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Alcochete [A. Cabral]
Jumento do dia
Passos Coelho
Passos Coelho diz que ninguém aconselhou os portugueses a emigrar e tem razão só sugeriram e tudo fizeram para que o país fique sem os seus melhores quadros e depois de destruírem no sector privado tudo fazem para o conseguir no sector público.
Passos Coelho devia ter mais cuidado e respeitar a inteligência e memória dos portugueses.
«O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou esta quinta-feira, em Paris, que "ninguém aconselhou os portugueses a emigrarem", considerando, no entanto, que a emigração não deve ser um "estigma" para quem precisa de um emprego e não consegue encontrá-lo em Portugal.» [CM]
«O Negócios lembra as várias declarações do Governo sobre o tema emigração.
A primeira polémica aconteceu a 31 de Outubro de 2011, quando a Lusa emitiu uma notícia, citando o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, dizendo que: "se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras".
O conselho foi dado pelo secretário de Estado numa conferência no Brasil. Dias depois, ao "Correio da Manhã", Alexandre Mestre desmentia a declaração, mas a Lusa manteve-a.
E os estilhaços chegaram ao Parlamento. Miguel Relvas, ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares, foi instado a comentar as declarações de Alexandre Mestre, qualificando-as de normais. Respondendo à oposição, Miguel Relvas, a 16 de Novembro de 2011, declarou: "Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo", afirmou.
"Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permitem a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante", reforçou Miguel Relvas, ideia que repetiu em outros foruns.
Nesse mesmo ano, em Dezembro, Passos Coelho, em entrevista ao "Correio da Manhã", acrescenta aos jovens, aos desempregados e professores não colocados na lista de potenciais emigrantes.
A pergunta ia direccionada: "Nos professores excedentários, o senhor primeiro-ministro aconselhá-los-ia a abandonar a sua zona de conforto e procurarem emprego noutros sítios?". A resposta: "Angola, mas não só Angola, o Brasil também, tem uma grande necessidade ao nível do ensino básico e do ensino secundário de mão de obra qualificada e de professores.Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm nesta altura ocupação e o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou querendo-se manter, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa". Depois destas declarações, foram os próprios professores e desempregados que aconselharam o primeiro-ministro a emigrar. » [Jornal de Negócios]
O nosso pibinho
«O Governo fala muito em exportações. Compreende-se. Não há quase nada de bom para falar, nem sequer a queda dos juros dos títulos da dívida é 100% recomendável: estão a cair, é verdade, é muito bom, é excelente, é promissor, mas podem voltar a disparar a qualquer momento. A Europa passou de crises de confiança agudas em 2012 para um mal-estar permanente. A Zona Euro sofre agora de uma moinha que arrelia como uma dor de dentes, provoca recessão, muito desemprego e um terrível medo e pobreza lá ao longe na Grécia e em Portugal, também na Irlanda e em Espanha, mas que não implica grandes mudanças de rumo político no centro da Europa.
A nuvem não desapareceu, anda por aqui. A procura interna está de rastos, cairá pelo menos 17% entre 2009 e 2013. No mesmo período, o investimento cairá 36%. Nunca na história recente de Portugal o investimento se despenhou tanto e tão depressa. O dinheiro sumiu-se, foi-se, desapareceu. Não há crédito, exceto para as grandes empresas - e, mesmo esse, caríssimo. Não há consumo, não há expectativas, não há confiança, o desemprego vai loucamente a caminho dos 17%. Não há negócio que aguente ou que possa nascer neste ambiente de permanente hostilidade fiscal.
A palavra empreendedor deve, aliás, ser retirada do dicionário. Caiu em desuso. É um conceito zombie. As estatísticas revelam que, depois do mergulho dos bens duradouros (casas, carros, eletrodomésticos...), nos últimos meses os bens essenciais também entraram em plano inclinado. Chama-se a isto colapso económico, já não é ajustamento nenhum. É por isso, dizia eu, que o Governo fala tanto no milagre das exportações e dos "bens transacionáveis". Na verdade, falava. Daqui para a frente terá de falar menos ou, pelo menos, com mais cuidado. O Banco de Portugal avisou anteontem: em 2012, a procura externa sobre os produtos portugueses estagnou (apenas mais 2% face a 2011) e este ano, na melhor das hipóteses, vai ser igual, já que a Zona Euro está tecnicamente em recessão, o que significa que Portugal enfrentará mais concorrência dos parceiros da UE para vender nos mercados extracomunitários.
Tecnicamente, portanto será assim. Aliás, será pior. Não é apenas no imediato que o País vai sofrer. A redução do investimento, os tais chocantes menos 36%, tem a prazo outra consequência profunda. Está escrito no relatório do Banco de Portugal: esta quebra terá implicações "sobre a capacidade de incorporação de progresso técnico e, em última análise, sobre o crescimento do produto potencial". Significa isto que sem dinheiro para investir - por exemplo, em tecnologia - as empresas não se modernizam, atrasam-se, tornam-se menos produtivas, menos competitivas e perdem mercado. Deixámos de ter PIB, agora temos pibinho.» [DN]
André Macedo.
Esta gente do FMI mete nojo!
«O co-autor do relatório do FMI, Carlos Mulas-Granados, denunciou em Espanha que a crise está a ser aproveitada para fragilizar o Estado, avança esta quinta-feira o jornal «Diário de Notícias».
É uma declaração polémica, já que o responsável ajudou a fazer o relatório do Fundo - encomendado pelo Governo português - com o objetivo de «repensar o Estado».
Assim, na opinião de Mulas-Granados, a austeridade não funciona.
«Uma redução do défice pode ser obtida através de muitas diferentes combinações de aumentos de receita e de cortes na despesa; não tem de ser exclusivamente associada a cortes dolorosos nas despesas sociais. (...) Os conservadores estão a tentar usar os ajustamentos orçamentais durante o tempo de crise para reduzir o papel e o tamanho do Estado», disse o responsável, no documento «Acertar contas com os conservadores na disciplina orçamental».» [TVI24]
Parecer:
Bem pagos até vendem a mãe.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se moedas de cêntimo para o pessoal do FMI!»
Quando em se sabe quanto se ganha
«O presidente-executivo do Banco Espírito Santo (BES) deslocou-se ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) no passado dia 18 de Dezembro para prestar depoimento na investigação em que estão sob escrutínio os crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Onze dias antes, Ricardo Salgado liquidou a última de três rectificações de IRS realizadas fora de prazo, num total de 4,3 milhões de euros de IRS pagos a mais face à colecta inicial de Maio.
A primeira declaração entregue foi em Maio, altura em que o presidente do BES liquidou apenas 182 765 euros, o correspondente ao IRS pago sobre um total de cerca de 1,1 milhões de euros de rendimentos seus e da sua mulher, Maria João Bastos.
A primeira rectificação do banqueiro à declaração de IRS de 2011 deveu-se a 25 mil euros de rendimentos de capitais da mulher e a 655 mil euros de rendimentos de capitais no estrangeiro do próprio Salgado que não tinham sido declarados em Maio.
A segunda rectificação foi entregue a 30 de Agosto, tendo por base a declaração de um rendimento total de 8,5 milhões de euros de rendimentos de Ricardo Salgado obtidos em Angola. Este novo valor deu origem a uma liquidação de imposto de cerca de 3 milhões de euros.
Foi já em vésperas de se deslocar ao DCIAP que Ricardo Salgado terá feito a última rectificação, que levou a uma nova liquidação no seu IRS de 2011: 1,3 milhões de euros.» [i]
O melhor é começar a desdobrar a declaração do IRS, à medida que se forem lembrando do que têm a declarar vão fazendo declarações adicionais.
«O presidente-executivo do Banco Espírito Santo (BES) deslocou-se ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) no passado dia 18 de Dezembro para prestar depoimento na investigação em que estão sob escrutínio os crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Onze dias antes, Ricardo Salgado liquidou a última de três rectificações de IRS realizadas fora de prazo, num total de 4,3 milhões de euros de IRS pagos a mais face à colecta inicial de Maio.
A primeira declaração entregue foi em Maio, altura em que o presidente do BES liquidou apenas 182 765 euros, o correspondente ao IRS pago sobre um total de cerca de 1,1 milhões de euros de rendimentos seus e da sua mulher, Maria João Bastos.
A primeira rectificação do banqueiro à declaração de IRS de 2011 deveu-se a 25 mil euros de rendimentos de capitais da mulher e a 655 mil euros de rendimentos de capitais no estrangeiro do próprio Salgado que não tinham sido declarados em Maio.
A segunda rectificação foi entregue a 30 de Agosto, tendo por base a declaração de um rendimento total de 8,5 milhões de euros de rendimentos de Ricardo Salgado obtidos em Angola. Este novo valor deu origem a uma liquidação de imposto de cerca de 3 milhões de euros.
Foi já em vésperas de se deslocar ao DCIAP que Ricardo Salgado terá feito a última rectificação, que levou a uma nova liquidação no seu IRS de 2011: 1,3 milhões de euros.» [i]
Parecer:
O melhor é começar a desdobrar a declaração do IRS, à medida que se forem lembrando do que têm a declarar vão fazendo declarações adicionais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Madeira vai brincar ao Carnaval
«O presidente do Governo Regional da Madeira disse nesta quinta-feira que na região autónoma, à semelhança dos anos anteriores, será concedida tolerância de ponto no Carnaval, contrariando a decisão anunciada hoje em Conselho de Ministros.» [CM]
Parecer:
E no continente?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
A primavera árabe está em marcha
«A egípcia Nadia Mohamed e os seus sete filhos foram condenados em tribunal a 15 anos de prisão, em Beni Suef, no centro do país, por se terem convertido ao Cristianismo.
Nadia foi criada e educada na fé cristã mas converteu-se ao Islão quando se casou, há 23 anos, com Mohamed Abdel-Wahhab Mustafa. Porém, quando o marido morreu, decidiu reconverter-se à sua antiga religião, bem como todos os filhos.» [CM]
Não há Carnaval para ninguém
«O Governo confirmou hoje que não será concedida tolerância de ponto no Carnaval este ano, adiantando que esse princípio vai manter-se, pelo menos, durante a aplicação do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado da Presidência, Luís Marques Guedes, disse que o mesmo princípio se aplicará à tarde da quinta-feira santa, repetindo-se a decisão de não conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos.» [i]
Parecer:
Um dia destes vão descobrir que o pessoal da troika é assexuado e obrigam-nos a arrumar a caixa de ferramentas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»