Foto Jumento
Aqueduto das Águas Livres, Lisboa
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Cabeceiras de Basto [A. Cabral]
Jumento do dia
Assunção Cristas
A ministra do CDS produziu uma lei com dois objectivos, aumentar brutalmente as rendas e facilitar os despejos, a situação só não foi mais grave porque Cavaco Silva exigiu medidas no momento em que promulgou a lei. Agora a mesma ministra arma-se em boazinha e sugere aos inquilinos que reclamem das consequências da sua lei. Este CDS governamental chega a ser ridículo.
«Assunção Cristas aconselha os inquilinos a informarem-se e a pedirem ajuda qualificada quando confrontados com cartas dos senhorios exigindo rendas superiores às que podem pagar.
"Eu peço a todos os que recebem cartas [dos senhorios] que não fiquem alarmados, não entrem em pânico, e se vão informar, com recurso às associações de inquilinos que existem e também aqui aos nossos serviços do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana], que têm essa disponibilidade e têm atendido muitas pessoas por telefone, presencialmente e através do email", disse a ministra em Lisboa, no final da sessão de entrega dos Prémios IHRU.» [DE]
Uma velha mania do PSD
É uma velha mania do PSD, onde há muito dinheiro da Europa ou dos contribuintes aparece logo nomeado alguém com currículo do BPN. Aliás, é uma tradição que vem desde o tempo em que Oliveira e Costa acumulava a secretaria de Estado do Orçamento, que nesse tempo também tutelava o fisco, com as finanças do PSD liderado por Cavaco Silva.
Conclusão
Está por nascer um gajo mais idóneo do que o Franquelim!
A dúvida
Se o Franquelim já era consultor aos 16 anos porque razão teve de esperar tantos anos para chegar a secretário de Estado?
Serão "junior auditors" na Ernst & Young?
A economia e a fé
«Ricardo Cabral é economista e professor na Universidade da Madeira. Na segunda-feira, deu uma entrevista ao Público. Vale a pena ler o que ele diz. Quando já se acha que está tudo dito, quando até parece que o clima económico está a virar, Cabral destrói a narrativa do Governo: a de que a recuperação se fará pelas exportações e que isso bastará para que o Sol volte a brilhar. Os argumentos de Cabral são simples. A receita da troika implica um ajustamento externo inconcebível. Tradução: "Um país que nos últimos 236 anos teve apenas sete anos com superavits comerciais - vendeu ao exterior mais do que comprou - se torne um país com um desempenho no sector externo superior à média histórica da Alemanha."
Alguém acredita nesta coisa? É bom notar que este triplo salto teria de acontecer numa altura em que a Zona Euro vem de uma recessão, pode até não conseguir sair dela neste trimestre (o ritmo de crescimento nominal das exportações portuguesas está a cair desde março de 2011). Além de que o nosso principal parceiro comercial - Espanha - está a arder financeira e politicamente.
Ricardo Cabral vai mais longe. Diz ele: embora exportar seja fundamental, as empresas que exportam não vivem no limbo. Elas estão ligadas ao mercado interno: ou porque também vendem para ele - e, portanto, sofrem com o colapso da procura -, ou porque têm relações com fornecedores internos, sujeitos a impostos draconianos, ou ainda porque são confrontados com uma força de trabalho esmagada pela violência fiscal. Ou seja: a economia não é compartimentada. Embora quem exporte sobreviva melhor, não deixa de tornar-se menos competitivo por causa do contexto.
E qual é o contexto? Além do que já se conhece, o Governo admite que a retoma prevista para 2014 será pouco ou nada sentida pelas famílias. O contributo do consumo privado para a taxa prevista de crescimento (0,8% ) será de apenas 0,1 pontos percentuais, o valor mais baixo de todos os episódios de recuperação registados desde 1961. O mesmo acontecerá com a procura interna, que oferecerá uma ajuda de apenas 0,2 pontos percentuais, o valor mais baixo nos 53 anos de observações. É bom perceber que estamos a falar de uma previsão e que as previsões são sempre otimistas.
No fundo, a coisa está assim: o ajustamento era inevitável, a herança uma tragédia, mas a recessão está a ser tão profunda que: 1) o desemprego vai a caminho dos 17%; 2) em proporção do PIB, as empresas devem hoje mais do que quando começou a crise; 3) a dívida pública está nos 123% e não está estabilizada; 4) não há crédito e os bancos (em cartel?) continuam a cobrar juros de usura, apesar de o comprarem barato ao BCE. Acreditar que o crescimento surgirá de geração espontânea é não apenas otimista - tem tudo para dar errado. Veremos.» [DN]
O Franquelim foi vítima de trabalho infantil na Ernst & Young!
«O currículo oficial do novo secretário de Estado do Empreendedorismo, Franquelim Alves, coloca o governante como tendo iniciado a sua vida profissional aos 16 anos na consultora internacional Ernst&Young, contrariando outras duas versões disponíveis na Internet.
O ‘curriculum vitae’ (CV) do secretário de Estado disponível no portal do Governo já tinha suscitado polémica porque não referia a sua passagem pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a sociedade que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), mas também refere que o agora governante nasceu a 16 de novembro de 1954 e “iniciou a sua carreira, em 1970, como auditor e consultor da empresa internacional Ernst&Young”.
Já o currículo que entregou à Faculdade de Direito da Universidade Católica, onde ainda consta como docente do Mestrado de Direito e Gestão, aponta o ano de 1970 como o do primeiro emprego (nas Fábricas Mendes Godinho de Tomar), tendo começado a carreira na Ernst &Young Portugal no ano seguinte, aos 17 anos.» [i]
Parecer:
Pobre Franquelim, viveu uma vida de abusos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Pobre Mário Nogueira
«"Não aceitamos. Os professores não aceitam mais carga horária. Não é possível", disse Mário Nogueira, durante uma conferência, em Lisboa, para apresentar as iniciativas da Semana de Luto e de Luta, que a federação vai promover de 18 a 22 de Fevereiro.
Segundo Mário Nogueira, os professores estão já no limite da capacidade de trabalho: "Não estamos disponíveis sequer para discutir um pagamento para estar lá até às 40 horas".
De acordo com Mário Nogueira, medidas como esta, o fim das reduções lectivas e o aumento da hora lectiva para 60 minutos permitiriam eliminar 30.000 horários de professores nas escolas.
"Na verdade o que está montado é para despedir e despedir muita gente", disse.» [Notícias ao Minuto]
Ele que lutou tanto por este governo... e agora nem consegue uma manifestação que se veja, parece que os professores instalados se estão borrifando para os que serviram de tropa de choque.
«"Não aceitamos. Os professores não aceitam mais carga horária. Não é possível", disse Mário Nogueira, durante uma conferência, em Lisboa, para apresentar as iniciativas da Semana de Luto e de Luta, que a federação vai promover de 18 a 22 de Fevereiro.
Segundo Mário Nogueira, os professores estão já no limite da capacidade de trabalho: "Não estamos disponíveis sequer para discutir um pagamento para estar lá até às 40 horas".
De acordo com Mário Nogueira, medidas como esta, o fim das reduções lectivas e o aumento da hora lectiva para 60 minutos permitiriam eliminar 30.000 horários de professores nas escolas.
"Na verdade o que está montado é para despedir e despedir muita gente", disse.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Ele que lutou tanto por este governo... e agora nem consegue uma manifestação que se veja, parece que os professores instalados se estão borrifando para os que serviram de tropa de choque.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Que se lixe a coesão, venha a massa para os votos
«A "principal preocupação" do Governo nas negociações do novo quadro financeiro europeu até 2020 é evitar os cortes no fundo para o desenvolvimento rural, que são considerados "inaceitáveis".
Portugal já sabe que vai perder dinheiro face ao anterior quadro financeiro. E, de acordo com fonte diplomática, o Executivo aceita o corte de 10% previsto no fundo de coesão, até porque essa redução é atenuada pelo "cheque" suplementar de cerca de mil milhões de euros enviados para Lisboa e para a região autónoma da Madeira. » [DE]
Parecer:
O PSD vai fazendo tudo para tentar segurar o voto mais marginal, o dos subsidiados que tanto condenou e o populismo ruralista.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Barracada curricular
«O PÚBLICO confirmou que Franquelim Alves entrou na Ernst & Young com 16 anos, mas com funções não qualificadas e de início de carreira, diferentes, portanto, das enunciadas no currículo oficial do Governo. A empresa consultora chamava-se então Ernst & Whinney, nome que só foi alterado para Ernst & Young depois da fusão entre sócios da empresa, em 1989.
Este percurso foi confirmado ao PÚBLICO e ter-se-á desenrolado ao longo de 17 anos dentro da empresa consultora. Mas já depois desta informação, a Ernst & Young Portugal vem contradizer o que afirmou ao PÚBLICO, corrigindo, através de um comunicado de imprensa, que Franquelim Alves iniciou carreira como "auditor júnior" na Barton Mayhew & Cia, uma das empresas que daria origem à actual Ernst & Young.» [Público]
Parecer:
Ainda vamos concluir que se licenciou com 15 anos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»