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Flor do Parque da Bela Vista, Lisboa
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Monsanto [A. Cabral]
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Cândida Almeida
Ainda há muito pouco tempo Cândida Almeida participava numa actividade partidária do PSD, deu uma aula aos jovens daquele partido na "Lusófona" de Castelo de Vide, agora o seu nome é dado como não reconduzido. Tempos difíceis estes que estamos vivendo na justiça.
«A informação foi hoje avançada em comunicado pela Procuradoria-Geral da República, depois de ter sido noticiado que Cândida Almeida não será reconduzida no cargo e que enfrenta um processo disciplinar por fuga de informação e também a dois outros magistrados.
"O provimento de lugar de Director do DCIAP, e respectiva comissão de serviço, será apreciado, oportunamente, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público", lê-se no comunicado. A próxima reunião deste órgão está marcada para 28 de Fevereiro às 10h30.» [DE]
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Por aquilo que se vai sabendo na comunicação social uma após outra as multinacionais dos produtos alimentares vão sendo apanhadas a vender gato por lebre, no caso cavalos velhos por jovens vitelas. A mensagem que passa é que as empresas terão sido ludibriadas por um qualquer matadouro, até já se sugeriu que seria um matador romeno, até porque em países mais finos com a França ou a Alemanha é tudo gente muito honesta.
Lendo as notícias por aquilo que não foi escrito é mais do que óbvio que não são feitos controlos pelas entidades estatais e que ou as multinacionais não sabem o que estavam vendendo ou apressam-se agora a fazer falsas análises antes que sejam apanhadas por entidades públicas.
Parece que na Europa do Durão Barroso já não bastam aumentos de impostos e cortes de rendimentos, é preciso cobrar vitela e servir cavalhos velhos que supostamente eram destinados a alimento para cães.
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«A retórica entusiástica em torno das exportações nacionais e de como salvariam de forma redentora uma economia portuguesa em clara recessão já revelou o seu valor reduzido: basta olhar à nossa volta e para os números do desemprego. Não só porque o que exportamos em escala é petróleo estrangeiro e seus derivados, carros alemães e papel, mas também porque as empresas, para vender os seus produtos e serviços no estrangeiro, têm de ter capacidade de se sustentarem e simultaneamente investirem na sua entrada em novos mercados, o que tem sido manifestamente impossível para muitas delas, sem capacidade de gestão e de inovação e sem financiamento.
O discurso económico sobre as exportações – no fundo, uma replicação degradada do modelo alemão de contenção orçamental em casa e vendas em massa no exterior – presume que a economia portuguesa seja capaz de progressivamente acrescentar valor ao que vende para fora e diferenciar-se dos seus concorrentes. Essa é aliás uma realidade em alguns sectores: o vinho e o azeite, que são cada vez melhores, os hortícolas e a fruta, que são preferidos aos espanhóis pela sua genuinidade e sustentabilidade, o calçado e o têxtil, que competem por cima, etc. No entanto, a competitividade internacional parece exigir muito mais ao nível da qualidade da gestão, da eficiência da produção e da tecnologia incorporada, afinal os itens que nos menorizam face à concorrência. Ou seja, em vez de se venderem simplesmente laranjas, venderem--se também sumos e polpas e sobremesas e pudins e tortas, em condições de preço e de remessa interessantes para todos.
E quem não ouviu tantos responsáveis políticos afirmar que aumentar as exportações nacionais de produtos tecnológicos era fundamental? Desde logo para que o país pudesse aproveitar os seus recursos humanos, cada vez mais qualificados. Bem, a economia desde 2008 tem dado uma resposta muito clara a isso. No final de 2011 exportava-se menos de metade em produtos tecnológicos que o exportado em 2008. Se neste ano aqueles produtos representaram 6,36% do total exportado, em 2011 esta proporção ficou-se pelos 3%. Falamos aqui de coisas como computadores, produtos farmacêuticos e produtos electrónicos, que decresceram ao mesmo tempo que as exportações globais aumentavam.
Por mais determinante que seja a intervenção dos governos e dos serviços públicos no matchmaking entre empresas nacionais e clientes estrangeiros, nada se altera sem vontade e capacidade dos próprios produtores. Se o empresário preferir continuar a investir no seu Ferrari (perdão, no da sua empresa) em vez de investir no conhecimento e no teste de um novo mercado, não há agência de investimento que o demova. Mas ao Estado cabe, pelo menos, conceber e aplicar de forma efectiva incentivos e sanções que possam orientar as decisões dos agentes económicos num sentido de bem comum, de criação de emprego e de riqueza sustentável. Tal como lhe cabe ser eficaz e solidário com aqueles empreendedores que querem e merecem mais, sem deixar de ser transparente e justo, porque de uma falsa igualdade na mediocridade já estamos todos fartos.» [i]
Miguel Romão.
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«“Não posso como cidadão deixar de pensar em todos aqueles que tendo tido também uma vida ao serviço do país se vêem empurrados para a pobreza e exclusão social, não lhe sendo sequer concedido uma vida de sobrevivência", afirmou.
Pinto Monteiro foi mais longe: "Costumo dizer aos amigos que estou de férias da justiça, mas não estou seguramente de férias da cidadania. Não posso deixar de mostrar a minha preocupação como magistrado, que sou há muitos anos, pelo que me parece estar a desenhar-se, uma menor transparência na separação de poderes”, afirmou.» [CM]
Parecer:
Nunca a democracia portuguesa esteve tão próxima da ditadura, nunca a paz esteve tao perto do conflito, nunca o capitalismo esteve tão perto da revolução.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acordem.»
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«Aranzazu Aznar, sobrinha do antigo primeiro-ministro espanhol José María Aznar, decidiu despir-se para a revista ‘Interviú’.» [CM]
Parecer:
Por cá os portugueses ficam-se com um ex-governante a mandar um secretário de Estado a "tomar no cu", em Espanha são mais sortudos e apreciam a beleza das sobrinhas dos ex governantes.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vamos para a zona de conforto de Espanha, por cá isto já deu o que tinha a dar.»
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«"A tauromaquia é uma atividade vegetativa que não gera riqueza e é incapaz de subsistir por si própria. Não faz sentido que continue a ser beneficiada uma minoria e meia dúzia de famílias em detrimento de outras áreas carenciadas como a educação ou a saúde", disse Inês Real, uma das porta-vozes da iniciativa, após reunião, na residência oficial do líder do Executivo, em São Bento.
Cerca de 16 milhões de euros em fundos comunitários, públicos e, sobretudo, locais, é o valor estimado de apoios às atividades taurinas, segundo estudo apresentado pelo referido movimento, vencedor da segunda edição de "O Meu Movimento", no Portal do Governo, que gerou 324 iniciativas e 33 mil apoiantes.» [CM]
Parecer:
Convenhamos que o país tem melhores forma de "pegar" este dinheiro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acabem-se com os apoios financeiros às cornadas.»
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«Em comunicado, a empresa explica que decidiu suspender a distribuição de todos os produtos que contêm carne bovina e fornecidos pela empresa alemã H.J. Schypke, subcontratada pelo seu fornecedor belga JBS Toledo, filial da empresa brasileira na Europa, que também anunciou hoje que vai suspender a venda de carne europeia.
"Os nossos testes revelaram vestígios de ADN de cavalo nos produtos" acima de 1 % que a Agência de Segurança Alimentar britânica considera como um indicador de "adulteração ou grave negligência", refere a nota.» [DN]
Parecer:
Percebe-se agora a vigarice que andava no mercado de alimentos à base de carne.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se às cavalgaduras da Nestlé quantos mais produtos vigarizados estão colocando no mercado.»
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«Portugal vive "um momento muito difícil" para definir um novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN), pois a crise económica e social "pode evoluir para uma crise do regime democrático", afirmou esta terça-feira o vice-presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues.» [DN]
Parecer:
Mas os gulosos da extrema direita não querem saber da democracia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
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«O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi hoje interrompido quando discursava no Clube dos Pensadores no Porto por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram "Grândola Vila Morena" e exigiram a sua demissão.
"25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais", "gatunos" e "demissão", gritaram os manifestantes, interrompendo, cerca das 21h40, o discurso de Miguel Relvas, que falava há cinco minutos.
O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. "Sim, vamos todos cantar", disse Miguel Relvas, que só conseguiu voltar ao seu discurso depois de o grupo ter saído por sua iniciativa da sala.» [Expresso]
Parecer:
Boa!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
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«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou hoje que, a confirmar-se a saída da diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Cândida Almeida, "não será surpresa para ninguém, excepto para a própria".
"Há um processo de renovação do Ministério Público (MP), que está em curso, e que também passa pelo DCIAP, a quem deverá ser exigido outro tipo de resultados", disse Rui Cardoso à Agência Lusa sobre a anunciada saída de Cândida Almeida do departamento do MP.
O presidente do SMMP disse esperar que o futuro diretor deste departamento "consiga dar ao DCIAP a organização, dinamismo e eficiência que a anterior diretora não conseguiu".» [i]
Parecer:
Compreende-se que um sindicato patrocinado pelos banqueiros se ocupe de assuntos sem qualquer relação com questões laborais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
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«A nota refere que Jerónimo de Sousa partiu já na segunda-feira para Pequim, dando início a uma visita à República Popular da China.
“Esta visita realiza-se a convite do Partido Comunista da China (PCC) e tem lugar no quadro das relações de amizade" entre o PCP e o Partido Comunista Chinês, sublinha a nota, que dá conta que a delegação portuguesa integra também Pedro Guerreiro, responsável da Secção Internacional e José Capucho, membros do Secretariado do Comité Central.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Podia ter ido à EDP que fica aqui mais perto e dava um abraço ao camarada Catroga.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo porque não leva o Bernardino Soares e vai também à Coreia do Norte.»
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«O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas foi esta terça-feira vaidado por algumas dezenas de alunos quando participava no encerramento de uma conferência, a decorrer em Lisboa, acabando por ter que abandonar a sala.
Perante a agitação, o ministro não conseguiu iniciar o discurso, abandonando as instalações do ISCTE, onde decorria a cerimónia, escoltado por seguranças e sempre seguido por jovens que se manifestavam.
"Bolsas sim propinas não", "Demissão" e "o povo unido jamais será vencido" foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.» [CM]
Parecer:
Se calhar é a loucura do amor e do casamento que leva o dr. Relvas a pensar que pode entrar numa universidade a sério onde os estudantes vão para estudar e não para meter requerimentos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Miguel Relvas se está mesmo bom da cabeça.»
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