quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Falhados


Se o capitão de um petroleiro que se dirige para Sines adormecer e atirar o navio contra uma praia, derramando o crude e provocando um desastre ambiental o mínimo que lhe sucede é ser preço no momento do desembarque. Não havendo uma causa natural que provoque o desastre o capitão tem responsabilidades criminosas independentemente de o seu acto resultar de negligência ou incompetência.
  
Se um piloto de um avião que se dirige para o aeroporto de Lisboa confundir a auto-estrada com uma das suas pistas e atirar a aeronave contra pos camiões que circulam junto a Alverca provocando a morte de uma parte dos passageiros será acusado pelo crime que cometeu. Não faltarão os que irão dizer que o erro foi tão grosseiro que o piloto deve ser acusado da intencionalidade do crime.
  
Se alguém decidir e assar sardinhas para o Parque Florestal de Monsanto, embebedar-se e adormecer enquanto o carvão arde e provoca um incêndio será acusado do crime, ainda que resulte de uma negligência, ninguém lhe perdoará a destruição de uma floresta tão importante para a capital.

Se o mestre de um cacilheiro beber um copito a mais durante o almoço e no momento de encostar a embarcação a atirar contra o cais  provocando feridos a bordo é muito provável que seja despedido com justa causa e nem tão cedo voltará a conduzir um barco de passageiros.
  
Em todas as profissões ou no dia a dia de cada cidadão todos cometemos erros, mesmo não sendo incompetentes ou negligentes há o risco de se cometer um erro. Por isso temos capacidade para compreender e perdoar os erros alheios. Mas nas situações descritas não se admite o perdão, quem lida com riscos ambientais ou quem transporta pessoas deve ter cuidados acrescidos, não deve ter descuidos.

Mas há uma excepção a esta regra, uma situação em que se pode ser negligente, incompetentes, irresponsável e até fazer experiências que ninguém autorizou. O ministro das Finanças pode usar milhões de portugueses em experiências pessoais, pode destruir centenas de empresas e lançar muita gente na falência e no desemprego, pode destruir uma boa parte da riqueza do país, pode forçar milhares à emigração, pode condenar muitos a perder a casa ou a cair na miséria. Até pode agravar as condições das suas experiências para chegar a situações mais extremas e poder experimentar soluções ainda mais radicais.

Sucede alguma coisa ao ministro? Não, não é negligente, não é criminoso, não é incompetente, o presidente continua a repetir-lhe as falsas promessas e os prognósticos falseados, continua a ser ouvido com muita atenção por audiências de militantes escolhidos e protegidos por seguranças de cantores incómodos. Há dois tipso de falhados, os que podem ser condenados e os que podem falhar repetida e intencionalmente.

Quantos suicídios, quantos emigrantes forçados, quantos portugueses a  ficar sem casa, quantos despedimentos, quantos falidos, qual a percentagem da dívida soberana no PIB, o que será necessário para que um ministro incompetente ou que faça experiências abusivas com todo um país será necessário para que possa ser condenado ou, pelo menos, corrido do cargo?

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo _Estatua_zps2fb8f58f.jpg

Estátua do Parque  Eduardo VII, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
 photo _Varatojo_zps990d269c.jpg
   
Convento do Varatojo [A. Cabral]

Jumento do dia
  
Soares dos Santos, merceeiro holandês
 
De repente o mais luso dos merceeiros holandês e patrão do assalariado intelectual António Barreto achou que por ter uma quota no Pingo Doce também a tem na democracia portuguesa e decidiu dar lições de democracia aos portugueses. Não aí alguém que lhe responda à Francisco José Viegas'
 
«O presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, afirmou esta quarta-feira que a situação do país tem de ser resolvida com diálogo e não com iniciativas nas quais se canta o 'Grândola, Vila Morena'.» [Notícias ao Minuto]


  
 O mito escangalhado
   
«Tudo indica que o Grande Manitu das finanças portuguesas não passa de uma fraude. O homem, tido e havido como um génio sem par, não lhe acerta uma. De cada vez que se põe a prever, a projectar números e concepções, sai tudo errado; pior: acontece o contrário, com a consequência nefasta de afectar milhões de nós. Só agora, as indignações e os vitupérios começaram a surgir. E posta em causa a competência de Vítor Gaspar. Não se lhe exige que seja uma pitonisa de Delfos, dispondo de poderes premonitórios quase divinos. Mas pede-se-lhe, unicamente, que faça bem o seu trabalho: analise, compare, estatua as previsibilidades do mercado. A experiência ideológica aplicada a Portugal, de que ele é um obediente serventuário, conduz a um esvaziamento do próprio animus colectivo, resultado de um empreendimento de sujeição baseado no medo, na violência e na unilateralidade de pensamento.

No domingo, durante o programa Prós e Contras, de Fátima Campos Ferreira, um dos melhores que vimos, o general Loureiro dos Santos referiu que, nas Forças Armadas, um oficial superior que se enganasse tanto e tantas vezes, já tinha sido despedido. Aliás, durante a sessão, as críticas às definições e às decisões do Governo foram das mais lúcidas interpretações que tenho ouvido acerca da maneira e do modo como estamos a ser conduzidos e governados. Todo o poder encontra sempre uma resistência, sobretudo quando actua admitindo não haver possibilidade de escolha e de alternativa. As decisões são aceitas e tomadas em conjunto.

É, pois, preciso não esquecer de que a desgraça que nos atinge estende-se, na sua imperiosa e grave crueldade, à culpa de todos os membros do Executivo. Nenhum é inocente e cada um e todos terão de ser punidos, para lá do que as urnas disserem. A correlação entre acção e indulgência, que se tornou uma absurda normalidade, tem de ser interrompida, e os governantes responsabilizados. Recordo que a França, após a Libertação, criou a figura jurídica de "indignidade nacional" aplicável aos que haviam tripudiado sobre "a honra da pátria e os direitos de cidadania."
  
O lado "punitivo e ideológico", de que fala a eurodeputada socialista Elisa Ferreira, foi por eles criado e desenvolvido com inclemência e zelo. Resgatar a tragédia aplicando-lhes o mesmo remédio é uma tese que faz caminho, como resposta de justiça, nunca como retaliação ou vingança. Justiça, pura e simplesmente
  
O que este Governo nos tem feito representa a mais grave contraconduta social, política, cultural e humana verificada em Portugal desde o salazarismo. O discurso oposicionista não pode, somente, ser "diverso" e incidir, apenas, na "actualidade" portuguesa. Os sicários deste projecto encontram-se espalhados transver- salmente por todos os sectores da actividade europeia, mas não há batalhas inúteis, nem lutas sem sofrimento.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
  
 Estupidez funcional
   
«Em Outubro de 2010, a propósito do OE para o ano seguinte escrevi neste jornal: “o aumento do IMI, na situação atual do mercado imobiliário, e o aumento da carga fiscal através do IVA e do IRS terão seguramente um efeito recessivo que não será compensado pelo crescimento das exportações.

É chegado o momento de refletir sobre as funções do Estado, de planear e executar as mudanças que seguramente terão de ser feitas." Passaram mais de dois anos. Infelizmente eu tinha razão!

Num trabalho recentemente publicado no prestigiado Journal of Management Studies analisa-se o conceito da "estupidez funcional" nas organizações. Refere-se à ausência de reflexividade, à falta de raciocínio substantivo e ao evitar de justificações. A falta de reflexividade envolve incapacidade ou falta de interesse em questionar as regras, rotinas e normas dominantes. A falta de justificação leva os indivíduos a não entrarem em diálogo ou a não questionarem as razões subjacentes para fazer algo ou tomar alguma decisão. Não requerer justificações leva a que práticas sejam aceites sem qualquer escrutínio crítico. Por vezes, apenas porque "os outros também fazem". A falta de raciocínio substantivo acontece quando os indivíduos se focam apenas na realização de uma finalidade específica mas ignoram as questões mais amplas sobre a própria finalidade.

A estupidez funcional pode proporcionar uma sensação de certeza e ajudar ao funcionamento com ordem e regularidade. Mas também pode ter consequências negativas como falta de flexibilidade, de iniciativa e um sentimento de dissonância entre os indivíduos e a organização a que pertencem.

Temo que estejamos numa situação, em Portugal, onde a estupidez funcional começa a ser muito comum. As previsões macro económicas do Governo têm falhado sucessivamente. Quando o atual programa de assistência foi concebido, estimou-se um crescimento económico de 1,2% para 2013. No entanto a generalidade das previsões aponta agora para uma queda de 2%.Para 2014 o BP prevê um crescimento de 1,3%, a OCDE 0,8%, e o Governo português também tem expetativas positivas. Este otimismo para 2014 tem falta de fundamentos sólidos. Tem "falta de justificação" e "falta de raciocínio substantivo". As perspetivas de crescimento na Europa e a situação económica de Portugal indicam que tal crescimento não irá acontecer.

A situação política na Itália, decorrente das eleições no fim-de-semana, está a provocar novamente forte apreensão nos mercados financeiros. Não é necessário ter uma bola de cristal para prever que, pelo menos no curto prazo, se nada for feito pelas instituições internacionais, a situação irá piorar.
Desejo que durante as reuniões com a ‘troika' nesta 7ª avaliação, a estupidez funcional seja afastada. Aguardemos.» [DE]
   
Autor:
 
Vítor da Conceição Gonçalves.
   
  
     
 Lagarde responde a Seguro
   
«De acordo uma fonte do PS, Christine Lagarde refere - na carta, que responde a uma outra enviada por António José Seguro no passado dia 17 -- que a delegação do FMI está em Portugal para apreciar o contexto económico e garantir um equilíbrio correto entre ajustamento e crescimento e emprego.

Num trecho da carta a que a Lusa teve acesso, a diretora do FMI admite, no entanto, que o equilíbrio necessário é difícil de atingir.

A mesma fonte do PS adiantou à Lusa que a diretora do FMI defende também, na carta, que "a sustentabilidade das finanças públicas é essencial para evitar uma crise económica mais profunda que poderia criar ainda mais tensões na sociedade portuguesa" e sublinha que isso é "algo que todos queremos evitar".» [CM]
   
Parecer:
 
Usa uma terminologia mais inteligente do que o senhor Salassie que já devia ter sido demitido por incompetência e triste figura. Aliás, o FMI tem um grave problema com os técnicos, são incompetentes, falam demais, e revelam pouco respeito pelos países onde são colocados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Gaspar.»
      
 Os problemas resolvem-se pagando os impostos na Holanda
   
«Face aos últimos acontecimentos que se têm registado, em que membros do movimento "Que se lixe a Troika" têm recebido alguns ministros ao som da canção de Zeca Afonso, o presidente do conselho de administração do grupo salientou que esta não é a solução para os problemas do País.

"Não há dinheiro à borla", sublinhou ainda Alexandre Soares dos Santos para dizer que Portugal terá de fazer face à dívida contraída junto das instituições internacionais. O gestor falava na apresentação dos resultados de 2012 do grupo.» [DE]
   
Parecer:
 
Este senhor devia ter mais tento na língua, ainda não percebeu que é muito ouvido pela comunicação soial a quem paga a publicidade mas é detestado pelo povo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vamos cantar o "Grândola nas mercearias do holandês.»
   

   
   
 photo Alexei-Alder-5_zps525336e5.jpg
  
 photo Alexei-Alder-3_zps3c33ae83.jpg
   
 photo Alexei-Alder-4_zps633838c8.jpg
   
 photo Alexei-Alder-2_zps5feaf1fc.jpg
  
 photo Alexei-Alder-1_zps4f726a89.jpg

quarta-feira, fevereiro 27, 2013

A lição


As crises são bons momentos para compreender os povos e até as pessoas em geral, os chefes, ao amigos, os vizinhos e mesmo os familiares. A crise pode conduzir a uma situação de medo individual e colectivo que leva os povos e cada cidadão ao limite e são muitos os que se revelam muito diferentes daquilo que os conhecemos. São momentos de solidariedade e de amizade mas também de traição, podem proporcionar momentos de grande solidariedade mas também podem conduzir à violência e ao ódio, até mesmo à guerra civil, podem resultar em ditaduras mas também em revoluções.
  
As crises proporcionam-nos lições de vida e a crise que o país atravessa está sendo um bom exemplo. Não me refiro aos políticos e à classe política me geral, essa é uma merda, muitos dos nossos políticos são gente de merda e não seria de esperar uma mudança significativa. Uns abusam do poder para defender os interesses dos amigos, outros protegem-se no conforto da oposição ou nos luxuosos gabinetes autárquicos. A nossa classe política sabe defender-se e continua a fazer boa vida, basta ver o corropio de gente eu foi passar o Natal ou a passagem do ano ao Rio de Janeiro, enquanto os portugueses vão caindo no desemprego vai-se sabendo que o Correio da Manhã contratou o Santana Lopes enquanto a SIC vai comprar as fugas de informação vendidas pelo Marques Mendes.
  
Se dos políticos não temos muito a aprender em matéria de falta de solidariedade já o mesmo não se pode dizer de alguns grupos profissionais. Já nem vale a pena falar dos magistrados do Ministério Público onde um sindicato quase festeja o saneamento de magistrados praticando um estranho modelo de sindicalismo. EM matéria de grupos profissionais a grande lição de vida que nos proporcionada por esta crise veio dos professores, para defenderem o conforto de carreiras tranquilas juntaram-se em grandes manifestação, mas quando se desenha o despedimento de dezenas de milhares de profissionais o sindicato anda ocupado com os problemas dos formadores dos centros de formação profissional. Os contratados serviram de tropa de choque dos instalados, agora que vão ser despedidos os velhinhos assobiam para o ar.
  
Nem vale a pena falar dos famosos jovens à rasca a quem o José Manuel Fernandes chegou a sugerir que escolhessem a música dos Deolinda para bandeira. Parece que deixaram de ser parvos, agora já devem ter bons empregos e estão sendo remunerados de acordo com as habilitações pois desapareceram de cena. Até o próprio Cavaco Silva comporta-se como os antigos jovens à rasca, agora já não tem de conhecer previamente as revisões dos memorandos, contenta-se em assinar de cruz os OE que o Gaspar lhe vai mandando e só incomoda o Tribunal Constitucional se os seus próprios interesses forem postos em causa.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo _Flamingo_zps9d30e38b.jpg

Flamingo do Zoo de Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
 photo _novidades_zps5a382f1a.jpg
   
Novidades da manhã [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Passos Coelho
 
Alterar as metas do défice depois de corrigir as previsões do crescimento implica concluir que o governo aldrabou o OE, isto é, que andou a gozar com o parlamento e com os portugueses ao propor para a gestão do Estado um documento sem qualidade e cheio de erros. Alguém acredita que os irresponsáveis deixaram de o ser e que não vamos ter um novo OE de dois em dois meses?
 
«O primeiro-ministro admitiu hoje a possibilidade de Portugal ter mais um ano para cumprir as metas do défice e reafirmou que o Governo não quer nem mais tempo nem mais dinheiro para cumprir o programa de ajustamento.

"Portugal não quer mais tempo nem mais dinheiro para cumprir o seu programa de ajustamento. Nós tencionamos concluir o programa de assistência económica até junho de 2014 com o envelope financeiro que estava destinado desde o início", afirmou.» [DN]

 Portugal controla as carnes que consome
 
A ministra assegurou ontem que sim, mas a verdade é que foi necessário meia Europa denunciar o escândalo para que em Portugal fossem encontrados produtos aulterados. Portugal não controla, controlava mal ou abafava?
 
 Cavaco vai intervir?

Sim, quando ele também for lixo político, quando o país estiver na bancarrota e o governo cair de podre, aí Cavaco vai tentar salvar a sua imagem desculpando-se com o país.

 Uma pergunta ao governo

Se a intenção de uma linha de transporte de mercadorias em vez do TGV é promover a exportação, então porque razão vão construir essa linha a partir de Sines, onde as poucas indústrias lá instaladas escoam os seus produtos por via marítima? Há algo errado quando se quer promover a exportação construindo as infra-estruturas onde nada ou quase nada se exporta. Estará o governo a pensar na exportação da cortiça da Serra de Grândola? Ou será que o governo ainda sonha com o regresso de Thierry Roussel para a sua produção de hortícolas subsidiada generosamente com fundos comunitários pelo governo de Cavaco Silva? Era um tempo em que uma secretária de Estado gostava muito de ir jantar ao veleiro do marido da Onassis que costumava estacionar junto ao cais de Santos.
 
 Isto está a ficar sossegado
 
Há muitos dias que um governante não manda um colega ou ex-colega tomar no dito cujo.

 No Blog do Raim

 photo _vaca_zps592a8373.jpg
 

  
 Passos Coelho respeita a sua geração rasca
   
«No dia 5 de maio de 1994 uns milhares de estudantes manifestam-se frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra a realização de uma prova global no 10.º ano de escolaridade. Saltam insultos contra a ministra da Educação, Manuela Ferreira Leite, e contra o primeiro-ministro Cavaco Silva. Alguns estudantes equilibram-se nos ombros de outros, virados de costas para o Parlamento, apontados para as objetivas dos fotógrafos e para as câmaras das televisões: baixam as calças e mostram o rabo.
  
No dia seguinte o jornal Público coloca a fotografia do momento na capa e titula: "Geração rasca". Um editorial do diretor acusa os estudantes de transformarem a manifestação "num desfile de palavrões, cartazes e gestos obscenos, piadas de caserna ou trocadilhos no mais decrépito estilo das velhas 'repúblicas' coimbrãs" .
  
O Diário de Notícias titula na capa "Protesto Global" e guarda a foto de um traseiro ao léu para as páginas interiores. O diretor adjunto defende a atuação da PSP e acusa os estudantes de "se atirarem aos agentes e se ferirem ao 'chocar' com os bastões policiais".
  
Na reportagem assinala-se que, dentro do hemicíclo, o líder da JSD foi o único social-democrata a recusar apoiar a ministra, considerando que "as manifestações estudantis 'mostram que a negociação não passou pelos próprios estudantes'" e que ia " formalizar o pedido de suspensão das provas".
  
O líder da JSD da altura é o atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Ele provém, politicamente, da "geração rasca" e teve de ouvir uns senhores do regime, uns jornalistas respeitosos e uns comentadores amestrados dar-lhe lições sobre boa educação democrática.
  
Hoje, uns senhores da grande coligação do regime, uns jornalistas que exigem respeito e uns comentadores encartados dão lições aos que interrompem ministros para cantar a Grândola. Indignam-se pelo suposto atentado à liberde de expressão dos governantes... Como se alguma vez, neste país, tivesse faltado tempo de antena ao poder!
  
Noto que Pedro Passos Coelho não se queixou, o que é um sinal de respeito para com o seu passado. Noto também que muitos dos que se queixam deste Governo e da sua austeridade se horrorizam com tais protestos.
  
O problema é este: eles só não gostam de cortes nos salários e de aumentos de impostos se forem para eles (e até aplaudem, de pé, se forem apenas para quem trabalha no Estado). Eles apoiam greves se não incomodarem a sua vidinha e manifestações se não se souber em Bruxelas... Está certo. Houve, em tempos, quem chamasse a isto "consciência de classe".» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Tadeu.   

 Fal-si-da-de
   
«Este Governo tenta distrair-nos dos seus falhanços com mais falhanços. Os falhanços são já paradoxalmente o único recurso de auto-defesa deste Governo.

Prova 1. No Verão passado Passos Coelho anunciava o fim da crise para 2013, "um ano já de estabilização da nossa economia e de preparação da recuperação económica". Afirmava que falava "sem disfarçar a realidade, dizendo a verdade aos portugueses". Que diz agora o mesmo Coelho quando os dados do emprego e do PIB aceleram para o pesadelo? 
Diz que Portugal está no "caminho correcto" e que a culpa é do enquadramento externo, talvez até da Europa "merkelizada" à qual tem sido subserviente.

Prova 2. Temos depois o caso do Terreiro do Paço onde só a continuada corrosão de carácter não paga imposto. Os factos não querem nada com Gaspar e o pior é que Gaspar também não quer nada com eles. Foi Gaspar que pretendeu impor uma mudança radical na TSU sem nunca provar a existência do tal "estudo" que alegadamente sustentava a medida. É o mesmo Gaspar que está confortável com um erro de 100% na sua previsão de recessão para 2013 e que, em cima desse surrealismo estratégico, desenhou um orçamento que agora se prepara para rever maquiavelicamente alegando que há compromissos (!) a cumprir (com quem?).

Prova 3. Diz o ministro da economia que o País "não é amigo das empresas". Mas é este Governo que encarregou o "planeador fiscal" Paulo Núncio (agora secretário de Estado) de implementar uma amnistia aos milionários que evadiram os seus capitais do País. O mesmo Governo que convidou Lobo Xavier (mais um advogado especializado em ilusionismo fiscal) a desenhar um regime de isenções às grandes SGPS. Afinal estratagemas típicos de amigos da especulação (e do BPN) e não de quem trabalha.

Por tudo isto o crédito deste Governo está exausto. Os militantes do PSD já o notam até à náusea nessa ronda de seminários a que as cúpulas deram o anti-nome de "Consolidação, Crescimento e Coesão". Por isto muitos estarão na próxima manifestação de 2 Março. Este Executivo é um fracasso que governa para o falhanço dentro de ti ó falsidade» [DE]
   
Autor:
 
Sandro Mendonça.
   
  
         
 Andava tudo metido no cavalo
   
«A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica instaurou 5 processos-crime contra empresas nacionais depois de ter encontrado vestígios de carne de cavalo em 13 amostras recolhidas, noticia a SIC Notícias.

Os produtos contaminados eram lasanhas, hamburgueres, almôndegas e canellonis.

O inspetor-geral da ASAE disse esta manhã que o organismo recolheu mais sete amostras de carne na segunda-feira, adiantando que ainda hoje seriam divulgados resultados de análises a produtos alegadamente contaminados.» [DN]
   
Parecer:
 
E nós aqui descansados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ASAE porque razão os portugueses hão-de continuar a ser enganados por vigaristas enquanto a ASAE protege a sua identidade.»
      
 Mais um defensor da "Grândola"
   
«O chefe da diplomacia portuguesa disse hoje, em Madrid, acreditar na coesão social em Portugal, confiante de que a sociedade portuguesa quer "superar esta etapa" de crise, sublinhando que 'Grândola, vila morena' "nunca se deixou de cantar".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi questionado hoje sobre o facto de se voltar a ouvir em Portugal esta canção de "Zeca" Afonso, pelo presidente do fórum Nueva Economia, em Madrid, no qual participou, com o seu homólogo espanhol, José Manuel García-Margallo.

"Em Portugal volta a cantar-se o hino 'Grândola, vila morena'. Acha que a crise provocará situações extremas em Portugal", questionou o presidente do Nueva Economia Fórum, José Luis Rodríguez.
Em resposta, Paulo Portas sublinhou que o tema "nunca se deixou de cantar" e que "foi uma canção muito importante nas transformações em Portugal".

"Vocês conhecem os portugueses? São gente moderada, gente que é capaz de enfrentar desafios muito difíceis com a cabeça muito erguida, com muita dignidade como povo. Ao Governo compete fazer propostas razoáveis, economicamente aceitáveis e socialmente aceitáveis", afirmou.» [DN]
   
Parecer:
 
Digamos que o Portas devia ter um pouco mais de tento na língua.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Brinca, brinca...»
   
 Portas quer premiar o povo português
   
«O sofrimento e sacrifício dos portugueses no combate ao défice e dívida merece um "prémio" de reconhecimento dos parceiros europeus que devem, por isso, apoiar uma extensão das maturidades dos empréstimos, considerou hoje o ministro Paulo Portas.

"As taxas de juro de Portugal já estiveram perto de 20% e há cerca de um mês o Estado português fez uma emissão de divida onde a procura foi 6 vezes maior que a oferta e que a taxa de juro ficou abaixo dos 5%", disse a jornalistas portugueses em Madrid.» [i]
   
Parecer:
 
Os portugueses sentem-se muito honrados por serem premiados pelo comprador de submarinos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Portas que não goze com os portugueses, podem estes perder a paciência.»
   

   
   
 photo Julia-Petrova-5_zps02cb5e32.jpg
  
 photo Julia-Petrova-4_zpsde49e214.jpg
   
 photo Julia-Petrova-2_zpscaa37152.jpg
   
 photo Julia-Petrova-1_zps315711f5.jpg
  
 photo Julia-Petrova-3_zpsf47b7088.jpg

terça-feira, fevereiro 26, 2013

O PREC da bandalhice


Vivemos num Estado de direito onde o sindicato dos magistrados quase festeja a demissão de um alto responsável do Ministério Público, por coincidência a responsável pelos grandes processos deste país. Já é um hábito os nossos sindicatos terem tiques soviéticos e quase não opinarem sobre questões laborais. Mas o sindicato do pessoal da toga é ainda mais original, opina sobre o alto responsável pelas investigações onde se inclui a banca, precisamente a mesma banca que patrocinou o seu luxuoso congresso, com agradáveis programas para que os e as conjugues não se aborrecessem durante os trabalhos. 
O BPN já não veio a tempo de patrocinar os sacerdotes da toga, mas o BES teve mais sorte e lá estava entre os banqueiros generosos, o BES presidido por um senhor que anda às voltas com investigações e que já é recordista na correcção das declarações de IRS, com mais de 20 milhões em falta. E por falar em impostos outro sindicato com tiques soviéticos é o dos trabalhadores dos impostos, não há notícia em relação á qual o seu presidente não se auto designe analista oficioso. 
Não admira que o país viva neste verdadeiro PREC da bandalhice em que o famoso estado de direito se tenha transformado num albergue espanhol. Quando um ex-governante manda um colega “Tomar no cu” com o mesmo à vontade com que o convidaria para tomar uma Coca-Cola. Quando um ex-governante recebe uma sugestão destas só porque alguém se lembrou de aplicar uma lei a coisa está a ficar feia.
Um dia destes vai sair no Diário da República um aviso em que o governo informa em relação a que leis o cidadão pode mandar o agente da autoridade “tomar no cu” se este se lembrar de a aplicar. Por exemplo, se estacionarmos o carro em cima de uma passadeira e algum agente da PSP mais rigoroso decidir multar-nos estamos no direito de o mandar tomar em todos os orifícios corporais.  Ou então, fazer como fez um ex-Presidente da República e mandar o homem desaparecer.
É evidente que no meio de toda esta confusão já ninguém se incomoda que a política económica se assemelhe a um anúncio da aguardente Aldeia Velha. No anúncio o cliente perguntava no café se havia Aldeia Velha, como não havia respondeu “então dê-me um pastel de bacalhau”. Vítor Gaspar fez mais ou mesmo com a TSU, “i não querem a golpada TSU? Então levam com um golpe no IRS”. E se nenhuma previsão económica bate certoi não há nada de mal nisso, o Gaspar é o nosso João Pinto da política económica, previsões para 2013? Sim, mas só lá para Março de 2014!”.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo mosca_zpsb3cd24ec.jpg
 
Mosca do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
 photo Ponsul_zps63ce3b8c.jpg
   
Rio Ponsul, Idanha-a-Velha [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Cavaco Silva
 
Depois de um desaparecimento prolongado Cavaco aparece para dar uma pequena mordidela no Gaspar, dizendo que não é com baixos salários que se consegue competitividade. Cavaco ora repete o discurso de Gaspar, ora faz umas críticas ao mesmo Gaspar. Digamos que a Presidência da República sofre de doença bipolar.
 
«O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje perante jovens empresários que não é nos "baixos salários" que se garante a competitividade das empresas.

"Que nunca pensem que é nos baixos salários que se garante a competitividade das empresas", afirmou Cavaco Silva.» [DN]

 Capitalismo miserável
 
Quanto ganhava o IKA pela carne de cavalo das suas almôndegas ou a Nestle pelas lasanhas, quase nada, muito provavelmente pouco mais do que um cêntimo ou cêntimos. Então porque alinharam no esquema? Porque são miseráveis.
 
 Infalível


Os que esperam que Gaspar venha admitir o falhanço das suas políticas estão enganados, enquanto os funcionários públicos receberem ordenado, os do sector privado ainda puderem pagar IRS, ou enquanto o IVA não chegar aos 100% o Gaspar manter-se-á firme e hirto na sua política, ele está certo de que é a solução.
  
Gaspar é como a progenitora vaidosa que foi ver o seu filho mancebo prestar juramento e quando o rebento marchava na parada exclamou que era o único que tinha o passo certo, todos os outros tinham o passo ao contrário. Gaspar não se enganou na previsão da recessão, não senhor, a culpa é dos portugueses que não acreditaram na sua luz e deixaram de ir às compras, o mesmo sucedendo com os alemães, os franceses e os ingleses que decidiram comprar cuecas chinesas em vez de continuarem a ostentar o "Made in Portugal" nos entrefolhos do rabo.
  
Eu ainda sou do tempo em que o país tinha orgasmos colectivos sempre que o Gaspar falava em público, tudo nele era inteligência, brilho, humor do mais fino recorte, até havia um director do jornal “i” que nos editoriais apelava sucessivamente a uma ditadura salvadora do Gaspar. O ministro das Finanças era o Salazar do século XXI e, coincidência ou talvez não, até o Passos Coelho aquecia o seu dito cujo durante as viagens oficias com um livro sobre o ditador.

Se alguém espera que o Gaspar se enganou ou que está convencido disso que se vá sentando para esperar confortavelmente, se alguém pensa que ele fica muito incomodado por mais uns milhares de desempregados desiludam-se, Gaspar tem uma visão e se esta não se confirmar o erro não foi dele, foi de todos nós, de cada um dos portugueses e por isso mesmo ele deve continuar em ministro e os portugueses devem voltar a ser castigados.


  
 Seria pior com o Gaspar marceneiro
   
«Ainda fevereiro não acabou e Vítor Gaspar já confessa um erro: a recessão não vai ser a que previra, mas o dobro. E um dobro provisório (no ano passado ele teve de retocar as contas várias vezes). E depois? Porque se há de julgar uma pessoa pelos erros, insistindo em não lhe reconhecer os méritos? Gaspar faz erros de contas? Faz, mas conta-o devagar. É de uma comovedora inocência dar-nos tempo para ler-lhe nos lábios os números enganados. Reconheço que os erros dele podem fazer mal a muitas pessoas, mas temos de lhe agradecer por ter ido para ministro das Finanças, onde esses males só ganham dimensão ao fim de um, dois anos... Se Gaspar tivesse ido para marceneiro faria as portas das discotecas a abrir para dentro e, aí, os erros dele matariam centenas de pessoas numa madrugada. Reparem, também não foi para copiloto. Uma vez, no Verão de 1983, um Boeing 767, da Air Canada, reabasteceu-se em Montreal. Devia ter posto 22300 quilos de fuel, mas o copiloto mandou encher 22300 libras, menos de metade. Típico de Gaspar, se lá estivesse. A meio caminho o avião teve de planar. Será que anunciaram devagarinho aos passageiros as perspetivas em baixa (oh, quanto!) dos depósitos? Felizmente o avião pôde aterrar num parque industrial em Gimli, no Manitoba. Trago este exemplo para mostrar que os erros nem sempre são trágicos. Às vezes, até são gloriosos: Colombo enganou-se nos cálculos, supondo a Índia, descobriu a América...» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.   

 Um governo 'amordaçado'
   
«Na semana passada, o ministro Miguel Relvas, pela primeira vez, em quase dois anos de governo, cumpriu com sucesso a missão que o amigo e primeiro-ministro lhe atribuiu: coordenar politicamente as acções do governo. Até aqui, o ministro- -adjunto tinha sido um desastre completo, um peso-morto encavalitado às costas de Passos Coelho. Ferido politicamente pelos muitos casos que lhe caíram em cima, desde as ameaças a uma jornalista até à falsa licenciatura, cujos ecos passaram em todas as televisões do mundo, através de cartazes, desde a Volta à França, aos Jogos Olímpicos de Londres, permanecia em estado de coma profundo. Deixou de coordenar politicamente o governo e em tudo que metia o seu cunho dava para o torto, revelando uma incompetência ilimitada: a “reforma administrativa das autarquias”, a privatização da TAP ou da RTP são meros exemplos. Até à conferência sobre o “jornalismo do futuro”, realizada no ISCTE, pela TVI, nada indicava que Miguel Relvas ressuscitasse dos mortos e cumprisse o mínimo que o governo lhe exige. Mas parece que conseguiu.
  
Foi exactamente na semana mais negra para a credibilidade deste governo que o ministro Miguel Relvas deu um ar da sua graça. Vítor Gaspar tinha anunciado, com o mesmo ar sereno e irresponsável de sempre, o fracasso total das medidas de austeridade executadas pelo governo. Disse abertamente, pela primeira vez, que tinha falhado em tudo, dando razão a todas as vozes, e foram muitas, de vários quadrantes, que o avisaram a tempo do mal que estava a fazer aos portugueses e ao país. Nunca acertou numa única previsão, sobre as quais construiu os orçamentos de Estado do ano passado e deste ano. Agora, afinal, a recessão vai ser o dobro, pelo menos, do que tinha previsto há dois meses. E o desemprego vai aumentar mais do que a sua “genial” cabeça tinha concebido. Vergado às circunstâncias, e antecipando os maus resultados da execução orçamental, concluiu que era necessário mais tempo para controlar o défice e mais tempo para pagar as dívidas. Praticamente, só ele, Vítor Gaspar e o seu protector, Passos Coelho, ainda não sabiam isso.

O reconhecimento deste gigantesco fracasso do governo, que lançou, em vão, na pobreza e no desemprego milhares e milhares de portugueses e destruiu (e continuará ainda a destruir), por muito tempo, parte importante do tecido económico, saiu do centro do debate político, passou a segundo plano, graças ao número encenado por Miguel Relvas num auditório de uma universidade.

A saída atabalhoada, sem usar da palavra, após ser interrompido por um grupo de estudantes a cantar “Grândola Vila Morena”, o que já tinha acontecido no Parlamento ao primeiro-ministro, e ao próprio, na noite anterior, no “Clube dos Pensadores”, em Gaia, cheira a plano premeditado: a uma vitimização que desviasse as atenções das declarações de Vítor Gaspar e, ao mesmo tempo, desse ao governo um pequeno alento na sua descida ao inferno. E conseguiu, com mérito, diga- -se. De muitos lados, alguns inesperados, durante os últimos dias, surgiu uma onda de solidariedade patética para com Miguel Relvas. Saiu à rua uma procissão em defesa da “liberdade de expressão” e da “democracia”, transformando quase num golpe de Estado uma pequena manobra de um ministro sem crédito de um governo desorientado. A patetice, que atingiu, de igual forma, tanto antigos ministros do PS, como insuspeitos comentadores políticos, como se o governo tivesse sido amordaçado, foi ao ponto de argumentar que o “silenciamento antidemocrático” do ministro não foi obra do povo: ali, no auditório de uma universidade, não estavam “operários da construção civil, nem casais desempregados”. Claro que não. Mas, talvez estivessem os seus filhos, principais vítimas de tudo o que está a acontecer.

Vivemos uma democracia de rédea curta, onde os cidadãos são tidos por bonecos manipuláveis – umas marionetas – sujeitos a todos os logros e enganos. Ao menor e mais pacífico protesto são acusados de pôr em causa a “liberdade de expressão” dos governantes e a “democracia” que a sociedade “bem pensante” lhes ofereceu. Os cidadãos já deviam saber, nesta altura, que a democracia não se recebe de mão beijada, conquista-se no dia-a-dia; tal como qualquer membro de um governo devia saber que o respeito dos eleitores não resulta da tomada de posse, ganha-se com a seriedade.» [i]
   
Autor:
 
Tomás Vasques.
   
  
     
 O pequeno MM descobre a sua vocação
   
«O antigo líder social-democrata é o grande reforço do painel de comentadores da estação de Carnaxide. Além de ter um espaço de opinião semanal no canal generalista, cuja dia ainda está por determinar (podendo vir a fazer concorrência a Marcelo Rebelo de Sousa ao domingo), também irá comentar na SIC Notícias sempre que requisitado, avançou esta segunda-feira Luís Marques, diretor geral da estação.» [CM]
   
Parecer:
 
Isto de ter o estatuto de contador dos segredos do poder traz vantagens financeiras, mas podemos estar descansados, não é corrupção.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se e pergunte-se à SIC se os pagamentos incluem a revelaçlão de segredos ou remuneram apenas as banalidades intelectuais de MM.»
      
 O IKEA também estava metido no "cavalo"
   
«O Ikea Portugal garantiu hoje à Lusa que já retirou do mercado o lote de almôndegas com vestígios de carne de cavalo, na sequência de testes feitos pelas autoridades checas e adiantou estar a realizar novos exames.

"A Ikea recebeu de forma muito séria os resultados dos testes desenvolvidos pelas autoridades da República Checa, que mostram indícios de vestígios de carne de cavalo num lote específico de almôndegas", refere fonte oficial do grupo sueco de mobiliário em Portugal.» [DN]
   
Parecer:
 
Do que será esta gente capaz só para ganharem uns tostões?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver se não há mais.»
   
 Cavaco já fala em pós-troikao
   
«O Presidente da República sublinhou hoje o papel que os "empresários da economia pós 'troika'" poderão desempenhar num dos "tempos mais severos" da história de Portugal, considerando que esses jovens poderão ser o motor da mudança da economia.

"Esta nova geração de empresários são os empresários da economia pós 'troika'", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na sessão de abertura do encontro que decorre ao longo de todo o dia no Palácio de Belém com cerca de meia centenas de jovens empresários empreendedores e que tem como tema "os jovens e o futuro da economia".» [DN]
   
Parecer:
 
 O alinhamento do discurso de Cavaco com o do Gaspar é impressionante, Gaspar fala e ouve-se o eco em Belém.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Krugman define bem o nosso Gaspar
   
«Paul Krugman não percebe a "paixão europeia" pela austeridade e considera que os defensores destas políticas estão a parecer cada vez mais "insolentes e delirantes".

"A vontade de prosseguir uma austeridade sem limites é o que define a respeitabilidade nos círculos políticos europeus. E isso seria óptimo se as políticas de austeridade estivessem efectivamente a funcionar - mas não estão", começa por referir o Nobel da Economia na sua coluna de opinião no The New York Times, analisando o caso italiano, onde Mario Monti, pró-austeridade, deverá perder as eleições, atrás do "cómico" Berlusconi e do comediante Beppe Grillo.» [DE]
   
Parecer:
 
Insolente, delirante e ..  irresponsável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao Gaspar.»
   
 Na Gasparilândia não são necessárias auto-estradas
   
«O tráfego consolidado da Brisa registou um decréscimo de 13,7% no ano passado, em comparação com 2011.

O comunicado referente aos resultados anuais da Brisa, hoje divulgado, classifica esta redução como "significativa" e explica a quebra "a crise soberana da dívida na zona euro e as políticas de austeridade adoptadas por Portugal no âmbito do programa de ajustamento da economia portuguesas acordadas com a ‘troika'", que "conduziram a uma quebra do consumo e a um aumento do desemprego com óbvios impactos no modelo de negócio da Brisa".» [DE]
   
Parecer:
 
um dia destes o Gaspar vai sugerir o desmantelamento das auto-estradas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ecomendem-se os eucaliptos para decorar as estradas da Gasparilândia.»
   

   
   
 photo Mikhail-Vershinin-5_zpsac2fd960.jpg
  
 photo Mikhail-Vershinin-4_zps7e87159b.jpg
   
 photo Mikhail-Vershinin-3_zpsf35ec0d1.jpg
   
 photo Mikhail-Vershinin-2_zps1e155a36.jpg
  
 photo Mikhail-Vershinin-1_zps69150366.jpg