segunda-feira, fevereiro 22, 2016

O emplastro

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Se perguntarem aos portugueses quem é o líder mais incompetente dos que se encontram à frente de uma instituição nacional é bem provável que a escolha recaia em Carlos Costa, até os que o defendem evitam a palavra competência, nem mesmo quando o reconduziram usaram essa qualidade como argumento. A sua incompetência não foi uma surpresa e seria interessante se Teixeira dos Santos explicasse aos portugueses os critérios que seguiu para a sua escolha. Aliás, esta deveria ser uma prática sempre que são feitas escolhas políticas, também gostaria de ver Jorge Coelho fazer o mesmo em relação ao presidente da TAP.
  
O Banco de Portugal não tem qualquer credibilidade interna, a sua imagem é a de passividade, incompetência e desprezo pelos clientes do sistema financeiro. E agora que tanto se fala da sua independência é bom que se recorde que até agora essa independência só serviu para justificar os privilégios dos seus administradores e quadros. Não se entende, por exemplo o crédito a juros baixos para casas de férias, um sistema de pensões que escapou à integração na Segurança Social e seria interessante saber a que preço este fundo de pensões comprou o antigo património imobiliário correspondente às suas sedes distritais e algumas concelhias e que hoje são alugadas por aquele fundo a outras instituições.
 
Depois do que se passou com as off-shores do BCP Carlos Costa não tinha condições para ser nomeado governador do banco, acontece que a questão da idoneidade não se coloca neste cargo e a nomeação passou. Depois do que se passou com o BES devia ter sido demitido, mas como Carlos Costa foi um firme apoiante da política económica de Passos Coelho, nunca questionando a validade da experiência da desvalorização fiscal, não só sobreviveu como foi reconduzido.
  
Depois de tantas falências de bancos cujos custos foram suportados pelos contribuintes nem um dirigente do Banco de Portugal se demitiu ou foi demitido. O banco é notícia por dar emprego ao filho do Durão barroso, pelas pensões generosas pagas aos seus administradores, pela sua ineficácia e incompetência. Em poucos anos uma instituição que durante mais de um século foi questionada, nem mesmo quando Alves dos Reis emitiu as famosas notas de 500 escudos, viu a sua credibilidade destruída. Hoje op Banco de Portugal é a instituição mais incapaz e incompetente do país,. É essa a imagem que o banco deve a Carlos Costa.

Mas como o banco é e deve ser independente o seu governador pode ser defendido com unhas e dentes por um líder partidário mas não pode ser questionado por um primeiro-ministro, como se essa independência fosse equivalemnte à separação de poderes. As pressões que estão sendo feitas sobre Carlos Costa não visam alterar a política monetária ou influenciar as decisões do banco no quadro do sistema monetário. As pressões vão no sentido de exigir competência e todos os portugueses sabem que há uma grande incompatibilidade entre Carlos Costa e a competência.
  
Quantos bancos terão de falir para que se perceba que Carlos Costa é um desastre para io nosso sistema financeiro?