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Catarina Martins, uma rapariga cheia de piada
Não consta que Catarina Martin seja Católica para que use uma imagem religiosa para festejar as suas opiniões, se fosse católica compreender-se-ia esta abordagem. Também não consta que na Bíblia S. José seja referido como gay para que haja alguma analogia entre um dogma religioso e as ideias do BE. Também a adopção de casais gay está longe de ter sido a mais importante das decisões parlamentares na história da democracia para que pela primeira vez haja lugar a cartazes de festejo.
O que Catarina Martins está fazendo é alimentar a sua agenda mediática armada em Charlie, usando as decisões parlamentares aprovadas por deputados da direita e da esquerda e de acordo com as suas convicções para passar a ideia de que as boas votações parlamentares se devem a iniciativas do BE.
Catarina Martins pode fazer tudo isto e muito mais, mas confundir um partido político com um jornal satírico francês não se importando com os portugueses que se possam sentir ofendidos nas suas convicções religiosas é um erro, não admira que se tenham apressado a dizer que era apenas uma piada p+ara as redes sociais. Parece que há uma nova forma de intervir, as piadas nas redes sociais.
«agem lançada pelo Bloco de Esquerda para assinalar a aprovação da adoção por casais homossexuais é "lamentável, de mau gosto e injuriosa", disse esta sexta-feira o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. António Marto. Em declarações à agência Ecclesia, o bispo sublinhou que a iniciativa "atinge o mais íntimo da fé dos crentes".
A polémica rebentou ao final da tarde desta quinta-feira, quando o partido revelou que está a preparar uma campanha para celebrar a aprovação da adoção por casais homossexuais. O primeiro cartaz, onde se pode ler a palavra "Igualdade" seguida da frase "Parlamento termina discriminação na lei da adoção" foi afixado no Campo Pequeno.
No entanto, a imagem que está a causar polémica foi lançada nas redes sociais e mostra a figura de Jesus Cristo acompanhada pela frase "Jesus também tinha dois pais". Para o vice-presidente da CEP, os "caminhos inconvientes" que o partido decidiu tomar "não ajudam nada ao diálogo entre crentes e não crentes, entre as pessoas civilizadas".
“Todos nós chamamos a Deus Pai, para além do pai da terra. Por isso não tem termo de comparação o que pretendem”, frisou.
Em resposta às críticas que têm surgido à polémica imagem, o Bloco de Esquerda divulgou esta sexta-feira um comunicado em que revela que esta não passa de uma piada destinada às redes sociais: "Não se trata de um cartaz, mas da forma de, nas redes sociais, com recurso ao humor, chamar a atenção para a conquista da igualdade entre todas as famílias", pode ler-se na nota.» [Expresso]
O que Catarina Martins está fazendo é alimentar a sua agenda mediática armada em Charlie, usando as decisões parlamentares aprovadas por deputados da direita e da esquerda e de acordo com as suas convicções para passar a ideia de que as boas votações parlamentares se devem a iniciativas do BE.
Catarina Martins pode fazer tudo isto e muito mais, mas confundir um partido político com um jornal satírico francês não se importando com os portugueses que se possam sentir ofendidos nas suas convicções religiosas é um erro, não admira que se tenham apressado a dizer que era apenas uma piada p+ara as redes sociais. Parece que há uma nova forma de intervir, as piadas nas redes sociais.
«agem lançada pelo Bloco de Esquerda para assinalar a aprovação da adoção por casais homossexuais é "lamentável, de mau gosto e injuriosa", disse esta sexta-feira o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. António Marto. Em declarações à agência Ecclesia, o bispo sublinhou que a iniciativa "atinge o mais íntimo da fé dos crentes".
A polémica rebentou ao final da tarde desta quinta-feira, quando o partido revelou que está a preparar uma campanha para celebrar a aprovação da adoção por casais homossexuais. O primeiro cartaz, onde se pode ler a palavra "Igualdade" seguida da frase "Parlamento termina discriminação na lei da adoção" foi afixado no Campo Pequeno.
No entanto, a imagem que está a causar polémica foi lançada nas redes sociais e mostra a figura de Jesus Cristo acompanhada pela frase "Jesus também tinha dois pais". Para o vice-presidente da CEP, os "caminhos inconvientes" que o partido decidiu tomar "não ajudam nada ao diálogo entre crentes e não crentes, entre as pessoas civilizadas".
“Todos nós chamamos a Deus Pai, para além do pai da terra. Por isso não tem termo de comparação o que pretendem”, frisou.
Em resposta às críticas que têm surgido à polémica imagem, o Bloco de Esquerda divulgou esta sexta-feira um comunicado em que revela que esta não passa de uma piada destinada às redes sociais: "Não se trata de um cartaz, mas da forma de, nas redes sociais, com recurso ao humor, chamar a atenção para a conquista da igualdade entre todas as famílias", pode ler-se na nota.» [Expresso]
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«Pode dizer-se que as agências de rating são como as sondagens, valem o que valem. Porém, e ao contrário das sondagens, as opiniões que expressam não são reflexo de meros estados de alma ou sentir de pulso. Têm consequências na reputação dos países e das instituições que avaliam. Foram elas que arrasaram Estados durante a crise financeira ou burlaram investidores quando atribuíam triplo AAA ao Lehman Brothers. E por isso a nota positiva dada pela Moody's ao Orçamento português aprovado na generalidade é relevante. Permite-nos, desde logo, enfrentar o mercado de dívida de forma menos tensa e, ao mesmo tempo, aspirar a que os outros polícias da notação financeira lhe sigam o exemplo. Desta vez, e ao contrário do que tantas vezes aconteceu no passado, não se fizeram juízos políticos sobre a natureza do governo em funções ou os malefícios da democracia, esse empecilho à economia e aos investidores. O que se disse, factualmente, é que é positivo que haja um Orçamento aprovado e que este, em concreto, é realista e credível, mesmo que não cumpra a meta de 2,2% estabelecida para o défice. A Moody's, tal como as outras agências, sempre alérgica a derivas ideológicas esquerdistas, não deixou de surpreender com esta avaliação, estando nós confrontados com opções políticas que merecem o apoio do Bloco e do PCP. E a razão talvez seja simples: conforme foi dito e repetido no Parlamento, este Orçamento é do PS e ponto final. Nem sequer a proposta de nacionalização de um banco ou as exigências de reestruturação da dívida portuguesa impressionaram negativamente os analistas. O que isto confirma, mais uma vez, é que a alternativa existia por mais que se dissesse o contrário e que os mercados reconhecem que Costa não é Tsipras e Centeno não é Varoufakis. Depois do aval de Bruxelas e da Moody's à política orçamental da esquerda e, por consequência, ao executivo atual, a direita portuguesa fica com cada vez menos argumentos e é bom que deixe de se comportar como governo no exílio que não aceita as regras da democracia. Quererá esta avaliação dizer que a Moody's teve um desvio de esquerda? De todo. Significa, tão-só, que António Costa ainda goza de estado de graça. Veremos até quando.» [DN]
Autor:
Nuno Saraiva.
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«O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) está há cinco anos a tentar cobrar uma dívida de 39 mil euros a um ex-assessor da Câmara de Lisboa que, em Dezembro, foi nomeado adjunto da secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca. O adjunto governamental, Pedro da Silva Gomes, rejeita a existência de qualquer dívida, mas as tentativas feitas em tribunal para fazer valer o seu ponto de vista foram infrutíferas até agora. O IEFP, por seu lado, diz que está a “desenvolver os mecanismos necessários para a cobrança do montante em dívida”.
O contencioso tem origem num subsídio não reembolsável de 57.439 euros atribuído a Pedro Gomes, em 16 de Dezembro de 2009, a título de apoio à criação de uma empresa de instalações eléctricas (Construway) e de três postos de trabalho, incluindo o do promotor. No dia 1 desse mês, ainda antes de o IEFP ter aprovado o financiamento pedido cinco meses antes, o então desempregado de 26 anos tinha sido contratado como assessor técnico e político da Câmara de Lisboa, para trabalhar no gabinete da vereadora Graça Fonseca.
Nessa altura, o jovem avençado tinha o 10.º ano do ensino secundário incompleto e tinha no currículo, além de curtas passagem por agências imobiliárias, dois anos como funcionário do Partido Socialista, de cuja secção de Belém era coordenador. No secretariado que dirigia sentava-se Graça Fonseca. Tal como o PÚBLICO noticiou em Novembro de 2010, o salário mensal de Pedro Gomes na Câmara de Lisboa foi fixado em 3950 euros (incluindo o IVA), com um contrato de prestação de serviços válido até ao final de 2013 — que foi renovado depois da reeleição de António Costa pelo valor mensal de 4184 euros (incluindo o IVA).
O problema residia em que, ao passar a trabalhar para a câmara, o empresário deixou de estar desempregado, situação essa que constituia o fundamento do pedido da subvenção estatal. Foi por isso, e pelo facto de a empresa criada um ano antes se encontrar praticamente inactiva, que a direcção do IEFP, à época presidida pelo socialista Francisco Madelino, ordenou a realização de uma averiguação interna na sequência da notícia do PÚBLICO.
Logo em Fevereiro de 2011, após a conclusão dessa averiguação e ainda com o Governo de José Sócrates em funções, Francisco Madelino assinou a deliberação que revoga os subsídios concedidos e exige a restituição, no prazo de 60 dias, dos 39.318 euros já pagos. As justificações apresentadas pelo promotor não foram aceites pelo IEFP, tal como foram rejeitadas meses depois pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada (TAF), onde Pedro Gomes interpôs uma providência cautelar com o objectivo de suspender a eficácia da deliberação do IEFP.» [Público]
Parecer:
Se calhar é assessor em emprego.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»