domingo, fevereiro 24, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Pelourinho  de Constança
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Bicicleta [A. Cabral]   

Jumento do dia

Professor Marcelo
 
O país afunda-se, os portugueses ficam sem emprego, as empresas fecham, as pessoas caem na miséria e com o que se preocupa o Professor Marcelo? Com as próximas legislativas.
 
«"Eu acho que [o Governo] vai chegar a 2015, só que não tem muito tempo para dar a volta, fazer 'flip flap' e ganhar as eleições", afirmou o social-democrata aos jornalistas, sublinhando que "esse sonho [ganhar as eleições] passou".

Marcelo Rebelo de Sousa falava à margem do jantar de apresentação da candidatura de Hélder Martins (PSD) à Câmara de Loulé, que reuniu cerca de mil pessoas, enchendo o pavilhão desportivo da cidade.» [CM]

 Pergunta
 
O PS já começou a organizar a grande manifestação na Fonte Luminosa em defesa da liberdade de expressão do dr. Relvas? À falta de melhor currículo o Seguro sempre pode ostentar uma linha como grande lutador pelas liberdades cívicas.


  
 Relvas e a sua circunstância
   
«Passos Coelho foi interrompido em pleno Parlamento com o entoar de Grândola. Ouviu, esperou, elogiou o bom gosto do protesto e, serenamente, voltou a falar. Paulo Macedo foi alvo de protesto semelhante. Também ele esperou antes de terminar tranquilamente o que estava a dizer na altura da interrupção. Vítor Gaspar e Santos Pereira foram esperados com cânticos iguais, mas a esses bastou entrar e sair por uma porta diferente do local do protesto e minimizá-lo. Já Miguel Relvas, num primeiro momento, em Gaia, tentou ser agradável e pedir que todos entoassem em coro o protesto cantado: o desconhecimento da letra, a desafinação e a imagem sorridente só o colocaram ao ridículo; da segunda vez, já sem música, mas ainda com a polémica da sua turbolicenciatura bem presente na memória, foi recebido por estudantes aos gritos, numa faculdade onde cada vez mais os alunos vão desistindo por falta de dinheiro para as propinas e os outros gastos inerentes. Aconselhado pelos seus seguranças, conselheiros e organização, preferiu retirar-se como vítima e não discursar. Um homem é a sua circunstância, escreveu Gasset. Relvas é vítima, sim, mas do seu passado e presente. O ministro que parece atrair polémicas como um íman - para onde é que ele já mandou o caso Franklin? -, que tutela os media seguramente apenas por ser ele o maior manancial de notícias dos últimos meses, e quase sempre pelas piores razões, não tem credibilidade. E os cidadãos não lhe têm respeito. Devia ter sido substituído num dos pequenos períodos sabáticos a que se viu obrigado perante a avalanche de polémicas, com um qualquer argumento, nem que fosse organizar as autárquicas que aí vêm. Mas parece estar colado, ou ter colado, o primeiro-ministro com aquela cola que até prende cientistas ao teto, que pode ruir toda a confiança neste Executivo que ele manter-se-á intacto. Tudo isto não invalida a crítica à atitude grosseira dos alunos do ISCTE. Mas que está muito longe de ser um atentado à liberdade de expressão e à democracia. Relvas, como os outros, poderia ter esperado uma acalmia e falado depois. E entre as duas horas de pedradas aos polícias em frente à Assembleia da República ou a violência de Grécia, Itália e Espanha, como disse Vivianne Reading, feliz é o país onde se protesta com canções.

A mesma massa da política

Teixeira dos Santos enganou-se nas previsões económicas e elaborou um orçamento assente em pressupostos errados. Vítor Gaspar também. O BPN persegue uns e há os Freeport, os Sobreiros e as Tecnoformas por aí que batem à porta de todos. Antes havia promessas por cumprir, agora há o rasgar de todo um programa eleitoral. O problema nacional que era há dois anos resultado da situação externa e da crise europeia voltou a ter agora a justificação antes tão criticada. Os professores, que foram considerados uns privilegiados, passaram a ser além de favorecidos, demasiados, tal como os médicos ou os enfermeiros. A reforma do lobby das farmácias teve que se fazer e João Cordeiro passou de mau da fita a candidato a uma câmara PS. Seguro faz do aparelho socialista a sua força, como Passos o fizera. Miguel Relvas, que defendeu protestos contra um o ministro do Governo anterior, e o PSD da oposição, que considerava justas as emboscadas de Mário Nogueira ao Governo anterior, agora que são eles os alvos, falam em atentados à democracia. Até os media, que Sócrates dizia fazer companha contra si, são já eleitos como os grandes inimigos deste Executivo, com o mesmo direito a alguns defensores de serviço. É uma política medíocre, caseira, que só muda de protagonistas sazonalmente. É uma escala sem nível, comparada por exemplo com muitos episódios reais retratados na série House of Cards (TVSeries, com Kevin Spacey genial) sobre manobras na Casa Branca. E os portugueses olham de cima, da realidade em que os fazem viver, para baixo, para o mundo que os políticos acham que é o real e o que veem é que venha quem vier fará o mesmo, que todos pregam e depois pecam, que não há alternativas verdadeiramente diferentes, sejam elas mais da esquerda ou da direita, e que há sempre um Relvas qualquer nos governos. Que são todos feitos da mesma massa. E esta é que é a maior tragédia nacional.

O fisco, Jardim Gonçalves, Cavaco e um forcado tetraplégico

Três notícias dos jornais desta semana. Primeira - "Dois terços da pensão de 170 mil euros mensais [de Jardim Gonçalves] advêm de uma renda vitalícia, constituída pelo banqueiro. Estado não pode tocar- -lhe". Resumindo, o fundador e líder do BCP não paga impostos sobre grande parte da sua reforma. Segunda - "IRS devolve taxa sobre pensões. Cavaco, por exemplo, receberá 11 mil euros". Traduzindo: entre o que é retido na fonte este ano e terá de ser ajustado na próxima declaração de IRS, Cavaco pagará agora 30 mil euros, mas receberá depois 11 mil. Terceira - "Doação [para o forcado que ficou inválido] alcança 115 mil euros. Finanças ficaram com mais de 26 mil". Explicando: a homenagem que foi feita no Campo Pequeno para arranjar uma cadeira de rodas elétrica a um forcado que ficou tetraplégico teve mão pesada do fisco: 11 500 euros em imposto de selo; 15 mil euros dos 13% de IVA. Isto não é populismo. É mesmo injustiça fiscal.» [DN]
   
Autor:
 
Filomena Martins.   
   
  
     
 Judite faz censura na TVI?
   
«Tem acontecido com alguma frequência este tipo de situações. Mas as pessoas não têm coragem de apresentar queixa formal", dizem ao CM algumas fontes do canal, que pedem anonimato.

O assunto será levado à reunião do conselho de redação, que decorrerá na próxima semana e cujo foco serão os limites do poder editorial. É que, sabe o CM, esta não foi a primeira peça a ser recusada por Judite Sousa.

O ambiente que se vive na redação do canal da Media Capital é "tenso", dizem as mesmas fontes, com Judite Sousa a perder cada vez mais popularidade. Na gala dos 20 anos da TVI, a diretora-adjunta de Informação foi mesmo alvo de apupos, situação que terá levado Paulo Salvador a enviar um e-mail para a redação, no qual se mostra indignado quanto à manifestação de desagrado dirigida à jornalista.

Entretanto, a TVI emitiu um comunicado no qual afirma que a referida reportagem foi exibida no dia 27 de janeiro no programa ‘25ª Hora’, na TVI24. No entanto, a peça jornalística em causa estava prevista para o ‘Jornal das 8’, o principal jornal da TVI. Contactado, José Alberto Carvalho, diretor de Informação do canal, recusou tecer qualquer comentário. Até ao fecho desta edição, Judite Sousa esteve incontactável.» [CM]
   
Parecer:
 
Mas a TVI não era um exemplo de virtudes?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
      
 O governo da Merkel no seu melhor
   
«O ministro alemão do Desenvolvimento, Dirk Niebel, teve uma ideia para aproveitar os produtos feitos à base de carne de cavalo que forem retirados do mercado por estarem falsamente rotulados como contendo carne de vaca: redistribuir esses produtos aos pobres, sugeriu em entrevista ao jornal 'Bild', hoje publicada, noticia a agência noticiosa AFP.

"Mais de 800 milhões de pessoas morrem de fome no mundo. Infelizmente, na Alemanha também há pessoas com dificuldades financeiras, mesmo para se alimentarem (...) Acho que não podemos, aqui na Alemanha, deitar fora alimentos que estão bons", declarou Dirk Niebel, que é membro dos liberais-democratas do FDP, partido que é parceiro de coligação da CDU da chanceler Angela Merkel no Governo federal da Alemanha.» [DN]
   
Parecer:
 
Se fossemos mauzinhos diríamos que a vaca quer dar cavalo aos pobres...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se em cima destes boches.»
   
 Mais um que vai andar por aí!
   
«Num discurso aos cardeais, no encerramento dos Exercícios Espirituais da Quaresma, realizados no Vaticano, Bento XVI afirmou que "mesmo que terminasse hoje a comunicação exterior visível", restaria sempre "a proximidade espiritual e uma profunda comunhão através da oração".» [DN]
     
 Sopa dos banqueiros à porta do BPI
   
«A Plataforma de Afetados pelas Hipotecas (PAH) promove hoje em Lisboa, em frente ao BPI do Chiado, uma ação denominada "sopa dos banqueiros" como forma de protesto contra as regalias bancárias e as declarações de Fernando Ulrich.
  
"O senhor Ulrich [presidente do BPI] falou nos sem-abrigo que aguentam (...) e equiparou-se e disse que de hoje para amanhã ele podia ser sem-abrigo. Com os sem-abrigo muitas vezes existe a sopa dos pobres [e] nós vamos fazer a sopa dos banqueiros, que é uma sopa que tem determinado tipo de ingredientes que estamos a pagar todos os dias" como o crédito à habitação, explicou à Lusa Rita Silva, uma das responsáveis da ação a ser desenvolvida a partir das 15:30.» [DN]
   
Parecer:
 
Uma boa ideia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se que se organize outra no Estorial, junto à porta do sem abrigo Ulrich.»
   
 O sôr Álvaro também teve música
   
«O ministro da Economia foi recebido, esta sexta-feira à noite, em S. João da Madeira, onde é orador numa iniciativa da concelhia do PSD, com mais uma manifestação entoada ao som de "Grândola Vila Morena".» [JN]
   
Parecer:
 
Terá cantado?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Álvaro se também andou nos ranchos folclóricos.»
   
 Um governo de gente corajosa
   
«A máxima que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, tem repetido nos últimos dias no seu inner circle é a de que "no dia em que tivermos medo estamos arrumados", revela o semanário Expresso. Neste sentido, o governante não tem intenção de alterar nem um milímetro a sua agenda.» [Notícias ao Minuto]

«Desde que ocorreu o incidente com o ministro Miguel Relvas, no Clube dos Pensadores, em Gaia, que nenhum governante vai a um local público sem antes ser feita uma vistoria e definidos os planos de fuga de emergência pelo Corpo de Segurança da Polícia de Segurança Pública (PSP). A edição deste sábado do Diário Notícias (DN) revela que, foram destacados 90% dos seguranças da PSP para proteger os membros do Governo e o Presidente da República.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Este Relvas é tão corajoso que fugiu de meia dúzia de estudantes do ISCTE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Qual combate ao desemprego?
   
«O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, admite que o Governo não está a ter muito sucesso no combate ao desemprego.

“Não estamos a ser muito eficazes no combate ao desemprego, temos de melhorar esta eficácia”, disse na noite de sexta-feira, num encontro promovido pelo PSD em São João da Madeira. “Temos de ser humildes o suficiente para o reconhecer, mas temos também de ser ágeis o suficiente para melhorar o combate ao desemprego”, completou.

Segundo o ministro, o Governo não está também a comunicar bem com os cidadãos. “Sabemos que muitas das nossas medidas não estão a ser bem comunicadas”, afirmou, durante as II Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, promovidas pelo PSD.» [Público]
   
Parecer:
 
Este sôr Álvaro até tem sentido de humor, só isso o ajuda a ver neste governo iniciativas para combater o desemprego.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   

   
   
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