sábado, fevereiro 13, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
António Costa, primeiro-ministro

Depois de dois meses de governo e conhecidas várias artimanhas da direita, como o BANIF ou o reembolso da sobretaxa, era de esperar que o PS obtivesse ganhos eleitorais, até porque o OE é aparentemente muito simpático. Mas não é isso que as sondagens dizem, o PS está na mesma, o PC desce e o BE sobe. Talvez seja tempo de António Costa reflectir sobre o que pensam os seus eleitores do seu governo, alguma coisa parece estar a falhar.

«Nas intenções de voto, o quadro mantém-se praticamente inalterado em relação a janeiro. O Bloco de Esquerda, ainda assim, desce uma décima – não seguindo, portanto, a tendência crescente da sua porta-voz.


Curioso é que só os partidos do bloco central ganham eleitores: o PSD aumenta quatro décimas e o PS três. E embora o partido do Governo seja o que mais intenções de voto reúne (33,6%), o de Passos Coelho segue-o a curtíssima distância (32,5%).» [Expresso]

      
 Como ajudar a Grécia
   
«A verba anual que Portugal empresta à Grécia desde 2011, no âmbito do programa de assistência financeira, pode deixar de ser assegurada este ano. O artigo 80 do Orçamento do Estado (OE) que prevê 106,9 milhões de euros para a Grécia está em risco, uma vez que o PCP é contra, o BE está, para já, a analisar o que fazer, o PSD já avisou que não quer ter nada a ver com o OE e o CDS não chega para fazer aprovar esta norma em conjunto com o PS.

A comparticipação portuguesa é feita todos os anos desde que em 2011 o Parlamento português aprovou uma proposta de lei sobre os novos moldes de comparticipação de Portugal no novo plano de resgate daquele país da zona euro. Nessa votação, todos os partidos votaram a favor à exceção do PCP e Os Verdes.

“Votámos contra porque se trata de um pacto de agressão à Grécia. Não é um empréstimo, uma vez que está associado a um conjunto de condições draconianas. A discussão deve-se fazer neste quadro”, explicou ao Observador fonte da bancada do PCP, garantindo que o partido tem que ser coerente. No ano passado, em que Portugal emprestou 98,6 milhões de euros aquele país, PCP e BE votaram contra esse artigo do OE.» [Observador]
   
Parecer:

Calculo que se fosse sem condições e com perdão da dívida o P>CP defenderia um aumento da ajuda à Grécia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 O regresso da "folga"
   
«O Governo mantém o compromisso de ajustar o imposto sobre os produtos petrolíferos à evolução das cotações do petróleo e dos preços dos combustíveis. No entanto, e ainda que o petróleo suba, uma descida deste imposto que implique perda de receita para o Estado só avança se houver folga orçamental, adiantou ao Observador o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

Fernando Rocha Andrade, numa entrevista ao Observador que será publicada este sábado, não avança com um valor de referência para a subida do preço do combustível a partir do qual o imposto baixaria, mas deixa uma nota: “Temos de ser claros, essa possibilidade de descer este imposto também tem a ver com a execução do resto do orçamento”.

E se a execução orçamental correr mal e o petróleo subir? “Pode-se sempre baixar um cêntimo, por cada quatro cêntimos de subida, se estiver assegurada a neutralidade fiscal (ou seja, se o Estado não perder receita). Se os combustíveis subirem três ou quatro cêntimos, podemos descer logo um cêntimo (do imposto) sem renunciar a qualquer receita”, exemplifica. “Agora, tudo o que seja mais do que isso exige uma folga na execução orçamental para acomodar as descidas”, sublinha Rocha Andrade.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

A folga ficou famosa com o governo de Passos, agora parece que atreta do reembolso da sobretaxa voltou a ser rega, dá-se tudo se houver folga.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Notação da DBRS depende de Bruxelas
   
«A agência de rating canadiana DBRS está confortável  com a nota que atribui a Portugal, mas diz-se atenta à evolução dos juros da dívida portuguesa no mercado. As declarações, inicialmente noticiadas pela Reuters, foram, entretanto, difundidas pela agência de rating e isso levou à antecipação de um relatório mais aprofundado de apreciação do Orçamento do Estado para 2016.  Nesse relatório, a DBRS diz que o rating está dependente da avaliação que Bruxelas fizer da execução orçamental, na primavera.

“Neste momento, estamos confortáveis com a nossa perspetiva estável para a dívida de Portugal. Achamos que é apropriada”, disse à Reuters Fergus McCormick, responsável pela análise em dívida pública da DBRS, a única que tem o rating de Portugal acima de lixo.

Ainda assim, o especialista diz que “o recente aumento das taxas de juro é preocupante, tendo em conta as elevadas necessidades de financiamento”.» [Observador]
   
Parecer:

Isto significa ue o governo tem de tratar muito bem a Comissão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o recado às "esganiçadas".»

 O cocheiro cansado
   
«O ex-primeiro-ministro e fundador do PSD, Francisco Pinto Balsemão, comparou a atual situação política do país com “uma corrida de cavalos”, em declarações no programa “A Três Dimensões”, da Rádio Renascença. Para esta metáfora, o antigo presidente do PSD escolheu dois coches. Por um lado, há o de António Costa, que é “difícil de governar” e, por outro, o de Pedro Passos Coelho. Quanto a este, Pinto Balsemão disse que tem “os cavalos um pouco cansados” e que o seu cocheiro está “frustrado” depois de “ter ganho a última corrida e não ter tido os louros”.

O ex-primeiro-ministro tornou a insistir na metáfora da “corrida de cavalos”, dizendo que será conhecido o vencedor entre Passos Coelho e Costa “quando se começar a preparar o Orçamento para 2017”. Nessa altura, diz, o “comissário de pista vai ser a União Europeia”.

Até lá, Pinto Balsemão referiu que Passos Coelho precisa “de renovar o seu pessoal” e também “de um regresso às raízes social-democratas”.» [Observador]
   
Parecer:

Um firme apoiante de Passos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por 2017.»