Passos Coelho escolheu o tema governador do Banco de Portugal para mais um dos seus brilhantes momentos de primeiro-ministro no exílio. Depois do golpe de Estado que obrigou Passos Coelho a exilar-se em Massamá, instalando aí a sua residência oficial de onde prepara guerrilheiros como a Maria Luís ou o Montenegro para reconquistar o poder, que Bruxelas é um importante palco para o nosso artista.
Agora, sempre que se realiza uma cimeira europeia lá vai o nosso exilado mais o Zeca Mendonça dar ares de primeiro-ministro sem pasta, o espectáculo +e tão divertido que o homem até devia convidar o D. Duarte e o rei do Carnaval da Mealhada para o acompanhar, assim teríamos uma importante delegação constituída por um primeiro-ministro sem governo, um rei tem trono e outro sem Carnaval.
Foi graças ao seu grito dado em Bruxelas que fiquei a saber que algo se passava de muito grave em Portugal, e enquanto o primeiro-ministro no exílio não regressou andei preocupado, sem saber do que se tratava, só sabia que algo de muito grave teria sucedido. Percebi depois que o que de tão grave eu tinha sucedido tinha sido o suposto ataque de Costa a Costa, dando lugar ao naufrágio do Costa Discórdia.
Da mesma forma que Passos desempenha na perfeição o papel de primeiro-ministro no exílio imagino-o a fazer de Francesco Schettino tendo ao seu lado Maria Luís, fazendo o papel da namorada croata com que o comandante italiano andava enfarinhado enquanto o navio batia nas rochas. Mas aqui o Costa Concórdia não bateu nas pedras, foi o Costa que desatou à pedrada ao outro Costa.
Acontece que os Costas são independentes um do outro mas enquanto o Carlos pode criticar a política orçamental do António, este não pode criticar a vista grossa do Carlos e muito menos o facto de enterrar os investidores no BES para passar a mentira de Passos e Maria Luís de que a falência forçada do BES não teve custos para o contribuintes e ainda deu para empregar o filho do Durão Barroso e o ex-secretário de Estado dos Transportes.