A nomeação de bois é feito a coberto daquilo a que designa “confiança
política”, isto é, altos cargos do Estado têm como único critério de nomeação
algo que não significa nada. Mas os complexos de inferioridade são insuperáveis
e os merecedores de confiança política sentem-se mal por serem adjuntos,
assessores ou chefes de gabinete sem serem “sotôres”, por isso desatam a mentor.
Lamentavelmente, numa semana o país foi confrontado com mais dois destes
imbecis, rapazolas tão parvos que acham que podem mandar falsos currículos para
o DR, sem ninguém venha a reparar nas mentiras que lá estavam inscritas.
As receitas do IVA estão muito aquém do esperado, quase 500
milhões de euros. É muito dinheiro e seria importante analisar bem para se perceber
se estamos perante um excesso de otimismo em relação ao crescimento económico
ou se, em apenas um ano, a eficácia do fisco veio por aí abaixo. Se há responsabilidades
da máquina fiscal o governante que a tutela terá de dar explicações, recorde-se
que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tem sob a sua tutela uma única
direção-geral, a AT, ou seja, é o seu verdadeiro diretor-geral. Não serve de andarmos
a criar impostos para que os que existem não sejam cobrados.
Perdida a esperança do segundo resgate, resta à
extrema-direita chique prosseguir com a sua guerra de guerrilha, procurando
provocar o maior volume possível de prejuízos, sem usar grandes meios. Agora, o
alvo desta guerra é a CGD, grande instituição financeira do Estado, a sua
desestabilização seria ouro sobre azul para a estratégia de terra queimada.