quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Brazão, Alfama, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Painel de azulejos de Nadir Afonso, Cascais [J. de Sousa]   

Jumento do dia
  
Franquelim Alves, homem da SLN
 
O país assistiu a uma ofensiva de limpeza da imagem do homem da SLN, tentando fazer passagem de um economista competente que foi vítima da SLN. Mas terá sido mesmo uma vítima.

Franquelim Alves poderia ter denunciado a situação ao BdP mas optou por não o fazer, não cumprindo o seu dever o administrador da SLN encobriu a situação e nem sequer se demitiu, continuou a receber um ordenado certamente chorudo a troca do silêncio e conivência.

É fácil tentar fazer passar agora a imagem da vítima, mas a verdade é que pelo BPN passaram administradores que ao fim de dias ou mesmo horas pediram a demissão. Franquelim Alves foi dos que foram ficando e que omitiram informação.

Inocente? Idóneo? Enfim, parece que há valores neste país que se tornaram muito elásticos.
     
 BdP, um regulador sem credibilidade
 
A actuação do BdP em relação à banca, de que supostamente é um regulador, roça o nível da incompetência e se subsistissem dúvidas quanto a isso bastaria o mais recente caso envolvendo o presidente do BES. Perante sucessivas notícias envolvendo Ricardo Salgado foi necessário o governador do BdP ser questionado no parlamento sobre a idoneidade do presidente do BES para que se lembrasse de informar a comunicação social de que teria ouvido o banqueiro.
 
 A escolha do Franquelim

O Dias Loureiro anda por aí.

 A idoneidade segundo Passos Coelho
 
O problema da idoneidade só se coloca para quem entra no galinheiro, aquele que fica à porta nunca deverá ter a sua idoneidade questionada.
 
 O que eles pensam dos portugueses
 
Os espertalhões que combinaram a melhor forma de enganar os portugueses com a entrada do Franquelim para o governo chegaram á brilhante conclusão de que somos idiotas, bastava-lhes omitir o percurso do gestor da sociedade da fraude para que ninguém reparasse. Este governo acha que o povo é um rebanho de imbecis.
 
 Soares dos Santos
  
Estamos todos à espera que o dono do Pingo Doce convoque a fundação para produzir edições especiais dos livros dos irmãos Metralha e dos Dalton para repor justiça na história, eram todos bons rapazes. Ou será que vai um pouco mais longe e escolhe o Bin Laden como modelo de virtudes humanas?

 A dúvida do dia

O Franquelim ainda não se demitiu nem foi demitido ou convidado a demitir-se? Serão assim tão imbecis para não perceberem que o pobre homem não tinha e agora tem ainda menos condições para ser governante?


  
 O problema moral com Franquelim Alves
   
«Franquelim Alves terá uma moral irrepreensível. O problema é que a escolha do primeiro-ministro para secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação levanta problemas de moral. Problemas sem importância alguma, dirão... Não é assim.
  
O ruído à volta da nomeação do economista levantou-se, em primeiro lugar, por ele ter sido administrador da SLN/BPN, o local onde se concretizou um pacote de fraudes que custa aos portugueses, até agora, três mil milhões de euros. Isso foi omitido do seu currículo, apesar de Franquelim Alves ter feito parte, em 2008, das sucessivas equipas lideradas por Oliveira e Costa (que está a ser julgado), Abdool Vakil e Miguel Cadilhe.
  
Em segundo lugar, em resposta a uma comissão de inquérito da Assembleia da República, o doutor Franquelim declarou ter achado ser "prudente" não informar o Banco de Portugal quando se apercebeu, no princípio de 2008, da existência de uma montanha de imparidades e de atos irregulares no banco para onde, em má hora, entrara.
  
Qual é o problema moral? É de Franquelim Alves? Não, pois se aceitarmos não ter o homem responsabilidade pelos crimes do BPN, temos de admitir o seu direito a exercer os cargos que entender. Será caridosa esta tese, mas vamos acolhê-la, até por piedade.
  
O problema de moral política neste caso, incontornável, é de quem nomeia, de quem escolhe Franquelim para um cargo público, ligado a decisões económicas, sabendo da "sombra" do caso BPN.
  
Estamos a falar da moral política de alguém que o povo escolheu para liderar o País e que, por isso, tem de ter consciência permanente de que o seu patrão, o seu "acionista", não é uma qualquer senhora Merkel, não é um capitalista riquíssimo, não é um banqueiro cheio de capacidade de investimento. Os acionistas a quem este senhor reporta chamam-se eleitores e há uns oito milhões deles.

Até agora achava que o primeiro-ministro agia sob uma visão em que acreditava e de acordo, genericamente, com o que lealmente tinha informado pretender fazer. Mesmo a TSU e os aumentos de impostos podiam ser vistos como fazendo parte desse contrato original, que o levou a tomar o poder em 21 de junho de 2011.
  
O que não fez parte do contrato foi isto: misturar, mesmo em dose criminalmente insuspeita, BPN e o seu tremendo roubo aos eleitores com uma parte fundamental da gestão da economia do País. São moralmente incompatíveis.
  
Face a este problema Passos Coelho colocou-se no lado pior, no lado de quem não quer saber de moral política para coisa alguma. E isso ele prometeu aos eleitores, aos seus acionistas, que não faria.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Tadeu.
   
 A remodelação
   
«A debandada de uma série de secretários de Estado é um sinal preocupante, tanto mais que neste governo a sua importância é reforçada em virtude da exiguidade dos ministros. A sua substituição foi, no entanto, uma demonstração da falta de peso do CDS no governo. Efectivamente, esse partido ia ficar apenas com um novo secretário de Estado para substituir os dois militantes seus que saíram do governo. Perante os seus protestos, a solução foi criar para esse partido uma pasta fictícia: a Secretaria de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-Alimentar.

Há uns anos foi nomeado ministro da Agricultura alguém que nada percebia do sector, o que infelizmente tem vindo a ser recorrente. Quando lhe perguntaram qual a primeira medida que iria tomar no ministério, respondeu: “Ir almoçar.” E de facto estar bem alimentado é essencial para assumir um cargo governativo. O que não se esperaria é que a alimentação e a gastronomia fossem os únicos conteúdos desse cargo. Se o novo secretário de Estado se alimentar bem, já fará seguramente um grande mandato.

O CDS pode, no entanto, cantar vitória. E a próxima vez que reclamar mais um cargo no governo receberá seguramente a Secretaria de Estado do Repouso, da Leitura e dos Tempos Livres ou qualquer outra inutilidade semelhante. O importante para um pequeno partido é estar no governo mesmo que lá não faça absolutamente nada.» [i]
   
Autor:
 
Luís Menezes Leitão.
   
     
 Os dois mais clarinhos da troika estão lixados
   
«Segundo dados oficiais, um funcionário da comissão europeia, em início de carreira, aufere 2300 euros brutos por mês. Para chegar aos 16 mil euros é necessário estar no topo da escala – no total são 16 – e ter quatro anos de experiência como diretor-geral nas instituições europeias. Neste quadro o salário pode chegar aos 21 310,17 euros mensais.
  
A ajuda para alojamento chega aos 16 por cento sobre o salário-base. Além disso, a idade de reforma situa-se nos 63 anos.
  
Alguns destes dados foram ontem contabilizados pelo jornal alemão ‘Welt am Sonntag’ e os números estão a gerar grande polémica entre os alemães, sobretudo porque a carga fiscal também é mais baixa para quem trabalha para as instituições europeias. Acresce--se que estes valores surgem numa semana crucial em que se debate o orçamento europeu para os próximos sete anos (2014-2020).» [CM]
   
Parecer:
 
Descobriram-lhes a careca.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 O erro prolongado do Franquelim
   
«“Se eu soubesse jamais teria posto os pés naquela casa”. O desabafo de Franquelim Alves foi feito a 24 de Março de 2009 perante a primeira comissão parlamentar de inquérito à nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN).

O novo secretário de Estado da Empreendedorismo, Competitividade e Inovação foi administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) para os negócios não financeiros da holding que controlava o BPN quando os accionistas tentavam afastar Oliveira e Costa. Nesta altura, foram descobertas as maiores irregularidades e fraudes que vieram a resultar na nacionalização, em Novembro de 2008. Convidado por Joaquim Coimbra, um dos principais accionistas da SLN em Novembro de 2007, só em Janeiro de 2008 é que a sua nomeação para a administração da SLN é consumada. Em Fevereiro sai Oliveira e Costa que é substituído por Abdool Vakil.» [i]
   
Parecer:
 
Pois, houve outros a cometer o mesmo erro, mas não levaram tanto tempo nem esperaram pelo escândalo para o perceberem, conheço um que esteve dia se outro que esperou um mês. Quanto tempo esteve o Franquelim? Quantos dados omitiu ao regulador? Quantas burlas denunciou? Quanto ganhava enquanto lá esteve?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao homem da SLN.»
   
 BCP penhora receitas fiscais da Madeira
   
«O Banco Comercial Português (BCP) lançou uma penhora sobre as receitas fiscais da Região Autónoma da Madeira (RAM), como forma de receber a dívida de 700 mil euros que lhe deve, avança o “Jornal de Negócios”

Para o efeito, o banco já pediu ao Ministério das Finanças que retenha uma parte das receitas fiscais a transferir para a Madeira. Assim, consegue receber de forma periódica um rendimento certo e seguro.» [i]
   
Parecer:
 
É uma pena que o Estado seja tão tolerante com o BCP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Boas novas do ajustamento
   
«O volume de vendas do comércio a retalho recuou 3,4% na zona euro e 2% na União Europeia em dezembro, em comparação com igual mês de 2011, tendo Portugal registado a segunda maior quebra (8,6%).» []
   
Parecer:
 
Isto vai de bom a melhor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver onde isto vai parar.»
   
 Alguém que se preocupe com os portugueses
   
«O Presidente francês, François Hollande, defendeu esta terça-feira que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá pensar o que fazer com os países da zona euro sob ajuda externa, como Portugal e Grécia, à luz da sua constatação de que os efeitos da austeridade são mais graves do que o previsto.

"Há uma questão a colocar, que é saber o que fará agora esta instituição relativamente a países que fizeram efectivamente esforços consideráveis e que hoje puderam regressar ao mercado [da dívida], mas com um preço social elevado", afirmou Hollande.

A afirmação foi feita durante uma conferência de imprensa depois de um debate no Parlamento Europeu entre o Presidente francês e os líderes dos grupos parlamentares, a propósito do reconhecimento pelo FMI de que subestimou largamente o impacto das medidas de austeridade previstas nos programas de ajustamento assumidos pelos países do euro sob assistência financeira externa, como Portugal e Grécia.» [Público]
   
Parecer:
 
Porque o nosso governo não é certamente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
   
 O presidente da Comissão Europeia colaborou com a CIA
   
«Mais de 50 países, entre os quais Portugal, deram cobertura ao programa secreto de transferência extrajudicial de prisioneiros suspeitos de terrorismo em voos da CIA, lançado pela Administração Bush após os atentados de 11 de Setembro de 2001, diz um relatório divulgado esta terça-feira pela organização de direitos humanos Open Society Justice Initiative (OSJI).

Segundo o relatório, as operações secretas, que consistiam no rapto, transporte e tortura de indivíduos suspeitos de terrorismo em centros de detenção clandestinos, contaram com a colaboração de vários Governos europeus – caso do Reino Unidos, Alemanha, Suécia – e de aliados americanos em África e no Médio Oriente, como o Egipto, Líbia, Síria, Jordânia, Iémen, Emirados Árabes Unidos, além do Paquistão e Afeganistão.

A Open Society, que distingue diferentes níveis de envolvimento com o programa secreto norte-americano, aponta Portugal como um dos países europeus que autorizaram a utilização do seu espaço aéreo e dos seus aeroportos para a passagem e a escala dos voos secretos da CIA. Outros, como, por exemplo, a Polónia, a Roménia e a Lituânia, permitiram que a CIA utilizasse instalações como prisões secretas onde foram detidos e interrogados os suspeitos de terrorismo. No relatório da OSJI, são mencionados os casos de 136 prisioneiros que foram submetidos a interrogatórios no âmbito do programa.» [Público]
   
Parecer:
 
Nada disto teria sido possível sem a autorização de Durão Barroso que por estas e por outras conseguiu apoios pra fugir para a UE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 Parece que Obama não concordou com Cavaco
   
«O Governo dos Estados Unidos interpôs um processo judicial contra a agência de rating Standard & Poor's por fraude. A administração Obama considerou fraudulentos os ratings elevados atribuídos a obrigações hipotecárias de alto risco que acabaram por despoletar a crise financeira no país e no mundo.
  
O processo foi hoje oficializado e é a primeira acção judicial do Governo contra uma agência de rating no contexto da crise financeira.» [Sol]
   
Parecer:
 
E processa "os mercados".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Cavaco Silva.»
   

   
   
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