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Novidades da manhã [A. Cabral]
Jumento do dia
Passos Coelho
Alterar as metas do défice depois de corrigir as previsões do crescimento implica concluir que o governo aldrabou o OE, isto é, que andou a gozar com o parlamento e com os portugueses ao propor para a gestão do Estado um documento sem qualidade e cheio de erros. Alguém acredita que os irresponsáveis deixaram de o ser e que não vamos ter um novo OE de dois em dois meses?
«O primeiro-ministro admitiu hoje a possibilidade de Portugal ter mais um ano para cumprir as metas do défice e reafirmou que o Governo não quer nem mais tempo nem mais dinheiro para cumprir o programa de ajustamento.
"Portugal não quer mais tempo nem mais dinheiro para cumprir o seu programa de ajustamento. Nós tencionamos concluir o programa de assistência económica até junho de 2014 com o envelope financeiro que estava destinado desde o início", afirmou.» [DN]
Portugal controla as carnes que consome
A ministra assegurou ontem que sim, mas a verdade é que foi necessário meia Europa denunciar o escândalo para que em Portugal fossem encontrados produtos aulterados. Portugal não controla, controlava mal ou abafava?
Cavaco vai intervir?
Sim, quando ele também for lixo político, quando o país estiver na bancarrota e o governo cair de podre, aí Cavaco vai tentar salvar a sua imagem desculpando-se com o país.
Uma pergunta ao governo
Se a intenção de uma linha de transporte de mercadorias em vez do TGV é promover a exportação, então porque razão vão construir essa linha a partir de Sines, onde as poucas indústrias lá instaladas escoam os seus produtos por via marítima? Há algo errado quando se quer promover a exportação construindo as infra-estruturas onde nada ou quase nada se exporta. Estará o governo a pensar na exportação da cortiça da Serra de Grândola? Ou será que o governo ainda sonha com o regresso de Thierry Roussel para a sua produção de hortícolas subsidiada generosamente com fundos comunitários pelo governo de Cavaco Silva? Era um tempo em que uma secretária de Estado gostava muito de ir jantar ao veleiro do marido da Onassis que costumava estacionar junto ao cais de Santos.
Isto está a ficar sossegado
Há muitos dias que um governante não manda um colega ou ex-colega tomar no dito cujo.
No Blog do Raim
Passos Coelho respeita a sua geração rasca
«No dia 5 de maio de 1994 uns milhares de estudantes manifestam-se frente à Assembleia da República, em Lisboa, contra a realização de uma prova global no 10.º ano de escolaridade. Saltam insultos contra a ministra da Educação, Manuela Ferreira Leite, e contra o primeiro-ministro Cavaco Silva. Alguns estudantes equilibram-se nos ombros de outros, virados de costas para o Parlamento, apontados para as objetivas dos fotógrafos e para as câmaras das televisões: baixam as calças e mostram o rabo.
No dia seguinte o jornal Público coloca a fotografia do momento na capa e titula: "Geração rasca". Um editorial do diretor acusa os estudantes de transformarem a manifestação "num desfile de palavrões, cartazes e gestos obscenos, piadas de caserna ou trocadilhos no mais decrépito estilo das velhas 'repúblicas' coimbrãs" .
O Diário de Notícias titula na capa "Protesto Global" e guarda a foto de um traseiro ao léu para as páginas interiores. O diretor adjunto defende a atuação da PSP e acusa os estudantes de "se atirarem aos agentes e se ferirem ao 'chocar' com os bastões policiais".
Na reportagem assinala-se que, dentro do hemicíclo, o líder da JSD foi o único social-democrata a recusar apoiar a ministra, considerando que "as manifestações estudantis 'mostram que a negociação não passou pelos próprios estudantes'" e que ia " formalizar o pedido de suspensão das provas".
O líder da JSD da altura é o atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Ele provém, politicamente, da "geração rasca" e teve de ouvir uns senhores do regime, uns jornalistas respeitosos e uns comentadores amestrados dar-lhe lições sobre boa educação democrática.
Hoje, uns senhores da grande coligação do regime, uns jornalistas que exigem respeito e uns comentadores encartados dão lições aos que interrompem ministros para cantar a Grândola. Indignam-se pelo suposto atentado à liberde de expressão dos governantes... Como se alguma vez, neste país, tivesse faltado tempo de antena ao poder!
Noto que Pedro Passos Coelho não se queixou, o que é um sinal de respeito para com o seu passado. Noto também que muitos dos que se queixam deste Governo e da sua austeridade se horrorizam com tais protestos.
O problema é este: eles só não gostam de cortes nos salários e de aumentos de impostos se forem para eles (e até aplaudem, de pé, se forem apenas para quem trabalha no Estado). Eles apoiam greves se não incomodarem a sua vidinha e manifestações se não se souber em Bruxelas... Está certo. Houve, em tempos, quem chamasse a isto "consciência de classe".» [DN]
Pedro Tadeu.
Fal-si-da-de
«Este Governo tenta distrair-nos dos seus falhanços com mais falhanços. Os falhanços são já paradoxalmente o único recurso de auto-defesa deste Governo.
Prova 1. No Verão passado Passos Coelho anunciava o fim da crise para 2013, "um ano já de estabilização da nossa economia e de preparação da recuperação económica". Afirmava que falava "sem disfarçar a realidade, dizendo a verdade aos portugueses". Que diz agora o mesmo Coelho quando os dados do emprego e do PIB aceleram para o pesadelo?
Diz que Portugal está no "caminho correcto" e que a culpa é do enquadramento externo, talvez até da Europa "merkelizada" à qual tem sido subserviente.
Prova 2. Temos depois o caso do Terreiro do Paço onde só a continuada corrosão de carácter não paga imposto. Os factos não querem nada com Gaspar e o pior é que Gaspar também não quer nada com eles. Foi Gaspar que pretendeu impor uma mudança radical na TSU sem nunca provar a existência do tal "estudo" que alegadamente sustentava a medida. É o mesmo Gaspar que está confortável com um erro de 100% na sua previsão de recessão para 2013 e que, em cima desse surrealismo estratégico, desenhou um orçamento que agora se prepara para rever maquiavelicamente alegando que há compromissos (!) a cumprir (com quem?).
Prova 3. Diz o ministro da economia que o País "não é amigo das empresas". Mas é este Governo que encarregou o "planeador fiscal" Paulo Núncio (agora secretário de Estado) de implementar uma amnistia aos milionários que evadiram os seus capitais do País. O mesmo Governo que convidou Lobo Xavier (mais um advogado especializado em ilusionismo fiscal) a desenhar um regime de isenções às grandes SGPS. Afinal estratagemas típicos de amigos da especulação (e do BPN) e não de quem trabalha.
Por tudo isto o crédito deste Governo está exausto. Os militantes do PSD já o notam até à náusea nessa ronda de seminários a que as cúpulas deram o anti-nome de "Consolidação, Crescimento e Coesão". Por isto muitos estarão na próxima manifestação de 2 Março. Este Executivo é um fracasso que governa para o falhanço dentro de ti ó falsidade» [DE]
Sandro Mendonça.
Andava tudo metido no cavalo
«A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica instaurou 5 processos-crime contra empresas nacionais depois de ter encontrado vestígios de carne de cavalo em 13 amostras recolhidas, noticia a SIC Notícias.
Os produtos contaminados eram lasanhas, hamburgueres, almôndegas e canellonis.
O inspetor-geral da ASAE disse esta manhã que o organismo recolheu mais sete amostras de carne na segunda-feira, adiantando que ainda hoje seriam divulgados resultados de análises a produtos alegadamente contaminados.» [DN]
Parecer:
E nós aqui descansados.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ASAE porque razão os portugueses hão-de continuar a ser enganados por vigaristas enquanto a ASAE protege a sua identidade.»
Mais um defensor da "Grândola"
«O chefe da diplomacia portuguesa disse hoje, em Madrid, acreditar na coesão social em Portugal, confiante de que a sociedade portuguesa quer "superar esta etapa" de crise, sublinhando que 'Grândola, vila morena' "nunca se deixou de cantar".
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi questionado hoje sobre o facto de se voltar a ouvir em Portugal esta canção de "Zeca" Afonso, pelo presidente do fórum Nueva Economia, em Madrid, no qual participou, com o seu homólogo espanhol, José Manuel García-Margallo.
"Em Portugal volta a cantar-se o hino 'Grândola, vila morena'. Acha que a crise provocará situações extremas em Portugal", questionou o presidente do Nueva Economia Fórum, José Luis Rodríguez.
Em resposta, Paulo Portas sublinhou que o tema "nunca se deixou de cantar" e que "foi uma canção muito importante nas transformações em Portugal".
"Vocês conhecem os portugueses? São gente moderada, gente que é capaz de enfrentar desafios muito difíceis com a cabeça muito erguida, com muita dignidade como povo. Ao Governo compete fazer propostas razoáveis, economicamente aceitáveis e socialmente aceitáveis", afirmou.» [DN]
Digamos que o Portas devia ter um pouco mais de tento na língua.
«O chefe da diplomacia portuguesa disse hoje, em Madrid, acreditar na coesão social em Portugal, confiante de que a sociedade portuguesa quer "superar esta etapa" de crise, sublinhando que 'Grândola, vila morena' "nunca se deixou de cantar".
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi questionado hoje sobre o facto de se voltar a ouvir em Portugal esta canção de "Zeca" Afonso, pelo presidente do fórum Nueva Economia, em Madrid, no qual participou, com o seu homólogo espanhol, José Manuel García-Margallo.
"Em Portugal volta a cantar-se o hino 'Grândola, vila morena'. Acha que a crise provocará situações extremas em Portugal", questionou o presidente do Nueva Economia Fórum, José Luis Rodríguez.
Em resposta, Paulo Portas sublinhou que o tema "nunca se deixou de cantar" e que "foi uma canção muito importante nas transformações em Portugal".
"Vocês conhecem os portugueses? São gente moderada, gente que é capaz de enfrentar desafios muito difíceis com a cabeça muito erguida, com muita dignidade como povo. Ao Governo compete fazer propostas razoáveis, economicamente aceitáveis e socialmente aceitáveis", afirmou.» [DN]
Parecer:
Digamos que o Portas devia ter um pouco mais de tento na língua.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Brinca, brinca...»
Portas quer premiar o povo português
«O sofrimento e sacrifício dos portugueses no combate ao défice e dívida merece um "prémio" de reconhecimento dos parceiros europeus que devem, por isso, apoiar uma extensão das maturidades dos empréstimos, considerou hoje o ministro Paulo Portas.
"As taxas de juro de Portugal já estiveram perto de 20% e há cerca de um mês o Estado português fez uma emissão de divida onde a procura foi 6 vezes maior que a oferta e que a taxa de juro ficou abaixo dos 5%", disse a jornalistas portugueses em Madrid.» [i]
Parecer:
Os portugueses sentem-se muito honrados por serem premiados pelo comprador de submarinos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Portas que não goze com os portugueses, podem estes perder a paciência.»