger-se, não me batas não me batas!, doeu tanto, abriu-lhe os lábios, ai meu Deus!, abraçou-a, vai pôr um penso não é nada, vai mas é acalmar a criança manda-a calar, no trabalho só tenho chatices chego a casa e tenho que te aturar, estás tão gorda, tenho que ganhar para todos e tu aí sem fazer nada, desaparece.
Doía-lhe o corpo, doía-lhe a sorte, ele está tão diferente, o que vai ser de mim, amanhã a mãe vai ver e vai perceber e eu não quero que saiba. Ó mãe ando adoentada, mas que é filha que voz é essa, ó mãe não é nada de especial tomo um Brufen e passa, um beijo grande, mãe, um beijo ao pai, eu mal possa passo aí, um beijo, mãe.
Respirava transida de medo, ele vai chegar, eu não sou feia, eu não sou burra, encolhida por fora e mirrada por dentro, ó querido, ó querido, tens de descansar, vá, anda para a mesa, tens razão, querido, desculpa as calças ainda não estavam prontas na lavandaria, porque é que me estás a bater, para, olha a criança aos gritos, não me chames isso à frente dela, ai!, para, para!
Na primeira vez que foi ao hospital, ele lá fora na escuridão, que vergonha o que vou dizer, caí, tropecei, o braço dói-me tanto, a senhora tem o braço fraturado o médico severo como é que isto aconteceu dona Joana, caí senhor doutor, caí, caiu?, mas caiu como?, caí, mas a senhora está cheia de hematomas que queda foi essa?, caí senhor doutor, nem me dói muito, veja lá dona Joana, veja lá.
Saiu, ele ali. Ele ali.
Voltaram a casa, ele com o gelo da raiva, ela com o silêncio e o cheiro do medo, como vai ser a minha vida e o menino lá em casa sozinho, e está tão estranho e já me ligaram do infantário, ai como é que vai ser, se calhar sou eu, não é só culpa dele.
Quem me dera fugir como é que vou fazer e os vizinhos que me evitam, também a gritaria todas as noites e a senhora do 2.0 andar a perguntar-me se preciso de alguma coisa, não, obrigado dona Luísa, que lhe aconteceu ao braço, coitada?, e o olhar dela, ai se ela diz alguma coisa ele dá cabo de mim. Agora deu-lhe para os ciúmes, que me fiz ao amigo que sou ordinária não sou nada e a minha mãe já sabe e quer que eu vá lá para casa, que vai à Polícia se eu não for, ele mata-me se sabe ó mãe não me desgraces, e a criança, mãe?, isto passa é uma fase, ó filha isto não pode continuar, valha-me Deus.
Joana saiu nos jornais, "marido mata mulher", os vizinhos ouviam muitas vezes gritos o casal discutia, a dona Luísa a contar ele achava que ela andava com outro, não sei se era verdade, uma desgraça ela andava estranha de facto ele era simpático e bem-educado com todos nada fazia prever.
2. Em 2011 foram assassinadas 27 mulheres num contexto de conjugalidade e relações de intimidade e 44 foram alvo de tentativas de homicídio (dados do Observatório das Mulheres Assassinadas da UMAR). Apenas nos primeiros seis meses de 2012, já tinham sido assassinadas 20 mulheres. O número de casos de violência doméstica é exponencialmente superior. Por exemplo, entre 15 de novembro e 31 de dezembro de 2012, só nos distritos de Lisboa e Porto foram denunciados mais de 800 casos à PSP e à GNR, não sendo difícil antever que o número real seja muito mais elevado. Os casos de violência doméstica contra homens estão também a aumentar.
Isto é insuportável numa sociedade decente. Isto não é uma questão de "mulheres", é uma de vergonha coletiva. Somos cobardes, olhamos demasiado para o lado. Somos responsáveis. Porque não há leis que valham perante o silêncio cúmplice.» [JN]
Azeredo Lopes.
O Baltazar
«O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, surpreendeu tudo e todos no discurso que fez durante a manifestação de professores deste sábado, em Lisboa, pela forma como se referiu ao etíope Abebe Selassie, representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) na troika.
“Daqui a pouco vêm aí outra vez os três reis magos, um do Banco Central Europeu, outro da Comissão Europeia e o mais escurinho, o do FMI, e já se fala em mais medidas de austeridade”, afirmou o líder sindical no palco montado no Rossio.» [CM]
Parecer:
Esperemos que não venha o papa dizer que o Baltazar não era rei. Mas é bom recordar que um dos reis magos é mesmo escurinho e que a Etiópia tem a sua própria forma de cristianismo e até há quem diga que é lá que está a arca do templo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Os amiguinhos da jota andam muito nervosos
«A intriga no PS está ao rubro. António José Seguro segue de perto todos os movimentos de António Costa e ficou alarmado com um almoço que reuniu o presidente da Câmara de Lisboa com o ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, no Palácio das Necessidades. No PSD de Passos Coelho também se comenta o encontro de António Costa com Paulo Portas.
Em causa está a guerra aberta a Seguro lançada esta semana pelos apoiantes de António Costa na corrida à liderança do PS, que exigem um congresso eletivo antes das autárquicas.
O almoço de Costa nas Necessidades foi visto por alguns dirigentes próximos do líder socialista como um sinal de que Costa começou a verificar as condições no terreno para avançar, para além do PS.
Isto depois de António José Seguro ter acenado, nas jornadas parlamentares do PS da semana passada, a entendimentos pós-eleitorais com um PSD sem o "radicalismo ultraliberal" de Passos.» [CM]
Parecer:
Porque será que o Tó tem tanto medo do António Costa?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Seguro que peça ajuda a Passos Coelho.»
Que Beleza
«O coordenador nacional da Saúde do PS, Álvaro Beleza, afirmou este sábado, no Porto, que o partido está a trabalhar numa reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que tem como objetivo final, a longo prazo, acabar com as taxas moderadoras nos cuidados primários.» [CM]
Parecer:
O rapaz estendeu-se ao comprido com a defesa da destruição da ADSE e agora tenta recuperar a imagem com propostas da treta.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a esta Beleza de político se vai pagar as taxas moderadoras com o que poupar na ADSE.»
Pobre Mário Nogueira
«A Fenprof espera hoje cerca de 30 mil professores nas ruas de Lisboa a contestar os "atentados quotidianos" do Governo à política de educação, na manifestação marcada para as 15:00, com início no Marquês de Pombal.
"A manifestação dos professores que vai ter lugar neste sábado é um grande protesto em defesa da escola pública, da profissão de professor e da qualidade do ensino", resumiu Mário Nogueira, em declarações à Lusa, acrescentando que estes são os três pontos que são alvo dos "atentados" do Governo à política de educação.» [Expresso]
Parecer:
As suas manifestações pouco mais dão do que pequenas notícias nas edições online.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Qual é a pressa?
«A comissão nacional do PS, convocada ontem à noite para 10 de Fevereiro, vai marcar o próximo processo eleitoral interno no PS para abril, sendo que a data mais provável para se iniciar a eleição direta do secretário-geral será 19 de abril - dia em que o partido celebra 40 anos de existência.
A reunião deste órgão foi anunciada hoje de madrugada, pouco depois da meia-noite. A pedido da direção do partido, a Comissão Nacional (CN, órgão máximo entre congressos) foi convocada para 10 de fevereiro pela presidente do PS, Maria de Belém.» [DN]
Parecer:
Parece que o Seguro está cheio de pressa, parece querer evitar que surjam alternativas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Foi coisa do destino
«Mário Nogueira, líder da Fenprof, vai pedir uma reunião com o Ministério da Administração Interna (MAI), para protestar contra o comportamento da polícia na auto-estrada A1, onde cem autocarros de professores ficaram retidos devido a um acidente com um camião que transportava porcos.
O líder da Fenprof queixa-se do “comportamento incorrecto” da polícia, que alegadamente deixou passar os veículos ligeiros, mas mandou encostar os autocarros dos professores.
O acidente ocorreu junto a Vialonga ao final da manhã deste sábado, interrompendo a circulação. Cem autocarros de professores ficaram retidos, disse ao PÚBLICO um elemento da Fenprof.
“Depois de autorizarem os ligeiros a circular, estivemos mais de meia hora parados, até que alguns professores começaram a sair dos autocarros em protesto. Chegámos mesmo a achar que havia a intenção de evitar que participássemos do protesto", queixou-se à Lusa Ana Paula Pires, do Sindicato de Professores da Região Centro.» [Público]
Parecer:
Em tempos a PSP dirigiu-se a um sindicato numa tentativa de facilitar o trânsito de autocarros de professores e foi acusada de invasão de um sindicato, direita e Fenprof juntaram-se na falsa defesa da liberdade. Mas enfim, cá se fazem, cá se pagam e desta vez a culpa foi dos porcos...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»