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Jumento do dia
Paulo Portas
Finalmente Paulo Portas tem o protagonismo governamental que perdeu em favor de Gaspar, a troco desse protagonismo aceitou o trabalho sujo de destruir o Estado. Depois da palhaçada da traineira do aborto e do negócio dos submarinos eis que Paulo portas volta a aceitar o estatuto de governante mais odiado do país, assumindo o papel de servente do Gaspar.
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na sexta-feira a criação de um guião para a discussão da reforma do Estado, a ser apresentado "muito proximamente", a cargo do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
"O Governo irá apresentar um guião dessa discussão muito proximamente. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros ficou com o encargo de apresentar perante o Governo e o país esse documento de guião de toda a discussão para a reforma do Estado", afirmou o governante durante um debate sobre coesão nacional, que decorreu na sexta-feira à noite no Porto, promovido pelo PSD local.» [DN]
Que haja alguém feliz no meio de toda esta merda
(via CC)
Portas vai escrever o guião a ser ditado pelo Gaspar
Fuga de quadros qualificadosAinda são poucos os que falam do tema, mas esta aposta do governo em trabalhadores escravos e na espoliação da classe média através de cortes salariais e aumentos de impostos vai resultar na fuga dos quadros mais qualificados. Há muita gente sem empego procurando ocupação no estrangeiro, mas são cada vez mais os empregados que abandonam o país porque não estão dispostos a serem vítimas da exploração defendida por gente como o Gaspar ou o Álvaro.
As empresas de sectores onde se exige mão de obra altamente qualificada vão ter sérias dificuldades em "aguentar" os trabalhadores mais qualificados, quadros em que investiram em formação ao longo de anos e agora procura emprego junto da concorrência. Isso já está a suceder em empresas como a TAP ou em sectores como a refinação de petróleo e a petroquímica.
Os empresários portugueses que apoiaram esta política vão pagar com língua de palmo quando precisarem de um quadro mais qualificado.
PO caso das faturas«1. A possibilidades de os consumidores poderem vir a ser multados por saírem de um estabelecimento sem fatura é uma bizarria governamental que, se calhar, nem nos devia preocupar em excesso: tem todo o ar de mais um eventual choque de frente com a Constituição da República. A seu tempo se verá, caso o Governo insista na ideia.
Este episódio, sobretudo, é demonstrativo da crise instalada, do desespero face às receitas e do carácter político do Governo.
Pedro Passos Coelho não chefia um Executivo liberal. O seu Governo é, neste momento, no campo económico e financeiro, uma amálgama de ideias e necessidades na qual não se vislumbra qualquer ideologia. Tudo é possível de acontecer ou ser feito. E por isso estes ziguezagues constantes, em que tanto se ataca os direitos do trabalho em nome da competitividade como se afrontam os direitos dos cidadãos à sua intimidade em nome de uma emergência chamada arrecadação fiscal.
A coerência, como se sabe, é um luxo desnecessário em política. Além do mais, estamos agora - só agora... - perante o desespero inerente a uma espiral recessiva, cujo perigo ainda há muito tempo não existia de todo e agora o primeiro-ministro já considera "uma hipótese que ninguém poderá afastar".
Neste caldo social, todas as ideias são boas e podem ser colocadas em cima da mesa. E é para a realidade que vem aí que o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, avisava recentemente ao dizer que estamos "no fim da linha de um futuro previsível: os tribunais, todos os tribunais, como recurso derradeiro dos que sentem que foram esquartejados nos seus direitos." Mesmo que isso venha a acontecer à saída de uma casa de pasto.
2. A segunda dimensão deste caso tem que ver com a solidariedade governamental, a amizade política e a forma e as palavras como elas são expressas. O que diz Viegas, secretário de Estado que reportava diretamente ao primeiro-ministro, é elucidativo da desagregação das hostes, como o foi igualmente, entre outros episódios, o abandono de António Nogueira Leite da Caixa Geral de Depósitos.
Há, entre as fileiras antigamente unidas de Passos-Relvas, muito descontentamento. Desnorte, até. Nelas parece divisar-se um albergue espanhol que, como o de Cédric Klapisch, às vezes diverte, outras vezes toca o drama, mas em que as personagens parecem desprovidas de respeito mútuo e condenadas a desaparecerem com a importância que sempre tiveram: nenhuma.
3. Uma última dimensão deste caso, menos importante e interessante mas ainda assim ilustrativa, é a de um ex-secretário de Estado da Cultura que se exprime de forma tão pouco edificante quanto o fez Francisco José Viegas, incapaz de discernir sobre a fronteira entre a provocação e o mau gosto de uma bravata tão inútil como medíocre, já descontando a falta de solidariedade política. Se nos lembramos da sua expressiva vitória em Bragança, nas últimas legislativas, ficamos elucidados, também, sobre a qualidade do reforço que a sociedade às vezes tem para oferecer à política. E que esta procura e aceita na esperança de se renovar. Quanta ingenuidade, também.
A possibilidade de os consumidores serem obrigados a vigiarem o cumprimento da lei nos restaurantes faz lembrar a posição que a lei sempre quis atribuir aos jornalistas, e quase só a eles, perante a violação do segredo de justiça. É a regulação feita sempre do lado de fora da porta.» [DN]
João Marcelino.
Mais um sindicato soviético«Desde o início do ano e da entrada em vigor de uma alteração legal que obriga os consumidores a pedir fatura em qualquer transação comercial, uma escassa dezena de pessoas terá sido multada pelos inspetores tributários. No entanto, o semanário Expresso afirma que a lei é clara: só em operações especiais é que os comprovativos devem ser solicitados.
"Mesmo que esteja sentado num café e veja um cliente a recusar uma fatura não posso agir sem uma ordem de serviço, isto é, sem estar integrado numa operação de fiscalização. E mesmo assim, só podemos agir numa situação de flagrante delito e nunca a posteriori", explica Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, em declarações ao semanário. Assim, nenhum inspetor pode exigir a quem saia de um café ou de uma oficina para ver a fatura.» [DN]
Parecer:
Será que o senhor Ralha é um fiscalista ou um jurista habilitado?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao sindicalista soviético que parece estar mais ineterssado em ser gestor do que em tratar de questões laborais.»
Mais uma manifestação de rotina«O secretário-geral da CGTP prevê a participação de dezenas de milhares de pessoas nas manifestações que hoje se realizam por todo o país e que servirão para anunciar "a intensificação da luta nos próximos tempos".
"Estamos convictos que vamos ter muitas dezenas de milhares de pessoas nas ruas que se sentem lesadas pelas políticas do Governo", disse Arménio Carlos, acrescentando que "o protesto é a única alternativa ao estado calamitoso em que o Governo colocou o país".» [DN]
Parecer:
Depois de ter ajudado a direita a chegar ao poder o PCP luta desesperadamente por voltar a ter um estatuto de oposição às políticas pelas quais também é co-responsável.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Estará louco?«Pedro Passos Coelho abriu no Porto as segundas jornadas de reflexão política do partido - intitulada 'Consolidação, Crescimento e Coesão' - com uma demorada ademoestação relativa aos últimos anos de governação do PS, para concluir que o modelo económico induzido pelo agora maior partido da oposição está "totalmente errado para Portugal". Nesse emaranhado que, na sua opinião, fez o país perder uma década, está o facto de "os portugueses terem sido induzidos a comprar casa própria" - o que agora se revela causa, por um lado, de um grave problema de endividamento familiar e, por outro, de uma enorme falta de mobilidade na procura de novas oportunidades.» [DE]
Parecer:
Passos Coelho é contra os portugueses terem casa própria para que tenham mobilidade para procurarem emprego em qualquer parte. Isto começa a ser demais para aguentar, o pobre coitado está desesperado e já não sabe o que dizer para disfarçar a sua estupidez e encobrir a incompetência e responsabilidade do seu ministro das Finanças.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
TAP perde quadros«Os apelos à emigração vindos do governo estão a ter impacto até nos trabalhadores de empresas em fase de expansão, que lentamente vão perdendo os quadros mais qualificados para outros países. É o caso da TAP.
Ao que o i conseguiu apurar, em 2012 verificou-se algo inédito nos quadros da companhia aérea, com mais de quatro dezenas de profissionais qualificados a sair voluntariamente aliciados por companhias rivais, que não só oferecem melhores condições remuneratórias, como a possibilidade de viver em países cujo custo de vida é menos exigente. E desengane-se quem achar que este movimento é exclusivo de pilotos. Mas comecemos por estes.
No ano passado, a TAP registou a saída de 19 pilotos dos quadros da companhia. Destas, apenas cinco se deveram a reformas, número em linha com os anos anteriores. Os restantes 15 pilotos que decidiram abdicar do emprego na transportadora fizeram-no de forma voluntária e por desejo de embarcar em bandeiras de outros países, soube o i. O valor foi confirmado pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que fala em 20 saídas voluntárias de pilotos da maior companhia aérea portuguesa nos últimos dois anos, ou seja, desde que os cortes orçamentais e a austeridade no país se tornaram particularmente dolorosos.
Olhando para a manutenção da transportadora, com um quadro médio de pessoal a rondar os 1900 colaboradores, as saídas voluntárias ao longo de 2012 foram ainda em número mais elevado. Além das saídas por reforma, a TAP viu 30 técnicos de manutenção abandonarem voluntariamente a empresa para seguirem carreira em empresas e/ou países que oferecem melhores condições. Também outras áreas da empresa têm sofrido com as saídas voluntárias, como os especialistas em contabilidade própria do sector da aviação.
Se até ao momento a operação da TAP ainda não foi afectada por esta fuga de quadro, tal poderá vir a acontecer a médio prazo, já que fontes na companhia indicam ao i que a chegada do novo ano acelerou o ritmo das saídas voluntárias em relação a 2012. Este cenário em nada interessa à empresa, já que tem vivido em expansão nos anos mais recentes, necessitando por isso de reforçar os quadros, sendo ainda obrigada a aumentar os gastos em formação para compensar as saídas dos trabalhadores mais qualificados.» [i]
Parecer:
Não é só a TAP.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao Gaspar.»
Passos atira Assunção Cristas aos lobos«A lei das rendas é um tema sensível e o PSD teme a impopularidade do tema, no contexto das eleições autárquicas. Foi por esse motivo que alguns deputados do partido criticaram a ministra responsável pelo documento, Assunção Cristas, na Assembleia da República. Segundo o Expresso, Passos Coelho, Miguel Relvas e o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, souberam da intenção dos deputados laranjas e deram luz verde às críticas.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
E ao dar a Portas o papel sujo dos cortes brutais no Estado vai transformá-lo em comida para cão.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
