sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
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São Bento, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
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Fim de tarde em Alcochete [A. Cabral]   

 A meia mentira do dia
  
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Jumento do dia
   
Fernando Ulrich
 
Este senhor mete nojo, boicotar o banco de um senhor que usa o seu poder para dizer asneiras que ofendem os portugueses começa a ser um dever cívico de todos os democratas, dos que acham que não deve ser o poder financeiro a transformar idiotas em ideólogos do regime. Já que o senhor não consegue estar calado a melhor forma de o calar é forçando os accionistas do BPI a mandá-lo para a reforma.

Apele-se ao boicote do BPI, um banco extremista que para se salvar e dar graça ao governo não hesita em ofender tudo e todos.
 
«O "patrão" do BPI decidiu hoje explicar a sua polémica (e famosa) declaração "Ai aguenta, aguenta", relativamente à questão de se o país aguenta mais austeridade. E fê-lo com uma frase igualmente polémica.

Foi no passado mês de outubro que Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI, disse que Portugal aguentaria ainda mais austeridade. Hoje, esclareceu o que queria dizer, comparando a situação de cada cidadão à dos sem-abrigo.
Durante a conferência de apresentação dos resultados do banco, o banqueiro começou por dar o exemplo da Grécia:"Se os gregos aguentam uma queda do PIB de 25% os portugueses não aguentariam porquê? Somo todos iguais, ou não?", questionou, citado pela TVI24.
E depois chegou aos sem-abrigo: "Se você andar aí na rua e infelizmente encontramos pessoas que são sem-abrigo, isso não lhe pode acontecer a si ou a mim porquê? Isso também nos pode acontecer".
"E se aquelas pessoas que nós vemos ali na rua, naquela situação e sofrer tanto, aguentam, porque é que nós não aguentamos?", acrescentou. "Parece-me uma coisa absolutamente evidente", concluiu.» [DN]
   
 Um acordo entre Costa e Seguro? A que propósito e para quê?
 
A que título é necessário um acordo entre Costa e Seguro? Uma acordo para quem? Seguro vai fazer um acordo com cada militante ou só com os mais finos, os mais famosos, os mais poderosos, os mais bonitos ou os mais atrevidos?


  
 A noite das facas moles no largo do Rato
   
«O que faz um homem com as qualidades políticas que António Costa revelou até aqui transmutar-se naquele sujeito patético que apareceu na comissão política do PS com um discurso inominável? O que faz António Costa, depois de dizer a meio mundo que ia avançar para a liderança do PS, acabar abraçado a António José Seguro, com “garantias” de que o futuro será radioso para o PS, não sem deixar cair a misteriosa ameaça sobre a avaliação que estará a fazer de como correm “os próximos dias”? Há várias hipóteses e nenhuma é abonatória da coragem política do presidente da Câmara de Lisboa.

Hipótese 1 – António Costa sofreu um ataque de pânico. Chegou ao Largo do Rato, olhou à sua volta e viu o terreno adubado por seguristas indefectíveis. Fica apavorado com a probabilidade da derrota e recua em toda a linha, contentando-se com a fortaleza de Lisboa e, eventualmente, com as delícias de uma reforma no Palácio de Belém.

Hipótese 2 – António Costa nunca quis ser candidato já, mas comunicou a várias pessoas que tinha decidido uma coisa que não tinha efectivamente decidido, numa manobra táctica ao estilo da velha JS, para criar suspense e arrebatar o pessoal, numa irresistível tentação de mimetizar o velho mestre António Vitorino. Afinal no PS já havia saudades de uma nova D. Constança.

Hipótese 3 – A última coisa que António Costa quer é ser associado a José Sócrates. Quando, no discurso inicial da comissão política, Seguro acusou a candidatura de Costa de ser impulsionada por aqueles que querem o “regresso ao passado”, transformando isso em Leitmotiv de campanha interna – e externa –, António Costa percebeu que o argumento equivalia a uma queimadura de 4.o grau e que seria mais fácil fazer o exercício cínico de conciliação com Seguro que carregar às costas o peso de Sócrates.

Hipótese 4 – António Costa até quer ser candidato a secretário-geral (um dia destes), mas produziu ontem uma manobra táctica para adiar a candidatura “para os próximos dias” enquanto finge que tenta uma conciliação com António José Seguro – e um adiamento do congresso para depois das autárquicas. (Ficou por esclarecer qual é a divergência política entre os dois e o que significa “unir o partido”. O acordo sobre uma data? Um líder parlamentar da confiança de Costa?) Com esse “golpe táctico” da “proposta” e do “trabalho para unir o partido”, Costa irá apresentar-se “nos próximos dias” como “vítima” de uma direcção que rejeita “unir o partido”. E então contra a sua expressa vontade, declarada no dia de ontem, fará o sacrifício de avançar para “unir o PS” – aceitando o chamamento do além. É interessante como no PSD existe nestes momentos mais coragem política. Desde que Cavaco Silva saiu da liderança, quem quer ser líder costuma aparecer. Perde congressos, depois ganha, perde outra vez. O tacticismo da nova (enfim, cada vez menos nova) geração do PS não é só arrepiante – é ridículo e mata.» [i]
   
Autor:
 
Ana Sá Lopes.
   

   
   
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