quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura


  
 Jumento do dia
    
Manuel Alegre

Para se fazer chantagem é necessário fazer uma exigência sob ameaça, não é um processo negocial com vista ao cumprimento de regras que um governo português aceitou com o acordo de um PS então liderado por José Seguro. Durante um processo negocial o pior que se pode fazer é difamar uma das partes. Que Arménio Silva o faça, mas era preferível que Manuel Alegre se contivesse nas suas "saídas"n que não ajudam em nada o governo do seu partido.

«Em declarações à agência Lusa, o ex-candidato presidencial socialista considerou que Bruxelas, no processo negocial em torno do projeto de Orçamento para 2016, está a exercer sobre o Governo português "uma chantagem contra a própria democracia e contra o direito de serem os portugueses a escolher que política querem e quem os deve governar".

"O primeiro-ministro [António Costa] já afirmou que será fiel aos compromissos assumidos. Resta saber se a Comissão Europeia será fiel aos princípios fundadores da Europa e ao respeito pela democracia", afirmou.» [Notícias ao Minuto]

 Sorrisos iguais



      
 Notícia cirúrgica
   
«O défice orçamental estrutural não desce o suficiente, o défice público normal idem, mas o verdadeiro problema da troika, que amanhã termina a sua missão de avaliação, é com o facto de o governo ter de conseguir devolver até 2019 (final da legislatura) 43,1 mil milhões de euros aos credores oficiais (UE e FMI) e privados. E, pelo caminho, não reverter, mesmo que em parte, medidas de austeridade e de disciplina orçamental (reformas estruturais) que mirram o Estado social.

Se o país não acumular défices, mesmo crescendo pouco ou nada, ficará mais folgado para amortizar o valor em dívida que irá vencer nos próximos quatro anos e a um ritmo que se pode qualificar de alucinante: as devoluções do empréstimo da troika (o FMI conta receber mais 8,7 mil milhões de euros até 2019) e as amortizações de Obrigações do Tesouro (34,3 mil milhões de euros, sobretudo OT nas mãos de credores do setor privado).» [DN]
   
Parecer:

Esta notícia é pura contra-informação muito provavelmente lançada pela delegação do FMI em Portugal para lançar o pânico nos mercados em relação ao país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Um peditório para ajudar Maria de Belém
   
«O dirigente socialista, Ricardo Gonçalves, sugeriu que os apoiantes de Maria de Belém devem criar um movimento para pagar as despesas de campanha de Maria de Belém.

Depois de se ter visto sem a subvenção estatal, por não ter chegado aos 5% necessários nas urnas, e depois de ter ficado sem a ajuda do Partido Socialista, Gonçalves escreveu no Facebook  que é “preciso criar um movimento para ajudar a pagar as dívidas” da candidata a Presidente da República. Também ao jornal i, na sua edição impressa desta terça-feira, o dirigente socialista diz ainda que a contribuição para estas despesas “é um acto cívico”.» [Observador]
   
Parecer:

Quem sabe muito de peditórios é o Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se aos apoiantes de Maria de Belém que solicitem a assessoria técnica de Passos Coelho.»

 O que foi Portas fazer a Bruxelas
   
«"Há uma negociação em curso e eu não diria nada que a pudesse prejudicar. Obviamente, espero que haja uma aproximação de posições e não me vou pronunciar sobre uma negociação que está em curso", afirmou Paulo Portas à agência Lusa.

Após se encontrar com Jean-Claude Juncker, Paulo Portas ressalvou que quando está fora do país nunca critica as autoridades portuguesas e que neste encontro seguiu, mais uma vez, essa regra.

"Eu sei muito bem os esforços que os portugueses tiveram de fazer para livrar Portugal de um resgate. Sei muito bem como é difícil negociar com autoridades externas. Sei muito bem o valor que pode ter para Portugal uma aproximação de posições entre a Comissão e o Governo e sei muito bem que se houver um desacordo grave os portugueses, mais cedo ou mais tarde, seriam prejudicados por isso", afirmou.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Convenhamos que visitar o presidente da Comissão a meio de um processo negocial com o governo português revela algum mau gosto.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»