quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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Flor do Parque da Bela Vista, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Monsanto [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Cândida Almeida
 
Ainda há muito pouco tempo Cândida Almeida participava numa actividade partidária do PSD, deu uma aula aos jovens daquele partido na "Lusófona" de Castelo de Vide, agora o seu nome é dado como não reconduzido. Tempos difíceis estes que estamos vivendo na justiça.
 
«A informação foi hoje avançada em comunicado pela Procuradoria-Geral da República, depois de ter sido noticiado que Cândida Almeida não será reconduzida no cargo e que enfrenta um processo disciplinar por fuga de informação e também a dois outros magistrados.

"O provimento de lugar de Director do DCIAP, e respectiva comissão de serviço, será apreciado, oportunamente, em sessão do Conselho Superior do Ministério Público", lê-se no comunicado. A próxima reunião deste órgão está marcada para 28 de Fevereiro às 10h30.» [DE]

 Carne de cavalo
 
Por aquilo que se vai sabendo na comunicação social uma após outra as multinacionais dos produtos alimentares vão sendo apanhadas a vender gato por lebre, no caso cavalos velhos por jovens vitelas. A mensagem que passa é que as empresas terão sido ludibriadas por um qualquer matadouro, até já se sugeriu que seria um matador romeno, até porque em países mais finos com a França ou a Alemanha é tudo gente muito honesta.
  
Lendo as notícias por aquilo que não foi escrito é mais do que óbvio que não são feitos controlos pelas entidades estatais e que ou as multinacionais não sabem o que estavam vendendo ou apressam-se agora a fazer falsas análises antes que sejam apanhadas por entidades públicas.
  
Parece que na Europa do Durão Barroso já não bastam aumentos de impostos e cortes de rendimentos, é preciso cobrar vitela e servir cavalhos velhos que supostamente eram destinados a alimento para cães.


  
 Exportações
   
«A retórica entusiástica em torno das exportações nacionais e de como salvariam de forma redentora uma economia portuguesa em clara recessão já revelou o seu valor reduzido: basta olhar à nossa volta e para os números do desemprego. Não só porque o que exportamos em escala é petróleo estrangeiro e seus derivados, carros alemães e papel, mas também porque as empresas, para vender os seus produtos e serviços no estrangeiro, têm de ter capacidade de se sustentarem e simultaneamente investirem na sua entrada em novos mercados, o que tem sido manifestamente impossível para muitas delas, sem capacidade de gestão e de inovação e sem financiamento.

O discurso económico sobre as exportações – no fundo, uma replicação degradada do modelo alemão de contenção orçamental em casa e vendas em massa no exterior – presume que a economia portuguesa seja capaz de progressivamente acrescentar valor ao que vende para fora e diferenciar-se dos seus concorrentes. Essa é aliás uma realidade em alguns sectores: o vinho e o azeite, que são cada vez melhores, os hortícolas e a fruta, que são preferidos aos espanhóis pela sua genuinidade e sustentabilidade, o calçado e o têxtil, que competem por cima, etc. No entanto, a competitividade internacional parece exigir muito mais ao nível da qualidade da gestão, da eficiência da produção e da tecnologia incorporada, afinal os itens que nos menorizam face à concorrência. Ou seja, em vez de se venderem simplesmente laranjas, venderem--se também sumos e polpas e sobremesas e pudins e tortas, em condições de preço e de remessa interessantes para todos.

E quem não ouviu tantos responsáveis políticos afirmar que aumentar as exportações nacionais de produtos tecnológicos era fundamental? Desde logo para que o país pudesse aproveitar os seus recursos humanos, cada vez mais qualificados. Bem, a economia desde 2008 tem dado uma resposta muito clara a isso. No final de 2011 exportava-se menos de metade em produtos tecnológicos que o exportado em 2008. Se neste ano aqueles produtos representaram 6,36% do total exportado, em 2011 esta proporção ficou-se pelos 3%. Falamos aqui de coisas como computadores, produtos farmacêuticos e produtos electrónicos, que decresceram ao mesmo tempo que as exportações globais aumentavam.

Por mais determinante que seja a intervenção dos governos e dos serviços públicos no matchmaking entre empresas nacionais e clientes estrangeiros, nada se altera sem vontade e capacidade dos próprios produtores. Se o empresário preferir continuar a investir no seu Ferrari (perdão, no da sua empresa) em vez de investir no conhecimento e no teste de um novo mercado, não há agência de investimento que o demova. Mas ao Estado cabe, pelo menos, conceber e aplicar de forma efectiva incentivos e sanções que possam orientar as decisões dos agentes económicos num sentido de bem comum, de criação de emprego e de riqueza sustentável. Tal como lhe cabe ser eficaz e solidário com aqueles empreendedores que querem e merecem mais, sem deixar de ser transparente e justo, porque de uma falsa igualdade na mediocridade já estamos todos fartos.» [i]
   
Autor:
 
Miguel Romão.   
   
  
     
 Há quem tenha princípios e sentimentos
   
«“Não posso como cidadão deixar de pensar em todos aqueles que tendo tido também uma vida ao serviço do país se vêem empurrados para a pobreza e exclusão social, não lhe sendo sequer concedido uma vida de sobrevivência", afirmou. 
  
Pinto Monteiro foi mais longe: "Costumo dizer aos amigos que estou de férias da justiça, mas não estou seguramente de férias da cidadania. Não posso deixar de mostrar a minha preocupação como magistrado, que sou há muitos anos, pelo que me parece estar a desenhar-se, uma menor transparência na separação de poderes”, afirmou.» [CM]
   
Parecer:
 
Nunca a democracia portuguesa esteve tão próxima da ditadura, nunca a paz esteve tao perto do conflito, nunca o capitalismo esteve tão perto da revolução.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acordem.»
      
 Estamos (muito) atrás da Espanha
   
«Aranzazu Aznar, sobrinha do antigo primeiro-ministro espanhol José María Aznar, decidiu despir-se para a revista ‘Interviú’.» [CM]
   
Parecer:
 
Por cá os portugueses ficam-se com um ex-governante a mandar um secretário de Estado a "tomar no cu", em Espanha são mais sortudos e apreciam a beleza das sobrinhas dos ex governantes.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vamos para a zona de conforto de Espanha, por cá isto já deu o que tinha a dar.»
   
 16 milhões atirados aos cornos
   
«"A tauromaquia é uma atividade vegetativa que não gera riqueza e é incapaz de subsistir por si própria. Não faz sentido que continue a ser beneficiada uma minoria e meia dúzia de famílias em detrimento de outras áreas carenciadas como a educação ou a saúde", disse Inês Real, uma das porta-vozes da iniciativa, após reunião, na residência oficial do líder do Executivo, em São Bento.

Cerca de 16 milhões de euros em fundos comunitários, públicos e, sobretudo, locais, é o valor estimado de apoios às atividades taurinas, segundo estudo apresentado pelo referido movimento, vencedor da segunda edição de "O Meu Movimento", no Portal do Governo, que gerou 324 iniciativas e 33 mil apoiantes.» [CM]
   
Parecer:
 
Convenhamos que o país tem melhores forma de "pegar" este dinheiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acabem-se com os apoios financeiros às cornadas.»
   
 Até a Nestlé
   
«Em comunicado, a empresa explica que decidiu suspender a distribuição de todos os produtos que contêm carne bovina e fornecidos pela empresa alemã H.J. Schypke, subcontratada pelo seu fornecedor belga JBS Toledo, filial da empresa brasileira na Europa, que também anunciou hoje que vai suspender a venda de carne europeia.

"Os nossos testes revelaram vestígios de ADN de cavalo nos produtos" acima de 1 % que a Agência de Segurança Alimentar britânica considera como um indicador de "adulteração ou grave negligência", refere a nota.» [DN]
   
Parecer:
 
Percebe-se agora a vigarice que andava no mercado de alimentos à base de carne.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se às cavalgaduras da Nestlé quantos mais produtos vigarizados estão colocando no mercado.»
   
 Ferro Rodrigues alerta para o óbvio
   
«Portugal vive "um momento muito difícil" para definir um novo Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN), pois a crise económica e social "pode evoluir para uma crise do regime democrático", afirmou esta terça-feira o vice-presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues.» [DN]
   
Parecer:
 
Mas os gulosos da extrema direita não querem saber da democracia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Relvas vai pedir equivalência a cantor de intervenção
   
«O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi hoje interrompido quando discursava no Clube dos Pensadores no Porto por protestos de cerca de duas dezenas de pessoas, que cantaram "Grândola Vila Morena" e exigiram a sua demissão.

"25 de Abril sempre! Fascistas nunca mais", "gatunos" e "demissão", gritaram os manifestantes, interrompendo, cerca das 21h40, o discurso de Miguel Relvas, que falava há cinco minutos.

O ministro ainda tentou dirigir-se aos manifestantes, mas a sua voz foi abafada pelos protestos. "Sim, vamos todos cantar", disse Miguel Relvas, que só conseguiu voltar ao seu discurso depois de o grupo ter saído por sua iniciativa da sala.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Boa!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Um sindicato muito estranho
   
«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou hoje que, a confirmar-se a saída da diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Cândida Almeida, "não será surpresa para ninguém, excepto para a própria".

"Há um processo de renovação do Ministério Público (MP), que está em curso, e que também passa pelo DCIAP, a quem deverá ser exigido outro tipo de resultados", disse Rui Cardoso à Agência Lusa sobre a anunciada saída de Cândida Almeida do departamento do MP.

O presidente do SMMP disse esperar que o futuro diretor deste departamento "consiga dar ao DCIAP a organização, dinamismo e eficiência que a anterior diretora não conseguiu".» [i]
   
Parecer:
 
Compreende-se que um sindicato patrocinado pelos banqueiros se ocupe de assuntos sem qualquer relação com questões laborais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
      
 Jerónimo de Sousa foi à China
   
«A nota refere que Jerónimo de Sousa partiu já na segunda-feira para Pequim, dando início a uma visita à República Popular da China.

“Esta visita realiza-se a convite do Partido Comunista da China (PCC) e tem lugar no quadro das relações de amizade" entre o PCP e o Partido Comunista Chinês, sublinha a nota, que dá conta que a delegação portuguesa integra também Pedro Guerreiro, responsável da Secção Internacional e José Capucho, membros do Secretariado do Comité Central.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Podia ter ido à EDP que fica aqui mais perto e dava um abraço ao camarada Catroga.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Jerónimo porque não leva o Bernardino Soares e vai também à Coreia do Norte.»
   
 Estará louco?
   
«O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas foi esta terça-feira vaidado por algumas dezenas de alunos quando participava no encerramento de uma conferência, a decorrer em Lisboa, acabando por ter que abandonar a sala.

Perante a agitação, o ministro não conseguiu iniciar o discurso, abandonando as instalações do ISCTE, onde decorria a cerimónia, escoltado por seguranças e sempre seguido por jovens que se manifestavam.
  
"Bolsas sim propinas não", "Demissão" e "o povo unido jamais será vencido" foram algumas das palavras de ordem mais ouvidas.» [CM]
   
Parecer:
 
Se calhar é a loucura do amor e do casamento que leva o dr. Relvas a pensar que pode entrar numa universidade a sério onde os estudantes vão para estudar e não para meter requerimentos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Miguel Relvas se está mesmo bom da cabeça.»
   

   
   
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