terça-feira, fevereiro 16, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura



  
 Jumento do dia
    
Passos Coelho, primeiro-ministro no exílio

Parece que não a limites para o ridículo desde que Passos Coelho decidiu desempenhar o papel de primeiro-ministro exilado em Massamá devido a um golpe de Estado, agora vai inaugurar uma escola que está aberta há dois anos. Como já nem Cavaco parece estar interessado na sua existência Passos Coelho podia muito bem convidar D. Duarte para o acompanhar, a companhia de um rei sem trono ficava muito bem a um primeiro-ministro sem governo.

«Durante a tarde de hoje, Pedro Passos Coelho tem deslocação marcada até ao município de Paredes, onde vai inaugurar o Centro Escolar de Lordelo. Seria um momento em nada fora do normal, não fosse Passos agora um deputado e o edifício não estivesse em funções desde o ano letivo 2013.

Isso mesmo foi confirmado pelo departamento de Relações Públicas do PSD que em e-email enviado às redações revela a agenda do líder Passos Coelho para esta segunda-feira: depois de visitar "a Fábrica WoodOne", "participará na inauguração do Centro Escolar Lordelo 1" e daí marcará presença "numa sessão com militantes do PSD, no Auditório da A CELER".» [Notícias ao Minuto]

      
 Lá se foi a oportunidade de Passos Coelho
   
«As  yields das Obrigações do Tesouro (OT) português no prazo de referência, a 10 anos, continuam a queda iniciada sexta-feira no mercado secundário da dívida soberana, depois de um pico na quinta-feira passada em que atingiram 4,5%, um máximo de dois anos.

Na abertura desta segunda-feira, as yields das OT na linha que vence em julho de 2026 (e que foi lançada em janeiro) desciam para 3,63%, um recuo de 10 pontos base em relação ao fecho de sexta-feira passada (em 3,73%).

O movimento de descida das yields das obrigações no mercado secundário abrange hoje todos os periféricos, mas Portugal lidera as quedas.

O prémio de risco da dívida portuguesa caiu esta segunda-feira para 335 pontos base, uma descida de 12 pontos base em relação ao fecho da semana passada, em que o prémio chegou a galgar a barreira dos 430 pontos base na quinta-feira, um nível que já não se registava desde outubro de 2013. Cada 100 pontos base equivalem a 1 ponto percentual de diferença em relação ao custo de financiamento da dívida alemã.» [Expresso]
   
Parecer:

A direita e Passos Coelho pareciam ter renascido com o cheirinho ao perfume da bancarrota. O comentário mais divertido é do Observador, um jornal online que se excita muito com as cotações na bolsa e que ao perder a esperança de a DBRS baixar para lixo a notação da dívida portuguesa escreve que "Portugal beneficia do maior apetite pelo risco e da tranquilidade da agência DBRS", isto é, não esconde a desilusão da direita e sugere que a agência é irresponsável.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»