A direita parlamentar com a preciosa abstenção dos deputados
do Seguro meteu a televisão pública na linha e sugeriu o regresso da TV Rural. Agora
ficamos à espera do regresso dos anúncios da pasta medicinal Couto, da
Pitralon, bem como de programas como a Vaca Cornélia, os Bonanza ou o Santo.
Espera-se também que no Natal as nossas tropas no estrangeiro possam mandar
mensagens de Natal aos seus familiares e as conversas em família, agora com Vítor
Gaspar.
António Costa parece ter chegado á brilhante conclusão de
que é melhor ser número dois do PS do que ter de ser número um e é bem mais
confortável ser presidente da CML do que líder da oposição, para não dizer que é
bem mais fácil enfrentar o Seara do que aturar o Passos Coelho. Resta agora ver
se António Costa volta a colocar a Helena Roseta em número dois da lista na
condição de não o substituir se partir para outro cargo.
Afinal o Fernando Ulrich, um dos banqueiros que teve de se salvar à custa do dinheiro dos pobres, já não é um defensor da austeridade pela austeridade. Pois, quando o governo era mais troikista do que a troika este senhor dizia esfola, agora que o governo tenta inventar optimismo o banqueiro já mudou de opinião e tenta salvar a sua imagem dado outra interpretação à canalhice que disse. Estes banqueiros parecem não ter coluna, este é um sacana, o outro anda a gabar-se de ter despedido mil trabalhadores e um outro está farto de corrigir a declaração de IRS.
O pessoal do BE parece ter esquecido quase cem anos de divergências, os estalinistas decidiram perdoar aos trotskistas o seu revisionismo, em contrapartida os trotskistas perdoaram a Estaline a machadada que mandou dar em Leon Trotski. Agora resta saber se o futuro símbolo do bloco é a foice e martelo segundo o design da ex-URSS ou se opta por um machado em homenagem a Ramon Mercader.